sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Outra leitura aconselhável
Há cabala fresquinha
«A Vanessa não percebe bem o que está a acontecer. Os amigos do PS vendem-lhe a cabala fresquinha, os amigos que têm amigos do PS não querem falar do assunto e acham que se está a misturar tudo (tratem lá do Vara, mas deixem o Sócrates em paz!), gritando que é impossível escutar o PM sem autorização, e a bem dizer ninguém confessou homicídio nenhum. São os mesmos para quem a publicação integral de um email privado entre dois jornalistas do "Público" era do superior interesse da nação. A cabala é fresquinha mas tem barbas.»
«A Vanessa não percebe bem o que está a acontecer. Os amigos do PS vendem-lhe a cabala fresquinha, os amigos que têm amigos do PS não querem falar do assunto e acham que se está a misturar tudo (tratem lá do Vara, mas deixem o Sócrates em paz!), gritando que é impossível escutar o PM sem autorização, e a bem dizer ninguém confessou homicídio nenhum. São os mesmos para quem a publicação integral de um email privado entre dois jornalistas do "Público" era do superior interesse da nação. A cabala é fresquinha mas tem barbas.»
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Leituras aconselháveis
Carta aberta do primeiro-ministro José Sócrates
«Nem um mineiro de carvão tem tanto negrume à sua volta. Depois da licenciatura na Independente, depois dos projectos de engenharia da Guarda, depois do apartamento da Rua Braamcamp, depois do processo Cova da Beira, depois do caso Freeport, eis que a "Face Oculta", essa investigação com nome de bar de alterne, tinha de vir incomodar uma pessoa tão ocupada.»
Seremos todos parvos, senhores?
«Se a isto juntarmos que o triângulo PT-BES-Ongoing tem dado diversos sinais de óbvias ligações ao actual poder político, temos o pior caldo que se pode servir a um país que necessita de transparência e separação clara entre o poder político, o económico e a comunicação social.»
E se o Dr. Sócrates fosse do PSD?
«Imaginem que Sócrates era um PM do PSD. Imaginem que esse Sócrates laranja era, na mesma, fustigado pelos mesmíssimos casos do Sócrates original. Agora, perguntem: esse Sócrates laranja ainda estava no poder? Quantos Sampaios já não tinham saído da toca?»
Juízes estranham conhecimento antecipado do acórdão
«E, apesar de reconhecer que é "estranhíssimo" que alguém tenha conhecimento do resultado de um acórdão antes de ele ser publicado, não consegue encontrar explicações para o sucedido.»
Cronologia de um golpe
«Acto I. Estamos a 3 de Outubro de 2004 e José Sócrates é eleito líder do PS. A 9 de Outubro, Armando Vara regressa à direcção do partido pela mão de Sócrates. A 20 de Fevereiro de 2005, o PS vence as legislativas com maioria absoluta. A 2 de Agosto de 2005, há mudanças na Caixa Geral de Depósitos: Teixeira dos Santos afasta Vítor Martins e Vara integra o "novo" conselho de administração. A maioria dos membros desse conselho é afecta ao PS.»
Boa cama faz quem nela se irá deitar
«Se duvidas existissem quanto às motivações daquele preceito legal, repare-se que para escutar o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República ou o Primeiro-Ministro é sempre necessária autorização do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça mas, para escutar este (que se apresenta como a segunda figura hierárquica da Nação) qualquer juiz de direito de tribunal judicial de primeira instância pode fazê-lo.»
«Nem um mineiro de carvão tem tanto negrume à sua volta. Depois da licenciatura na Independente, depois dos projectos de engenharia da Guarda, depois do apartamento da Rua Braamcamp, depois do processo Cova da Beira, depois do caso Freeport, eis que a "Face Oculta", essa investigação com nome de bar de alterne, tinha de vir incomodar uma pessoa tão ocupada.»
Seremos todos parvos, senhores?
