sábado, 29 de novembro de 2008

Vitória na Figueira da Foz

A minha equipa venceu hoje a Naval, por 2-1, na Figueira da Foz.
Ao intervalo verificava-se uma igualdade (1-1).

O jogo começou praticamente com o golo do Vigor: jogada de combinação entre Girão e Breda, com este a isolar-se e a marcar.
Ainda antes dos 10 minutos, João Afonso cabeceou, em arco, contra a trave.
Pouco depois, Breda entrou na área e rematou forte. A bola saíu "a rasar" a trave.
Ou seja, aos 15 minutos o Vigor poderia estar a ganhar por 3-0.

A Naval reagiu, mas a defesa da minha equipa ia resolvendo as situações com algum à-vontade.
No único lance de verdadeiro perigo criado pelos figueirenses, Dani fez uma defesa brilhante para canto.

O empate chegou perto do intervalo.
Livre a favor do Vigor, junto da área navalista. A bola, cruzada para a entrada da área, é captada pelos jogadores da equipa figueirense, que iniciam um contra-ataque fulgurante. A minha equipa, apanhada em contra-pé, não consegue evitar o golo da Naval.

O 2.º tempo foi mais lutado do que jogado, num "pelado" com várias poças de água, debaixo de chuva intermitente e quase às escuras.
O Vigor, muito personalizado, foi tentando aproximar-se da baliza adversária em contra-ataque. Num deles, a cerca de 20 minutos do final, Breda retribuiu a "oferta" de Girão no 1.º golo e cruzou com conta-peso-e-medida para Girão, de cabeça, fazer o resultado final.

Depois do triunfo em Alverca, a minha equipa foi agora vencer a casa de outro candidato à subida de divisão. E, com esta, soma já quatro vitórias em terrenos alheios.

Nota final para o péssimo recinto onde o desafio foi disputado.
A Naval, o único clube - desta Série C do campeonato de juniores - que em seniores disputa a 1.ª divisão nacional, é também o único que apresenta um campo em terra batida! Todos os outros clubes jogam em campos relvados. Triste ironia.


(Os balneários do campo "pelado" da Naval continuam instalados numa espécie de contentores. Ontem, no final do jogo, o balneário do Vigor era um imenso rio, com a água a sair por debaixo da porta!... "Porca miseria", como diriam os italianos...)

Justificação

A minha ausência do blogue foi motivada por razões profissionais.
E teve direito a um espectáculo inesquecível. Neve.
Em Bragança.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A verdade sobre o preço da gasolina

As petrolíferas portuguesas continuam a seguir a política de baixar "às pinguinhas" o preço dos combustíveis. Hoje, uma; amanhã, outra. E o "Zé" convence-se que o preço está sempre a baixar...

Ontem, foram a Galp, a Cepsa e a Total.
Amanhã, anunciam-se descidas na Repsol e na BP.

A partir da meia-noite, os preços da gasolina 95 sem chumbo serão os seguintes:
BP - 1,156
Cepsa (e Total) - 1,162
Galp - 1,149
Repsol - 1,149

Os preços do gasóleo serão os seguintes:
BP - 1,089
Cepsa (e Total) - 1,083
Galp - 1,079
Repsol - 1,078


Entretanto, em Espanha os preços continuam a baixar em ritmo acelerado, estando já abaixo de 1 euro.
E com uma característica que deveria merecer explicação dos responsáveis portugueses: a gasolina é mais barata do que o gasóleo.
(Não são esses mesmos responsáveis que, volta e meia, falam do «mercado ibérico de combustíveis»? Ainda não ouvi/li qualquer referência a esta evidente disparidade.)

Por outro lado, o Governo português, do Simplex e do Magalhães, continua a mostrar-se incapaz de publicitar os preços que se praticam no país. Aqui ao lado, há anos que o Ministerio de Industria, Turismo y Comercio divulga os preços praticados em toda a Espanha.

