terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Aldeia grande?

O dia de hoje foi passado no hospital, a acompanhar um familiar.
Amanhã deverá ser um dia semelhante.

Regressado à vida na grande cidade após anos de ausência, tenho quase por adquirida uma ideia que se vem formando nas três últimas semanas: Lisboa pode ser menos "anónima" (ia a escrever, menos selvática) do que aquilo que, no plano dos conceitos, surge como inevitável.

Será que estou a viver uma experiência invulgar ou a capital não passa (mesmo) de uma aldeia grande?

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Regresso à normalidade

Há momentos na vida que nos marcam profundamente.

Estou a viver um deles.

É extremamente duro ver partir a família mais chegada, aquela com quem partilhamos sonhos e intimidades – primeiro a avó (que foi mais do que uma segunda mãe), depois o pai (cujo exemplo, vertical e lutador, ajudou a moldar o carácter), agora a irmã (a “menina” que, filha de dois trabalhadores humildes, foi professora e administradora universitária, publicou artigos técnicos, escreveu livros que são reeditados todos os anos).


A intervalos regulares, a dor atinge-nos em cheio, quebra-nos rotinas, altera-nos comportamentos, obriga-nos a pensar nas razões de viver.
Sem perdermos os traços fundamentais da personalidade, estas experiências fazem-nos diferentes.

São também ocasiões privilegiadas de reforço de laços familiares e de amizade, de (re)aprendizagem de valores, de partilha de sentimentos e emoções. “Se acreditamos que há algo que nos une, estes momentos podem ser uma ocasião de fortalecer esses laços, esse contínuo que atravessa gerações”, lembrou um amigo. Palavras profundas.

As manifestações de solidariedade consolam e ajudam a esbater a dor. Até mesmo aqueles telefonemas em que, do outro lado da linha, se nota a incapacidade de articular uma frase, uma palavra sequer – fica-nos o silêncio, um ou outro soluço. E como sabe bem ouvir o silêncio nestes tempos de gritaria permanente!

Os amigos têm sempre razão. “Não telefonei, porque não sabia o que te dizer. Mas hoje [quatro ou cinco dias depois] quero dizer-te uma coisa: a vida continua. Tem de continuar!”. Nada de mais verdadeiro.

O blogue esteve de luto. Nestes últimos 15 dias, publiquei apenas dois “postais”, para desejar um Natal de paz e um Ano Novo de felicidade, por respeito às dezenas de pessoas que, todos os dias, mesmo sem actualizações, continuaram a visitar este espaço.

Hoje começa um novo ano. Como que se renova a vida.
Em primeiro lugar, devo agradecer a quem, neste espaço, se quis associar à dor que nos atingiu. E também aos outros, os das sms, dos e-mails, das cartas e dos telegramas, aos dos telefonemas e aos que viajaram até Lisboa. Foi reconfortante tê-los, a todos, ao nosso lado. Bem-hajam.

O blogue vai prosseguir o seu caminho. Tentarei actualizá-lo diariamente, como vinha fazendo nos últimos meses. Com o mesmo tipo de conteúdos, mas também com algumas novidades. É um projecto, não uma promessa. De qualquer modo, espero que continue a ser um espaço de partilha de factos e opiniões, naturalmente subjectivo, orientado para ser um contributo responsável e construtivo, mesmo quando recorre à ironia e ao humor. Com virtudes e defeitos, porque são assim as construções humanas.

Ou seja, esta “página” vai regressar à normalidade.
À normalidade possível.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

sábado, 23 de dezembro de 2006

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006









Descansa em paz,
querida irmã.










Calendário

(clique na imagem para ampliar)

Este é o calendário de jogos da minha equipa até final de Março.
Publica-se aqui porque permite aos adeptos (as famílias dos atletas, entenda-se...) fazer o planeamento das suas actividades.

(Este "post" permite-me, ainda, cumprir a obrigação de um texto diário sem ser obrigado a comentar as misérias que o futebol português não se cansa de revelar em cada minuto. Que pouca vergonha!)

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

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Hoje estou em reflexão.
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terça-feira, 12 de dezembro de 2006

A primeira mensagem

Mais uma vez, a primeira mensagem de Natal chegou do Norte.

É sempre ele, o Orlando Castro, um antigo companheiro de Redacção, o primeiro a desejar as Boas Festas. E utiliza mensagens inteligentes. Originais.

