Vivemos numa sociedade capitalista. Injusta e desigual. Mas também com aspectos positivos.
Como em tudo na vida, o que há a fazer é conhecer-lhe as "manhas" e tentar aproveitá-las. Remar contra a corrente, afinal.
Não comprei telefone móvel a centenas de contos. Também não o tive logo no início, é certo. Mas quando comprei o primeiro telemóvel gastei pouco. E agora ando com um há quatro anos que me custou 75 euros, grava video, tira fotos com qualidade para imprimir um poster, permite-me ouvir rádio e serve para fazer e atender chamadas, afinal a verdadeira função de um telemóvel.
Em meados do ano passado decidi-me a comprar o primeiro "televisor plano". Um LCD, topo de gama, "full HD", que me custou menos do que o primeiro televisor a cores, comprado quando "montei casa", em meados de 1980. O segredo? Esperar três ou quatro anos, não querer ter logo o que está na moda, aguardar que a tecnologia baixe de preço e ficar com um aparelho mais moderno e... muito mais barato.
No último Natal ofereci-me um portátil. Linha média-elevada. Para mim, e para o que dele utilizo, uma autêntica "bomba".
Identificado o alvo, depois de muitas "reviews" consultadas na internet, houve que escolher o local onde seria possível adquiri-lo mais barato. Em Coimbra havia um estabelecimento a praticar um preço agradável.
Fui lá na tarde de 24 de Dezembro. O portátil estava marcado 899 euros. Acabei por não comprar. Voltei lá três dias depois, a 27. Comprei-o por 599 euros.
Anteontem, ao passar noutro estabelecimento, vi um GPS que me interessou. Écran grande (XL), mapas de quase todos os países europeus, garantia de "mapa mais recente" e um preço atraente: dos 249 euros iniciais passara para 99 euros. Peguei nele.
Chegado à caixa, diz-me o funcionário: «São 74 euros!». E eu: «Olhe que está marcado 99...». E ele: «Mas hoje há uma promoção de 25 por cento».
Intrigado, comentei: «Estão a querer ver-se livres dos aparelhos de qualquer modo...». E ele: «Esses GPS são uma "oferta especial de Inverno", mas do Inverno do ano passado».
Hoje, liguei o aparelho ao computador e actualizei o programa e o mapa da Europa para as versões mais recentes. As actuais. Sem pagar nada, porque é um serviço disponibilizado gratuitamente pelo fabricante.
Enquanto a actualização decorria, mais de duas horas!, fui passando os olhos pelo "site" e fui vendo o preço do que vinha na caixa e me custara 74 euros. Assim: suporte a 24,95 euros, cabo de ligação por 14,95 euros, bolsa de transporte por 14,95 euros e o mapa a 79,95. Total: 134,80 euros.
Ou seja, paguei praticamente metade por tudo isto, ainda faltando incluir os valores do cabo usb e do aparelho propriamente dito!
A sociedade capitalista tem muitos males. Há que saber aproveitar o que tem de bom.
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Acordar com um sorriso
Deixem-se de tretas, de corruptos, de incompetentes, de filhos-de-boas-famílias-mas-incapazes, de cretinos, trafulhas, vendedores de banha-da-cobra e outros que tais.
Não se importem se fizer frio, chover e o vento soprar com força.
Amanhã, acordem com um sorriso e pensem que esse, o dia que já nasceu, pode ser o «primeiro dia» de uma vida nova.
Tenham um bom fim-de-semana!
E façam o favor de ser felizes.
Não se importem se fizer frio, chover e o vento soprar com força.
Amanhã, acordem com um sorriso e pensem que esse, o dia que já nasceu, pode ser o «primeiro dia» de uma vida nova.
Tenham um bom fim-de-semana!
E façam o favor de ser felizes.
Devo mais 466 euros ao estrangeiro?!
Chamem-lhe orçamento rectificativo, suplementar ou redistributivo (isto é uma paródia, pá!, o nome pouco interessa), a verdade é que Portugal continua a endividar-se a ritmo assustador.
