quinta-feira, 1 de abril de 2010

Prisões, precisam-se!

«Se algum dia surgir uma vaga de fundo para limpar o nosso país (hipótese utópica...) e a Justiça funcionar, será que haverá instalações prisionais em número suficiente?» (lido na Net)

Limpeza geral, precisa-se


Será que deste título, da capa do "Público" de hoje, se pode concluir que andam todos a roubar?

quarta-feira, 31 de março de 2010

Sentidos pêsames

(Dia da Cidade, 2003 / foto: Mário Martins)

O António Alberto partiu. A informação chegou por um amigo, o André, ainda em forma de dúvida. Outro amigo, o João, confirmou-a pouco depois.
O António era um amigo. Devo-lhe o convite para colaborar no "Diário de Coimbra" aí por 1978 ou 79. Ainda recordo a reunião que tivemos os dois com o Dr. Lino Vinhal, no gabinete deste, na qual o António Alberto me apresentou e justificou o interesse da colaboração. O António era tanto amigo que esta diligência foi da exclusiva iniciativa dele.
Já nos conhecíamos de há uns cinco ou seis anos antes, da bancada de Imprensa do Estádio do Calhabé, quando eu dava os primeiros passos na crónica desportiva no "Correio de Coimbra". Encontrámo-nos depois na Emissora Nacional (agora RDP) onde ele colaborou anos a fio à espera de uma vaga no quadro e eu desisti de esperar ao fim de poucos meses.
Ligava-nos também o facto de sermos sócios interessados do Clube Nacional da Imprensa Desportiva (hoje Associação de Jornalistas de Desporto) e de ser dele uma das primeiras adesões ao projecto do Clube da Comunicação Social de Coimbra.
À esposa e restante família apresento sentidos pêsames.
Sinto esta partida profundamente. Descansa em paz, Amigo!

O dia de hoje foi marcado por outra notícia dolorosa. A meio da manhã, o Horácio telefonou a informar que o filho da Adélia e do Quim, o André, falecera de madrugada após vários meses em estado de coma, na sequência de um acidente de viação.
Conheço o André desde que nasceu e a sua partida é dolorosa. Tento imaginar o sofrimento dos pais e do irmão, a quem envio um sentido abraço de solidariedade nesta hora difícil.
Quanto ao André, nunca vou esquecer aquele sorriso de criança.
Descansa em paz, miúdo!

Futebol à portuguesa

Ontem à noite acompanhei na íntegra a entrevista de Ricardo Costa (presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes) à SIC Notícias. Foi um tempo bem gasto.
Também ontem à noite estavam programadas entrevistas a Pinto da Costa (na RTP) e a Luís Filipe Vieira (na SIC). Não perdi sequer um segundo com qualquer delas. O tempo é um bem precioso e devemos utilizá-lo com qualidade.

Mais tarde, nos telejornais da meia noite, vi excertos das três entrevistas. E registei alguns momentos sublimes, que devem fazer parte de qualquer História do Futebol em Portugal.

1. A possibilidade de Martins do Santos poder ser o árbitro de uma final Benfica-FC Porto é algo de quase surreal!

2. Não deixa de ser significativo que Valentim Loureiro tenha telefonado a Luís Filipe Vieira a saber da possibilidade de Martins dos Santos arbitrar a tal final. Mas o que é que Valentim Loureiro tinha a ver com os árbitros?

3. A demissão de Hermínio Loureiro explicada por Pinto da Costa com base naquilo que umas pessoas contaram a outras pessoas é significativa da forma como o "diz-que-disse" tem condicionado o futebol português. Ricardo Costa arrasou completamente a tese do presidente do FC Porto.

4. O facto de Hermínio Loureiro ter tentado durante quatro horas contactar Ricardo Costa, sem o conseguir, foi salientado por Pinto da Costa. O professor de Direito esclareceu a situação num instante: estava a dar aulas na Faculdade de Direito de Coimbra. Conclui-se, portanto, que Ricardo Costa tem uma profissão e exerce-a.

5. A explicação de Ricardo Costa sobre o comportamento de Pinto da Costa quando chamado a concretizar, em inquérito, as acusações do denominado "apito encarnado" é clara: o presidente do FC Porto, que dizia saber tanta coisa, foi chamado a depor e... calou-se.

Actualização (13H30) – Ouço na televisão Hermínio Loureiro a confirmar a versão de Ricardo Costa. Conclusão: Pinto da Costa anda a ser mal informado pelos amigos que recebem as informações de outros amigos.