Eis a deste ano:
"Votos de FESTAS FELIZES com a vã esperança de que o primado da competência substitua o da subserviência".

Santo Natal e Feliz Ano Novo, amigo!

*

(Já agora, a mensagem do ano passado foi esta: "Boas Festas com votos para que, em 2006, o poder das ideias tenha mais força do que as ideias de poder".)

(actualizado em 13/12/2006, às 17h10)

Pergunta do dia (ou da madrugada)

Já ouviram as notícias?

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Imagens do jogo na Figueira da Foz

Curiosidades do início da 2.ª volta

1.ª volta
1.ª JORNADA
Académica-Naval ....... 3-1
Feirense-FC Porto ....... 2-4
Leixões-Cinfães ....... 3-1
Repesenses-U. Coimbra ..... 1-0
Pasteleira-Boavista ..... 1-0

2.ª volta
12.ª JORNADA
Naval-Académica ....... 1-3
FC Porto-Feirense ..... 1-1
Cinfães-Leixões ....... 3-7
U. Coimbra-Repesenses .... 1-1
Boavista-Pasteleira ... 0-2

UM RESULTADO IGUAL
A Académica repetiu a vitória da 1.ª volta por 3-1.

DOIS RESULTADOS SEMELHANTES
O Leixões somou duas vitórias com o Cinfães: 3-1 em casa e 7-3 fora.
O Pasteleira, “equipa B” do Boavista (!!!), voltou a derrotar os boavisteiros: 1-0 em casa e agora 2-0 fora.

DOIS RESULTADOS DIFERENTES

O FC Porto venceu na Feira por 4-2 e agora empatou no Olival com o Feirense (1-1).
O Repesenses vencera em casa o U. Coimbra (1-0) e agora empatou na Arregaça (1-1).

CLASSIFICAÇÃO
(após a 12.ª jornada)

1. FC Porto .......... 29 .......... 9V 2E 0D - 39-11
2. Leixões ........... 24 ........... 7V 3E 1D - 24-13
3. Boavista .......... 20 ........... 6V 2E 3D - 21-14
4. Pasteleira ........ 20 ........... 6V 2E 3D - 20-11
5. ACADÉMICA .. 19 ........... 6V 1E 4D - 21-15
6. Feirense .......... 15 .......... 4V 3E 4D - 18-17
7. Sanjoanense .... 13 .......... 4V 1E 5D - 10-9
8. Repesenses ..... 12 .......... 3V 3E 5D - 11-21
9. Naval ................ 7 .......... 2V 1E 8D - 13-22
10. U. Coimbra ..... 7 .......... 1V 4E 6D - 11-18
11. Cinfães ........... 3 .......... 1V 0E 10D - 12-49

domingo, 10 de dezembro de 2006

Vitória na Figueira da Foz

(clique na imagem para ampliar)
A minha equipa venceu hoje a Naval, na Figueira da Foz, por 3-1.

Ao intervalo, a Académica já vencia por 2-1, depois da Naval se ter colocado em vantagem logo no 1.º minuto, num lance de passividade defensiva e de infelicidade do guarda-redes.

Os golos da minha equipa foram marcados por Flávio (25 minutos), Rodrigo (31 minutos) e Rodolfo (64 minutos).

Em termos gerais, a Académica oscilou no primeiro quarto de hora. No entanto, depois de ter chegado à igualdade passou a existir apenas uma equipa em campo: a de Coimbra.
Com a efeito, a partir do 1-1 e até ao intervalo, a minha equipa voltou a exibir-se ao melhor nível. Adivinhava-se a vantagem e ela chegou mesmo ainda antes do descanso.

Na 2.ª parte, a Académica continuou a mandar no jogo, embora com menor brilho exibicional. O resultado chegou a 3-1, mas só Rodolfo falhou um par de oportunidades flagrantes. Num destes lances, o avançado foi derrubado pelo guarda-redes figueirense, mas o árbitro nada assinalou.

No próximo domingo, a Académica recebe na Pedrulha o Boavista, com quem perdeu na 1.ª volta por 2-1. A jogar como o fez hoje nos minutos finais da 1.ª parte, a minha equipa chegará certamente à vitória.

Os resultados completos da jornada são os seguintes:
Naval-Académica ....... 1-3
FC Porto-Feirense ..... 1-1
Cinfães-Leixões ....... 3-7
U.Coimbra-Repesenses .. 1-1
Boavista-Pasteleira ... 0-2
Folgou a Sanjoanense.

