sábado, 10 de janeiro de 2009

Viena gelada

Impressões na mudança de ano

O prometido é devido.
Embora com um dia de atraso («O homem põe e Deus dispõe»), cá estão as impressões sobre alguns acontecimentos do final de 2008 e início de 2009.

JAIME SOARES não concorda com a decisão de Manuela Ferreira Leite de impedir os candidatos autárquicos de concorrerem à Assembleia da República. Li as declarações no "Público". Jaime Soares diz que os autarcas que forem eleitos para a Assembleia só lá podem estar seis meses; depois terão de optar. Para ele é tudo claro. Penso que faltou ao jornalista fazer duas perguntas: se optar pela Assembleia, não estará a enganar os eleitores do concelho (que votaram para que ficasse na Câmara)? e se optar pela Câmara, não estará a enganar os eleitores do distrito (que votaram para ficasse na Assembleia)? Claro que Jaime Soares nem sequer pensa nisso. É por estas e por outras que a credibilidade dos políticos está como está. Basta ler os comentários no "Público" para perceber como a realidade do dia-a-dia, das pessoas que trabalham e pagam impostos, é diferente da realidade política.

A DERROTA mais dolorosa da "minha equipa" aconteceu no sábado passado em Porto de Mós, como já relatei no blogue respectivo.

OS "FOGUETES DE LÁGRIMAS", como se dizia quando era miúdo, voltaram a Coimbra na passagem de ano. Vi à distância, no terraço de um amigo. Foram 13 minutos a queimar, bem mais (e melhor) fogo do que nas Festas da Rainha Santa, quando dezenas de milhar de pessoas visitavam a cidade. Crise?! Qual crise? (A mesma Câmara que gastou milhares de euros com os foguetes veio, dias depois, pedir aos cidadãos para oferecerem cobertores para distribuir aos sem-abrigo. Parece que andamos a brincar, num "país de malucos"...)

APROXIMAM-SE ELEIÇÕES e o "Diário As Beiras" foi ouvir os responsáveis concelhios dos partidos. Tenho lido os títulos e olhado as fotos. (Prometi a mim mesmo perder pouco tempo com as "tricas" da Política: eles dizem uma coisa, a malta vota neles e depois eles fazem outra, impunemente. Então, já que não é possível puni-los, pelo menos não me sinto enganado. Não leio, pronto. E quanto a ir votar... estou a reflectir.) Mas voltemos ao jornal e às entrevistas. Manuel Oliveira: «Encarnação saberá ouvir Concelhia PSD na escolha dos vereadores». Henrique Fernandes: «PS vai ganhar as eleições em Coimbra». Francisco Queirós: «Candidato será conhecido a 14 de Fevereiro». Luís Providência: «CDS garante estabilidade da coligação na Câmara de Coimbra». Estes foram os títulos de 1.ª página. Agora olhem para as fotos que os acompanham e digam-me o que acham. Para mim, a única afirmação que acolho sem reservas é a do dirigente comunista.

A BRIOSA continua, imparável, a caminhar para o abismo. O clube perdeu identidade e, como resultado disso, as bancadas do estádio situado dentro do ECC (Empreendimento Comercial do Calhabé) estão cada vez mais vazias. Esta semana, num jogo para a "Taça da Liga", terão estado 615 espectadores (números oficiais) ou 287 (contagem da Rádio Universidade). Ao que isto chegou! Há um amigo meu que está convencido que o sistema de contagem de espectadores soma os pés, mas que depois esquece-se de dividir o número por dois... Cá por mim, há cerca de ano e meio que decidi deixar de me deslocar ao estádio, porque não vou a sítios aonde me sinta maltratado. E como me sinto tratado de forma terceiro-mundista no estádio do Calhabé (se quiserem, eu explico porquê), deixei de lá ir. Mas fui pagando as quotas de associado da Briosa. Até há pouco.

