segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Derrota em Guifões



A minha equipa (os juvenis da Académica/OAF, recorde-se) voltou a perder. Desta feita, frente ao Pasteleira, por 2-0, num jogo disputado em Guifões (Matosinhos), mesmo à porta da Cimpor.
Foi a terceira derrota em três jogos fora de casa: 2-1 com o Boavista, 2-1 com o FC Porto e 2-0 agora. Mas ao contrário dos outros jogos, neste a minha equipa praticamente não jogou. Ou melhor, jogou no primeiro quarto-de-hora; depois disso... “apagou-se”.
Mas já lá vamos.

[Antes, porém, quero dizer-vos que os meus “dias de futebol” são sempre iguais: enquanto há jogo, ando à volta do campo com a máquina fotográfica, vou vendo os lances de sítios diferentes, ouvindo os comentários de uns e de outros. Quase nunca consigo registar os golos, porque fico curioso de ver como a jogada termina e... pronto, já foi golo e acabei por não tirar a foto. E lá vou andando para aqui e para lá, o que tem a grande vantagem de ver o jogo com os meus olhos, solitariamente, sem ser sugestionado por aqueles adeptos que passam os jogos a comentá-los continuamente em voz alta. É, afinal, uma mania como qualquer outra. Já agora, há outro ritual: o de no intervalo encontrar um restaurante para o almoço, onde por vezes se junta muita gente – o que, dado o número de comensais, não é tarefa fácil. Ontem fomos 19 à mesa, mas já tivemos almoços mais numerosos...]

Vem isto a propósito porque, ontem, nestas deambulações ao redor do campo, assisti a um episódio curioso – e significativo.
Apesar das reduzidas dimensões do campo (100 x 60) e do vento, a Académica começou a jogar bem, trocando a bola com rapidez e empurrando o adversário para a área. E ganhou dois ou três pontapés de canto quase seguidos. Num deles, estava eu mesmo atrás da baliza, ouvi o “capitão” do Pasteleira dizer aos colegas: “Vamos lá a meter o pé! Eles estão a fazer de nós o que querem. É preciso jogar com mais força!”.
Dito e feito. Num instante, o jogo mudou de feição. O Pasteleira começou a jogar (mais) duro, começou a dominar e acabou mesmo por marcar um golo, aos 22 minutos, creio que no primeiro remate que fez à baliza da Académica. E... acabou ali o jogo para a minha equipa.
Ainda faltava uma hora até ao final, mas a Académica nunca mais se encontrou. Acabou a 1.ª parte à deriva, começou a 2.ª parte mais calma. Pensou-se que ainda poderia ir atrás do empate. Mas rapidamente se viu que isso não iria suceder. A minha equipa – que sabe jogar à bola – quis trocar de pé para pé, mas o piso irregular não o permitia; quis jogar com calma, mas o adversário não dava espaços, não permitia pensar.
Assim, a 2.ª parte foi um duelo entre o pontapé para a frente dos portuenses e o tentar jogar junto ao solo dos conimbricenses. E como os outros se mostraram sempre mais rápidos, a fisionomia do jogo não se alterou. A diferença de velocidade sobre a bola decidiu o jogo.
Em conclusão: vitória certa do Pasteleira, sem discussão.

[Já agora: ao almoço houve caldeirada e depois um “passeio higiénico” na Foz. Estava uma linda tarde, quente, dezenas de surfistas na água. Foi um dia bem passado.]

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