Pelas minhas contas, se somos cerca de 10,5 milhões de portugueses e o Estado se vai endividar em mais 4,9 mil milhões de euros, esta noite vou deitar-me a dever mais 466 euros ao estrangeiro.
Confesso que não me sinto responsável pela dívida. Não comprei carro de luxo, não fiz férias no estrangeiro, não andei em grandes jantaradas, não organizei festanças... Mas vou ter de pagar.
Elegeram essa gente? Pois têm o que merecem…
«O mais deprimente é a sensação generalizada com que se fica de que Portugal está a caminho de se transformar numa república em que as bananas crescem num lodaçal. É nesses lugares que os valores se evaporam, as leis são impunemente violadas, tudo se degrada, todos os responsáveis são cúmplices e nada nem ninguém consegue evitar isso.
Mas é muitíssimo bem feito. Elegeram essa gente? Pois têm o que merecem… Assoem-se lá a esse guardanapo. Besuntem-se com o resultado. Amanhã ainda vai ser pior...»
Mas é muitíssimo bem feito. Elegeram essa gente? Pois têm o que merecem… Assoem-se lá a esse guardanapo. Besuntem-se com o resultado. Amanhã ainda vai ser pior...»
(Vasco Graça Moura, ontem, no "DN")
Eanes: um homem que honra Portugal
Face Oculta: «Processos como este revelam que justiça não está a funcionar», afirma Ramalho Eanes
O ex-presidente da República, Ramalho Eanes, manifestou-se hoje preocupado por processos como o da Face Oculta, que considerou serem reveladores do mau funcionamento da justiça, um dos alicerces fundamentais da democracia.
«Preocupa-me fundamentalmente porque revela que um dos subsistemas fundamentais que é a justiça não está a funcionar na maneira rápida, pronta, legalmente justa», disse à Lusa em Madrid.
Ramalho Eanes falou à Lusa em Madrid onde hoje participa no "XI Congresso Católicos e Vida Pública", que decorre na Universidade San Pablo, em Madrid e onde interveio para analisar o relacionamento entre a moral e a política.
«A política não está a precisar de moral: a política é impossível sem ética. É a ética que faz com que os políticos percebam claramente qual é a sua função, qual é o trabalho que devem prestar à comunidade, qual o serviço que devem permanente prestar a sociedade civil da qual naturalmente dependem», afirmou Ramalho Eanes.
«Como dizia Cícero a forma mais perversa da corrupção é a demagogia. É impossível corromper com dinheiro um homem honrado, mas é possível corrompê-lo com a oratória», afirmou.
Ramalho Eanes considerou, ser «indispensável» que «toda a sociedade civil e todos os cidadãos participem na actividade política».
«A actividade política não é exclusiva dos líderes políticos, mas deve ser exercida por todos os cidadãos. É com a política e através da política que se escreve ou não se escreve um futuro justo», disse ainda.
(texto da agência Lusa, adaptado)
Olhar para Ramalho Eanes é ter a certeza de estar perante um homem digno, íntegro.
É um dos meus ídolos.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ao telefone
- Castelo Viegas?!
- Sim. É uma freguesia do concelho de Coimbra.
- Ah!!! Não é a Viegas dos Estados Unidos!
- Sim. É uma freguesia do concelho de Coimbra.
- Ah!!! Não é a Viegas dos Estados Unidos!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Portugal, Bósnia e a má educação (lá e... cá)
Três ideias
VITÓRIA - A Bósnia (com)provou hoje que é uma equipa da "2.ª divisão europeia". Na Luz já se tinha visto isso, mas as bolas no poste, o medo de alguns portugueses (a começar por Carlos Queirós) e o facto de Portugal ter jogado com 10 (Deco andou sempre a passo) ajudaram a esbater a realidade. Hoje, Portugal marcou um golo e falhou pelo menos mais quatro "coelhos de cama". Só visto!
HINO - O hino nacional português foi assobiado durante toda a execução. Manda a verdade escrever que o mesmo sucedeu na Luz com o hino nacional bósnio. Com duas diferenças. Em Lisboa, foram talvez menos de 1.000 "atrasados mentais" que o fizeram. E no final da execução, o estádio em peso aplaudiu a equipa visitante. (Mas já que falamos de boa - e má - educação, escreva-se que no Estádio da Luz o guarda-redes da Bósnia foi brindado com um coro gigante de "filhoooo-da-putaaaa" de casa vez que recolocou a bola em jogo. Boa educação portuguesa, só pode ser...)