A classificação está agora assim ordenada:
1. FC Porto ........... 29
2. Leixões ............ 24
3. Boavista ........... 20
4. Pasteleira ......... 20
5. Académica .......... 19
6. Feirense ........... 15
7. Sanjoanense ........ 13
8. Repesenses ......... 12
9. Naval ............... 7
10. U. Coimbra ......... 7
11. Cinfães ............ 3

PS - Fotos e algumas curiosidades mais tarde.
(alterado em 11/12/2006, 13h00)

sábado, 9 de dezembro de 2006

Simplex? Não me façam rir.

Marido e mulher entram na Loja do Cidadão.

Ele trata da renovação do Bilhete de Identidade: duas fotos, 7,50 euros. Dez minutos. "Está pronto daqui a três dias úteis".

Ela vai pedir uma 2.ª via do cartão de contribuinte: 8,90 euros. "O cartão será enviado para a residência daqui a três ou quatro semanas".

E anda o Governo a apregoar o "Simplex".
Não me façam rir.

A minha equipa joga na Figueira da Foz


Naval-Académica, domingo, às 11h00.
Logo que possível, como habitualmente, terá aqui informações detalhadas.

Pergunta do dia

Já leu o livro de que toda a gente fala?

(Tempo médio de leitura: 2h30. Melhor preço: FNAC)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Triste país

Pela quarta vez no espaço de dois dias, a energia eléctrica acaba de falhar.
Nas estradas, os buracos voltaram, alguns autênticas crateras.
Digam os "políticos de serviço" aquilo que disserem, a verdade é que o Portugal de hoje está cada vez mais parecido com o Portugal da crise dos anos 80.
(E não será possível correr com esta gente que anda alegadamente a governar a "coisa pública" nos últimos 30 anos - e que são sempre os mesmos, com a mesma linguagem e as mesmas ideias?)

Amanhã à tarde

(Clique na imagem para ampliar)

Balanço de meia época

O campeonato da minha equipa: curiosidades, números e opiniões

Eis alguns dados (estatísticos e não só) sobre a época que a minha equipa realizou até ao final da 1.ª volta do campeonato.

PRÉ-ÉPOCA
Início dos treinos: 7 de Agosto

Jogos-treino:
13/8 AAC-Vigor 3-1
19/8 AAC-U. Leiria 2-2
26/8 Beira Mar-AAC 1-1
27/8 Vigor-AAC 2-1
30/8 U. Leiria-AAC 0-4
2/9 AAC-Benfica C. Branco 2-0
9/9 Benfica C- Branco-AAC 0-5

CAMPEONATO
Início do campeonato: 17 de Setembro

Resultados (1.ª volta):

1.ª jornada (17/9/2006)
Repesenses-U. Coimbra 1-0
Leixões-Cinfães 3-1
Académica-Naval 3-1
Pasteleira-Boavista 1-0
Feirense-FC Porto 2-4

2.ª jornada (24/9)
U. Coimbra-Feirense 1-3
Cinfães-Repesenses 2-1
Naval-Leixões 0-1
Boavista-Académica 2-1
Sanjoanense-Pasteleira 0-0

3.ª jornada (1/10)
U. Coimbra-Cinfães 4-3
Repesenses-Naval 5-3
Leixões-Boavista 1-1
Académica-Sanjoanense 2-1
Pasteleira-FC Porto 0-4

4.ª jornada (5/10)
Cinfães-Feirense 1-3
Naval-U. Coimbra 0-0
Boavista-Repesenses 4-1
Sanjoanense-Leixões 0-2
FC Porto-Académica 2-1

5.ª jornada (8/10)
Cinfães-Naval 1-4
U. Coimbra-Boavista 1-2
Repesenses-Sanjoanense 0- 2
Leixões-FC Porto 2- 4
Feirense-Pasteleira 2-1

6.ª jornada (15/10)
Naval-Feirense 1-0
Boavista-Cinfães 3-0
Sanjoanense-U. Coimbra 1-0
FC Porto-Repesenses 2-0
Pasteleira-Académica 2- 0

7.ª jornada (5/11)
Naval-Boavista 2-4
Cinfães-Sanjoanense 1-4
U. Coimbra-FC Porto 1-1
Leixões-Pasteleira 4-2
Feirense-Académica 3-4

