(Homenagem a Manuel Alegre em dia de aniversário)
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
sábado, 12 de maio de 2007
Trova do vento que passa
sexta-feira, 11 de maio de 2007
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Ainda a Europa...
Ontem, quando publiquei o "post" anterior, ainda não sabia dos factos que agora divulgo – e faço-o porque julgo que isso é especialmente apropriado.
Assim, a protagonista do "post" anterior vai hoje para Lisboa, amanhã, sábado e domingo estará em Estocolmo, na segunda e na terça-feira em Bruxelas, virá a Coimbra na quarta e na quinta-feira e estará em Madrid na sexta, sábado e domingo.
Ou seja: nos próximos 10 dias, andará em oito pela Europa fora, com actividades em três países diferentes.
Felicidades! Boa(s) viagem(ens)!
Assim, a protagonista do "post" anterior vai hoje para Lisboa, amanhã, sábado e domingo estará em Estocolmo, na segunda e na terça-feira em Bruxelas, virá a Coimbra na quarta e na quinta-feira e estará em Madrid na sexta, sábado e domingo.
Ou seja: nos próximos 10 dias, andará em oito pela Europa fora, com actividades em três países diferentes.
Felicidades! Boa(s) viagem(ens)!
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Dia da Europa
Hoje é o "Dia da Europa".
Assinalo a data com uma simples homenagem a uma jovem muito especial – a minha filha.
Nos últimos quatro anos tem viajado pela Europa, de norte a sul e de leste a oeste, desempenhando as funções para as quais foi eleita: primeiro como vice-presidente, agora como presidente dos Estudantes Democratas Europeus.
Ao mesmo tempo, estudou um ano em Itália, concluiu o curso de Direito e acaba de terminar a 1.ª fase do estágio em advocacia.
Como é evidente, tenho muito orgulho nela e naquilo que tem realizado.
Parabéns, filhota!

terça-feira, 8 de maio de 2007
segunda-feira, 7 de maio de 2007
domingo, 6 de maio de 2007
Portugal, século XXI
sábado, 5 de maio de 2007
O "sr. Apple"
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Assim, sim!
Extraordinário! (x2)
Até o ministro!...
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Ele há cada uma...
TC arrasa negócio entre Bragaparques e o Hospital de S. João
O Tribunal de Contas denuncia “má gestão dos recursos públicos” no negócio entre a Bragaparques e o Hospital de S. João (HSJ).O acordo entre as partes envolvia, por um lado, a concepção, construção, conservação e exploração de um empreendimento imobiliário de apoio ao HSJ; e por outro, a exploração de um parque de estacionamento existente à superfície.
Entre as várias irregularidades detalhadas no relatório do Tribunal de Contas, destaca-se o facto do empreendimento em causa ter sido "construído sem a emissão da respectiva licença de construção".
Além disso, os juízes do TC fazem questão de denunciar que a Bragaparques nunca pagou qualquer renda ao HSJ nem entregou ao hospital os cerca de 250 mil euros em equipamento hospitalar, conforme tinha sido acordado.
No mesmo documento, pode ler-se que o contrato de concessão "contém cláusulas pouco claras e omissões que não salvaguardam os interesses do HSJ".
Trigo limpo, Farinha Amparo
Quando era miúdo, usava-se muito esta expressão.
"Trigo limpo, Farinha Amparo" era sinónimo de "é clarinho como a água".
Isto é, usava-se quando algo era indiscutível.
Lembrei-me da frase ao ler o último artigo de José António Lima no "Sol" de sábado, 28 de Abril.
Trago aqui a parte final.

(clique na imagem para ampliar)
"Trigo limpo, Farinha Amparo" era sinónimo de "é clarinho como a água".
Isto é, usava-se quando algo era indiscutível.
Lembrei-me da frase ao ler o último artigo de José António Lima no "Sol" de sábado, 28 de Abril.
Trago aqui a parte final.

(clique na imagem para ampliar)
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Espanha aqui tão perto...
("El Periodico de Catalunya", de hoje)
O salário mínimo em Portugal é de 403 euros, como se pode ver aqui.