Imagem recolhida hoje no "site" do Governo espanhol

E, já agora, com uma dedicatória ao amigo que me escreveu «Porque no te vas a Fuentes de Oñoro, hombre?», aqui ficam os preços hoje praticados no posto de abastecimento de Fuentes de Oñoro mais próximo da fronteira portuguesa:

Gasolina 95 sem chumbo - 0,861
Gasóleo - 0,949

terça-feira, 25 de novembro de 2008

«Putas e vinho verde»

Um antigo professor enviou-me hoje esta mensagem:

«Olá, Mário, bom dia! Aprecio, como imagina, a sua página no Centro (...). Vejo que, amiúde, transcreve textos que nos chegam pela Internet. Se calhar, também já recebeu este, que abaixo transcrevo; em todo o caso, não resisto a enviar-lho, com um abraço.

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Análise económica com base na perspectiva do analista americano Dr. Marc Faber

O Governo fez deduções e devoluções do IRS. Se gastarmos esses montantes na Zara, o dinheiro vai todo para a China. Se o gastarmos em combustível, ele vai direitinho para os árabes. Se comprarmos um computador, o dinheirito irá para a Índia, China e Taiwan ou Formosa.

Se comprarmos produtos hortícolas, o dinheiro vai para Espanha, França ou Holanda, pela certa. Se comprarmos um bom carro, o destino do dinheiro será a Alemanha. Se comprarmos inutilidades, ele vai para a Formosa. Nenhum desse dinheiro ajudará a economia nacional.

A única maneira de manter esse dinheiro dentro de portas é gastá-lo em putas e vinho verde, que são os únicos produtos ainda produzidos em Portugal.

Comentário de quem mo enviou:
CONCORDO, MAS ATENÇÃO QUE GASTAR DINHEIRO NAS PUTAS É ESTAR A DÁ-LO AO BRASIL E AOS PAÍSES DE LESTE!
TRISTE PAÍS ESTE QUE ATÉ AS PUTAS JÁ VÊM DE FORA! JÁ SÓ NOS RESTA O VINHO VERDE!»

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Obrigado, Professor!
É sempre bem-vindo.
Abraço.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Isto está lindo...

Não passa um dia sem um novo escândalo.
Portugal parece ser, cada vez mais, um sítio mal frequentado.

sábado, 22 de novembro de 2008

Vitória na Lousã

A minha equipa foi hoje à Lousã vencer por 3-0 (1-0 ao intervalo).
Os golos foram marcados por Fernando, de cabeça (a passe de cabeça de João Afonso), Girão (um golaço, no coração da área, após passe de Breda) e por Breda, de cabeça (na sequência de um pontapé de canto apontado por Flávio).
No final da 1.ª volta, a minha equipa soma 17 pontos e ocupa o 6.º lugar da tabela, a par do Fátima.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A crise

«Há uma crise recente que é financeira, mas há uma crise crónica instalada em Portugal há dez anos. É a crise dos valores, a corrupção no sentido mais entranhado na estrutura do regime, a promiscuidade dos interesses do Bloco Central, a vida dupla de muitas figuras públicas que dão a cara para ganhar votos e manter poleiros, e a outra que é a dos negócios, do poder do dinheiro.

O que hoje se dá a ver é que, afinal, a crise financeira está a destapar o lençol a muitas figuras que estiveram a fingir de cadáveres políticos, mas que continuavam a trabalhar pela calada nas maiores obscuridades.

E se o BPN foi a Dona Branca dos nossos colarinhos brancos, ainda vamos saber mais, muito mais.»
Luiz Carvalho, no "Instante fatal", o blogue que mais admiro.

Um homem sem medo

«Para que vou eu falar em nomes se os nomes são conhecidos? O poder todos sabemos quem é e onde tem estado sempre, e o poder nunca gostou de mim. Tenho pago uma factura elevadíssima por me ter batido pela transparência. Basta ver aquilo em que se transformou o futebol português nos últimos 30 anos para perceber quem venceu.»
Manuel José, treinador de futebol. Hoje, no "Diário de Notícias".

Actualização

O blogue da minha equipa está actualizado.
Inseri as fotos do último jogo, alguns "assuntos atrasados" e a crónica publicada no "Diário de Coimbra" na última terça-feira.
Amanhã, a minha equipa joga (15h00) na Lousã.

Palavras sábias

"Sol" de 15/11/2008
(clique na imagem para ampliar)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O recuo da ministra (e do Governo)

Estou a acompanhar "on-line", na SIC Notícias, a declaração da ministra da Educação, após a reunião extraordinária do Governo, esta tarde.

