sábado, 6 de fevereiro de 2010

Frase do dia

«Já foi campanha negra, cabala, conversa privada , jornalismo de sarjeta, jornalismo de buraco de fechadura. Porra.»
(lido na Net)

Calhandrices, acrescento eu.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pensamentos políticos (do dia)

I
A votação de hoje no Parlamento foi igual a muitas dos últimos cinco anos: PS de um lado, todos os outros partidos do outro lado. A diferença, desta vez, é que agora os socialistas não têm maioria e, por isso, perderam a votação.

II
Nos últimos dias toda a classe política andou a discutir a transferência de 100 milhões de euros para as regiões autónomas. Afinal, apenas o prémio do Totoloto de hoje.

III
A ETA escolheu bem a casa para se instalar em Óbidos: no meio das casas de dois agentes da GNR.

Bom fim-de-semana

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


Bertold Brecht (1898-1956)


Leiam, meditem e... façam o favor de ser felizes.

«O Poder bateu no fundo»


«O Poder bateu no fundo. O primeiro-ministro já mostrou a sua face oculta e a sua 'entourage' revela uma baixeza aterradora.
Depois dos casos da Universidade Independente, do Freeport, das escutas de Aveiro, das pressões de Lopes da Mota, ainda há alguém que tenha dúvidas?
José Sócrates tem jeito para o cargo - volto a dizê-lo.
Mas tem um problema de carácter que já não consegue esconder e que começa a envergonhar o lugar.»
(José António Saraiva, no "Editorial" de hoje do semanário "Sol").

Já cheguei a esta conclusão há muito tempo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Lobo Xavier: o melhor

Lobo Xavier é o mais brilhante da "Quadratura do Círculo". António Costa, visivelmente, o menos preparado. O que é dramático para a Democracia: o melhor está fora dos centros de decisão política, o pior é um dos mais importantes militantes do partido que governa o país.
(publicado esta noite no "Facebook")

Guilherme x Vítor

Quatro frases de Guilherme Silva (PSD) para Vítor Baptista (PS) na SIC Notícias:
- Desculpe, a sua leitura é absurda.
- Seja honesto, seja sério.
- Não minta.
- Seja verdadeiro.

Frases cruzadas

clique na imagem para ampliar

(in "Jornal de Negócios")

Portugal não está em crise (os outros é que estão a ver mal o problema)

Os mercados financeiros mundiais estão a ser injustos com Portugal, ao não reconhecerem o esforço que o Governo tem feito para baixar o défice das contas públicas.

São uns ingratos porque não compreendem o esforço do Executivo de José Sócrates em legalizar os casamentos homossexuais, não entendem o esforço da festa para assinalar os 100 dias de Governo, não atingem o alcance do almoço do primeiro-ministro com mulheres e nem sequer percebem que o meio milhão de euros (100 mil contos) gastos em cada cerimónia de apresentação de uma nova auto-estrada se destina a reanimar a economia.

Parece-me até que os mercados financeiros mundiais são estúpidos por não perceberem que um país à beira da bancarrota deve é construir um novo aeroporto que não é preciso, linhas de TGV que vão ficar "às moscas", gastar "à fartazana" em empresas públicas que pagam salários milionários.

Creio que são mesmo burros porque não percebem os milhões gastos no "Simplex", no "Portal do Cidadão", nos salários dos "boys" que nada produzem mas são funcionários do Estado, nas obras públicas megalómanas como a "Ponte Europa" em Coimbra ou os estádios construídos para um ou dois jogos do Euro 2004.

Cretinos, não entendem que o primeiro-ministro devia estar preocupado com Manuela Moura Guedes e José Manuel Fernandes, como mostrou no último congresso do PS, porque eles é que eram os grandes entraves ao desenvolvimento económico do país.

Possivelmente atrasados mentais, os mercados mercados financeiros não sabem que o ministro das Finanças já decretou o fim da crise em meados do ano passado e que José Sócrates afirmou que o défice está controlado e só subiu porque o Governo assim o quis.
Não aceito que os mercados financeiros não compreendam que Medina Carreira é um tremendista, um pessimista militante, quem sabe se até um sabotador da economia portuguesa.

Para mim é claro que Portugal está a desenvolver as políticas adequadas - e que todos os outros é que estão errados.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A herança de Sócrates (IV)

A escalada da dívida pública portuguesa
2001: 52,9% do PIB
2002: 55,5% do PIB
2003: 56,9% do PIB
2004: 58,3% do PIB
2005: 63,6% do PIB
2006: 64,7% do PIB
2007: 63,6% do PIB
2008: 65,9% do PIB
2010: 85,4% do PIB (*)
(*) - previsão do Governo

Impressionante: os juros da dívida pública portuguesa foram estimados em 15 milhões de euros por dia, em 2010.

Mário Crespo

A herança de Sócrates (III)

(clique na imagem para aceder à notícia completa)

Rendimentos na Net: desnorte socialista

(clique na imagem para ampliar)

A táctica é conhecida: dar o "lamiré" de uma decisão polémica e esperar para ver qual é a reacção.
Desta feita, porém, a coisa parece diferente.
Três vice-presidentes (repito, vice-presidentes) da bancada parlamentar do PS defenderam a publicação na Internet dos rendimentos de todos os portugueses.
De manhã o "Diário de Notícias"apareceu com a notícia, em grande destaque, na primeira página.
À tarde, o presidente do grupo parlamentar socialista veio afirmar que não se trata de uma proposta do PS e que enquanto ele exercer funções a medida não será apresentada na Assembleia da República.
Querem melhor exemplo do desnorte socialista?

