sábado, 15 de março de 2008

Foi há 14 anos...


São 10 da manhã.
Há 14 anos, a esta hora, o primeiro número do "Diário As Beiras" debatia-se ainda com a teimosia da máquina rotativa, apostada em frustrar as expectativas do cada vez mais reduzido número de pessoas que esperara toda a noite pelo aguardado nascimento.

A esta mesma hora, o director do jornal chegava aos estúdios da RTP no Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia) para falar sobre o novo jornal. Nas mãos, um exemplar para as câmaras mostrarem - só tinha capa e pouco mais.

A decisão de fazer sair o jornal no dia 15 de Março tinha sido tomada na véspera, cerca das 6 da tarde!!! Depois de sucessivos adiamentos por parte da "estrutura dirigente-operacional" (que argumentava necessitar de mais tempo para um lançamento correcto), os investidores decidiram não esperar mais. Era chegada a hora.

Quando me vieram dar a ordem, nem queria acreditar. Era tarde (mesmo para um jornal, as 18h00 são uma "hora tardia"), não se tinha impresso qualquer "n.º 0", não se experimentara uma vez sequer o processo produtivo. Os riscos eram grandes; enormes.

No que me diz respeito, preparei algumas notícias e escrevi o "Pontapé de saída", uma espécie de editorial, muito sucinto, da secção de Desporto, a área que me estava confiada.
O texto não está assinado porque ainda me encontrava vinculado (até final desse mês de Março) ao "Jornal de Notícias" e fiz questão de respeitar estritamente a legalidade. Eticamente a questão não se colocava, porque a direcção do "JN" me tinha dado inteira liberdade para começar a trabalhar no novo jornal.

Foi assim, em linhas muito gerais, que surgiu o "Diário As Beiras".
Por volta do meio-dia.


Nas imagens, a primeira e a última páginas do "n.º 1" do "Diário As Beiras", rubricadas por quem se encontrava a trabalhar na tarde desse dia 15 de Março de 1994.


* * *

PS - Fazer parte da equipa que lançou o "Diário As Beiras" é algo de que me orgulho. E que me traz gratas recordações. Foi um tempo vivido com extraordinário entusiasmo, contra muita gente que apostava no falhanço, com muita gente que acreditava no futuro. Há tantas "estórias" para contar!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Socialismo à portuguesa

Ouvi esta tarde, na SIC Notícias, o governador do Banco de Portugal afirmar que o ordenado que aufere (250.000 euros anuais) deveria ser reduzido, mas que essa decisão não depende dele.

O jornalista recordou a Victor Constâncio que o presidente da Reserva Federal norte-americana ganha menos do que o seu "colega" português.

Victor Constâncio afirmou que os outros reguladores do mercado português têm salários semelhantes, mas que a comunicação social apenas fala do governador do banco central.

Perante isto, o que faz o Governo?
Nada.

(NOTA: Para os mais desatentos, esclarece-se que Victor Constâncio é socialista e o Governo da República também é socialista.)

Memória

Arquivo de recortes, para memória futura.

"Diário de Coimbra", 11 de Março de 2008

"Diário de Coimbra", 10 de Março de 2008

Fim-de-semana na Eslovénia

(clique na imagem para ampliar)

quinta-feira, 13 de março de 2008

Leãozinho

Frente ao Bolton, o Sporting acaba de produzir 45 minutos do pior futebol que vi nos últimos meses.

O jogo ainda está no intervalo, mas a equipa leonina parecia estar a jogar o prolongamento...

E esta?! (2)

(clique na imagem para ampliar)

in jornal gratuito "Meia Hora"

E esta?!

(in jornal gratuito "Meia Hora")

quarta-feira, 12 de março de 2008

Outro sem papas na língua!

«O sr. Canas, eterno e infeliz porta-voz do PS, no fim da comissão política da seita destinada a "comemorar" três anos disto, referiu que o balanço é tão bom, tão bom que nem vale a pena falar em coisas más. Digamos que Canas e Ribau se complementam. O primeiro é ligeiramente mais sofisticado que o segundo (sempre andou por Macau). De resto, é a mesma pulsão primitiva que os move. Não há melhor do que isto?»

João Gonçalves, no "Portugal dos Pequeninos", também de leitura diária obrigatória.

Sem papas na língua!

«Voltando à foto da mulher do presidente Costa. O que estava em causa não era ela ser mulher de, mas ser mulher do número dois do PS. O que estava em causa não era o senhor fulano de tal ir às putas, o que esteve em causa era o senhor fulano de tal ser governador de Nova York e nessa condição ter tido uma posição de justiceiro contra os pequenos crimes. O que estava em causa não era um engenhocas beirão nos anos 80 andar a assassinar projectos para amealhar uns cobres para o futuro dos filhos, o que estava em causa é que esse pândego acabou em primeiro-ministro e até criou um programa para acabar com os patos bravos como ele o tinha sido.»