Portugal abandalhado

(título do "Correio da Manhã")

Eis um bom exemplo do estado a que chegou o meu país. «Porca miseria!», diria um italiano.
Que fique claro: sou contra esta bandalheira.

terça-feira, 30 de março de 2010

Ricardo Costa: surpresa agradável

Acabo de ouvir o Dr. Ricardo Costa (presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes) na SIC Notícias. Nunca o tinha visto e, por isso, foi uma surpresa agradável constatar que há Homens como ele em Portugal.

Onde está a verdade?


Eu sei que a verdade pode ter cambiantes... Mas ao ler este "recorte" parece-me ser fácil concluir que alguém anda distante dela.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Luiz Goes e Jorge Cravo: nomes grandes

("Diário As Beiras" de hoje)
clique na imagem para ampliar

Jorge Cravo e Luiz Goes, dois nomes grandes da canção de Coimbra, unidos agora em livro. Absolutamente indispensável!

"Caso Hulk"

Para ler com atenção.
O texto completo está aqui.

Calinadas a sério


O rosto da foto é do arcebispo de Braga. Não se chama José: é Jorge. Nem se chama Horta; chama-se Ortiga.
A juntar a este erro (duplo) de identificação, o erro no título.
Pior era impossível!

Os salários de José Penedos e Rui Pedro Soares

«Diferente, porém, é o caso de alguns gestores cujos ordenados e prémios foram divulgados.
José Penedos será único e insubstituível? Rui Pedro Soares será único e insubstituível?

A favor dos seus robustos ordenados, há quem alinhe vários argumentos:
1. Os vencimentos que recebem são inferiores àqueles que se praticam a nível internacional no respectivo sector;
2. Estes gestores contribuem para os elevados lucros das suas empresas, devendo ser premiados por isso;
3. Se não lhes pagarem bem, as empresas arriscam-se a perdê-los.

Ora, nenhum destes argumentos é válido.
Vejamos:
1. A maioria destes quadros de que estamos a falar não chegaria a ocupar na Alemanha, em Inglaterra ou em França os cargos que ocupa aqui. Alguns dos nossos presidentes de empresas não seriam mais do que chefes de secção no estrangeiro. Além disso, o nível de vida na maioria desses países é muitíssimo superior ao nosso, pelo que os ordenados não são comparáveis: a vida em Lisboa é duas ou três vezes mais barata do que em Berlim, Londres ou Paris;
2. Com raras excepções, as empresas de que estamos a falar teriam os mesmos lucros com estes gestores ou com outros; além de que se pagam prémios de gestão em empresas que dão prejuízo;
3. Estes quadros não representam uma mais-valia para as empresas – as empresas é que representam uma mais-valia para eles. Se alguns deles saíssem, as empresas não perderiam nada e eles perderiam muito.
(...)
Tenho as mais fundadas dúvidas de que muitos destes administradores que recebem principescos ordenados e prémios dêem mais à sociedade do que recebem.
A maioria deles dá menos.
Ou seja: são pessoas que dão prejuízo à sociedade.
Em lugar de ser a sociedade a dever-lhes o contributo do seu saber, do seu empenho, da sua dedicação, são elas que devem à sociedade um nível de vida artificial, que não está de acordo com o que produzem.

Numa linguagem crua, mas verdadeira, estas pessoas são parasitas da sociedade.
Alguns desgraçados (e desgraçadas) que ganham 500 euros por mês, e levam uma vida inteira a trabalhar sem passarem da cepa torta, têm de contribuir para sustentar o nível de vida desses senhores que se passeiam em carros de luxo, vão para hotéis de 6 estrelas, viajam de avião em primeira classe e vivem em casas de cinco ou mais milhões de euros.
Isto é que é chocantemente imoral.
E nenhum regime o deve aceitar.»
(José António Saraiva, no último "Sol")

domingo, 28 de março de 2010

Assim vai o futebol...

O FC Porto venceu esta noite o Belenenses no Restelo.
O primeiro golo, marcado em cima do intervalo, deveria ser mostrado em todos os cursos de formação de árbitros aquando da abordagem do fora-de-jogo. Não é possível existir situação mais clara para explicar o que é uma situação de "offside".

Hulk voltou a jogar pela equipa do FC Porto.
Há quem afirme que ele esteve afastado tempo demasiado. Não tenho essa certeza.

PS - Vejam este texto de António Boronha e leiam os comentários.

Gigante(sca) falta de imaginação




(capas dos desportivos de hoje)

A crise tem muitas facetas. Uma delas é a falta de criatividade.