Segundo afirmou, foram identificadas «três áreas de problemas». E disse ir tomar «um conjunto de medidas» para os ultrapassar.

É estranho que só agora o Ministério da Educação tome conhecimento do excesso de burocracia, da possibilidade de um professor ser avaliado por um colega de outra área de conhecimento, da excessiva carga horária que o processo exige aos professores e da avaliação do professor depender do sucesso dos alunos, entre outros aspectos.

(Por falar em sucesso dos alunos: o que aconteceria se este critério fosse aplicado aos professores universitários, sobretudo aos que leccionam "cadeiras" nas quais as taxas de insucesso chegam aos 70%-80%?...)

Parece-me tratar-se apenas de remendos, provando que a avaliação em curso não foi pensada (programada) com o rigor necessário - condição-base de qualquer processo de avaliação.

Também não me parece que os professores alterem, agora, as posições que vêm defendendo.

Quem é a ministra da Educação?

Maria de Lurdes Reis Rodrigues

Nascida em Lisboa, a 19 de Março de 1956

Provas de Agregação em Sociologia no ISCTE, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - 2003

Doutoramento em Sociologia no ISCTE - 1996

Licenciatura em Sociologia no ISCTE - 1984

Actividade Profissional

Presidente do Conselho Científico do ISCTE - 2004-2005

Docente no Departamento de Sociologia do ISCTE, na Licenciatura de Sociologia - 1986-2005

Investigadora do CIES, Centro de Investigação e Estudos em Sociologia.

Presidente do Observatório das Ciências e das Tecnologias do Ministério da Ciência e da Tecnologia - 1997-2002

Representante nacional no Grupo Indicadores para a Sociedade da Informação (WPIIS) da OCDE - 1999-2002

Representante nacional no Working Party of R&D and Innovation Survey, do Eurostat - 1996-2002

Representante nacional no Grupo NESTI (Working Party on National Experts on Science and Technology Indicators) da OCDE

Participação nos trabalhos de instalação do Arquivo Histórico-Social na Biblioteca Nacional de Lisboa - 1985-1989

Actividade profissional e funções de direcção, coordenação e consultoria, em diferentes instituições públicas e privadas, nos domínios da gestão dos recursos humanos e da formação profissional - 1978-1985

Coordenou projectos de investigação e grandes operações de inquérito e orientou teses de mestrado e doutoramento

Publicações

É autora de diversos trabalhos, publicados com bastante regularidade, com especial destaque nas áreas de Sociologia das Profissões e Sociedade da Informação

