sábado, 19 de setembro de 2009

Apetece-me votar no... S. Pedro

Chove em Coimbra.
Estou feliz!
A minha rua foi finalmente varrida - e lavada!

Nas próximas eleições autárquicas, apetece-me votar em... S. Pedro.
Não me cobra IMI e limpa-me a rua.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

País real


Este é o Portugal de 2009.
O país em que mais de meio milhão de pessoas quer trabalhar e não o pode fazer. Um drama que afecta centenas de milhar de famílias.
Este é o país real.
O tal que não é discutido na campanha eleitoral.

Ser de... Esquerda


Pormenor da capa do "Expresso" de amanhã

Aqui está um bom exemplo da coerência de uma certa Esquerda.
Como eu os conheço... - habituei-me a conviver com esta duplicidade desde 1975.

Palavras sensatas


«(...) o mais relevante é que DN não se preocupa em investigar ou informar sobre se, na realidade, houve ou não "espionagem" política por parte do Gabinete de José Sócrates. Este ponto, de enorme gravidade para a democracia, não parece interessar o DN. Toda a notícia é construída como se o relevante fosse o "mensageiro" das pistas para a notícia e não a notícia em si, ou seja, a realidade dos factos. A primeira página do jornal apresenta Fernando Lima como culpado. Repare-se na fotografia em fundo preto. A manchete fala do tema como se este tivesse sido fabricado (o DN usa o termo “encomendado”) na Presidência da República, sem colocar sequer a hipótese de haver fundamento real para tais suspeitas.»
(Paulo Marcelo, in blogue "Jamais")


"Dossiê Sócrates": 2.ª edição


Download gratuito aqui.

O meu jornal diário

Capa do "Público" de hoje


Deixei de comprar o "Diário de Notícias" desde que, no tempo de Santana Lopes como primeiro-ministro, Fernando Lima, meu contemporâneo na Redacção do "Jornal de Notícias", foi afastado.

Voltei a ser leitor regular do "Público".
Neste Verão, comprei uma ou outra vez o "i", porque é o melhor jornal para ler na praia.

Apesar das "ondas" alterosas que hoje se viram no "mar da informação", o "Público" continua a ser o meu jornal diário nacional.
É uma questão de confiança.

Belmiro independente

«Belmiro de Azevedo recomendou hoje à equipa do “Público”, do Grupo Sonae, "que não se deixe assustar por opiniões um bocado desastradas de alguns governantes que querem mandar no 'Público' sem pôr lá dinheiro nenhum".

“Não me importo nada que eles mandem, mas comprem o jornal", afirmou o presidente não executivo da Sonae, à margem da inauguração do parque de negócios das empresas do grupo na Maia.

Para Belmiro de Azevedo, "a liberdade de imprensa é um bem muito mais importante do que uma disputa eleitoral". “Não tenho nenhuma influência directa no Público. Só tenho um desejo para o Público: que passe a ganhar dinheiro e o faça sempre com a mesma linha editorial, isso é, com independência", frisou.»
(in "Jornal de Negócios")

A campanha... que não existe

«O sempre tão lesto, incisivo e mortífero José Sócrates não se atreveu - mais uma vez - sequer a tocar no nome de António Preto no debate com Manuela Ferreira Leite. O caso BPN - provavelmente o maior escândalo da legislatura - não foi referido uma única vez. E Ferreira Leite, por seu lado, nunca falou do Freeport ou de qualquer outro tema que tenha cozido Sócrates em lume brando nos últimos anos. Mesmo à famosa asfixia democrática não sobrou fôlego para se fazer ouvir durante o debate. O caso Manuela Moura Guedes foi há dez dias mas parece que já foi há dez anos. Como explicar isto?

(...)