8.ª jornada (12/11)
Boavista-Feirense 2-2
Sanjoanense-Naval 1-0
FC Porto-Cinfães 14-0
Pasteleira-Repesenses 7-0
Académica-Leixões 0-0

9.ª jornada (19/11)
Boavista-Sanjoanense 1-0
Naval-FC Porto 1-2
U. Coimbra-Pasteleira 1-1
Repesenses-Académica 2-0
Feirense-Leixões 1-2

10.ª jornada (26/11)
Feirense-Sanjoanense 1-0
FC Porto-Boavista 3-2
Pasteleira-Cinfães 2-0
Académica-U. Coimbra 3-1
Leixões-Repesenses 0-0

11.ª jornada (2/12)
Sanjoanense-FC Porto 1-2
Naval-Pasteleira 0-2
Cinfães-Académica 0-4
U. Coimbra-Leixões 1-2
Repesenses-Feirense 0-0


CLASSIFICAÇÃO
no final da 1.ª volta

1. FC Porto .......... 28 .......... 9V 1E 0D - 38-10
2. Leixões ............ 21 .......... 6V 3E 1D - 17-10
3. Boavista .......... 20 .......... 6V 2E 2D - 21-12
4. Pasteleira ........ 17 ........... 5V 2E 3D - 18-11
5. Académica .. 16 ........ 5V 1E 4D - 18-14
6. Feirense .......... 14 .......... 4V 2E 4D - 17-16
7. Sanjoanense .... 13 ......... 4V 1E 5D - 10-9
8. Repesenses ...... 11 .......... 3V 2E 5D - 10-20
9. Naval ................. 7 .......... 2V 1E 7D - 12-19
10. U. Coimbra ...... 6 ......... 1V 3E 6D - 10-17
11. Cinfães ............. 3 .......... 1V 0E 9D - 9-42


CURIOSIDADES da minha equipa

A melhor exibição da época:
U. Leiria, 0 - Académica, 4 (jogo-treino, campo relvado)

Os melhores jogos do campeonato:
Boavista, 2 - Académica, 1 (campo relvado)
FC Porto, 2 - Académica, 1 (campo relvado)

A pior exibição:
Repesenses, 2 - Académica, 0 (campo de terra)

O jogo mais incaracterístico:
Cinfães, 0 - Académica, 4
(o resultado poderia ter sido 0-8, 0-1, 2-4, etc., etc.)

O melhor golo:
Fachada, no FC Porto-Académica (pontapé de 35 metros)

Penaltis contra: 1 (U. Coimbra, falhado)
Penaltis a favor: 3 (Feirense, U. Coimbra e Cinfães, todos concretizados)

O maior azar:
derrota contra o FC Porto, com 1-1 a 10 minutos do fim
(a seguir, a derrota com o Boavista, 1-2, depois do adversário estar a ganhar por 2-0 logo no início do jogo)

A maior sorte (e o jogo mais emocionante):
vitória frente ao Feirense

As vitórias da Académica: 4-0 (1 vez), 4-3 (1 vez), 3-1 (2 vezes) e 2-1 (1 vez)

A Académica marcou 4 golos por duas vezes: duas vitórias.
A Académica marcou 3 golos por duas vezes: duas vitórias.

As quatro derrotas da Académica foram por 2-1 (duas) e 2-0 (duas).
A Académica só sofreu 3 golos 1 vez, mas... ganhou.

Expulsões: 0
Expulsões de adversários: 2 (FC Porto e U. Coimbra, ambas por agressão)

2.ª volta:
A Académica vai disputar 6 jogos em casa e 4 fora. Destes, 2 são quase “em casa” (Naval e U. Coimbra). Deslocações “a sério” apenas duas: Sanjoanense e Leixões.


QUILÓMETROS percorridos

Beira Mar .... 110
U. Leiria (M. Grande) .... 190
Benfica C. Branco .... 320
Boavista (Matosinhos) .... 254
FC Porto (Olival) .... 224
Pasteleira (Matosinhos) .... 252
Feirense .... 182
Repesenses .... 166
Cinfães .... 324
Total: 2.022 km


CURIOSIDADES do campeonato

Equipas que na 2.ª volta vão jogar 6 jogos em casa: Académica e FC Porto.
Equipas que na 2.ª volta vão jogar 5 jogos em casa: Sanjoanense, Repesenses, Leixões, Cinfães, Pasteleira, Boavista e Feirense.
Equipas que na 2.ª volta vão jogar 4 jogos em casa: U. Coimbra e Naval.