  • (no prelo) «O papel social dos engenheiros», em Manuel Heitor (org.) A engenharia em Portugal no Século XX, Lisboa, D. Quixote
  • (no prelo) «As mulheres engenheiras em Portugal», em Ana Cardoso de Matos e Álvaro Ferreira da Silva (orgs.), Engenheiros e Engenharia em Portugal. Séculos XIX e XX, Évora, CIDEHUS/Colibri
  • 2004 «Entre culture française, myte anglais et esprit allemand: genèse de l`enseignement technique au Portugal» em La formation des ingénieursen perspective. Modeles de référence et réseaux de médiation (XIXe et XXe siècles), Rennes, Presses Universitaires de Rennes
  • 2004 «A utilização de computadores e da Internet pela população portuguesa», Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 43 (co-autoria)
  • 2004 «Associativismo Profissional em Portugal: entre o público e o privado» em João Freire, Associações Profissionais em Portugal, Oeiras, Celta Editora
  • 2003 «A profissão de engenheiro em Portugal e os desafios colocados pelo Processo de Bolonha», em jornadas O Processo de Bolonha e as Formações em Engenharia, Universidade de Aveiro (difusão em DVD e em http://paco.ua.pt/documentos/?p=Bolonha)
  • 2003 «Qualificação da população activa em Portugal 1991-2001», em Grupo Parlamentar do PS, Novas Políticas para a Competitividade, Oeiras, Celta
  • 2002 «Sociedade da informação em Portugal: estratégia e acção política (2000-2001)», Anuário da Comunicação 2001-2002, Lisboa, Observatório da Comunicação
  • 2002 «O crescimento do emprego qualificado em Portugal», Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 40
  • 2002 «Engenharia e sociedade: a profissão de engenheiro em Portugal», em José Maria Brandão de Brito (org.), Engenho e Obra, Lisboa, D. Quixote
  • 2002 «A sociedade da informação em Portugal: metodologias de observação», em Indicadores de Ciência y Tecnologia en Iberoamerica, Agenda 2002, Argentina, RICYT
  • 2001 «O metro no quotidiano de Lisboa», em Fernanda Rolo (org.), Um Metro e Uma Cidade. História do Metropolitano de Lisboa, Vol. III, Lisboa, Edição do Metropolitano de Lisboa (co-autoria)
  • 2000 «Rumo a uma sociedade do conhecimento e da informação», em António Reis (org.) Portugal no Ano 2000, Círculo de Leitores e Comissariado da Expo 2000 Hannover, Lisboa (co-autoria) (texto publicado também na versão alemã da mesma obra)
  • 2000 «Recursos humanos na sociedade da informação», Cadernos de Economia, Lisboa (co-autoria)
  • 2000 «Ciência e tecnologia», O Economista, nº 13
  • 2000 «Os portugueses perante a ciência», em Maria Eduarda Gonçalves (org.), Cultura Científica e Participação Política, Oeiras, Celta
  • 1999 Os Engenheiros em Portugal, Oeiras, Celta
  • 1999 «A cidade subterrânea: Lisboa e o metropolitano (1957-1997)», Inforgeo, n.º14 (co-autoria)
  • 1998 «Profissões: protagonismos e estratégias», Portugal, que Modernidade?, Oeiras, Celta (co-autoria) (texto publicado também na versão inglesa da mesma obra)
  • 1997«Le génie electrotechnique au Portugal», em Laurence Badel (org.), La Naissance de L´Ingénieur-Électricien. Origines et Développement des Formations Nationales Électrotechniques, Paris, Association pour L'Histoire de l'Electricité en France/PUF
  • 1997 Sociologia das Profissões, Oeiras, Celta (2.ª edição 2001)
  • 1996 «Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)», «Manuel Rocha», «Edgar Cardoso», «Duarte Pacheco» e «Congressos de Engenharia», em Fernando Rosas e J.M. Brandão de Brito (orgs.) Dicionário de História do Estado Novo, Lisboa, Círculo de Leitores (co-autoria)
  • 1995 As Chefias Directas na Indústria, Colecção Estudos, Lisboa, IEFP (co-autoria)
  • 1995 «Atitudes da população portuguesa perante o trabalho», Organizações & Trabalho, nº 14
  • 1995 II Inquérito à Situação Socio-Profissional dos Diplomados em Engenharia, 1994. Relatório Global, Comité Nacional FEANI (policopiado)
  • 1994 «A situação dos engenheiros em Portugal entre 1972-1991», Organizações & Trabalho, nº 10
  • 1993 Sociedade, Valores Culturais e Desenvolvimento, Lisboa, Publicações D.Quixote (co-autoria)
  • 1993 «Mulheres empresárias: contribuição para o estudo do trabalho feminino», Organizações & Trabalho, nº 5/6
  • 1992 «Os encarregados na indústria portuguesa», Sociologia Problemas e Práticas, nº 11 (co-autoria)
  • 1991 «Woman managers in Portugal»,Iberian Studies, 20 (1&2)
  • 1990 Empresários e Gestores da Indústria em Portugal, Lisboa, D. Quixote (co-autoria)
  • 1990 «Mulheres 'patrão'», Sociologia, Problemas e Práticas, nº 8
  • 1989 «Mulheres na função empresarial», Organizações & Trabalho, n.º 1

A Página

"Centro", de 19/11/2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gasolina: não se deixe enganar!

Preços de hoje, em Portugal (gasóleo e gasolina 95, respectivamente):

Cepsa: 1,116 e 1,205

Galp: 1,119 e 1,199

Preços de hoje, em Espanha (Fuentes de Oñoro, mesmo na fonteira):

Cepsa - 0,963 e 0,901

No caso da gasolina sem chumbo de 95 octanas, o preço em Espanha é mais baixo cerca de 40 escudos por litro, na moeda antiga!

(Ou seja, num depósito de 45 litros os espanhóis gastam menos 1.800 escudos!!!)

