sábado, 5 de janeiro de 2008
Empate molhado e polémico
A minha equipa empatou hoje (1-1) com o Marinhense, na Marinha Grande, a 3,40 euros de portagens e 89 km de distância de Coimbra, num desafio dirigido por uma jovem de 21 anos de Aveiro e disputado debaixo de chuva intensa.
Ao intervalo a minha equipa ganhava por 1-0. O Marinhense empatou, na transformação de uma (polémica) grande penalidade, já no "período de descontos".
Apanhei a maior molha dos últimos anos, a fazer lembrar um célebre Benfica-Bayern no velho Estádio da Luz.
(Qualquer dia conto essa gloriosa história com mais de 30 anos...)
Breve comentário e algumas fotos logo que possível (é necessário, primeiro, secar a máquina fotográfica...) no sítio do costume.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Carapau
O anterior técnico da Académica (que sempre entendi não ter perfil para orientar a Briosa) acaba de empatar no Calhabé (3-3) ao comando do Sporting de Braga.
Antes do jogo, Manuel Machado disse o seguinte sobre a equipa da Académica: «Os jogadores são os mesmos e não me parece que com o mesmo material se possa fazer obra diferente. A equipa utiliza os mesmos jogadores que eu utilizava e em termos tácticos não é possível com bacalhau cozinhar lagosta».
Terminado o jogo, "cheira-me" que uma parte da equipa bracarense não é nem lagosta, nem bacalhau. Parece mais ser carapau.
(Um tal Rodriguez, defesa, se for carapau é... carapau do gato)
PS - Como é que a Académica não jogava nada com Manuel Machado e agora até dá gosto vê-la? Os jogadores são os mesmos, não são? Se bem me lembro, só mudou o treinador.
Antes do jogo, Manuel Machado disse o seguinte sobre a equipa da Académica: «Os jogadores são os mesmos e não me parece que com o mesmo material se possa fazer obra diferente. A equipa utiliza os mesmos jogadores que eu utilizava e em termos tácticos não é possível com bacalhau cozinhar lagosta».
Terminado o jogo, "cheira-me" que uma parte da equipa bracarense não é nem lagosta, nem bacalhau. Parece mais ser carapau.
(Um tal Rodriguez, defesa, se for carapau é... carapau do gato)
PS - Como é que a Académica não jogava nada com Manuel Machado e agora até dá gosto vê-la? Os jogadores são os mesmos, não são? Se bem me lembro, só mudou o treinador.
Portugal ao fundo
A crise moral que grassa no país é cada vez mais evidente.
Já ninguém escapa.
A crise engole até alguns daqueles que deveriam garantir as regras mínimas de ética – mesmo que fosse a tão falada "ética republicana", que nunca percebi efectivamente o que seja... – na vida colectiva.
Basta dar uma olhadela a meia dúzia de blogues e ver o que pensa uma parte do povo português sobre o que acontece cá na terra.
O meu país, Portugal, está mesmo a tornar-se num sítio mal frequentado.
Já ninguém escapa.
A crise engole até alguns daqueles que deveriam garantir as regras mínimas de ética – mesmo que fosse a tão falada "ética republicana", que nunca percebi efectivamente o que seja... – na vida colectiva.
Basta dar uma olhadela a meia dúzia de blogues e ver o que pensa uma parte do povo português sobre o que acontece cá na terra.
O meu país, Portugal, está mesmo a tornar-se num sítio mal frequentado.
Portátil?
Na "Vobis", em Coimbra, há um computador portátil em destaque, numa vitrina.
É um Acer, pesa 7,8 kg e tem écran de 20'' (51 cms!).
Eu escrevi... computador portátil?
PS - Ando à procura de um de 11'', com 1 kg e... preço acessível. Portátil, claro.
É um Acer, pesa 7,8 kg e tem écran de 20'' (51 cms!).
Eu escrevi... computador portátil?
PS - Ando à procura de um de 11'', com 1 kg e... preço acessível. Portátil, claro.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Homero Serpa
Homero Serpa foi a enterrar no dia 1.
Como escreveu ontem Alexandre Pais no concorrente "Record", Homero Serpa fez parte de um «grupo de professores como nenhuma outra universidade terá juntado – Alfredo Farinha, Aurélio Márcio, Carlos Miranda, Carlos Pinhão, Cruz dos Santos, Homero Serpa e Vítor Santos».