Melhor ataque: FC Porto – 38 (Académica tem o 4.º melhor ataque, com 18)
Melhor defesa: Sanjoanense – 9 (Académica tem a 6.ª melhor defesa, com 14)

Pior ataque: Cinfães - 9
Pior defesa: Cinfães - 42

O FC Porto sofreu 10 golos e não tem qualquer derrota.
A Sanjoanense sofreu 9 golos e tem 5 derrotas!
O Repesenses sofreu 20 golos e tem também 5 derrotas!

O Leixões marcou 17 golos e tem 21 pontos.
A Académica marcou 18 golos e tem 16 pontos.

O Cinfães marcou 9 golos e tem 3 pontos.
A Sanjoanense marcou 10 golos e tem 13 pontos!

Praticamente um terço da 2.ª volta (3 jogos) vai disputar-se em 10 dias (!!!), ainda antes do Natal: Naval (fora, no dia 10), Boavista (em casa, no dia 17) e Sanjoanense (fora, dia 20).

OPINIÃO

Como é óbvio, não vou fazer qualquer apreciação em termos individuais, nem quanto a opções tácticas.

Em termos colectivos, a equipa tem demonstrado um rendimento médio muito apreciável.
Houve oscilações de rendimento, mas as oscilações são naturais ao longo da época, quer em termos individuais quer em termos colectivos; não há nenhuma equipa, nem nenhum jogador, que consiga jogar sempre no mesmo plano – sobretudo, num plano elevado.

Futebolisticamente, os jogos com Boavista e FC Porto, ambos no campo do adversário, provaram que a equipa sabe jogar. Mais: sabe estar em campo. No jogo com o FC Porto a postura táctica mereceu “20 valores”. Excelente!

Por vezes, o “factor sorte” também é decisivo, sobretudo quando o valor das equipas é muito semelhante. A minha equipa teve azar nos jogos com Boavista e FC Porto, mas esse prejuízo como que foi compensado com a sorte no jogo com o Feirense. As contas estão acertadas, portanto.

O factor psicológico é cada vez mais importante na competição desportiva. Vai depender muito do grau de confiança a carreira da equipa na 2.ª volta do campeonato.
Mas já se viu que a equipa é capaz de acreditar e vencer as adversidades. A resposta mais forte foi dada no jogo com o Feirense: a vencer por 2-1, a equipa viu-se a perder por 3-2 na 2.ª parte e foi capaz de chegar à vitória por 4-3, no terreno do adversário! Melhor era imposssível.

O calendário é favorável, a equipa sabe jogar e permanece invicta em casa, onde vai disputar 6 dos 10 jogos da 2.ª volta.
Tudo está em aberto. E pelo que já demonstrou, a minha equipa tem todas as condições para alcançar os objectivos. Só é necessário acreditar, para... ser feliz!

Bom tempo em Chipre

Coimbra: medicamentos mais caros

Segundo o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), Leiria é o distrito onde o preço dos medicamentos mais desceu (menos 0,7%) desde que são vendidos fora das farmácias. Ao contrário de Coimbra, onde se registou a maior subida de preços (3%).

Existem actualmente 284 locais – as chamadas parafarmácias – onde é possível comprar medicamentos não sujeitos a receita médica. O distrito com mais lojas a funcionar é o de Lisboa, com 64, seguido do Porto (43).

(in "Correio da Manhã")

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Lisboa outra

Fui a Lisboa.
Não passei de Chelas.
A capital, olhada dali, junto ao rio, com micro-quintais e um rebanho a pastar, parece apenas uma aldeia grande.
Se "Portugal é Lisboa e o resto é paisagem", em Chelas, paredes-meias com o aeroporto e com a 2.ª Circular, já nada há de Portugal.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Académica: um passado com futuro


josé belo, presidente do núcleo de veteranos, aponta sete caminhos
Perda de identidade
Jurista, ex-defesa da Académica e actual presidente do Núcleo de Veteranos, José Belo revelou-se ontem «preocupado» com o actual momento da Académica, enquanto instituição. «Têm faltado ideias, coesão académica, mobilização e sentido de futuro, sobrando, em sentido contrário, situações polémicas e incómodas para uma instituição centenária», frisa, aludindo também a «um sentimento que medra de que a Académica começa a ser gerida por pessoas com algum afastamento da sua cultura e princípios nucleares, numa subordinação cega à nova máquina da indústria do futebol».