LIXO na cidade é muito. A cidade está porca. Sobretudo em algumas zonas. Até pensei que tinha deixado de haver varredores. Mas não, não acabaram. Noutro dia encontrei vários deles, em plena actividade. Até tirei fotos aos homens, às vassouras e ao carro de mão. Sabem onde? Na Solum, nas imediações do "Dolce Vita". Na minha rua, na freguesia de Eiras, nunca os vi - e já lá moro há 13 anos. Ou seja, a "Coimbra dos ricos" tem varredores, a "Coimbra dos pobres" não tem. Porca miséria.

A OBRA DO ANO 2008 em Coimbra, para mim, é indiscutível: a rotunda da Estrada de Eiras. Uma beleza! Volto a escrever o que já aqui escrevi: o autor do projecto deveria ser distinguido e o seu nome conhecido de todos os conimbricenses. Foi construída, logo alterada e depois novamente alterada. Os acidentes sucedem-se. Os trabalhadores da Câmara estão no local repetidamente para "remendar" os estragos. É a obra mais acompanhada de sempre em Coimbra. Os veículos pesados vêm-se aflitos para a circundar, os camiões de abastecimento do "Minipreço" não conseguem entrar à primeira. É um óptimo local para recolher jantes, pára-choques e outros adereços automóveis. Basta passar perto das 8 da manhã para ver o espólio da rotunda aumentar. Tenho fotos de várias destas situações, que em breve aparecerão aqui no blogue. Bem sei que é uma simples rotunda. Mas é nas pequenas obras que, muitas vezes, se alicerçam as grandes políticas. A rotunda da Estrada de Eiras é exemplar.

CORTEJO DOS REIS voltou às ruas de Coimbra. Li os dois diários, pela manhã, e fiquei a saber que a cidade se alheara da iniciativa. Afinal, as notícias diziam uma coisa e a realidade tinha sido outra... Mais tarde, um amigo que se deslocara aos Olivais, para assistir à chegada dos Reis disse-me que muitas centenas de pessoas enchiam por completo a escadaria da Igreja de Santo António. Afinal, os jornais - pressionados pela hora tardia do cortejo e a necessidade de "fechar" as edições - falavam do início do cortejo; o meu amigo falou-me do final do cortejo. A "vida dos jornais" tem destes perigos.

O CHEQUE referia 25 euros em algarismos e «trinta e cinco euros» por extenso. A instituição bancária onde o cheque foi depositado decidiu devolvê-lo e debitar mais de 13 euros ao titular da conta. A proceder assim, não tenho dúvidas de que os lucros da Banca vão continuar a ser substanciais. O "caso do cheque" segue agora para o Banco de Portugal.

ASUS é marca de computadores de que nem quero ouvir falar. O computador de secretária, comprado há dois ou três anos, necessita de uma fonte de alimentação nova. Ando há dois meses a tentar comprá-la, já enviei uma dezena de e-mails para a Asus e... nada. Portanto, se comprarem um Asus, tiverem um problema como eu tive e ficarem com uma máquina quase nova inutilizada, não se queixem, por favor. Estão avisados.

«CARTÃO DE CONTRIBUINTE no país do Simplex» bem poderia ser o tema de um conto. Ou de uma novela. O cidadão que requereu a emissão de um cartão de contribuinte em Fevereiro de 2008 ainda continua à espera que as Finanças lho enviem. Afinal, só se passaram 11 meses!!! As televisões mostaram-nos um país de Empresa na Hora, Cartão do Cidadão, Simplex e Magalhães. A realidade, afinal, é bem mais negra. (Aliás, parece que uma televisão vai contar em breve este caso exemplar...).

CASO DO CONCURSO CAMARÁRIO. O tal que foi aberto durante três dias em pleno Verão. E que acabou em finais de Dezembro de forma pouco habitual. Prometo e cumpro: não falo nele. Mas penso que alguém deveria investigar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Regresso

Estou de volta.
Com o período das festas para trás, retomo o contacto com quem visita este espaço.