Mas, de facto, quando eu tenho o caso Freeport e tu tens o caso BPN, quando eu tenho o caso Manuela e tu tens o caso Marcelo, quando eu tenho o caso Fátima e tu tens o caso Isaltino, torna-se complicado andar a atirar certo tipo de pedras para o telhado do vizinho. E por isso, os dois pilares do regime democrático que mais têm sido postos em causa durante o consolado de Sócrates - os poderes judicial e mediático - têm-se mantido de fora do debate, exceptuando dois ou três esgares de indignação para inglês ver. Eu não duvido que o país ande muito endividado, que o emprego esteja alto, que a crise seja dura e que o TGV mereça uma discussão séria. Mas quando vemos uma justiça completamente desacreditada e uma comunicação social cada vez mais amordaçada, não faz qualquer sentido que questões tão estruturantes quanto estas nem sequer entrem na agenda eleitoral. Deixar tais temas de fora da campanha e debater apenas a economia é como ter um automóvel com o motor gripado e andar a discutir a mudança dos pneus.»
(João Miguel Tavares, in "Diário de Notícias")

Estamos bem entregues...

O país está de rastos.
Com problemas bem graves para analisar (Desemprego, Educação, Saúde, Justiça, Segurança, Endividamento Externo, etc.), a campanha eleitoral decorre sob o signo das "brincadeiras".
Estamos bem entregues, não haja dúvidas.


«A este ritmo de campanha e contra-campanha...
... acabaremos a discutir as aparições de Fátima, a demissão de Palma Carlos, o desaparecimento do processo do regicídio, o caso Angoche, as razões que levaram Guterres a deixar o poder, quem vendeu a Portugal as armas para a operação Mar Verde, as pastas que faltam no arquivo PIDE ou a morte de Sá Carneiro…»


«O "Diário da Manhã", mais conhecido por Diário de Notícias, titula que "assessor de Cavaco Silva encomendou caso de escutas". Repare-se na escolha cirúrgica do verbo "encomendar". Eu também podia escrever que o alguém "encomendou" o título ao DN. Que há "encomendas" distribuídas com parcimónia pelos media. Que os media vivem de "encomendas". Que as "encomendas" são a causa de existir dos media. Ou, no limite, que os "jornalistas" são umas belas "encomendas", tipo concierge de condomínios de luxo, etc., etc. O DN não gosta de Fernando Lima. E este regime protagonizado pelo admirável líder não gosta de Cavaco. Um mais um igual a cinquenta. De resto, importa "debilitar" Cavaco para depois de 27 de Setembro. Porque não interessa nada saber se há serviços de informações oficiais ao serviço de causas partidárias e, dentro destas, de uma pequena, abusadora e precária clique. Não.»


«Isto já começa a parecer uma esterqueira. Muito pior que o pântano de Guterres.
O PS está empenhado em não discutir os problemas do País, seja o desemprego (mais de meio milhão de desempregados), seja a pobreza (mais de 2 milhões de portugueses pobres), o encerramento de empresas (no último ano fecharam 50 mil empresas), a dívida pública (passou de 58,3% do PIB, em 2004, para estimados 74,8%, em 2009), a dívida externa (passou de 64% do PIB, em 2004, para estimados 100,6%, em 2009), etc., etc.
Em vez de se avaliar estes 4 anos e meio de Governo socialista, os Portugueses estão a ser autenticamente bombardeados todos os dias com inventonas destinadas a tentar cercar a oposição democrática, em particular o PSD por este ser a única alternativa ao actual poder rosa.»

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ignorância na Sport TV

Estou a assistir ao Heereveen-Sporting na Sport Tv.
É um jogo especial porque representa a estreia da equipas portuguesas em jogos com seis árbitros. Para além dos três juízes habituais mais o denominado "4.º árbitro", há dois juízes de baliza.

Parece quem nem de propósito, no final da 1.ª parte há um lance na baliza do Sporting em que não se percebe se a bola entra (ou não) na baliza. O árbitro desse lado está bem colocado e nada assinala.
O comentador da Sport TV, que não deve gostar da inovação dos seis árbitros, é peremptório: «É pena que o árbitro de baliza não tenha uma visão perfeita do lance, porque tem o poste na frente!».
Alguém tem de explicar ao comentador que aquela é precisamente (com o poste na frente) a melhor posição para avaliar o lance: se a bola ultrapassar completamente a linha de baliza, o árbitro vê-la-á totalmente dentro da baliza.

Pérolas eleitorais (XII)

Pérolas da campanha eleitoral

Pérolas eleitorais (XI)

Pérolas da campanha eleitoral




Excertos da entrevista de José Sócrates a Maria Flor Pedroso na Antena 1.