Para José Belo, o futuro da Académica passa pela definição de sete pressupostos, o primeiro do qual «a valorização da memória da Instituição», ou seja o «respeito pelo ADN» da Briosa. O segundo pressuposto de futuro é «o enquadramento da Briosa na Liga profissional», resistindo ao «mercantilismo puro e duro». «Não podemos alienar a dimensão social onde cimentámos a nossa diferença», sublinha. O terceiro ponto é a «defesa intransigente dos interesses da Briosa», assente nos «valores» que lhe moldam uma «singular identidade». O quarto é cuidar da «situação económico-financeira, agravada ano após ano», mostrando-se preocupado com o risco de «definhamento». O quinto ponto é a redefinição da política desportiva. Actualmente considera, com um «orçamento gordo» mas com «pouca habilidade», mormente na «contratação de jogadores por atacado» e na pouca aposta na «formação». O sexto pilar de futuro é acabar com os «maus exemplos» num futebol em crise de credibilidade e «marcar a diferença» junto da opinião pública. Por último, a «mobilização dos devotos e simpatizantes», através da «definição de objectivos, de estratégia e adopção de boas práticas».

Preocupado com o «cinzentismo» que diz invadir a instituição, José Belo considera que «a Académica não tem hoje em dia uma perspectiva exaltante, nem em dimensão social, nem desportiva nem sócio-desportiva». Alertando para a «contínua diluição de identidade», José Belo sublinha que a Briosa tem «um passado que é maior do que o presente», pelo que chegou a hora de, «com orgulho no passado, falar do futuro com dignidade, com modernidade, com esperança, com sentido académico».

sansão coelho

(in "A Bola" de hoje)

PS - Antes de publicar este texto telefonei ao Dr. José Belo. A dar-lhe os parabéns, naturalmente. É sempre consolador ver alguém como ele, que vestiu a camisola preta e concluiu a formação universitária enquanto jogava à bola, defender os VALORES que desde sempre me levam a olhar para a Briosa com um grande respeito.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Blogue com "pinta"

O "Diário de um quiosque" é um dos meus destinos diários.
É um blogue original, bem escrito e... bem disposto.
O último texto lá publicado provoca umas boas gargalhadas.
Fica o convite. Aqui.

Portugal, 3/12/2006

(clique na imagem para ampliar)

Fotos de um jogo em Cinfães

domingo, 3 de dezembro de 2006

Augusto Nunes Pereira


Mata (Fajão), 3/12/1906 – Coimbra, 1/6/2001


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O “meu padre”


Não é fácil – mas, ao mesmo tempo, não é difícil – escrever sobre o padre Augusto Nunes Pereira.

Não é difícil porque vivi largos anos na pobre paróquia de que era responsável, a de S. Bartolomeu, em Coimbra. Conheci-o bem e ele também me conhecia. Foi ele que me baptizou, deu a primeira comunhão, presidiu à celebração da “profissão de fé”, esteve presente no Crisma e, mais tarde, teve a gentileza de se deslocar a Castanheira de Pêra, do “outro lado” da serra da Lousã, para estar no meu casamento. No plano afectivo, era uma pessoa da família.

Foi ele, também, o primeiro chefe de Redacção que conheci, no cubículo apertado onde se delineava o “Correio de Coimbra” – ele, o cónego Urbano Duarte e a escritora Maria Espiñal foram os meus primeiros “modelos vivos” de jornalista.

Por tudo isto, é muito fácil escrever sobre o padre Nunes Pereira – e permitam-me que assim o refira, porque foram estes os vocábulos que mais utilizei para comunicar com ele. (Nos últimos anos, quando o encontrava, tratava-o por monsenhor, mas achei sempre que era uma palavra que não se coadunava com a sua personalidade. Monsenhor parece transmitir um certo “estatuto” de diferença – e o padre Nunes Pereira foi sempre um homem simples e humilde, pobre entre os pobres, ignorado entre os ignorados da vida.)

Não é difícil escrever sobre o padre Nunes Pereira. Poderia recordar a azáfama tranquila com que preparou a primeira exposição na galeria de “O Primeiro de Janeiro”, a dois passos da sua igreja. Ou recordar como justificou os valores tão baixos que atribuiu às peças que iria mostrar: “Não estás a ver? Estão assinadas ‘NP’. Sabes o que quer dizer?... Que não prestam!”. O excesso de humildade.
Ou lembrar as tertúlias, em que nunca participei, n’”A Brasileira”, também ali ao lado, que olhava deslumbrado da porta do café. Ou a distribuição de leite e queijo oferecidos por Cáritas internacionais, que ele e a irmã, a D. Maria Adelaide, distribuíam nos anos 60 pela gente mais carenciada da paróquia – quase todos.