PS – Sou a favor de que se publique na Internet o valor patrimonial dos edifícios sujeitos a IMI. Gostaria de saber, por exemplo, se há muitos mais cidadãos a pagar, como eu pago, cerca de 800 euros anuais por um modesto apartamento numa zona modesta de Coimbra... Mas a denominada "justiça fiscal" não chega a tanto.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

«Não julguem que me intimidam»

«Ao escrever o meu artigo - já o segundo, visto, em tempos, o ter feito quando Marcelo foi saneado da TVI - nunca pensei que estava a tocar num ninho de víboras, mas foi isso que aconteceu. Ao longo das várias décadas em que tenho vindo a público a fim de expor as minhas opiniões, jamais recebi telefonemas como os que, desta vez, me chegaram. Excluindo a hipótese de os jornalistas que me contactaram estarem todos bêbados, alguém - e não estou a acusar a ERC, porque não tenho provas - andou pelas redacções a espalhar boatos. Não julguem que me intimidam.»
(Maria Filomena Mónica, no jornal "i")

Mário Crespo: problema resolvido (?)

«“O primeiro-ministro deste país disse que eu era um problema para resolver. Agora eu sou um problema resolvido no JN como Manuela Moura Guedes é na TVI e José Manuel Fernandes é no 'Público'. Começa a haver demasiados problemas resolvidos neste país”.»
(Mário Crespo, in jornal "i")

A decisão do JN

«(...) "Jornal de Notícias" podia ter decidido não publicar o texto de Mário Crespo com base no princípio de defesa da privacidade e das regras do jornalismo. Tal decisão seria, no entanto, invulgar, já que se tratava de um texto de opinião e não de um trabalho jornalístico. Mais: para tal decisão ser tomada, ela teria de corresponder a regras que fossem seguidas de forma escrupulosa pelo jornal. Não é o caso. O "JN" já tornou públicas conversas privadas e até o conteúdo de cartas anónimas. Ou seja, o "JN" exigiu a um colunista externo o que nem sempre exige na sua própria casa
(Daniel Oliveira, no "Expresso")

O pior primeiro-ministro

«Tenho em comum com Mário Crespo o facto de trabalharmos num grupo onde nada disto acontece (felizmente não será o único). Talvez não estejamos inteiramente preparados para o mundo 'lá fora', onde as palavras têm de ser medidas, onde não se pode escrever preto no branco, como aqui faço, que Sócrates é o pior primeiro-ministro no que respeita à Comunicação Social; o único que telefona e berra com jornalistas, directores, com quem pode. O único em que nestes mais de 30 anos que levo de vida jornalística, se preocupa doentiamente com o que dizem dele, em vez de mostrar grandeza e fair-play com o que de errado e certo propaga a Comunicação Social.

Lamento dizê-lo, tanto mais que é nosso primeiro-ministro e seguramente tem trabalhado muito e o melhor que sabe.

Mas é a verdade, e num momento destes a verdade não se pode esconder.»

(Henrique Monteiro, director do "Expresso")

Este não é o meu "Jornal de Notícias"

(clique na imagem para ampliar)

Trabalhei na Empresa do Jornal de Notícias durante mais de uma década – no "Notícias da Tarde", em "O Jogo" e no "Jornal de Notícias", onde quando saí para ajudar a fundar o "Diário As Beiras" era o coordenador da secção de Política/Economia.

O que posso dizer é que este (o actual) não é o meu "JN".

PS - Desde quando é que um texto de opinião não se pode basear em factos?!!! (Aliás, a opinião não é - OBRIGATORIAMENTE - sobre factos?)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mário Crespo


Como habitualmente, estou sentado frente ao televisor a ver o "Jornal das 9", apresentado por Mário Crespo. O meu telejornal diário.
Do que tenho a certeza, certeza absoluta, é que nunca assistirei a um jornal televisivo apresentado por José Sócrates. Ou Pedro Silva Pereira. Ou Jorge Lacão.

O país de Sócrates (II)

«Mário Crespo, denuncia hoje, num artigo que se encontra publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido alvo conversas hostis por parte de três membros do Governo: José Sócrates, Jorge Lacão e Silva Pereira.
No texto, o jornalista da SIC refere ter sido o “epicentro” de uma conversa entre José Sócrates, o ministro do presidência, Pedro Silva Pereira, o ministro dos assuntos parlamentares, Jorge Lacão, e o executivo de uma televisão, cuja identidade não é revelada. “Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de “ir para o manicómio”. Fui descrito como “um profissional impreparado”, descreve Mário Crespo.
(...)
O jornalista ataca os membros do governo, referindo que “Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre”.»

Não são necessárias mais palavras.

Dragões amparados

«Desculpe lá professor mas quem tornou o jogo mais fácil para o FC Porto foi o árbitro Carlos Xistra quando à passagem da meia hora de jogo 'inventou' uma grande penalidade contra a equipa do Nacional e lhe retirou um jogador.»
(António Boronha)

O país de Sócrates

«Já confirmei que artigo de Mário Crespo devia ter sido publicado hoje no Jornal de Notícias mas que o director desse jornal o mandou retirar»
(José Manuel Fernandes, ex-director do "Público", no Facebook)

Boa semana!



Ouçam, deliciem-se, tenham uma boa semana e, por favor, façam o favor de ser felizes.