Foi um dos príncipes de "A Bola".
Foi com eles que aprendi a ler – quando entrei na escola primária, quase com 8 anos completos, o professor Bentes (esse mesmo, o “rato atómico” da Académica) não teve de me ensinar o "bê-a-bá" do juntar as letras, porque já o tinha aprendido nas páginas de “A Bola” (sempre que a “apanhava”), do “Diário Popular” (aos sábados, por causa do concurso de anedotas) e de “O Primeiro de Janeiro” (aos domingos, com as aventuras do Príncipe Valente).
Há uns três ou quatro anos participei num debate, na Universidade de Coimbra, em que esteve também presente Vítor Serpa, o então como agora director de "A Bola".
Vítor Serpa chegou acompanhado do pai, Homero Serpa, quando ainda faltava mais de meia hora para o início do debate, no novíssimo auditório da Faculdade de Direito. Ficámos à conversa.
Homero desfiou memórias de Coimbra – da Académica e de jornalistas com quem trabalhara mais de perto.
Há dois anos, aí por meados de Fevereiro de 2006, o Professor Manuel Sérgio (o pensador que mais sabe de Desporto em Portugal) concedeu-me uma entrevista.
A certa altura, falámos de treinadores de futebol: José Mourinho, Pedroto, Cândido de Oliveira...
Eis um excerto da entrevista:
– Qual era a sua função: aconselhar Pedroto?
– Não, não. Eu nunca ensinei futebol a ninguém. O Pedroto, coisa curiosa, era um homem que sabia que não sabia. Uma coisa interessante... Era uma pessoa curiosíssima, um indivíduo que gostava de saber e, então, gostava de me ouvir falar e levantava perguntas.
– Sobre tudo?
– Sim, sobre política, mesmo futebol. O Pedroto era muito interessante. Eu não sei se terá havido mais alguém no futebol com aquela curiosidade. Eu não conheci o Cândido de Oliveira, quem escreveu sobre ele foi o Homero Serpa...
– O Homero chegou a ser treinador do Belenenses...
– É uma situação curiosa. O Belenenses estava para descer de divisão e o Acácio Rosa, aí por 1969 ou 1970, foi buscar o pai do José Mourinho, que era nosso guarda-redes [Félix Mourinho], e o Homero Serpa, um jornalista, para orientarem a equipa. E o Belenenses não desceu de divisão! Isto deu-me muito que pensar, muito que pensar... É o homem que triunfa no treinador. O treinador triunfa se é, ou não é, homem. Isso é a força do José Mourinho. O líder é o grande treinador. Na alta competição, o líder é uma espécie de general; é evidente que tem de saber qualquer coisa de futebol... Tem de ser perspicaz, conhecer bem os seus jogadores. Mas isso quase todos sabem fazer, mas depois falta-lhes o resto: formar um grupo que saiba entrar em campo e ter objectivos. O jogador, acima de tudo, tem de entrar em campo e sentir que está a servir um ideal em que acredita.
A referência de Manuel Sérgio a Homero Serpa como conhecedor da vida de Cândido de Oliveira ficou-me na memória.
Pouco tempo depois, foi útil.
Na altura, encontrava-me directamente envolvido no projecto de um livro que contasse a história do futebol da Briosa. [Um livro que vai ser apresentado no próximo dia 18, às 18h00, na Sala VIP do ECC – Estádio Cidade de Coimbra/Empreendimento Comercial do Calhabé].
Nesse âmbito sugeri, até para tornar mais leve a leitura de um livro com mais de 600 páginas(!), que fossem incluídos depoimentos a propósito de datas/factos relevantes da vida da Académica.
A sugestão foi aceite e coube-me contactar diversas personalidades. Uma delas foi Homero Serpa que, recebida a carta, telefonou de imediato e aceitou colaborar naquele que – creio eu, pelo que pude ver nessa altura – será o livro mais completo alguma vez publicado em Portugal sobre uma instituição desportiva.
O texto – de que guardo o original – chegou poucos dias depois pelo correio.
