sábado, 23 de maio de 2009

A famosa entrevista de Manuela a Marinho

Se quiser ver um pouco mais de 9 minutos da entrevista de ontem de Manuela Moura Guedes ao bastonário da Ordem dos Advogados clique aqui.

(O YouTube nunca mais aqui coloca o video. Por isso, deixo o "link".)

ADITAMENTO (24 de Maio)
Versão completa da entrevista (cerca de 30 minutos) aqui.

E aqui:

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Não vi, paciência...

Toca o telemóvel.
- Vê depressa a TVI! É cá uma "cena"!
Rodei o botão e... estava mesmo a terminar a entrevista de Manuela Moura Guedes a António Marinho Pinto.
Vi para aí uns 20 segundos.
Volta a tocar o telemóvel.
- Ó pá, nunca tinha acontecido nada disto nestes anos todos depois do "25 de Abril". Foi cá uma coisa!...

Tenho pena de não ter visto.
Mas são 21h30 (quando escrevo estas linhas) e estou a trabalhar desde as 8h00.
Há dias assim.

Imagens da campanha eleitoral





Debate na sede da Associação Académica de Coimbra
(21 de Maio de 2009)

Sócrates pela porta das traseiras

O primeiro-ministro foi hoje vaiado pelos alunos de uma escola de Artes em Lisboa.
No final da visita, Sócrates e comitiva saíram pela porta das traseiras.
Começa a ser um hábito...

"O" Lopes (*)

Há pormenores esclarecedores. Na Quadratura do Círculo, António Costa referiu-se ao procurador Lopes da Mota - aquele nosso brilhante presidente do Eurojust - como "o" Lopes da Mota. O artigo definido não constituiu lapso freudiano. Mota foi secretário de Estado de um governo de Guterres onde Costa também pontificava. A mulher de Mota é sua vereadora - imagine-se - da cultura, em Lisboa, e dá pelo nome de Rosália Vargas (Lopes da Mota). Grande Lopes. O "nosso" Lopes. "O" Lopes.

(*) Sucinto e esclarecedor. Texto de João Gonçalves no "Portugal dos Pequeninos".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Acredite se quiser (*)

Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.

Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...

(*) Manuel António Pina, no "Jornal de Notícias" de hoje

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Depois de Câncio... Rangel

Fernanda Câncio, pelo que li, abandonou o programa de debates na TVI em que participava.
Mas o Governo continua a ter um grande defensor nas noites da TVI.
Estou a ver, pela segunda vez, o programa em que participa Emídio Rangel.
Começou há quatro ou cinco minutos e, sobre o "Caso Lopes da Mota/Eurojust", Emídio Rangel acaba de dizer precisamente o mesmo que o ministro Santos Silva afirmara nos noticiários desta noite.

Estou a escrever e ouço Emídio Rangel diz que o "Caso Lopes da Mota" ainda não é político.
É bem verdade que estamos sempre a aprender.

Sem palavras

«O presidente da Eurojust, Lopes da Mota, disse hoje à agência Lusa que reitera tudo o que disse sobre as alegadas pressões no caso Freeport e aguarda de "consciência tranquila" o resultado o processo disciplinar de que é alvo.»

Este texto deveria ser um desenho para poder escrever por baixo, à laia de legenda, a célebre expressão "Sem palavras".
Não é um desenho, mas escrevo-a à mesma: "Sem palavras".

Rotunda da Estrada de Eiras na SIC


A mais famosa (e mais alterada) rotunda de Coimbra, a Rotunda da Estrada de Eiras, que eu elegi com a "Obra do ano 2008" na cidade, teve hoje honras de "directo" na SIC.
Foi no programa "Nós por cá" e contou com depoimentos de diversos utilizadores da famosa rotunda.
Engraçado, engraçado, foi ouvir um técnico da Câmara Municipal de Coimbra a dizer que a autarquia está aberta a novas alterações na rotunda (que já foi alterada, pelo menos, quatro vezes!!!) e, acima de tudo, justificar a construção com a instalação nas imediações do INEM e de uma superfície comercial.
Sempre me pareceu, aliás, que o "culpado" da construção da rotunda foi... o "Minipreço".

Futuro dos jornais

Acabei de ler esta frase no Twitter:
«Só não vê quem não quer: o futuro dos jornais impressos depende da imediata adaptação aos novos parâmetros da informação.»
Concordo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

«Eu percebo que você ande enjoado...»

Dois excertos de (mais) um texto brilhante de João Miguel Tavares no "Diário de Notícias".