«Se a isto juntarmos que o triângulo PT-BES-Ongoing tem dado diversos sinais de óbvias ligações ao actual poder político, temos o pior caldo que se pode servir a um país que necessita de transparência e separação clara entre o poder político, o económico e a comunicação social.»
E se o Dr. Sócrates fosse do PSD?
«Imaginem que Sócrates era um PM do PSD. Imaginem que esse Sócrates laranja era, na mesma, fustigado pelos mesmíssimos casos do Sócrates original. Agora, perguntem: esse Sócrates laranja ainda estava no poder? Quantos Sampaios já não tinham saído da toca?»
Juízes estranham conhecimento antecipado do acórdão
«E, apesar de reconhecer que é "estranhíssimo" que alguém tenha conhecimento do resultado de um acórdão antes de ele ser publicado, não consegue encontrar explicações para o sucedido.»
Cronologia de um golpe
«Acto I. Estamos a 3 de Outubro de 2004 e José Sócrates é eleito líder do PS. A 9 de Outubro, Armando Vara regressa à direcção do partido pela mão de Sócrates. A 20 de Fevereiro de 2005, o PS vence as legislativas com maioria absoluta. A 2 de Agosto de 2005, há mudanças na Caixa Geral de Depósitos: Teixeira dos Santos afasta Vítor Martins e Vara integra o "novo" conselho de administração. A maioria dos membros desse conselho é afecta ao PS.»
Boa cama faz quem nela se irá deitar
«Se duvidas existissem quanto às motivações daquele preceito legal, repare-se que para escutar o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República ou o Primeiro-Ministro é sempre necessária autorização do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça mas, para escutar este (que se apresenta como a segunda figura hierárquica da Nação) qualquer juiz de direito de tribunal judicial de primeira instância pode fazê-lo.»
(clique nos títulos para ler os textos na íntegra)
Português à baliza
Depois de um dia muito ocupado a receber felicitações, e antes de entrar em assuntos mais sérios, publico um pequeno video sobre futebol. O guarda-redes é português.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A queda do Muro de Berlim
«O muro já não existe. Berlim é livre. Mas a divisão permanece, não só na cidade-símbolo como por todo o Leste europeu. O jornalista visitou a antiga RDA, a Hungria, a Ucrânia, a Polónia e a República Checa. Coleccionou histórias e sentimentos, escutou políticos e gente simples, entrou nos mercados, rezou em igrejas de fé diferente. E regressou com a ideia de que não há apenas uma Europa. Como não há, afinal, uma só Berlim. O muro ainda existe.»
(entrada da reportagem publicada abaixo em imagens)
Entre Setembro e Outubro de 1993 tive oportunidade fazer uma viagem, com partida e chegada a Berlim, por cinco países do Leste europeu, com o intuito de tentar perceber a realidade sócio-política existente pouco depois da queda do Muro de Berlim.
Foi uma experiência inesquecível, como já contei três "posts" abaixo. Publico agora a reportagem que escrevi para a revista "Notícias Magazine", intitulada "As ruínas do comunismo".
Foi uma experiência inesquecível, como já contei três "posts" abaixo. Publico agora a reportagem que escrevi para a revista "Notícias Magazine", intitulada "As ruínas do comunismo".
(Nota: Os sinais a marcador azul indicam o local onde deveria ter sido colocado uma letra capitular – uma "maiúscula maior".)
Um espantalho na rua!
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Muro de Berlim
No Outono de 1993 (há 16 anos, portanto), vivi aquela que foi a maior experiência da minha vida jornalística até ao momento.
Durante cinco semanas, com partida e chegada a Berlim Oriental, participei na denominada "Universidade de Verão" da União Católica Internacional da Imprensa (UCIP, na sigla em francês).
Éramos 30 jovens jornalistas, de nacionalidades diferentes e de todos os continentes. O objectivo era claro: ver com os próprios olhos a realidade dos países do Leste da Europa, poucos anos após a Queda do Muro de Berlim.
