sábado, 21 de fevereiro de 2009
Sábado gordo
Começou com um "descafeinado", manhã cedo, na esplanada do Forum. Mais do que a bebida, que tinha o sabor habitual, gostei do "Expresso", cujo 1.º caderno li de fio a pavio, com interesse, durante quase uma hora.
Apreciei, acima de tudo, o texto do director do jornal, na página 3. Passe a imodéstia, escrevi aqui no blogue há uma semana algo de semelhante: mais do que económica, a crise que vivemos é de valores éticos e morais.
Fiquei feliz por ver que, afinal, ainda não perdi a capacidade de raciocinar e analisar a realidade. (Logo que possível publicarei aqui o texto de Henrique Monteiro.)
Gostei ainda de ficar a conhecer a decisão do PSD de vetar o nome de Freitas do Amaral para Provedor de Justiça. Nada de mais correcto.
Acompanhei com interesse o Sporting-Benfica. Grande jogo! Um golo fabuloso da Liedson e a confirmação da falta de categoria dos árbitros portugueses, mesmo daqueles que ostentam a insígnia da FIFA.
Finalmente, neste sábado gordo pleno de sensações positivas, decidi escrever o "Manifesto Político de um Cidadão Como os Outros". Será uma "proposta eleitoral", dirigida aos partidos políticos, com as condições que julgo necessárias para que eu possa participar nas próximas eleições - votando, como é óbvio.
Se essas condições não estiverem reunidas (ou, pelo menos, grande parte delas), só desejo que os dias das eleições tenham bom tempo... para poder ir para a praia.
Vitória algo amarga
A classificação final foi a seguinte: Odivelas, 51; Alverca, 45; Naval, 40; Loures, 39; VIGOR, 39; Portomosense, 37.
Os três primeiros vão discutir a subida à 1.ª divisão, enquanto o Loures (que fica à frente do Vigor, por golos, no desempate entre ambos) irá disputar um "jogo de apuramento" com o 4.º classificado de outra série.
Ou seja: ao Vigor faltou um ponto para ficar no 4.º lugar ou faltaram dois pontos para ficar no 3.º lugar.
(O balanço desta fase do campeonato será feito dentro de dias, nomeadamente em comparação com a época transacta.)
Quanto ao jogo de hoje, na 1.ª parte o Lousanense deu boa luta a um Vigor algo adormecido e chegou ao intervalo com dois golos marcados e um empate no marcador.
A 2.ª parte foi dominada totalmente pela minha equipa, que no entanto só conseguiu colocar-se em vantagem a 12 minutos do fim, depois de duas bolas terem embatido na trave da baliza lousanense.
A evolução do marcador foi a seguinte:
7 min, 0-1, numa bola que cruzou a área
9 min, 1-1, Fernando, de cabeça, a passe de cabeça de Janine
12 min, 2-1, Flávio, após "slalom" individual a passe de Breda
24 min, 2-2, na marcação de grande penalidade
78 min, 3-2, Kiko, após lançamento longo de Janine
90 min, 4-2, Nuno, em jogada espectacular, ao primeiro toque, entre Nuno, Breda, Girão e novamente Nuno
A minha equipa não fez uma grande exibição mas mereceu inteiramente a vitória, num jogo onde mais de uma dúzia dos atletas em campo já tinham sido companheiros de equipa e havia "adversários" que são amigos e passam férias juntos.
O Lousanense, 12.º e último do campeonato, jogou com muita dignidade e "atrasou" até aos 78 minutos o triunfo do Vigor, provando que - com um pouco de sorte - poderia ter obtido melhor classificação.
O trio de arbitragem foi constituído por duas mulheres e um homem. A árbitra, que apitava ao mínimo contacto físico e necessita de rever o conceito de "pé em riste" (*), não merece mais do que 13 valores.
(*) Logo no 2.º minuto, assinalou "jogo perigoso" quando um jogador da minha equipa saltou de costas (!) voltadas para um adversário que, a 2 metros de distância (!), tentava afastar a bola da área.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Momento mágico
A Balada da Despedida do VI Ano Médico («Coimbra tem mais encanto / na hora da despedida...») é uma das mais belas canções de Coimbra.
Há outra, porém, que vai sendo cada vez mais conhecida.
É a lindíssima Balada de Despedida do 5.º Ano Jurídico 88/89, que aqui trago na versão mais original possível: o dia em que foi tocada pela primeira vez.
Estive lá, na Sé Velha, nessa noite.
E tive a sorte de poder escrever, logo na altura, que era uma das mais belas "baladas da despedida" de sempre.
A previsão confirmou-se.
E ainda hoje recordo aquele momento mágico, na noite de Coimbra, na Sé Velha.
ADITAMENTO (em 10 de Março de 2009)
Ver comentário. Não foi «a primeira execução mas a segunda. A primeira tinha sido feita na Récita de Quintanistas no S. Teotónio, meia dúzia de dias antes».