Não consigo evitar um sorriso sempre que os responsáveis das gasolineiras portuguesas aludem aos «preços no mercado ibérico» como justificação para os preços praticados em Portugal.

Como se explica, então, que em Espanha a gasolina seja mais barata que o gasóleo? (menos quase 13 escudos por litro!)

É por estas e por outras que sinto revolta sempre que tenho de abastecer...

Política: a pouca vergonha

O país acordou hoje com as rádios e as televisões a analisarem declarações (ao que parece, irónicas) de Manuela Ferreira Leite.
Como se não houvesse problemas bem mais importantes no país.

A líder do PSD continua a sua "via sacra".
E os responsáveis do PS aproveitam para desviar as atenções dos cidadãos daquilo que é essencial.

O desemprego sobe? O PS não comenta.
O Governo recua na questão das faltas dos alunos? O PS não comenta.
Sucedem-se as trapalhadas na Educação? O PS não comenta.
O ministro das Finanças é considerado o pior de toda a Europa? O PS não comenta.
Sócrates entrega "Magalhães" e, minutos depois, as máquinas são retiradas às crianças? O PS não comenta.

Há uma qualquer polémica? O PS já comenta.

* * *
«Se este Governo não fosse um manancial de arrogância, podia ser muito razoável. Mas mesmo assim vai deixando obra, de forma algo estrambólica: primeiro toma a decisão, depois lança a confusão, acaba por encontrar uma solução.»

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Governo PS: vale tudo!

"Magalhães" retirados após saída de Sócrates

No passado dia 12 de Novembro, o primeiro-ministro deslocou-se a Ponte de Lima para inaugurar duas escolas e entregar "Magalhães" aos 185 alunos da Escola do Freixo e 74 aos alunos de Refóios.

A distribuição foi feita pelo próprio José Sócrates e os miúdos não esconderam a sua alegria.

O que só ontem se veio a saber foi que, depois da comunicação social ter registado o momento e os governantes se terem ido embora, os alunos tiveram que devolver os computadores que tinham recebido.

Já nada espanta neste Governo.
São "trapalhadas" atrás de "trapalhadas". E já nem os jovens estudantes escapam ao "frenesim propagandístico".
Pobre país!

A importância da vírgula

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Mensagem adicional:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

– Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
– Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

(Campanha dos 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa; recebida por e-mail)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Os impolutos (*)

O sítio anda muito agitado e mesmo entusiasmado com o escândalo BPN e espera a todo o momento grandes notícias sobre os principais figurões que andaram anos e anos, nas barbas de reguladores e de supervisores, a manobrar milhões e milhões de um lado para o outro, milhões vindos sabe-se lá de onde e que ainda não se sabe a que bolsos foram parar.

É evidente que nestas coisas de bancos e banquetas os rumores valem o que valem e ninguém sabe ao certo até que ponto, nas barbas das autoridades supervisoras, dirigidas obviamente por gente completamente impoluta,se desenrolaram monumentais operações de branqueamento de muitos milhões. Os rumores, neste sítio manhoso, hipócrita, invejoso, pobre e cada vez mais mal frequentado, valem o que valem e não interessa andar por aí a desconfiar da imensa legião de impolutos, senadores desta República comandada nestes 34 anos de Democracia por grandes figurões do PS e do PSD, os verdadeiros donos do sítio, para o mal e para o bem. Particularmente para o mal se tivermos em conta os resultados obtidos em matéria de desenvolvimento económico, bem-estar social e nível de vida dos indígenas, que pacientemente vão alimentando tal gente a pão-de-ló com o dinheiro dos impostos que são obrigados a pagar e a vão mantendo no poder com os generosos votos nas muitas eleições autárquicas, legislativas e presidenciais.

A falência do BPN, que o querido Estado abraçou a tempo e horas para evitar males maiores, está a provocar muita excitação no espírito de muitos cidadãos, convencidos na sua eterna boa-fé de que desta vez os figurões que andaram a jogar com muitos milhões de um lado para o outro vão mesmo ser apanhados pela chamada Justiça e que a verdade vai ser, por uma vez na vida, totalmente conhecida. Cidadãos que andam obviamente iludidos com o espectáculo montado e com as declarações solenes dos responsáveis do costume.