Amanhã vou tentar escrever sobre os assuntos que retive destas duas semanas:
- o desejo de Jaime Soares em ser e não ser deputado;
- a derrota mais dolorosa da "minha equipa";
- os "foguetes de lágrimas", como se dizia quando era miúdo, no Fim de Ano em Coimbra;
- as oportunas entrevistas que o Diário As Beiras está a publicar com os responsáveis partidários de Coimbra e a qualidade das fotos que as acompanham;
- os 300 (ou 600) espectadores no último jogo da Briosa;
- o lixo na cidade;
- a "Obra do Ano" de 2008 em Coimbra;
- a multidão no Cortejo dos Reis;
- o misterioso caso do cheque devolvido;
- a peça que a Asus não envia há dois meses.

Se tiver tempo ainda tentarei escrever sobre a rua em que vivo, que consegue um recorde digno do Guiness: nunca foi varrida nestes últimos 13 anos!

Quanto à "estória" do Cartão do Contribuinte, continua na mesma. Na mesma, não... Entretanto já se passaram 11 meses e as Finanças continuam a não emitir o cartão. (Será que se pode pedir uma indemnização pelos prejuízos que a situação acarreta?)

Estou mesmo a ver que, com tantos assuntos, nem sequer terei tempo de falar da entrevista (que não vi) do primeiro-ministro, nem sequer das iniciativas (bem "apanhadas") da Juventude Socialista a agitar a "paz podre política" em que vivemos em Coimbra.

Da "novela" do tal concurso camarário aberto durante três dias no mês de Julho é que, quase com toda a certeza, não escreverei. (Aliás, prometi a mim mesmo reduzir em 2009 o número de "temas tristes" aqui no blogue...)

Portanto, se quiserem cá voltar amanhã, haverá certamente muito para ler. E para deitar fora.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Página


"Centro" de 31 de Dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Festas Felizes

O meu computador caseiro, um Asus, continua no hospital, à espera de uma peça que deverá chegar de Espanha.
Já lá vai mês e meio, porque conseguir que a Asus venda a peça é quase tão difícil como acertar no Totoloto.

O portátil está com um problema de excesso de glóbulos vermelhos, que irritam mesmo o mais calmo dos utilizadores.

Como se isto não bastasse o computador profissional teve um "apagão" que fez desaparecer todos os ficheiros dos últimos dois meses e meio.

Tudo junto é excessivo para um simples cidadão. Por isso, decidi regressar ao passado e virar as costas à informática durante este tempo de festas. Durante duas semanas, computador só - mesmo - para o essencial.

No entanto, não quero iniciar esta travessia do deserto sem desejar a quantos visitam este espaço
Santo Natal
e
Óptimo 2009!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Tarde-não

A minha equipa sofreu hoje pesada derrota, em Fala, por 6-2, frente ao Alverca. Ao intervalo, os visitantes venciam por 2-1.
A descrição do jogo pode ser feita de vários modos.

1
A minha equipa marcou a abrir e a fechar o jogo, mas pelo meio sofreu seis golos do Alverca.

2
A minha equipa marcou dois golos, ofereceu outros dois, o árbitro ofereceu outro e o Alverca marcou três.

3.
Num jogo de gritos (os jogadores do Alverca não pararam de gritar...), com a pior arbitragem desta época, o Vigor foi incapaz de aguentar o corpo-a-corpo com o Alverca e sofreu copiosa derrota.

4.
Depois de na 1.ª volta ter ido vencer a Alverca por 2-1, a minha equipa perdeu hoje em casa por 6-2, confirmando assim que se sente melhor a jogar em terrenos alheios.

Agora, mais formalmente...
O jogo começou com uma grande oportunidade de golo, desperdiçada pela minha equipa. Aos 8 minutos, uma bola perdida na pequena área ficou à frente de um jogador do Vigor que não foi rápido a rematar.
No minuto seguinte, porém, Flávio captou a bola à entrada do meio-campo do Alverca, correu para a baliza, aguentou a tentativa de desarme do adversário e marcou um bonito golo.

A minha equipa jogava de igual para igual.
Aos 14, ganha um livre a meio-campo e tenta marcá-lo rapidamente. A bola é interceptada por um contrário e na sequência do lance surge um pontapé de canto em que a bola cruza toda a baliza e... 1-1.

O equilíbrio era a nota dominante. E o Alverca (que na próxima época terá certamente uma grande equipa sénior...) não hesitava em recorrer ao anti-jogo sempre que os adversários tentavam iniciar jogadas de ataque.
Equipa matreira, futebolisticamente adulta (no mau sentido), a que ontem visitou Fala.