«Entrei em "A Bola", em 1956, pela porta da coincidência, calhou assim - como diz o povo quando as coisas acontecem por acaso. Pois calhou. Cândido de Oliveira vivia em Coimbra, dedicado à Académica, raramente vinha a Lisboa, ao que se sabe, por Coimbra se dava muito bem. Eu, jornalista na fase de formação, conhecia-o apenas pelo que dele ouvia contar, no tom do elogio hiperbólico, pelo Vítor Santos, que realmente o admirava, pelo Aurélio Márcio, que o idolatrava, por alguns mais», escreveu Homero Serpa no texto que creio constar do livro que será apresentado de amanhã a 15 dias.
Foi um privilégio ter conhecido, embora superficialmente, Homero Serpa.
Descanse em paz, campeão.
Como escreveu ontem Alexandre Pais no concorrente "Record", Homero Serpa fez parte de um «grupo de professores como nenhuma outra universidade terá juntado – Alfredo Farinha, Aurélio Márcio, Carlos Miranda, Carlos Pinhão, Cruz dos Santos, Homero Serpa e Vítor Santos».
Foi um dos príncipes de "A Bola".
Foi com eles que aprendi a ler – quando entrei na escola primária, quase com 8 anos completos, o professor Bentes (esse mesmo, o “rato atómico” da Académica) não teve de me ensinar o "bê-a-bá" do juntar as letras, porque já o tinha aprendido nas páginas de “A Bola” (sempre que a “apanhava”), do “Diário Popular” (aos sábados, por causa do concurso de anedotas) e de “O Primeiro de Janeiro” (aos domingos, com as aventuras do Príncipe Valente).
Há uns três ou quatro anos participei num debate, na Universidade de Coimbra, em que esteve também presente Vítor Serpa, o então como agora director de "A Bola".
Vítor Serpa chegou acompanhado do pai, Homero Serpa, quando ainda faltava mais de meia hora para o início do debate, no novíssimo auditório da Faculdade de Direito. Ficámos à conversa.
Homero desfiou memórias de Coimbra – da Académica e de jornalistas com quem trabalhara mais de perto.
Há dois anos, aí por meados de Fevereiro de 2006, o Professor Manuel Sérgio (o pensador que mais sabe de Desporto em Portugal) concedeu-me uma entrevista.
A certa altura, falámos de treinadores de futebol: José Mourinho, Pedroto, Cândido de Oliveira...
Eis um excerto da entrevista:
– Qual era a sua função: aconselhar Pedroto?
– Não, não. Eu nunca ensinei futebol a ninguém. O Pedroto, coisa curiosa, era um homem que sabia que não sabia. Uma coisa interessante... Era uma pessoa curiosíssima, um indivíduo que gostava de saber e, então, gostava de me ouvir falar e levantava perguntas.
– Sobre tudo?
– Sim, sobre política, mesmo futebol. O Pedroto era muito interessante. Eu não sei se terá havido mais alguém no futebol com aquela curiosidade. Eu não conheci o Cândido de Oliveira, quem escreveu sobre ele foi o Homero Serpa...
– O Homero chegou a ser treinador do Belenenses...
– É uma situação curiosa. O Belenenses estava para descer de divisão e o Acácio Rosa, aí por 1969 ou 1970, foi buscar o pai do José Mourinho, que era nosso guarda-redes [Félix Mourinho], e o Homero Serpa, um jornalista, para orientarem a equipa. E o Belenenses não desceu de divisão! Isto deu-me muito que pensar, muito que pensar... É o homem que triunfa no treinador. O treinador triunfa se é, ou não é, homem. Isso é a força do José Mourinho. O líder é o grande treinador. Na alta competição, o líder é uma espécie de general; é evidente que tem de saber qualquer coisa de futebol... Tem de ser perspicaz, conhecer bem os seus jogadores. Mas isso quase todos sabem fazer, mas depois falta-lhes o resto: formar um grupo que saiba entrar em campo e ter objectivos. O jogador, acima de tudo, tem de entrar em campo e sentir que está a servir um ideal em que acredita.
A referência de Manuel Sérgio a Homero Serpa como conhecedor da vida de Cândido de Oliveira ficou-me na memória.
Pouco tempo depois, foi útil.
Na altura, encontrava-me directamente envolvido no projecto de um livro que contasse a história do futebol da Briosa. [Um livro que vai ser apresentado no próximo dia 18, às 18h00, na Sala VIP do ECC – Estádio Cidade de Coimbra/Empreendimento Comercial do Calhabé].
Nesse âmbito sugeri, até para tornar mais leve a leitura de um livro com mais de 600 páginas(!), que fossem incluídos depoimentos a propósito de datas/factos relevantes da vida da Académica.