Tantas, tantas recordações... Como a daquela manhã de sábado, já ele vivia na casa de madeira pré-fabricada, junto à ponte da Portela, em que alguns amigos lhe foram levar um gravador de video, comprado entre todos, para que pudesse registar o programa/entrevista que nessa tarde a RTP2 iria transmitir.

Estive com ele menos de uma semana antes de morrer. Não sei ainda hoje porquê, naquela tarde de sábado decidi pegar no carro e ir a Montemor-o-Velho, assistir à inauguração da exposição de trabalhos do padre Nunes Pereira. Foi a última. E também ainda hoje não consigo explicar a “febre” que senti e que me levou na altura a tirar umas boas dezenas de fotografias. São as últimas.

Não seria difícil lembrar tantos outros episódios. Mas a verdade é que continua a ser muito difícil escrever sobre o padre Nunes Pereira e recordar que ficou por cumprir um pedido que tantas vezes fez: “Quando é que vamos a Fajão, para conheceres a casa-museu?”. – Um dia destes, padre Nunes Pereira – respondia-lhe mecanicamente, convencido que, mais dia menos dia, faríamos a viagem.
Ficou por fazer.

Acompanha-me essa mágoa.
No entanto, a maior dificuldade em escrever sobre o padre Augusto Nunes Pereira são estas lágrimas teimosas que toldam a visão e dificultam o encontrar das teclas.
(texto publicado na edição de Dezembro de 2006
do "Mensageiro de Santo António")


Dedicatória-assinatura num desenho


A última exposição

sábado, 2 de dezembro de 2006

Goleada (4-0) em Cinfães


A minha equipa venceu hoje o Cinfães, no terreno deste, por 4-0 (3-0 ao intervalo), no último jogo da 1.ª volta da Série B do Campeonato Nacional de Juvenis.

Numa tarde fria, a Académica não sentiu quaisquer dificuldades e marcou quatro golos pela segunda vez esta época (a outra acontecera na vitória sobre o Feirense, no relvado do adversário, por 4-3), não sofrendo nenhum igualmente pela segunda vez (primeiro foi no 0-0 com o Leixões, na Pedrulha).

Em Cinfães, aliás, era quase impossível sofrer golos, dada a ingenuidade dos durienses, claramente a pior equipa da prova. E quando conseguiram criar - por duas ou três vezes - tímidas oportunidades de golo, o guarda-redes Francisco resolveu os lances a contento.

Os golos foram marcados por Rodolfo (6 minutos, novamente na sequência de um lance individual, tal como aconteceu na semana passada, frente ao U. Coimbra), Peixinho (38 minutos, de grande penalidade, igualmente como no último jogo), Fachada (aos 40+1 minutos, de cabeça, na sequência de um pontapé de canto) e Tiago Brito, um juvenil "de 1.º ano" (aos 80+2 minutos, aproveitando bem uma "bola perdida" na grande área).

Lá para segunda ou terça-feira ficam prometidas algumas curiosidades desta 1.ª volta do campeonato.

Parabéns!

Marco histórico no Vigor
Quatro meses e muitas contrariedades depois, o sonho tornou-se uma feliz realidade: é hoje inaugurado o relvado sintético do Campo dos Sardões.
(in "Diário de Coimbra")




Esta imagem, obtida em Maio passado, já pertence ao passado. Felizmente.
O clube de Fala e o "futebol de Coimbra" estão de parabéns!

(Só lamento que o campo não tenha ficado concluído antes do início desta época desportiva. É o velho hábito lusitano de atrasar tudo, sem que ninguém ganhe com isso e causando prejuízos, evitáveis, a muita gente).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Negócios...

Se eu alugasse uma casa por 800 contos e depois cedesse dois quartos a um amigo por 1.400 contos estaria a fazer um excelente negócio, não estaria?
Acho que sim.

O "derby" de Lisboa

Que grande jogo!
Houve bons lances, golos e expulsões.
E só não houve penaltis porque o árbitro não viu uma falta na área do Benfica.

(E também não houve "golos falsos" como os que deram as duas últimas vitórias ao FC Porto.)