A grandiosa rotunda na Estrada de Eiras
Já a elegi como a "Obra de 2008" em Coimbra (ver o "recorte" no final do texto), dadas as constantes alterações, reparações e outros trabalhos regulares.
Hoje, uma brigada de trabalhadores iniciava, logo pela manhã, aquilo que parece ir ser uma nova "reformulação" da rotunda.
Tanto dinheiro ali gasto!
Crise? Qual crise?
Sonho de cidadão
Infelizmente, moro lá há 13 anos e nunca vi nenhum.
EXPLICAÇÃO PROVÁVEL: eu moro em Eiras, no "lado pobre" da cidade...
Pedro Couceiro a cantar fado de Coimbra
Octávio Sergio tem um blogue fantástico, autêntico serviço público cultural.
O "Guitarras de Coimbra" é um repositório de cultura, sobretudo daquela que matiza a alma de Coimbra.
Mesmo sem o reconhecimento dos que deveriam apoiar iniciativas de tanto mérito (mas talvez seja melhor assim, porque é preferível andar sozinho do que mal acompanhado), Octávio Sérgio continua a dedicar muito do seu tempo a preservar o passado e a "arquivar" o presente, ajudando assim a construir um futuro diferente, para melhor, porque alicerçado no que temos - enquanto comunidade - de específico, de singular, de valioso.
Hoje dei uma "saltada" ao blogue do Octávio, como faço de vez em quando.
E sabem o que lá encontrei?...
O consagrado Pedro Couceiro, piloto de automóveis, a cantar um fado de Coimbra aos 9 anos de idade!
O texto que acompanha o video diz o seguinte: «Fernando Paulo Ferreira enviou-me este vídeo com Pedro Couceiro a cantar quando tinha 9 (?) anos. Está a ser acompanhado à guitarra pelo pai, Carlos Couceiro, por Frias Gonçalves e Francisco de Vasconcelos, e à viola por Carlos Figueiredo e Ferreira Alves.»
Vale a pena ouvir o fado e, depois, dar uma saltada ao "site" de Pedro Couceiro, onde ele fala da sua fase infanto-juvenil como cantor, que lhe chegou o valer o "Prémio de melhor voz nacional", num festival internacional realizado na Figueira da Foz.

Quer queiram quer não, Coimbra sempre foi diferente.
E ainda continua a sê-lo, apesar de alguns tudo fazerem para que isso não aconteça.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Blogue actualizado

No próximo sábado, o Vigor recebe o Lousanense, em Fala, às 15 horas, no último encontro da 1.ª fase do campeonato.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Estarei a ficar maluco?
Duas notícias diferentes.
Mas ambas do mesmo dia: hoje.
(Peço desculpa, mas creio que a resposta à pergunta do título é NÃO...)
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Brincadeiras da bola
O árbitro Pedro Proença foi avaliado com a nota 2,4 no FC Porto-Benfica devido a não ter assinalado penálti no lance em que Lucho González foi tocado por Reyes, o que segundo o relatório do observador lhe custou um ponto.
"Não assinalou grande penalidade contra a equipa B [Benfica], por falta do seu jogador nº 6 [Reyes], que, dentro da sua área de grande penalidade, rasteirou o adversário nº 8 [Lucho González]...", lê-se no relatório do observador José Gonçalves, a que a Agência Lusa teve acesso.
Digam-me lá se isto não é brincar com a inteligência das pessoas.
Brincam aos futebóis e depois admiram-se que haja quem, como eu, decida não gastar nem mais um cêntimo com esta pouca vergonha.
(Já não bastava que a maioria dos árbitros do escalão principal demonstrasse não ter grande "queda" para o ofício. Constata-se, agora, que a avaliação dos observadores também tem défice de qualidade... Querem um conselho: enviem a gravação do jogo à UEFA ou à FIFA e peçam a opinião de peritos em arbitragem.)
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Crise económica e crise ético-moral
Os casos suspeitos são mais do que muitos, envolvendo decisores de vários níveis.
E os portugueses como que já se habituaram a viver no pântano, sendo escassas as vozes que se levantam contra este "lado negro" da sociedade.
Nos partidos políticos contam-se pelos dedos de uma mão as vozes que denunciaram pública e frontalmente o "polvo" que consome parte importante dos escassos recursos do país.
Por medo ou por conveniência? Por falta de cultura democrática ou por ausência de valores?
À crise económica junta-se assim, pelo menos em Portugal, uma crise ético-moral ainda mais profunda. O que não augura nada de bom.
É tempo de levantar a voz e - como diz o Povo - «chamar os bois pelos nomes».
Denunciar os negócios suspeitos, as promoções por amiguismo, os concursos "à medida", as nomeações clientelares, as escolhas dinásticas... é um direito de qualquer cidadão.