Cidadãos que obviamente ainda acreditam no Pai Natal e que passam a vida a pensar que um dia destes ainda vão ser testemunhas de um qualquer milagre. Mas desenganem-se. Os figurões impolutos do sítio não estão apenas nos partidos políticos do Bloco Central, na administração central e local. Os figurões impolutos estão em todo lado. Os figurões impolutos do sítio também estão na Polícia e na Justiça. Os figurões impolutos do sítio, acreditem, comem tudo e não deixam mesmo nada. E enganam os tolos com papas e bolos.

(*) António Ribeiro Ferreira, no "Correio da Manhã" de hoje

domingo, 16 de novembro de 2008

Início de semana





Divirtam-se.

Empate em casa

A minha equipa empatou ontem (1-1), em Fala, com o Fátima.
Ao intervalo os visitantes estavam em vantagem.
O Vigor empatou de "penalty", por Girão, a meia hora do final do jogo.
Mais pormenores no blogue da equipa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pensamento do dia

«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»
(Thomas Jefferson, 1802 / recebida por e-mail)

Bom fim-de-semana!
Hoje de manhã tinha na caixa de correio a seguinte mensagem da Via Verde:

(clique para aumentar)

Como toda a mensagem merece resposta, enviei o seguinte texto à Via Verde:

Exmos. Senhores,

Muito bom dia.

Agradeço a vossa mensagem.

Fiquei sensibilizado quanto às vantagens que V. Exas. me oferecem se aderir ao extracto electrónico.

No entanto, e embora não o refiram na vossa mensagem, V. Exas. também beneficiam de várias vantagens:

1. Rapidez - evitam todo o processamento do correio

2. Comodidade - é mais fácil enviar um e-mail do que uma carta

3. Facilidade - evitam deslocações aos CTT, bastando um clique para o efeito

4. Apoiam o meio ambiente

5. Poupam em recursos humanos

6. Poupam em papel

7. Poupam em envelopes

8. Poupam em impressão

9. Poupam em despesas postais

Dado que os vossos benefícios são muito superiores aos meus, permito-me sugerir que me atribuam um desconto no valor da factura se eu resolver aderir ao extracto electrónico.

Enquanto isso não suceder, prefiro continuar a receber a habitual factura, até porque já gastei algum dinheiro na compra das pastas arquivadoras.

Com os melhores cumprimentos,

Mário Martins

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Gasolina: não se deixe enganar

Não se deixe enganar com as notícias que "pingam" diariamente sobre a descida do preço dos combustíveis: hoje é uma empresa a descer os preços, amanhã é outra, e assim sucessivamente.
Mas os preços pouco baixam!

A CEPSA anunciou hoje que passa a praticar os seguintes preços: gasolina sem chumbo, 1,225; gasóleo, 1,146.
Aqui ao lado, em Fuentes de Oñoro, os preços são hoje os seguintes: gasolina sem chumbo, 0,959; gasóleo, 0,979.
A diferença, no caso da gasolina, é de 53 escudos (por litro) na moeda antiga!!!

Até os departamentos da União Europeia assinalam que algo está errado:
«Segundo dados da Direcção-Geral de Energia e Transportes da União Europeia, a 27 de Outubro [em Portugal] o litro de gasolina 95 octanas, sem impostos, era 4 cêntimos mais caro do que em Espanha e 3 cêntimos mais caro que a média europeia.» (Jornal de Notícias)

PS - No sábado, enchi o depósito nas Caldas da Rainha, num posto do "Pingo Doce". Paguei por cada litro de gasolina sem chumbo 1,179.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ao lado dos professores

Antigo professor efectivo (abandonei a profissão há 17 felizes anos, porque já nessa altura pensava que o Estado me tratava mal) e casado com uma professora (que trabalha na mesma escola há 28 anos!), sei bem como os sucessivos governos têm espezinhado a classe docente.

[Aliás, cada vez reforço mais a minha convicção de há muito que a Educação só conhecerá melhores dias quando o ministro - ou a ministra - for um professor primário. Estamos fartos de ver o que dá ter como ministros professores do Ensino Secundário ou do Ensino Superior...]