Foi uma viagem enriquecedora, a todos os níveis - pessoal, profissional, cultural, humano.
Devo ao "Jornal de Notícias", onde na altura coordenava a secção de Política/Economia, a possibilidade de ter participado nesta viagem. O jornal dispensou-me do trabalho, pagando-me o salário. Isso era o que estava acertado desde a Primavera com o então director Amando da Fonseca, compromisso que a Direcção entretanto designada (Frederico Martins Mendes e Fernando Martins) respeitou integralmente.
Quando regressei ao Porto e informei que poderia escrever alguma coisa com interesse sobre a viagem, disseram-me para me dirigir à Rua de Santa Cartarina, à sede da revista "Notícias Magazine", suplemento dominical do "Jornal de Notícias" e do "Diário de Notícias". Assim fiz, sendo-me proposto o trabalho que acabou por ser publicado na edição de 26 de Dezembro.
Título, texto e fotos são da minha autoria, à excepção da foto e do título da capa da revista. (Devo, aliás, confessar que não gostei - nem gosto - do título escolhido para a capa.)
Esta viagem teve uma "curiosidade jornalística": na Polónia, já depois de ter passado pela Hungria, República Checa e Ucrânia, fiquei sem a máquina fotográfica durante um jantar em Cracóvia. Ausentei-me da mesa por instantes e... o ladrão actuou com eficiência. Perdi as fotos desse dia, mas mantive os cerca de 15 rolos fotográficos que já tinha utilizado. A partir daí, e até final da viagem, utilizei máquinas descartáveis, de papel. Por isso, as fotos do muro de Berlim e a das quatro raparigas "a gozar" com as estátuas de Marx e Engels, num jardim da parte leste da capital da Alemanha, foram obtidas da forma mais rudimentar possível.
Tenho recordado, ao longo de todos estes anos, a frase que um jornalista berlinense me disse naquela altura, em que se vivia a euforia da reunificação alemão: «Existe um muro bem mais difícil de derrubar: as nossas mentalidades são tão diferentes que a verdadeira reunificação vai demorar duas ou três gerações. No mínimo, uns 20 anos...». Pelo que se tem lido e ouvido nos últimos dias, a previsão mais optimista não se confirmou.
Para mim, que tinha 18 anos incompletos no "25 de Abril" e fazia parte de uma família onde não recordo qualquer conversa sobre política, o Muro de Berlim era a grande referência ideológica. Construí-a com base numa simples constatação: o cimento tinha sido colocado no coração de Berlim para impedir os de lá de virem viver para o lado de cá.
Foi a minha primeira identificação política: eu era (e queria continuar a ser) dos de cá, com tudo o que isso significava.
Não tive, portanto, de dar qualquer "cambalhota" quando o Muro foi derrubado. Andam por aí várias "figuras" – algumas até são bem conhecidas... – que mudaram apressadamente de partido político. Outras confessaram a ingenuidade (?) de terem acreditado no "sol da Terra" e fizeram público "mea culpa". Em suma: a queda do muro alterou, para além da realidade política europeia, a vida de milhões de pessoas, alemãs ou não.
Neste dia em que se comemoram 20 anos sobre o derrube do Muro do Berlim publico (ver algumas mensagens acima) a reportagem da "Notícias Magazine" de Dezembro de 1993.
É a minha modesta forma de homenagear a Liberdade.
domingo, 8 de novembro de 2009
Estaleiro de sucata
«O país está transformado num grande estaleiro de sucata. Sucata politica. Sucata legislativa. Sucata partidária. Sucata ideológica.»
Sucatagate
«Os portugueses votaram no homem julgando que agora ia haver sossego. Enganaram-se. A "Face Oculta" comparada com o Freeport, até se pode dar este último como brinde e esquecê-lo. A "Face" vai dar muitos folhetins desta saga socialista, agora no capítulo Sucatagate.»
(Luiz Carvalho, no "Instante fatal")
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