sábado, 31 de março de 2007

90 dias

Desilusão

O orçamento e o défice de 2006 foram uma grande desilusão para a grande maioria dos portugueses. Menos segurança social, menos saúde, menos justiça, menos educação. Continuamos a alimentar uma horda esfomeada de interessantes menores, vulgo funcionários públicos, empresas públicas mal geridas, negócios "escuros" com empresas privadas, sindacalismo selvagem.

O governo de Sócrates não conseguiu travar a fúria desta minoria que quer continuar a viver à conta de um Estado depauperado e esquecer a globalização.

Portugal precisa de inovação, educação, mentes arejadas e do arrojo dos descobridores quinhentistas. Passámos de um povo de descobridores e conquistadores para um povo "salazarista" cobarde. Temos medo de ir com as nossas naus por esse mundo fora em busca de novos negócios.

A gestão, a ciência, a inovação e o nacional desenrascanço deviam fazer parte do dicionário da nossa "elite" empresarial e científica. Mas não. Adoramos salários baixos, os impostos altos e os serviços sociais inexistentes.

Portugal é hoje um país melhor que em 1974, mas continua preso a estas "elites" fabricadas no salazarismo que pouco ou nada fazem para aumentar a auto-estima dos portugueses.

O orçamento e o défice de 2006 mostram todas estas fraquezas. Vivemos num mundo globalizado, mas queremos continuar a viver à sombra dos famosos F - Fado, Futebol e Fátima.

Será que os portugueses perderam todo o seu orgulho e querem ser apenas os "pobretanas e iletrados" da Europa?

Que triste sina.

(Asinado por "Pjose", encontrei este texto no 'site' do "Jornal de Negócios". Aqui. Publico-o porque concordo a 98%...)

sexta-feira, 30 de março de 2007

Promessas por cumprir

Por vezes, existe a vontade mas falta o tempo.
E o previsto acaba por não se concretizar.

Neste momento, há três textos que prometi escrever e que (ainda) não passaram das boas intenções.

O primeiro tem a ver com o ECC, que normalmente designa o Estádio Cidade de Coimbra.
Para mim, trata-se do Empreendimento Comercial do Calhabé.

O segundo é o balanço do campeonato da minha equipa.

O terceiro diz respeito à deslocação a Lisboa para ver o Portugal-Bélgica.

Peço desculpa.

Limpeza total

Fátima está diferente: a basílica (incluindo a torre) e as colunatas foram sujeitas a uma operação de limpeza.
Na outra ponta do recinto, a nova basílica parece estar concluída.

quinta-feira, 29 de março de 2007

A frase

"(...) há três ou quatro meses atrás tinham-me dito que o senhor presidente da Federação tinha uma fixação em mim. Na altura achei estranho, mas agora confirmei que é verdadeira. No mesmo dia em que li a entrevista liguei a um amigo meu, o dr. José Alberto Pereira Coelho, pensando que ainda era presidente de uma casa de repouso do concelho muito conceituada, porque a entrevista denotava cansaço e algo mais que merece a nossa atenção enquanto camaradas do senhor presidente da Federação. A entrevista, toda ela e não só a parte que me diz respeito, é um caso que deve ser ponderado pelos militantes do PS e tratado noutro foro que não o político. Nada tem a ver com política. Tem a ver com problemas marginais que eu não consigo entender porquanto sou licenciado em Engenharia civil."
(Pereira da Silva, militante do PS, sobre Victor Baptista, deputado socialista, vereador do PS na Câmara Municipal de Coimbra e máximo dirigente distrital do PS)

A frase? Mas que frase!!!

Que raio de país é este?

"Uma criança nasceu numa garagem em Buarcos enquanto a mãe aguardava a chegada de uma ambulância que a transportasse para a maternidade em Coimbra".

Acabo de ouvir na SIC Notícias e sinto vergonha.

O mundo está diferente

No "Diário As Beiras" de hoje, Luís Vilar - responsável concelhio do PS - escreve sobre "Urbanismo e Construção Civil".


No "Jornal de Negócios" leio que a "CGTP pede suspensão de 'A Bela e o Mestre'".

Há qualquer coisa de diferente, não há?...

Demagogia

clique na imagem para ampliar

quarta-feira, 28 de março de 2007

Recordações da EMPC

Em 1976 fechámos a Escola do Magistério Primário de Coimbra (EMPC) durante umas boas semanas, até que a "normalidade docente" fosse restabelecida.
Quando os professores decidiram acatar as recomendações do Ministério da Educação, os alunos terminaram com o boicote e a escola retomou as actividades com inteira normalidade.

Aquele grupo de alunos (do qual sinto orgulho de ter feito parte) já teria resolvido os "problemas" na Universidade Independente.
Não tenho quaisquer dúvidas.

Merecer e não merecer

Quaresma, depois do golo fenomenal de sábado passado, merecia ter sido titular.

Tiago, que marcou um golo fabuloso, não merecia ter empatado hoje em Belgrado.

Camaradas

Onde mais se ouve "dizer mal" de algum político é no próprio partido. Esta é uma verdade que tenho há muito por adquirida.
Os recortes que aqui trago podem ser considerados como apenas mais uma prova.