Texto diferente
Que outro clube do mundo podia oferecer 5 quilos de lulas congeladas a quem se inscrevesse como sócio?
O texto começa assim.
Pode lê-lo na íntegra aqui.
O texto começa assim.
Pode lê-lo na íntegra aqui.
terça-feira, 1 de maio de 2007
Ilusões no Calhabé
É preciso gostar muito de futebol para continuar a entrar num estádio em Portugal.
(A noite de hoje, no Calhabé, foi de circo...)
(A noite de hoje, no Calhabé, foi de circo...)
segunda-feira, 30 de abril de 2007
Encontrei esta frase na net... e gostei
É preciso ser muito democrata para continuar a gostar desta democracia...
domingo, 29 de abril de 2007
Dias Simões
Faleceu hoje o António Dias Simões Abade, velho companheiro da "paixão jornalística".
Conhecemo-nos ainda antes do "25 de Abril", no Centro Desportivo.
Os nossos caminhos cruzaram-se depois várias vezes. Foi notável a colaboração que prestou ao Diário de Coimbra nos últimos anos a nível do andebol. Antes, foi responsável pelo melhor "cartaz desportivo" que se publicou na região.
O Dias Simões era, por outro lado, uma garantia de tranquilidade para qualquer assunto relacionado com os HUC, onde desempenhava a sua actividade profissional.
Partiu hoje.
Descansa em paz, amigo.
Conhecemo-nos ainda antes do "25 de Abril", no Centro Desportivo.
Os nossos caminhos cruzaram-se depois várias vezes. Foi notável a colaboração que prestou ao Diário de Coimbra nos últimos anos a nível do andebol. Antes, foi responsável pelo melhor "cartaz desportivo" que se publicou na região.
O Dias Simões era, por outro lado, uma garantia de tranquilidade para qualquer assunto relacionado com os HUC, onde desempenhava a sua actividade profissional.
Partiu hoje.
Descansa em paz, amigo.
sábado, 28 de abril de 2007
"Filhos da Revolução"
Há precisamente 33 anos, este amigo estava a comandar um grupo da força que na altura cercava o forte de Peniche, com vista à rendição da GNR, o que aconteceu pacífica e naturalmente.
Fiz parte de uma coluna que se formou na Figueira da Foz com forças mistas do CICA 2 (Centro de Instrução de Condução Auto da Fig. Foz - local onde se encontrava o paiol que abasteceu as munições, bem como cedeu o combustível para as viaturas), do RAP 3 (Regimento de Artilharia Pesada, da Fig. Foz) e do RI 14 de Viseu (Regimento de Infantaria 14), comandada pelo saudoso Capitão Rocha Santos do CICA 2 (bebia uma garrafa de "Macieira" durante a noite, sempre que estava de Oficial de Dia, mas mantinha sobriedade como se tivesse bebido água).
Mas há uma HISTÓRIA DE CORAGEM nunca contada. Tinha ocorrido recentemente um incêndio no RI 14 que destruiu parte das viaturas de Viseu. Tal não impediu que muitos dos militares viessem formar coluna à Fig. Foz, armados de "unhas e dentes", utilizando na deslocação viaturas particulares. Nunca li nada acerca deste facto.
A coluna que saiu da Fig. Foz desdobrou-se nas Caldas da Rainha (de onde tinha partido a força do 16 de Março), seguindo uma parte para Lisboa, e a outra para Peniche, onde se manteve até às 10h00 de 27 de Abril (sábado), data em que foi substituída por militares do RI 5 das Caldas da Rainha.
A minha homenagem aos camaradas de Viseu e um abraço ao Barbosa e ao Domingues (Trinitá), comandantes dos outros 2 pelotões, bem como a todos os camaradas daquela gloriosa mas pacífica jornada de luta.
JR
PS - Houve militares que mais tarde vieram a casar em Peniche, sendo pais de verdadeiros "Filhos da Revolução" ...