Por esta altura do jogo começou a notar-se que o árbitro não era "grande espingarda". Na dúvida, marcava sistematicamente contra o Vigor. Nos lances de choque, entre os corpulentos do Alverca e os franzinos do Vigor, assinalava sempre contra a minha equipa.
Apenas um exemplo da falta de categoria do árbitro: Breda prepara-se para receber a bola no peito, de costas para a baliza, junto à área e é carregado pelas costas. Carregado não, projectado! O "homem do apito" nada assinalou!

A quatro minutos do intervalo, noutro rápido contra-ataque, o Alverca chegou à vantagem.
Mas o resultado continuava em aberto quando as equipas regressaram aos balneários.

Tudo mudou nos primeiros cinco minutos da 2.ª parte.
Logo a começar, o Vigor falha um golo certo, num remate frouxo, já na área, frente ao guarda-redes forasteiro.
Depois, uma descoordenação entre um defensor e o guarda-redes da minha equipa dá o 3.º golo aos visitantes, que só não foi auto-golo porque um jogador do Alverca ainda tocou a bola em cima da linha de baliza.
Dois minutos depois, a equipa de arbitragem decide "participar" no resultado. Um jogador da minha equipa joga a bola em cima da linha lateral, mesmo bem em cima, numa saída para o ataque. O fiscal-de-linha decide assinalar "bola fora", o arremesso é feito rapidamente e um jogador do Alverca, quase sem saber como, chuta com a canela, a bola faz um efeito caprichoso e entra na baliza.

A perder por 4-1, no início da 2.ª parte, a minha equipa sentiu que o jogo estava definitivamente perdido. Continuou a lutar, mas sem grande clarividência. E em dois rápidos contra-ataques o Alverca chegou ao 6-1.

No "período de compensações", na marcação de um livre na meia-esquerda, Barreto assinou o golo da tarde, com um pontapé cruzado, forte, a fazer a bola entrar junto ao ângulo superior. Golaço!

A gorda vitória do Alverca não acalmou os ânimos de alguns adeptos. Um deles, no final do jogo, manifestou bem alto a sua discordância com a equipa técnica junto ao túnel de acesso aos balneários. "Espectáculo"!

(Recorde-se que, na 1.ª volta, houve pancadaria nas bancadas, entre adeptos do Alverca, tendo sido necessário mandar chamar um grande reforço policial! A reportagem foi aqui publicada.)

Quanto ao árbitro, é para já o grande candidato ao título de "pior do campeonato". Sem categoria.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Blogue actualizado

Estive ausente do blogue durante alguns dias devido a indisposição prolongada. Nem a "Página" para o "Centro" desta semana tive tempo de preparar.
Agora, já praticamente "em forma", regresso a este local de encontro.

* * * * *
Afinal, a ausência foi menos prolongada do que a espera por uma peça para o meu computador Asus de secretária.
Depois de dezenas de telefonemas, de longa troca de e-mails, parece que a "mini-fonte de alimentação" chegou esta tarde (será verdade?) a Coimbra. E talvez amanhã tenha o computador novamente em casa.
Tudo isto dura há cinco (!!!) longas semanas.

Talvez seja útil contar como se processa a assistência Asus no caso de uma peça avariar.
O meu fornecedor teve de pedir a peça a uma das empresas reconhecidas pela Asus, que por sua vez teve de a pedir a um dos três importadores de peças da Asus para Portugal (dois recusaram fornecer a peça) e, finalmente, o importador teve de pedir a peça à Asus, em Espanha.
Depois, o processo decorreu ao contrário: da Asus para o importador, deste para a "empresa reconhecida" em Coimbra e, finalmente, para as mãos do meu fornecedor/reparador - que também é uma empresa.
Cinco semanas para uma simples peça viajar de Espanha para Portugal!
(Há dias comprei um televisor em França e ele chegou a minha casa em menos de 72 horas. E moro num 3.º andar!).
Como estamos no Natal, esta informação sobre a Asus pode ter interesse para alguém...