Luiz Carvalho, no "Instante fatal" de leitura diária obrigatória.

A Página

"Centro", 12 de Março de 2008

terça-feira, 11 de março de 2008

Uma entre 100.000

Um facto está a "agitar" a Net desde ontem: a presença da esposa de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na manifestação dos professores, no sábado passado.

Hoje, o próprio "Diário de Notícias" dá honras de 1.ª página à presença da professora na "manif" anti-ministra da Educação e anti-Governo.

(Luiz Carvalho vai mais longe e lembra as críticas de Maria Antónia Palla, mãe de António Costa, à decisão do Governo de encerrar a Caixa de Previdência dos Jornalistas).

Foto do "Fotografia sempre", onde há mais imagens da manifestação de professores.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Adeus às eleições

Comunicado

1. Ao anunciar a minha candidatura à presidência da Direcção da Académica/OAF tinha um sonho: devolver à Briosa a grandeza e o prestígio que me habituei a admirar.

2. Antes e depois de anunciada, a candidatura recebeu apoios que ultrapassaram largamente as expectativas: de honrados académicos que, como eu, só entendem a Instituição enquanto depositária de princípios e valores de que nos orgulhamos; de jovens entusiastas que acreditam numa Académica diferente, ousada e mais ambiciosa; de sócios anónimos que, como eu, entendem que a Académica só vale a pena enquanto respeitar a sua memória e mantiver uma forma singular e única de ser e de estar.

3. Para iniciar este combate eleitoral limitei-me a pedir que fossem concedidas condições mínimas de igualdade, numa pugna já de si desigual, quando não desleal. Concedido que foi pelo senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral o acesso ao caderno eleitoral, o presidente da Direcção, Eng.º Simões, entendeu não cumprir aquilo para que foi mandatado, conforme foi amplamente noticiado. Interpretou ele próprio os Estatutos, quando tão só lhe cabia cumprir as instruções do Presidente do órgão responsável pelo processo eleitoral. Permitiu-se até publicamente dizer que o Dr. Almeida Santos nunca tinha lido sequer os estatutos da Instituição.

4. Foi assim pelo Eng.º Simões criado um insanável incidente, de uma série de outros que, para quem conhece a sua forma de actuar, se verificaram no passado e se seguiriam interminavelmente no futuro. E com o único objectivo de manter o poder a todo o custo, para fins que me escuso de classificar e a expensas de uma falta total de transparência e cultura democrática.

5. Esta e outras situações, entretanto já verificadas, como a incorrecta, incompleta e anti-estatutária afixação dos cadernos eleitorais, permitiriam o recurso aos tribunais. Mas entendo não o dever fazer, a bem da Académica! Porque a bem da Académica não aceito contribuir para o avolumar dos casos verificadas ao longo do mandato do Eng.º Simões e sobejamente conhecidos dos sócios.

6. Por sua vontade, garantidamente, o melhor seria nunca mais se realizarem assembleias e eleições livres e justas, de forma a não prestar contas e a ser julgado pelos sócios com a regularidade devida.

7. Assim sendo, se estava disponível para dar tudo pela Briosa, estou indisponível para participar numa farsa eleitoral. É minha obrigação não me prestar, nem emprestar o bom-nome de todos os honrados sócios que me acompanhariam nesta missão, a tamanha falta de pudor e vergonha. Portanto, esta candidatura nunca legitimará a manutenção do Eng.º Simões numa tragédia que a curto prazo tornará insuportável a vida da nossa Académica.

8. Aliás, e para que conste, a primeira medida, a sermos eleitos, seria a de efectuar uma auditoria interna independente que revelasse com transparência a vida da Instituição. Não pactuamos com malfeitorias! Bem como em ordenar que a AAC/OAF se constituísse em assistente nos processos que correm ou venham a correr nos Tribunais contra qualquer dirigente e em que a Académica também seja ou possa vir a ser visada.

9. Agradeço a todos os que me apoiaram e incentivaram. E afasto-me para permitir aos sócios interessados, e ainda a tempo, fazerem o combate que entenderem ao actual estado de degradação a que chegou a Instituição.

10. Mas relembro aos actuais e futuros dirigentes que se mantiverem neste lamaçal, que se os sócios não os julgarem agora, o farão a todo o momento. E que para além dos sócios, dos académicos e eventualmente das instâncias judiciais, bem pior será sempre o julgamento da História, a que não poderão fugir.

Viva a Briosa!

António Maló de Abreu

Cá e lá, lá e cá

Uma portuguesa feliz em Espanha.
Um espanhol infeliz em Portugal.