(Este texto foi enviado como comentário ao "post" Dia da Liberdade. Dado o seu interesse, é agora publicado com o merecido destaque. O autor - devidamente identificado - prefere manter o anonimato)
Fiz parte de uma coluna que se formou na Figueira da Foz com forças mistas do CICA 2 (Centro de Instrução de Condução Auto da Fig. Foz - local onde se encontrava o paiol que abasteceu as munições, bem como cedeu o combustível para as viaturas), do RAP 3 (Regimento de Artilharia Pesada, da Fig. Foz) e do RI 14 de Viseu (Regimento de Infantaria 14), comandada pelo saudoso Capitão Rocha Santos do CICA 2 (bebia uma garrafa de "Macieira" durante a noite, sempre que estava de Oficial de Dia, mas mantinha sobriedade como se tivesse bebido água).
Mas há uma HISTÓRIA DE CORAGEM nunca contada. Tinha ocorrido recentemente um incêndio no RI 14 que destruiu parte das viaturas de Viseu. Tal não impediu que muitos dos militares viessem formar coluna à Fig. Foz, armados de "unhas e dentes", utilizando na deslocação viaturas particulares. Nunca li nada acerca deste facto.
A coluna que saiu da Fig. Foz desdobrou-se nas Caldas da Rainha (de onde tinha partido a força do 16 de Março), seguindo uma parte para Lisboa, e a outra para Peniche, onde se manteve até às 10h00 de 27 de Abril (sábado), data em que foi substituída por militares do RI 5 das Caldas da Rainha.
A minha homenagem aos camaradas de Viseu e um abraço ao Barbosa e ao Domingues (Trinitá), comandantes dos outros 2 pelotões, bem como a todos os camaradas daquela gloriosa mas pacífica jornada de luta.
JR
PS - Houve militares que mais tarde vieram a casar em Peniche, sendo pais de verdadeiros "Filhos da Revolução" ...
(Este texto foi enviado como comentário ao "post" Dia da Liberdade. Dado o seu interesse, é agora publicado com o merecido destaque. O autor - devidamente identificado - prefere manter o anonimato)
sexta-feira, 27 de abril de 2007
E esta?! (2)
Directora do MIT demitida por falsear curriculum académico
A directora de Candidaturas do MIT – o prestigiado Instituto Tecnológico de Massachusetts – demitiu-se, depois de admitir que adulterou o seu curriculum académico quando se juntou à instituição.
Marilee Jones, com três décadas ao serviço do MIT, é a protagonista do escândalo.
Jones anunciou a saída logo depois de ter sido confirmado que a responsável pela selecção das candidaturas “falseou os seus graus académicos apresentados ao Instituto”, anunciou o director de Ensino Universitário, Daniel Hastings.
Na confissão publicada na página da Internet do MIT, Jones admite que falseou o seu grau académico “quando me candidatei pela primeira vez ao MIT, há 28 anos, e não tive a coragem de corrigir o curriculum quando me candidatei para o meu emprego actual ou noutro momento qualquer depois disso”, declara.
Jones, de 55 anos, diz-se ainda “profundamente triste por desapontar tantas pessoas no MIT” e que a acompanharam ao longo dos últimos anos.
A directora de Candidaturas do MIT – o prestigiado Instituto Tecnológico de Massachusetts – demitiu-se, depois de admitir que adulterou o seu curriculum académico quando se juntou à instituição.
Marilee Jones, com três décadas ao serviço do MIT, é a protagonista do escândalo.
Jones anunciou a saída logo depois de ter sido confirmado que a responsável pela selecção das candidaturas “falseou os seus graus académicos apresentados ao Instituto”, anunciou o director de Ensino Universitário, Daniel Hastings.
Na confissão publicada na página da Internet do MIT, Jones admite que falseou o seu grau académico “quando me candidatei pela primeira vez ao MIT, há 28 anos, e não tive a coragem de corrigir o curriculum quando me candidatei para o meu emprego actual ou noutro momento qualquer depois disso”, declara.
Jones, de 55 anos, diz-se ainda “profundamente triste por desapontar tantas pessoas no MIT” e que a acompanharam ao longo dos últimos anos.
(in "Página 1", 'newsletter' da Rádio Renascença)
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