Victor Baptista "beliscou" João Santos numa entrevista ao "Diário As Beiras"; João Silva "respondeu" a Victor Baptista no "Diário de Coimbra".

O título é elucidativo. João Silva deveria estar com dúvidas quanto à existência (política, certamente...) de Victor Baptista. Por isso, quando desfez as dúvidas tratou de escrever um artigo e dar-lhe como título, precisamente, a conclusão a que chegara.

Deixo aqui três recortes do texto publicado anteontem no "Diário de Coimbra".

No primeiro, João Silva caracteriza as várias dimensões políticas de Victor Baptista...
No segundo recorte, João Silva aborda as opções políticas do PS coimbrão...
Finalmente, no terceiro recorte, João Silva reflecte sobre algumas tertúlias coimbrãs.
Gostaram?
(clique nas imagens para ampliar)

Retrato da bola

Bebeu?

(campanha da Prevenção Rodoviária Brasileira)

terça-feira, 27 de março de 2007

Dia cheio

Um "salto" ao blogue apenas para não deixar esta terça-feira em branco.

segunda-feira, 26 de março de 2007

1 cento

Mais de 100 páginas no recurso de Valentim Loureiro

O advogado de Valentim Loureiro, Amílcar Fernandes, revelou que vai enviar esta tarde o recurso, com mais de 100 páginas, do processo Apito Dourado, para a Relação do Porto.

(in "Record on-line")

Gente com tempo

Anda muita gente "assanhada" nas rádios e nas televisões por causa de um concurso televisivo que terminou ontem na RTP.
Logo de manhã, ainda não eram 8 horas, comecei a ser bombardeado com reacções. Continuou durante a tarde. Estou a ver o "Jornal das 9", na SIC Notícias, e lá estão dois convidados a comentar o tema.

Peço desculpa de não poder emitir opinião; não vi sequer um dos tais programas.
Aliás, invejo quem tem tempo para ver tanta televisão. E tal "género de televisão".

(Eu prefiro perder algum tempo com a Net - e com este blogue, naturalmente...).

SIC: o bom e o mau


Acabei de assistir a alguns minutos de grande qualidade televisiva.
O espaço chama-se "Livro de reclamações" e apareceu no final do "Jornal da Noite".
O facto de ter contado com a presença do Professor Eduardo Sá foi "meio caminho andado" para o sucesso. Mas a própria ideia da rubrica e o tema abordado (as saídas dos jovens à noite) merecem elogios; isto, sim, é serviço público de televisão.

Já agora, uma confissão de cariz diferente: há um programa da SIC que me provoca grande alergia. Azia. Mal-estar.
Às vezes, durante a tarde, ligo o televisor e "apanho-o" sem querer. Desde que sei o que aquilo é, mudo logo de canal.
Chama-se "Contacto". Intragável para o meu gosto.

domingo, 25 de março de 2007

Os jogos da selecção

Facto n.º 1 : a grande maioria dos jogos que se disputam em Portugal é de má qualidade.
Facto n.º 2: os melhores futebolistas portugueses jogam no estrangeiro.

Conjugando estas duas realidades, percebe-se com facilidade que quem gosta verdadeiramente de futebol não deve perder um jogo da selecção nacional.
Por um lado, porque é uma oportunidade de ver os melhores jogadores portugueses; por outro, porque é elevada a probabilidade de assistir a um bom espectáculo.

Há anos que tento assistir a todos os jogos da selecção em Portugal.
E o saldo é francamente positivo. Não me lembro de um jogo mau e recordo algumas exibições memoráveis, caso do Portugal-Inglaterra, no Estádio da Luz (Euro 2004), e do Portugal, 7 – Rússia, 1 no Estádio de Alvalade.

Ontem, novamente em Alvalade, a selecção portuguesa brindou os 49.007 espectadores com 45 minutos de grande brilho, que levaram o estádio quase à loucura.

Compreendo que o clubismo de alguns adeptos (ou, se o preferirem, o fanatismo clubístico) os leve a acompanhar os jogos dos seus emblemas preferidos, mesmo quando esses jogos são maus espectáculos - um domingo atrás do outro, uma época atrás da outra.

Eu não tenho essa capacidade. Tento perceber o valor sócio-desportivo dos clubes, reconheço nalguns o papel de “embaixadores” disto ou daquilo, mas não sou adepto indefectível de nenhum.
É por isso que já por mais de uma vez escrevi que as minhas equipas são duas: aquela onde joga o meu filho e a selecção nacional.

Tento ter um olhar racional sobre o futebol. É verdade que o jogo é emoção, paixão. Mas o adepto não deve ser parvo. Eu, pelo menos, tento não o ser. E utilizo a única arma que tenho: entro nuns estádios, noutros… não.
(Ou por outras palavras: com o meu dinheiro só "brinca" quem eu quero. Mas isso são histórias para contar um dia destes).

AMANHÃ – Relato da viagem a Alvalade e do espectáculo (fantástico!) que se viveu antes do Portugal-Bélgica.

Obrigado, Selecção!



O golo de Quaresma está aqui.

No estádio ainda pareceu mais bonito...