* * * * *
Entretanto, actualizei o blogue da minha equipa.
E contei lá uma "estória" que fica aqui também, como forma de homenagem a um "gentleman" do desporto que conheci quando me iniciava nas lides jornalísticas – Juan Callichio, argentino, treinador de futebol.
Aqui fica ela...

«O jogo em Castelo Branco foi disputado sob um vento intenso, numa tarde gélida.
Na 1.ª parte o Vigor jogou a favor do vento e conseguiu marcar um golo.
Ao intervalo, comentava-se que a 2.ª parte iria ser muito difícil para o Vigor, já que o Benfica de Castelo Branco iria tentar o empate e, a favor do vento, abusar dos passes longos e dos remates de longe.

Lembrei-me, então, de uma vitória do U. Coimbra, no Estádio da Tapadinha (Lisboa), numa final do Campeonato Nacional da III Divisão.
O U. Coimbra chegou à vitória na 2.ª parte, a jogar contra o vento. No final do jogo, "provoquei" o treinador unionista, Juan Callichio, dizendo-lhe que tinha tido muita sorte por ganhar o jogo naquelas condições.
A resposta da "velha raposa" foi esclarecedora: «Amigo, as boas equipas jogam sempre melhor contra o vento!».
Eu, jovem jornalista a iniciar-me nas lides, fiquei com esta máxima guardada na memória até hoje.

No sábado passado, em Castelo Branco, quando se faziam prognósticos sobre a 2.ª parte, recordei aos companheiros de viagem o episódio vivido com Callichio há uns 35 anos.
Eles olharam-me com ar de quem não acreditava muito. E não ficaram convencidos.
Por isso, quando o jogo acabou (depois do Vigor ter marcado três golos na 2.ª parte, a jogar contra o forte vento), não fui capaz de evitar a pergunta:
– Então quem é que percebe de futebol, quem é?...»


PS - A fonte de alimentação da Asus chegou mas... não era a do meu computador! Para além do atraso, cheira-me a grossa incompetência.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Inverno

Coimbra, hoje

Por mês ou por dia?


"Newslletter" do Correio da Manhã

Gala


Realizou-se ontem à noite a "Gala do Desporto", uma iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra.
Homenagear os melhores é questão de justiça.

Justíssimo foi o troféu entregue ao César Pegado, a distinguir uma vida inteira dedicada ao desporto – com qualidade, com alegria e com espírito de voluntariado.

Teve mais dinâmica a "Gala" deste ano.
Mas nem por isso foram evitadas várias "gaffes", a principal das quais foi a entrega do prémio da Associação Distrital de Judo de Coimbra a um dirigente da... ACM.

****

PS – Ao jantar conversou-se sobre muita coisa. A certa altura disse da minha convicção quanto a um inevitável forte "abanão social", dada a crise em que vivemos. Uma crise profunda, a vários níveis. Como já é habitual, fui acusado de "pessimista". Hoje de manhã vejo que Mário Soares escreve no "Diário de Notícias" o seguinte: «Oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do País, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir.» Está visto que Mário Soares é um pessimista.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sessão em directo


Dia histórico.
Pela primeira vez, um blogue está a transmitir em directo a sessão do Executivo municipal.

Memória

Celavisa (Arganil)
Placa em prédio fronteiro à igreja paroquial, onde ontem me fui despedir do João Maló, uma amizade iniciada na Agência Lusa

sábado, 13 de dezembro de 2008

Goleada ao frio

A minha equipa foi hoje a Castelo Branco derrotar o Benfica local por 4-0 (1-0 ao intervalo), numa tarde gélida, sem chuva mas com um vento forte que "cortava" a pele.
Com este triunfo, o Vigor tornou-se a equipa com mais vitórias em terrenos adversários: cinco em oito jogos! Uma percentagem de triunfos fora de casa (62,5%) pouco vulgar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mondego de areia

Para comprovar como o leito do Mondego é um imenso areal basta clicar aqui.
As imagens do Google Maps não deixam dúvidas.
(E hoje a situação ainda estará pior...)