Mais do que um direito, é um dever.
Recentemente, um deputado afirmou que Portugal vivia em «claustrofobia democrática».
Penso que o mal é mais profundo: Portugal vive uma grave crise de valores.
E faltam Homens (sim, homens com agá maiúsculo).
*********
(anexo)
Acabo de ouvir na televisão que José Sócrates votou hoje na Covilhã, na eleição interna em curso no Partido Socialista.
Aposto singelo contra dobrado, que ninguém questionará nos meios de comunicação social este simples facto: votou na Covilhã porquê?
Reside na Covilhã? Faz política na Covilhã? Trabalha na Covilhã?
São situações como esta que destroem a credibilidade de qualquer sistema, transmitindo aos cidadãos que tudo é possível.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Sócrates: demagogia intolerável
A crise, diz também, é ainda agravada pela «demagogia intolerável do primeiro-ministro», quando vem falar em como os ricos deveriam ajudar os pobres. José Sócrates anunciou no fim de semana que pretende aliviar a carga fiscal da classe média.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Um país "faz de conta"
Por Mário Crespo
(in "Jornal de Notícias" de hoje)
Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Eu vi um jogo, Jesualdo viu outro
Faltam-me conhecimentos para o avaliar.
Mas parece-me que não é grande coisa a gerir plantéis.
Na quarta-feira foi "aviado" com 4-1 em Alvalade e hoje só não perdeu o jogo porque o árbitro viu algo que mais ninguém viu - nem conseguirá ver.
Do que não tenho dúvidas é que Jesualdo Ferreira é péssimo a analisar um jogo de futebol.
Afirmar, depois do FC Porto-Benfica de hoje, que os "azuis" foram muito superiores e mereciam vencer o desafio é um conclusão só ao alcance de quem... viu outro jogo, bem diferente daquele que eu vi.
PS 1 - Continuo a afirmar que a maioria dos actuais árbitros da Superliga são maus árbitros.
PS 2 - É por estas e por outras que eu decidi não gastar nem mais um cêntimo com o futebol que temos. Ah... e depois do folhetim do "goal-average" passei a beber Sagres.
Ricardo Araújo Pereira escreveu hoje em "A Bola" o seguinte:
«É importante não esquecer que hoje o Porto tem um trunfo muito forte: o árbitro da partida vai ser Pedro Proença. E Pedro Proença é mais um daqueles árbitros que anuncia em público que é adepto do Benfica e depois passa a carreira a demonstrar a sua isenção prejudicando sistematicamente o clube. Para que Pedro Proença assinale um penalty a favor do Benfica é preciso que haja um homicídio na área adversária - e mesmo assim não há certezas. Para que assinale um contra o Benfica, basta que o vento agite a camisola de um adversário - ou nem isso.»
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Empate emocionante
Atente-se na marcha do marcador:

18 minutos – golo do Vigor (Flávio, após jogada com Girão)
21 minutos – golo do Fátima, num “penalty” inexistente
24 minutos – golo do Fátima, na marcação de um livre directo, com a bola a bater na barreira, enganando o guarda-redes
28 minutos – golo do Fátima
(Ao intervalo: 3-1)
47 minutos – golo do Vigor (Breda, a passe de Janine)
61 minutos – golo do Vigor (Mikael, a passe de Girão)
Excepção feita aos sete minutos de “azar” (entre os 21 e os 28 minutos da 1.ª parte), a minha equipa demonstrou grande personalidade e acabou o jogo à procura da vitória. Com efeito, não é qualquer equipa que consegue mostrar tanta personalidade depois de estar a perder por 3-1 em terreno adversário.
O árbitro “viu” uma grande-penalidade que não existiu e fechou os olhos a outra que existiu mesmo, na área do Fátima, quando Girão foi agarrado.
A 1.ª fase do campeonato termina de hoje a 15 dias, em Fala, com a recepção ao Lousanense, o último classificado.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Em nome da liberdade
O empresário e ex-deputado socialista, Henrique Neto, também diz que há de facto medo no PS. Henrique Neto faz duras críticas ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, a quem chama «ministro da propaganda» e a quem acusa de obsessão pela fidelidade ao líder, José Sócrates.
O ex-deputado do Partido Socialista escreveu, esta sexta-feira, uma carta aberta a Santos Silva e a Manuel Alegre, enviada à Agência Lusa, onde denuncia o clima de medo que diz estar a ser vivido no partido. Nessa carta, Henrique Neto declara o apoio e concordância com Manuel Alegre, lamentando que o PS se afaste da liberdade e do debate político.
Henrique Neto diz ainda que, em véspera de mais um congresso dos socialistas, a missão de Santos Silva, a quem chama «ministro da propaganda», é matar à nascença qualquer veleidade de debater livremente novas ideias no partido.