A sugestão foi aceite e coube-me contactar diversas personalidades. Uma delas foi Homero Serpa que, recebida a carta, telefonou de imediato e aceitou colaborar naquele que – creio eu, pelo que pude ver nessa altura – será o livro mais completo alguma vez publicado em Portugal sobre uma instituição desportiva.
O texto – de que guardo o original – chegou poucos dias depois pelo correio.
«Entrei em "A Bola", em 1956, pela porta da coincidência, calhou assim - como diz o povo quando as coisas acontecem por acaso. Pois calhou. Cândido de Oliveira vivia em Coimbra, dedicado à Académica, raramente vinha a Lisboa, ao que se sabe, por Coimbra se dava muito bem. Eu, jornalista na fase de formação, conhecia-o apenas pelo que dele ouvia contar, no tom do elogio hiperbólico, pelo Vítor Santos, que realmente o admirava, pelo Aurélio Márcio, que o idolatrava, por alguns mais», escreveu Homero Serpa no texto que creio constar do livro que será apresentado de amanhã a 15 dias.
Foi um privilégio ter conhecido, embora superficialmente, Homero Serpa.
Descanse em paz, campeão.
Novidades... mas poucas
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
In memoriam
Homero Serpa
Acabo de saber da morte de Homero Serpa.
Amanhã, aqui no blogue, irei prestar-lhe a última homenagem, recordando nomeadamente o contacto telefónico que mantivemos há cerca de ano e meio, a propósito de Cândido de Oliveira e de um (grande) livro que será apresentado, ao que parece, no próximo dia 18, cá em Coimbra.
Para já, curvo-me perante a memória de um dos jornalistas que me "ensinaram a ler" ainda antes de chegar à escola primária.
Que descanse em paz!
Portugal socialista
Hoje à noite, na SIC Notícias, não perca a "Quadratura do Círculo".
Jorge Coelho, ministro socialista ao tempo do início da construção da mais célebre ponte de Coimbra (a Ponte Europa, que acabou por ser inaugurada com o nome de Ponte Rainha Santa Isabel), vai abordar a questão da desigualdade salarial no nosso país.
A análise de Jorge Coelho chega a ser arrebatadora: o problema não está em quem ganha muito, mas sim em quem ganha pouco. Portanto, não há que limitar os altos salários, antes aumentar os salários de miséria que milhares e milhares de portugueses continuam a receber.
(Não sei porquê, mas a argumentação de Jorge Coelho conduziu-me por momentos aos tempos gloriosos de 1975, às lutas do MRPP contra o revisionismo soviético e o social-fascismo, etc., etc.)
Para quem leia estas linhas fora do "contexto português", saliento que Jorge Coelho é correlegionário de José Sócrates, cujo Governo acaba de decretar aumentos de 2,1 % (que toda a gente sabe serem inferiores à inflação) para os funcionários públicos.
Jorge Coelho também pertence ao mesmo partido de Almeida Santos, que ao receber recentemente um doutoramento na Universidade de Coimbra se manifestou contra o facto de Portugal ser o país europeu onde a desigualdade social mais tem aumentado.
Almeida Santos, há décadas figura de topo da política portuguesa, personalidade com reconhecida influência no PS e na sociedade, conseguiu porém que a minha consciência ficasse muito mais sossegada. Depois das palavras que ele proferiu na Sala Grande dos Actos, a minha "responsabilidade social" diminuiu tanto que se tornou quase nula – afinal, nunca desempenhei qualquer cargo político em Portugal. Nem noutro lado qualquer.
Jorge Coelho, ministro socialista ao tempo do início da construção da mais célebre ponte de Coimbra (a Ponte Europa, que acabou por ser inaugurada com o nome de Ponte Rainha Santa Isabel), vai abordar a questão da desigualdade salarial no nosso país.
A análise de Jorge Coelho chega a ser arrebatadora: o problema não está em quem ganha muito, mas sim em quem ganha pouco. Portanto, não há que limitar os altos salários, antes aumentar os salários de miséria que milhares e milhares de portugueses continuam a receber.
(Não sei porquê, mas a argumentação de Jorge Coelho conduziu-me por momentos aos tempos gloriosos de 1975, às lutas do MRPP contra o revisionismo soviético e o social-fascismo, etc., etc.)