Gasóleo a 0,999

O posto da Total na Avenida Inês de Castro, em Coimbra, está hoje a vender o gasóleo a 0,999 euros/litro.
A gasolina sem chumbo de 95 octanas tem o preço de 1,114 euros/litro.

(Não consigo compreender. A gasolina já esteve apenas 6 cêntimos mais cara do que o gasóleo e agora volta a distanciar-se para os 11-12 cêntimos, por litro. Não percebo a razão desta disparidade, até porque aqui ao lado, em Espanha, a gasolina está mais barata do que o gasóleo, como aliás sucede um pouco por toda a Europa. Há qualquer singularidade portuguesa na formação dos preços, só pode ser isso...)

Para os adeptos desta informação, aqui ficam os preços que a Cepsa está a praticar hoje em Fuentes de Oñoro, mesmo junto à fronteira com Portugal.
gasóleo - 0,869
gasolina 95 sem chumbo - 0,844

Citações

«O desvairado Lino dispara em todas direcções e não quer perceber que de nada adiantará gastar mais uns valentes milhões numa auto-estrada para o deserto de Bragança, onde nem já as brasileiras medram.»
(Luiz Carvalho, in "Instante fatal")

«O país não precisa de alcatifas novas nem de halls de entrada com embutidos. Infelizmente os nossos ministros pensam como os autarcas: em redondo, em rotunda. Uns rotundos idiotas.»
(idem, idem)

«O Diário As Beiras, em artigo não assinado, revela em exclusivo, que a “Académica não pagou telefones do estádio”. Depois, ficamos a saber que era a TBZ que pagava os telefones da divisão de desporto da Câmara Municipal de Coimbra, que está mais ou menos clandestina no Estádio que é Municipal. A festa dura há 5 anos. Mas ninguém liga!»

Recortes de família

"Despertar" de hoje

"Campeão das Províncias" de ontem
(clique nas imagens para ampliar)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O (triste) estado da Nação


Ontem à noite assisti parcialmente à entrevista de Henrique Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, à SIC Notícias.

São palavras dolorosas – mas reais – sobre a sociedade em que vivemos.
Os dados económicos assustadores. O crescente empobrecimento da população. A insatisfação a aumentar.
Medina Carreira chega a comparar a situação actual com a que existia em 1973. Para bom entendedor...

A entrevista está disponível no sítio da SIC Notícias (11/12/2208 - Negócios da semana).
Vale a pena ver.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Alemanha gelada

Preço dos combustíveis

Como sei que há vários adeptos desta informação, publico os preços que a Cepsa está a praticar hoje em Fuentes de Oñoro, junto à fronteira com Portugal:
Gasolina 95 sem chumbo - 0,858
Gasóleo - 0,885

Som de jazz

Se gosta de trabalhar ao som de jazz clique aqui.

Postal de Boas Festas

BOAS FESTAS E EXCELENTE ANO NOVO!!!

Para todos aqueles que em 2008 me passaram correntes dizendo que, se as reenviasse, ia ficar rico ou milionário, informo que NÃO FUNCIONOU!

Em 2009 por favor mandem dinheiro, presentes ou vales de gasolina.

Obrigado.

PS - NÃO ACEITO ACÇÕES DO BPN!
(recebida por e-mail)

Vigília de apoio a jornalista

Hoje, em Viseu, realiza-se uma vigília de apoio à jornalista Maria João Barros.
A jornalista é trabalhadora da RTP na delegação de Viseu e - segundo o Sindicato dos Jornalistas - desde finais de Agosto não lhe são atribuídas quaisquer tarefas profissionais.

Dei conta desta acção na sexta-feira, dia 5.
Pouco depois de ter publicado o texto, surgiu um comentário a criticar a iniciativa do sindicato, em termos genéricos. (Comentário que esteve patente até há minutos atrás.)
Agora surgiu um novo comentário, a apoiar a vigília, referindo detalhadamente os motivos da acção e em que se fazem acusações graves.
Ambos os comentários são anónimos.

Colocou-se-me um dilema: manter o primeiro comentário e publicar o segundo?