SEGURANÇA - A propósito da queda de objectos no relvado, e que atingiram até um dos fiscais-de-linha, o repórter da TVI lamentou a falta de segurança na entrada para o estádio. Devo aqui escrever que, no sábado passado, o grupo de quatro pessoas de que eu fazia parte também não foi alvo de qualquer revista por parte dos elementos da segurança. Entrámos no estádio com tudo o que quisemos.)
HINO - O hino nacional português foi assobiado durante toda a execução. Manda a verdade escrever que o mesmo sucedeu na Luz com o hino nacional bósnio. Com duas diferenças. Em Lisboa, foram talvez menos de 1.000 "atrasados mentais" que o fizeram. E no final da execução, o estádio em peso aplaudiu a equipa visitante. (Mas já que falamos de boa - e má - educação, escreva-se que no Estádio da Luz o guarda-redes da Bósnia foi brindado com um coro gigante de "filhoooo-da-putaaaa" de casa vez que recolocou a bola em jogo. Boa educação portuguesa, só pode ser...)
SEGURANÇA - A propósito da queda de objectos no relvado, e que atingiram até um dos fiscais-de-linha, o repórter da TVI lamentou a falta de segurança na entrada para o estádio. Devo aqui escrever que, no sábado passado, o grupo de quatro pessoas de que eu fazia parte também não foi alvo de qualquer revista por parte dos elementos da segurança. Entrámos no estádio com tudo o que quisemos.)
Lixo na rua desde domingo!
Quando o Provedor do Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra questionou os serviços de higiene da autarquia, a propósito de um texto escrito neste blogue, os referidos serviços (não respondendo à questão de fundo: a rua não é varrida há mais de 10 anos!) responderam-lhe que estava tudo bem: não havia lixo no chão, nem ervas nos passeios, nem manchas de óleo no pavimento.
Pois bem: aqui está uma imagem que desmente os referidos serviços: há lixo, há ervas e há (perigosas) manchas de óleo, apesar de ter chovido a bom chover nos últimos dias.
Quanto ao lixo que a foto documenta, está no local desde domingo e hoje é quarta-feira.
As ervas ainda não chegaram ao metro de altura que tiveram no início do Verão mas para lá caminham. A passos largos.
As manchas de óleo são tão visíveis que algumas ainda guardam o "perfil" dos pneus dos automóveis que lá derraparam.
A situação é tanto mais ridícula quanto as ruas adjacentes são varridas: a do topo superior pelos serviços camarários e a do topo inferior pela Junta de Freguesia de Eiras, porque parece estar integrada na "zona rural" da freguesia.
Vá lá a gente compreender quem manda nestas coisas.
[Felizmente, de vez em quando chove, de vez em quando faz vento, e o lixo mais volumoso desaparece num dia de muita chuva ou de muito vento. Porque a rua, felizmente, é bem inclinada...]
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Lusa, Vara e a verdade
A agência Lusa divulgou esta tarde uma notícia que, no essencial, diz o seguinte: Armando Vara quer «esclarecer tudo» quando amanhã for ouvido pelo juiz de instrução criminal.
Não, não foi La Palisse quem escreveu isto. Foi um jornalista da agência Lusa.
Mas, com o devido respeito, isto não é notícia nenhuma, porque é suposto que TODOS os arguidos queiram sempre esclarecer todas as acusações que recaem sobre eles.
É a velha história do "cão que morde um homem" não ser notícia, porque isso é mais do que previsível.
Ainda dou comigo a pensar: que raio de "notícia"...
("Público" de hoje)
País real
(clique na imagem para ampliar)
«No mandato de Sócrates número de desempregados passou de 412,6 mil para 547,7 mil.»
(José Manuel Fernandes)
«No mandato de Sócrates número de desempregados passou de 412,6 mil para 547,7 mil.»
(José Manuel Fernandes)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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