Para quem leia estas linhas fora do "contexto português", saliento que Jorge Coelho é correlegionário de José Sócrates, cujo Governo acaba de decretar aumentos de 2,1 % (que toda a gente sabe serem inferiores à inflação) para os funcionários públicos.
Jorge Coelho também pertence ao mesmo partido de Almeida Santos, que ao receber recentemente um doutoramento na Universidade de Coimbra se manifestou contra o facto de Portugal ser o país europeu onde a desigualdade social mais tem aumentado.
Almeida Santos, há décadas figura de topo da política portuguesa, personalidade com reconhecida influência no PS e na sociedade, conseguiu porém que a minha consciência ficasse muito mais sossegada. Depois das palavras que ele proferiu na Sala Grande dos Actos, a minha "responsabilidade social" diminuiu tanto que se tornou quase nula – afinal, nunca desempenhei qualquer cargo político em Portugal. Nem noutro lado qualquer.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Não sabes o que perdes
"Call Girl" bate o recorde absoluto de palavrões.
Os «fuck you» de Joe Berardo são uma brincadeira de criança ao pé da generalidade dos diálogos do filme de António-Pedro Vasconcelos.
Soraia deslumbrante, Nicolau ao nível dos maiores de Hollywood.
Vale a pena a ida ao cinema, apesar do cheiro a pipocas e do calor excessivo.
PS - Para compreender o título (e a imagem) deste texto é necessário ver as 2h30 do filme...
1 de Janeiro
Amanheceu assim o ano na minha cidade.
Aqui nasci, aqui vivo. Há tantos anos que já me permito avaliações.
A imagem desta manhã é emblemática: crescem as nuvens, o sol espreita cada vez menos.
A minha cidade está a ficar triste - como (também) era há bem pouco.
O futuro não se afigura risonho.
Uns não conseguem sonhar, a outros falta-lhes a capacidade.
(Acima de todos os problemas - e parafraseando a mensagem de Natal do meu amigo Orlando Castro - está o facto de existir cada vez mais gente de sucesso que não consegue ter a coluna vertebral direita. Sinal dos tempos...)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Feliz Ano Novo!!!
Um calendário em português faz sempre jeito. Pode deitá-lo de lado, virá-lo de pernas para o ar, rasgá-lo ou emoldurá-lo; enfim, pode fazer dele o que quiser. Este 2008 é seu.
Desejo que ao longo do ano possa construir 2008 como desejar – e não como outros quiserem que seja o seu ano. É esta a força da liberdade, um valor que temos de continuar a defender. Cada vez mais.
Façam o favor de serem felizes!
domingo, 30 de dezembro de 2007
Esta é fácil
Ao navegar na Net encontrei este comentário:
«Não tem qualquer autoridade moral para criticar o que quer que seja! O partido mais arrangista de todo o sempre! O partido que apoia um governo do pior que alguma vez se viu. Passados dois anos tudo piorou: saúde, economia, desemprego,... uma miséria!»
A que partido se referirá o comentador?
«Não tem qualquer autoridade moral para criticar o que quer que seja! O partido mais arrangista de todo o sempre! O partido que apoia um governo do pior que alguma vez se viu. Passados dois anos tudo piorou: saúde, economia, desemprego,... uma miséria!»
A que partido se referirá o comentador?
Aventuras comerciais
Não sei se é reflexo da crise se é reflexo da portuguesa habitual falta de qualidade, mas as minhas últimas compras têm resultado em histórias inacreditáveis.
Não, não peçam, porque ainda não é hoje que vou contar a história do ar condicionado. Essa história é tão grande que só a poderei escrever num dia em que disponha de muito tempo livre. No entanto, foi das que me deu mais prazer: esperei 4 meses, mas fartei-me de gozar sempre que me telefonavam da empresa para ir pagar os aparelhos que... ainda não tinham sido instalados. Eheheheh, foi divertido.
Noutro dia, no Lidl, onde vou sempre que um "gadget dos pobres" me chama a atenção, olho para a factura e reparo que nela consta um litro de leite magro. Comprei leite? Reviro o carro, olho uma e outra vez, mas não encontro qualquer pacote de leite. Volto à caixa. Tinha sido engano.