«Caro leitor: eu percebo que você ande enjoado. Eu próprio, semana após semana, sento-me em frente do computador para escrever mais um texto para esta página e a mão está sempre a fugir-me para Alcochete. Mas será que a culpa é minha? Por amor de Deus: depois daquele tio, agora sai-nos um primo vestido de Bruce Lee, a treinar artes marciais no templo de Shaolin e a chamar pelo nome de Wu Guo, "o guerreiro profundo"? Sobre o que é que querem que eu escreva, se nem a família Adams é tão divertida?»

«Lamento muito, mas o caso Freeport transformou-se numa tragicomédia nacional, que põe ao léu uma República grotesca, sem princípios, sem carácter e completamente disfuncional. Sobre o que hei-de eu escrever, se a vergonha já se estende desde aqui até à China»

Política sem poesia (*)

Este fim-de-semana li a notícia de um homem que pediu para ser preso. Já tinha feito a experiência e queria regressar. A polícia recusou. Inconformado, partiu os vidros da esquadra e acabou detido.

Este caso lembra-me o profissional da política (que gosta de fingir ser outra coisa) Manuel Alegre. Em voz trovejante, clama que se sente tolhido porque o PS já não é de esquerda. Mas, tal como o homem que tudo faz para regressar à prisão, Alegre não é capaz de sobreviver fora do oxigénio do partido que fez dele gente – quando parece ficar com um pé do lado de fora, Alegre, afinal, está a tentar meter-se ainda mais para dentro. Teatralidades à parte, Alegre está no bolso de Sócrates porque não é suficientemente alegrista para as expectativas que procriou.
(*) Carlos Abreu Amorim, jurista

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A "minha" candidata

(clique na imagem para ampliar)

domingo, 17 de maio de 2009

"Outra" de Vital Moreira

Vital Moreira, candidato (independente) do PS ao Parlamento Europeu, vai coleccionado "tiradas" para a História.
Hoje disse isto:
«A lista do PS é feita de pessoas conhecidas, é uma lista visível de pessoas eminentes. As listas dos outros partidos não se conhecem, tirando os cabeças-de-lista».
Eheheheheh.

Dois excelentes textos (no "Público")

No jornal "Público" de hoje, dois textos de opinião "encheram-me as medidas" pelo seu brilhantismo.
Um, de Miguel Esteves Cardoso, com "ar" brincalhão.
Outro, de António Barreto, sério e profundo.

Dei o dinheiro gasto na compra do jornal por (muito) bem empregue. Mais a mais porque o li numa esplanada, em manhã de sol, ao lado do Oceanário de Lisboa, a olhar o Tejo.
Há domingos assim...

* * * * *

Sinal dos tempos, os textos estão já disponíveis na Net.
Deixo um excerto de cada. Se os quiserem ler na íntegra basta clicar.

«Toda a gente acha que tem piada – é talvez a maior tragédia humana. Quem não conhece a agonia e a humilhação de ter de forçar um risinho falso quando é confrontado com uma má piada emitida por alguém que não se pode mandar calar, como o nosso patrão, ou um moribundo? Agora imagine-se o desconforto que não vai pela comitiva do Presidente da República desde que ele descobriu o Ricardo Araújo Pereira que há dentro dele.»
(Miguel Esteves Cardoso)

«O MAGISTRADO Lopes da Mota não deve sair do EUROJUST. Não deve suspender o seu cargo. Nem pedir a demissão. Nem ser demitido. Se a representação de um Estado deve traduzir a verdade, ele é o homem certo no lugar certo. Não se compreenderia, por exemplo, que o representante do Estado português, em qualquer organização internacional, não soubesse falar a língua materna. Nem que o delegado de Portugal à NATO fosse um pacifista militante e um notório objector de consciência.»
(António Barreto)

A lógica (socialista) de Vitalino Canas

Vitalino Canas, porta-voz do PS, acusou os outros partidos de estarem a fazer um aproveitamento político do "Caso Lopes da Mota".

Lopes da Mota, recorde-se, é membro do Eurojust com o "beneplácito" de dois ministros do Governo do PS.
Lopes da Mota, relembre-se, foi membro de um anterior Governo do PS.
Lopes da Mota é suspeito de ter pressionado os procuradores que investigam o "Caso Freeport", utilizando para o efeito o nome de um ministro do PS.
Lopes da Mota foi, em tempos, alvo da suspeita (que acabou arquivada) de ter passado informações relacionadas com o processo do "saco azul" a Fátima Felgueiras, do PS.

Vitalino Canas, realmente, tem razão: aproveitar politicamente o "Caso Lopes da Mota" é uma redundância. Como diria o diácono Remédios, «não há nexexidade».

PS - Por onde anda a denominada (não me façam rir...) "ética republicana"?