
A minha equipa venceu hoje o U. Coimbra, por 3-1, no Campo da Pedrulha. Foi um "derby" com todos os ingredientes: emoção, penaltis, expulsões e muitos golos.
A 1.ª parte decorreu em toada de bola cá-bola lá, com as equipas a jogarem com muitos cuidados. Como a bola andava sempre longe das balizas, as oportunidades de golo não surgiam.
Estava o jogo nesta "pasmaceira" quando Peixinho decidiu animar as coisas. No flanco esquerdo, já no enfiamento da grande área, recebeu a bola, ladeou um adversário, entrou na área, fintou outro, rematou e... golaço!
Até ao intervalo, o jogo voltou à toada morna, sem lances de especial interesse. As maiores emoções estavam guardadas para depois do descanso. Aí sim, houve "derby" a sério.
Pouco depois do recomeço, o árbitro assinalou "penalty" contra a Académica por mão na bola (voluntária? involuntária?... eu estava longe...) dentro da área. Na marcação do castigo, o guarda-redes Francisco defendeu o remate e o resultado manteve-se em 1-0.
Pouco depois, um lance inesperado: o guarda-redes do U. Coimbra bloca o esférico, prepara-se para chutar para a frente, é agarrado por um jogador da Académica, solta-se e dá uma cotovelada no adversário. O árbitro não hesita: expulsão do unionista e "penalty". É o que dizem as regras, para uma agressão dentro da área e com a bola em jogo. Peixinho não desperdiça o castigo e faz o 2-0.
Lance do 2.º golo da AcadémicaQuem pensava que o jogo tinha acabado ali, enganou-se. Logo a seguir, num lance rápido, o U. Coimbra reduz para 2-1. Continuava a emoção.
Apesar de jogar com menos um elemento, o U. Coimbra não se entregou, mas o desafio entrou numa fase de ascendente da Académica. E surgiu o 3-1, na sequência de uma jogada individual, muito rápida, por Rodolfo, que tinha acabado de entrar.
Estava feito o resultado - um resultado de acordo com aquilo que se passou em campo.
Uma referência para o árbitro: conseguiu que, durante os 8o minutos, os massagistas não andassem a entrar e a sair do campo, como se vê (em Portugal...) em quase todos os jogos. Os jogadores ficavam caídos, ele chegava perto, dizia-lhes qualquer coisa, batia-lhes com a mão nas costas e - milagre! - os jovens punham-se em pé, completamente recuperados.
Nota final para referir que, ao almoço, o grupo habitual juntou jovens que, momentos antes, tinham jogado com emblemas diferentes. Já foram todos da "minha equipa", agora uns estão de um lado, outros de outro. Mas não é por isso que se quebra um hábito de oito anos (!): almoçarmos juntos no final dos jogos. E esta é a melhor parte dos campeonatos.
Emblemas diferentes à mesma mesa
(Estou a escrever este texto e a ver o Belenenses-FC Porto na TVI. Os portistas acabam de marcar na sequência de um pontapé de canto que não existiu. É a 2.ª semana seguida que o FC Porto inaugura o marcador com um "golo falso"...)