Por isso, em homenagem aos professores de Portugal, sobretudo aos 120.000 (!!!) que se manifestaram no sábado em Lisboa, publico aqui um video retirado do blogue do meu grande amigo Carlos Carranca - também ele um professor que no sábado desfilou nas ruas da capital. E um verdadeiro socialista.



A manifestação no canal que eu vejo:

sábado, 8 de novembro de 2008

Vitória (nas Caldas) emocionante

A minha equipa foi hoje vencer às Caldas da Rainha por 3-2.
O jogo teve uma 2.ª parte emocionante, como há muito não via. (Aliás, também é não todos os dias que a equipa visitante chega à meia hora de jogo a vencer por 3-0).
Os golos foram apontados por João Afonso (por volta dos 15 minutos), Flávio (cerca dos 25 minutos) e Girão (à meia hora, de "penalty", depois de falta cometida sobre João Afonso na grande área).
Mas houve mais duas grande-penalidades, ambas em "tempo de descontos". Ainda na 1.ª parte, aos 47 minutos, o Caldas reduziu para 1-3. No final do jogo, aos 93 minutos, o Caldas voltou a marcar de "penalty".
A emoção esteve no facto da minha equipa ter passado toda a 2.ª parte a defender a vantagem obtida no 1.º tempo. A defender?... Não; a defender, a defender, a defender, a defender!
Grande jogo, portanto, num belíssimo relvado sintético, na Mata da Rainha D. Leonor. Com final feliz. E justo, já agora.

PS - Uma curiosidade: os golos foram marcados pelos mesmos jogadores que tinham "facturado" na jornada anterior. E pela mesma ordem! Outra curiosidade ainda: na semana passada, João Afonso fez o passe para Girão marcar; desta feita, João Afonso sofreu a falta que deu origem ao "penalty" que Girão converteu.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Alma portuguesa

É meu e vosso este fado
destino que nos amarra
por mais que seja negado
às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve um gemido
duma guitarra a cantar
fica-se logo perdido
com vontade de chorar

Ó gente da minha terra
agora é que eu percebi
esta tristeza que trago
foi de vós que a recebi

E pareceria ternura
se eu me deixasse embalar
era maior a amargura
menos triste o meu cantar

Ó gente da minha terra
agora é que eu percebi
esta tristeza que trago
foi de vós que a recebi


Deixo aqui 6 minutos em que se sente palpitar a alma portuguesa.
Profunda. Enorme. Nossa.

Bom fim-de-semana.

Síntese noticiosa

1.
Menos de 50 deputados estavam na Sala do Senado, no Parlamento, no início do debate sobre a mensagem do Presidente da República sobre a promulgação da mudança do regime jurídico do divórcio.

2.
Martins do Santos, ex-árbitro de futebol, e António Henriques, ex-vice-presidente do Conselho de Abitragem, foram condenados, quarta-feira, a 20 e 28 meses de prisão, respectivamente, pelo crime de corrupção desportiva.

3.
O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Santo Tirso deteve, esta quarta-feira, na Trofa, um indivíduo que se preparava para assaltar a mesma residência pela quinta vez. O homem, de 43 anos, está agora em prisão preventiva, tendo sido encaminhado para a prisão de Custóias.

4.
O Correio da Manhã retoma a partir de sexta-feira a distribuição de DVD com a compra do jornal. Comando, Marcado para Matar, Beijo da Morte, Desaparecido em Combate ou Chuva de Fogo são alguns dos filmes que o diário irá disponibilizar, todas as sextas-feiras até 12 de Dezembro por 1,95 euros.

5.
O Tribunal de Felgueiras condenou a presidente da Câmara local a três anos e três meses de prisão e perda do mandato.
Fátima Felgueiras foi condenada por três dos 23 crimes de que era acusada - peculato, peculato de uso e abuso de poder -, mas a pena foi suspensa pelo mesmo período de tempo.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sócrates e a banha da cobra



SINTO-ME ENVERGONHADO
ao ver o primeiro-ministro do meu país a desempenhar o papel de vendedor de banha da cobra numa cimeira de chefes de Estado e de Governo. De cada vez que a cena passa na televisão, sinto vontade de me enfiar num buraco. A cena revela falta de sentido de Estado, falta de bom senso e falta de vergonha.

Por Alfredo Barroso

(Pode ler o texto na íntegra no "Sorumbático")