sábado, 14 de fevereiro de 2009

Crise económica e crise ético-moral

A corrupção está na ordem do dia.
Os casos suspeitos são mais do que muitos, envolvendo decisores de vários níveis.
E os portugueses como que já se habituaram a viver no pântano, sendo escassas as vozes que se levantam contra este "lado negro" da sociedade.

Nos partidos políticos contam-se pelos dedos de uma mão as vozes que denunciaram pública e frontalmente o "polvo" que consome parte importante dos escassos recursos do país.
Por medo ou por conveniência? Por falta de cultura democrática ou por ausência de valores?

À crise económica junta-se assim, pelo menos em Portugal, uma crise ético-moral ainda mais profunda. O que não augura nada de bom.

É tempo de levantar a voz e - como diz o Povo - «chamar os bois pelos nomes».
Denunciar os negócios suspeitos, as promoções por amiguismo, os concursos "à medida", as nomeações clientelares, as escolhas dinásticas... é um direito de qualquer cidadão.
Mais do que um direito, é um dever.

Recentemente, um deputado afirmou que Portugal vivia em «claustrofobia democrática».
Penso que o mal é mais profundo: Portugal vive uma grave crise de valores.
E faltam Homens (sim, homens com agá maiúsculo).

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(anexo)
Acabo de ouvir na televisão que José Sócrates votou hoje na Covilhã, na eleição interna em curso no Partido Socialista.
Aposto singelo contra dobrado, que ninguém questionará nos meios de comunicação social este simples facto: votou na Covilhã porquê?
Reside na Covilhã? Faz política na Covilhã? Trabalha na Covilhã?

São situações como esta que destroem a credibilidade de qualquer sistema, transmitindo aos cidadãos que tudo é possível.

As casas de Sócrates

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

José Sócrates em 2004


Para ver aqui.

A Internet tem estas virtualidades.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Boa e má notícia

("Expresso")

("Correio da Manhã")

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O país em recortes



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in "sites" do Correio da Manhã e do Público

Sócrates: demagogia intolerável

«Enfrentamos uma crise social enorme que está a ser ainda pior devido à acção dos políticos. Ainda no outro dia ouvi um político na televisão a falar do capital como uns malandros que tudo estragam e nada estão a fazer. Esquecem-se que 25 de Abril houve um, não dois. A iniciativa privada não tem que aturar isto e, se assim for, passem muito bem que nós temos para onde ir.»
A crise, diz também, é ainda agravada pela «demagogia intolerável do primeiro-ministro», quando vem falar em como os ricos deveriam ajudar os pobres. José Sócrates anunciou no fim de semana que pretende aliviar a carga fiscal da classe média.
(Alexandre Soares dos Santos, in "Jornal de Negócios")

Encosta-te a Mim

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A proposta (ridícula) de Sócrates

"Diário As Beiras" de hoje
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Futebol à portuguesa



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Para memória futura.

Figuras do presente

"Sol" de sábado passado
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Freeport e a fábrica de pneus

"Sol" de sábado passado
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Quem tem medo do Freeport?

"Sol" de sábado passado
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um país "faz de conta"

Está bem... façamos de conta

Por Mário Crespo
(in "Jornal de Notícias" de hoje)


Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eu vi um jogo, Jesualdo viu outro

Não sei se Jesualdo Ferreira é bom ou mau treinador.
Faltam-me conhecimentos para o avaliar.

Mas parece-me que não é grande coisa a gerir plantéis.
Na quarta-feira foi "aviado" com 4-1 em Alvalade e hoje só não perdeu o jogo porque o árbitro viu algo que mais ninguém viu - nem conseguirá ver.

Do que não tenho dúvidas é que Jesualdo Ferreira é péssimo a analisar um jogo de futebol.
Afirmar, depois do FC Porto-Benfica de hoje, que os "azuis" foram muito superiores e mereciam vencer o desafio é um conclusão só ao alcance de quem... viu outro jogo, bem diferente daquele que eu vi.

PS 1 - Continuo a afirmar que a maioria dos actuais árbitros da Superliga são maus árbitros.

PS 2 - É por estas e por outras que eu decidi não gastar nem mais um cêntimo com o futebol que temos. Ah... e depois do folhetim do "goal-average" passei a beber Sagres.

* * * * *

Ricardo Araújo Pereira escreveu hoje em "A Bola" o seguinte:
«É importante não esquecer que hoje o Porto tem um trunfo muito forte: o árbitro da partida vai ser Pedro Proença. E Pedro Proença é mais um daqueles árbitros que anuncia em público que é adepto do Benfica e depois passa a carreira a demonstrar a sua isenção prejudicando sistematicamente o clube. Para que Pedro Proença assinale um penalty a favor do Benfica é preciso que haja um homicídio na área adversária - e mesmo assim não há certezas. Para que assinale um contra o Benfica, basta que o vento agite a camisola de um adversário - ou nem isso.»