Decidi retirar o primeiro e não publicar o segundo.
Se alguém se sentir "melindrado" com a decisão, pode optar por... "dar a cara" pelo que escreve. Tal como eu faço.

Entretanto, embora fisicamente em Coimbra, lá estarei hoje em Viseu.

Avaliação dos professores

Luiz Carvalho escreveu ontem no "Instante fatal" sobre a avaliação dos professores.

Transcrevo estas linhas:
«A verdade é que durante anos e anos os nossos sôtores tiveram uma vida airada com três meses de férias grandes, mais 15 dias no Natal, outros na Páscoa, mais meia dúzia no Carnaval.

Outra verdade: durante uma vida profissional muitos professores faltaram a seu belo prazer refugiados em atestados fantasmas e artigos quartos, viram as suas carreiras automaticamente actualizadas e desprezaram a nobre arte de ensinar.

Os professores comportavam-se como ainda hoje a classe dos juízes: achavam que eram donos dos alunos, dos pais, e que nada nem ninguém podia interferir nas suas aulas, consideradas coutadas invioláveis dos professores.»

Concordo no essencial com o que Luiz Carvalho escreveu.
Foi, aliás, por não aceitar alguns dos comportamentos descritos que, há 17 anos, senti que estava "a mais" no Ensino e, em face da oportunidade que me foi concedida pelo "Jornal de Notícias", optei por exercer outra profissão.

Tudo somado, porém, continuo a estar de acordo com o protesto dos professores.
Avaliação, sim. Mas com a participação dos directamente interessados. E com competência.

Faço parte da maioria

«Apenas 30 por cento dos portugueses estão satisfeitos com o funcionamento da democracia, o que representa o ponto mais baixo de uma análise comparativa feita desde 1985. Os dados constam de um estudo (...) coordenado por André Freire e José Manuel Viegas, que será apresentado hoje no ISCTE.»
(hoje, no "Público")

Querido Macintosh!


Mudanças

«Mudar de um PC para um Mac é como sair de casa e ir para um hotel.

Perde-se aquele conforto, a familiaridade.
Uma pessoa, em casa, está habituada a conviver com aquela racha na parede, aquela porta que encrava, aquela torneira que pinga e o esquentador que se desliga a meio do banho. Uma gaveta de tralha que só abre com umas pancadinhas no sítio certo e aquele emaranhado monstruoso de cabos atrás do móvel, tão mau que até evitamos lá ir limpar o pó. O calcário nas torneiras, uma infiltração no canto do chuveiro, vizinhos intrometidos e por aí fora...
Problemas e desconfortos reais, mas aos quais nos habituámos e com os quais convivemos já sem consciência do incómodo (e perda de tempo) que nos impõem todos os dias. É a nossa casa, é a nossa vidinha de sempre. Conseguimos viver, comer e dormir ali. Está tudo bem.

E de repente uma pessoa muda-se de armas e bagagens para um hotel. Dos bons.
Nos primeiros dias é aquela sensação de luxo, misturada com um "não me sinto em casa". Mas, ao mesmo tempo, "nunca mais quero sair daqui". Não há "pequenos problemas" (nem grandes), é tudo como devia ser sempre. Um serviço de 5 estrelas.

As instalações são perfeitas, o serviço é rápido e eficaz, a cama aparece feita e o quarto limpo todos os dias. O que precisarmos, só temos de pedir. E é tudo mais bonito e arejado.»

domingo, 7 de dezembro de 2008

Matemática académica

A Académica venceu ontem (2-1) o Paços de Ferreira, em Coimbra, perante 3439 espectadores.
Os sócios da Académica tinham direito a 1, 2 ou 3 bilhetes grátis, conforme tivessem as quotas em dia, o bilhete de época ou fossem titulares de lugar cativo.

Se ainda bem me recordo, a situação poderá ser representada matematicamente do seguinte modo:

1x + 2x + 3x = 3439

Para apurar o resultado (quantos sócios com as quotas em dia foram ao estádio) é só - como dizia o outro - fazer as contas.