Na sexta-feira, passo no Carrefour e compro dois pares de peúgas. Fazem sempre jeito e estavam com 30% de desconto. Um grande cartaz assinalava "Saldos". Na própria prateleira das peúgas um cartaz mais pequeno confirmava: "Saldos - 30%". Cheguei à caixa e... o sistema não assinalou o desconto. Outro erro, reparado com a devolução de 2,10 euros em dinheiro (mais de 400 escudos!).
Hoje, no Modelo, tive de pedir a dois cavalheiros para me deixarem tirar o "Público" do expositor. Entretidos com "A Bola", encostados, liam à borla e dificultavam a vida a quem queria comprar jornais. Desviaram-se e tirei o primeiro "Público" da prateleira de cima. Chegado à caixa, a funcionária abre o jornal e vê que lá dentro há duas revistas iguais. Olha para mim e pergunta quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, abre as duas revistas lado-a-lado e desfolha-as lentamente, pergunta à colega da caixa ao lado quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, manda chamar uma supervisora. Acaba por ficar com uma revista. Finalmente, pude pagar.
Será apenas incompetência?
PS - Um brinde para quem teve a gentileza de ler o texto até ao fim: há dias entrei numa agência bancária e pedi ao funcionário uma informação sobre PPRs. Educadamente, disse-me que era mais indicado ser uma das duas colegas a esclarecer-me. Encostei-me ao outro extremo do balcão, ele continuou a atender quem estava atrás de mim na fila e elas continuaram no interior da agência a conversar, certamente assuntos fundamentais para o futuro do banco e do país. Esperei um, dois, três... sete minutos. Elas teimavam em não aparecer no balcão. Ele continuava a atender, um após outro cliente. Eu esperava. Olimpicamente, olhei para o jovem funcionário e disse-lhe: «Volto já».
(Moral da história: como ele está sentado, não há problema...)
Não, não peçam, porque ainda não é hoje que vou contar a história do ar condicionado. Essa história é tão grande que só a poderei escrever num dia em que disponha de muito tempo livre. No entanto, foi das que me deu mais prazer: esperei 4 meses, mas fartei-me de gozar sempre que me telefonavam da empresa para ir pagar os aparelhos que... ainda não tinham sido instalados. Eheheheh, foi divertido.
Noutro dia, no Lidl, onde vou sempre que um "gadget dos pobres" me chama a atenção, olho para a factura e reparo que nela consta um litro de leite magro. Comprei leite? Reviro o carro, olho uma e outra vez, mas não encontro qualquer pacote de leite. Volto à caixa. Tinha sido engano.
Na sexta-feira, passo no Carrefour e compro dois pares de peúgas. Fazem sempre jeito e estavam com 30% de desconto. Um grande cartaz assinalava "Saldos". Na própria prateleira das peúgas um cartaz mais pequeno confirmava: "Saldos - 30%". Cheguei à caixa e... o sistema não assinalou o desconto. Outro erro, reparado com a devolução de 2,10 euros em dinheiro (mais de 400 escudos!).
Hoje, no Modelo, tive de pedir a dois cavalheiros para me deixarem tirar o "Público" do expositor. Entretidos com "A Bola", encostados, liam à borla e dificultavam a vida a quem queria comprar jornais. Desviaram-se e tirei o primeiro "Público" da prateleira de cima. Chegado à caixa, a funcionária abre o jornal e vê que lá dentro há duas revistas iguais. Olha para mim e pergunta quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, abre as duas revistas lado-a-lado e desfolha-as lentamente, pergunta à colega da caixa ao lado quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, manda chamar uma supervisora. Acaba por ficar com uma revista. Finalmente, pude pagar.
Será apenas incompetência?
PS - Um brinde para quem teve a gentileza de ler o texto até ao fim: há dias entrei numa agência bancária e pedi ao funcionário uma informação sobre PPRs. Educadamente, disse-me que era mais indicado ser uma das duas colegas a esclarecer-me. Encostei-me ao outro extremo do balcão, ele continuou a atender quem estava atrás de mim na fila e elas continuaram no interior da agência a conversar, certamente assuntos fundamentais para o futuro do banco e do país. Esperei um, dois, três... sete minutos. Elas teimavam em não aparecer no balcão. Ele continuava a atender, um após outro cliente. Eu esperava. Olimpicamente, olhei para o jovem funcionário e disse-lhe: «Volto já».
(Moral da história: como ele está sentado, não há problema...)
Subscrever:
Mensagens (Atom)