(Resposta: 573)


ACTUALIZAÇÃO (13 horas depois da publicação do texto)
Pelo que vejo na blogosfera académica, há muita gente que contesta o "número oficial" de espectadores no estádio. Há quem avance com 1000, outros com 1500. Recordo agora que um amigo meu, quando o questionei ontem à noite, foi peremptório: «Umas 1500 pessoas. Talvez menos...».

Deputados para todo o serviço

Nenhum deputado faltou na sexta-feira segundo lista no site do Parlamento

"Não espelha o que se passou na sexta-feira", nas palavras de Fernando Santos Pereira, secretário da mesa da presidência da Assembleia da República, mas é o que está online. Segundo uma lista de presenças na reunião plenária de sexta-feira publicada no site da Assembleia da República, apenas dez deputados estavam ausentes "em missão parlamentar". Todos os outros estiveram presentes, o que está longe de corresponder à realidade.
Santos Pereira estranha o caso e diz que na terça-feira vai averiguar. É que, na verdade, foram 48 os deputados que não votaram a proposta de suspensão da avaliação do desempenho dos professores apresentada pelo CDS, porque não estavam no plenário para a votação.
(in "Público" de hoje)

Quando isto sucede com os "representantes da Nação", conclui-se que a Nação está muito doente.
Que vergonha!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Derrota com o líder

A minha equipa perdeu hoje (1-2), em casa, frente ao Odivelas, líder do campeonato.
Ao intervalo registava-se uma igualdade (1-1).
Na 1.ª volta, o Vigor perdeu em Odivelas por 3-1, depois de ter estado a ganhar.

Hoje, a minha equipa voltou a ser a primeira a marcar.
À passagem do quarto-de-hora, na marcação de um pontapé de canto, João Afonso foi agarrado na grande área e o árbitro assinalou a justificada grande-penalidade.
Na marcação do castigo, Girão não perdoou.

O Odivelas chegou ao empate aos 40 minutos, na sequência de um lance rápido de contra-ataque.
Ainda antes do intervalo, porém, a minha desperdiçou uma oportunidade clara de golo.

A 2.ª parte começou do mesmo modo, com uma oportunidade de "baliza aberta" a ser desperdiçada.
E como dizem os "teóricos da bola", quem não marca acaba por sofrer. Foi o que sucedeu.
Aos 58 minutos, um mau alívio da defesa da minha equipa colocou a bola nos pés do adversário, no flanco direito. O jogador do Odivelas flectiu ligeiramente para o centro e rematou em arco. A bola bateu no poste e entrou.

A minha equipa "arregaçou as mangas" e tentou tudo por tudo para restabelecer a igualdade. Primeiro, numa jogada de insistência, o avançado rematou ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Já em "período de compensações", Fernando é impedido de rematar à baliza quando se encontrava na pequena área adversária. No último minuto de jogo, a minha equipa enviou a bola à trave, na sequência de um livre.

O Vigor - que jogou de igual para igual - pregou um susto enorme ao Odivelas, que passou a última meia hora a "queimar tempo", perante a complacência do árbitro.
Os visitantes, muito fortes fisicamente, "abusaram do corpo". A prestação futebolística, no entanto, foi uma desilusão, perante um Vigor enfraquecido com algums ausências por doença e por lesão. Esperava-se (muito) mais do líder da tabela classificativa.

Num jogo em que o resultado certo seria o empate, o árbitro não teve trabalho fácil e acabou por rubricar exibição sofrível.
Apenas um exemplo, entre vários possíveis: o jogador que causou a grande penalidade aos 15 minutos, e que depois disso cometeu várias faltas duras, só foi "amarelado" aos 80 minutos! (E foi logo substituído, claro).

PS - Um dado curioso do encontro: apesar dos jogadores do Odivelas serem mais altos e mais fortes, a minha equipa ganhou 90% dos lances de cabeça!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vigília de apoio a jornalista

«O Sindicato dos Jornalistas (SJ) convocou para 10 de Dezembro - data em que se assinala o 60.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem - uma vigília de apoio à jornalista Maria João Barros, trabalhadora da RTP na delegação de Viseu, a quem desde finais de Agosto não são atribuídas quaisquer tarefas profissionais.»

Lá estarei – mesmo que não me possa deslocar a Viseu.