Itália paixão

Sou um apaixonado por Itália.
Como encontrei um "site" com as mais belas canções italianas de sempre, deixo o convite para ouvirem uma das que gosto: "Santa Lucia".

Buongiorno. Per tutto il giorno.
("Bom dia. Para todo o dia.")

Post Scriptum - Brinde extra: "Va pensiero".

De regresso de Lisboa.
Onde fui, como habitualmente, de chapéu na mão.
(Os aldeões têm dificuldade em mudar...)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um texto fundamental

Leio habitualmente os "editoriais" de Henrique Monteiro, o director do Expresso. Por vezes, terminada a leitura, apetece-me dar-lhe os parabéns.

No último sábado, sentado frente ao mar, li um dos mais brilhantes. O texto, intitulado "A 'célebre' asfixia democrática", já está disponível no "site" do jornal.

Ao mesmo tempo que aconselho vivamente a leitura, deixo aqui alguns excertos.

«Há uma 'asfixia democrática' como diz Manuela Ferreira Leite? Há, sem dúvida! Mas já havia no tempo de Durão, de Cavaco, no de Soares e em todos os tempos. O que asfixia a democracia é o peso do Estado.»
(...)
«A verdade é que em Portugal o sentimento de liberdade é tímido e raro. Alguns empresários (Belmiro, por exemplo) dizem o que pensam, apesar de tudo. O mesmo fazem certos políticos. Mas a maioria cala-se. Mesmo na comunicação social vêem-se muitos jornalistas com medo das consequências do que escrevem e dizem.»
(...)
«Em Portugal, demasiada gente vive à espera de ser beneficiada, bafejada por um lugarzinho, uma distinção, uma comenda, uma prebenda. Esses são os que se calam! Sempre!»
(...)
«Esta atitude geral de chapéu na mão, subserviência, de bovinidade conjugada com o peso excessivo e demasiado poder do Estado, traça-nos o quadro da 'asfixia'.»
(...)
«A única forma de quebrar este ciclo é reduzir o poder dos governos e municípios em nomeações, contratos e prebendas. E esperar que nasçam, como estão a nascer, gerações de cidadãos livres.»

As propostas («estas merd**») de Louçã

Excerto de um texto brilhante de Luiz Carvalho no "Instante fatal", intitulado "A mente fascista de Louçã"...

«Louçã comporta-se como um daqueles meninos reles e queixinhas que passam a vida a apontar a dedo os colegas que beijaram a colega ou que fumaram uma beata na casa de banho. Mas que fecham os olhos quando um colega gay é apanhado em flagra, pois isso seria pisar as minorias.

Estas merdas em campanha eleitoral mostram como Louçã tem mentalidade salazarenta e usa aquele vómito fácil que os pobrezinhos têm, quando o vizinho compra um Hyundai novo, a vizinha dorme com o canalizador e não com ele, ou quando algum colega de trabalho é mais competente e tem sucesso na carreira.

Esta dos telemóveis não lembrariam ao homem das botas e não nos admiremos que o bloco da esquerda não venha a propor ao atarantado Sócrates que volte a repor a licença de isqueiro, já que esse objecto é a razão de os cigarros acenderem.

E já agora um imposto sobre a água suja do imperialismo, sobre as marcas de roupa e preservativos.

Com uma dimensão política desta categoria, que já chega aos telemóveis, o Doutor Louçã já não é mais do mesmo, é menos do mesmo, e demonstra o perigo que representa a engorda de um grupúsculo que é votado por fascistóides e por cidadãos sem rumo, nem partido para votar.

Este vazio democrático criado pelo domingueiro engenheiro só podia dar nisto. A mediocridade traz sempre consigo uma tragédia. Só nos faltava agora uma esquerda moralista, queixinhas e merdosa, como aqueles que a sustentam.»

Incidente nas eleições autárquicas em Coimbra

("Diário de Coimbra" de ontem)

clique na imagem para ampliar

domingo, 13 de setembro de 2009

E tudo o Rangel levou...

Acabo de ouvir José Sócrates afirmar que não se devem antecipar cenários porque não tem a certeza de ser eleito primeiro-ministro.
Como está mudado!
Há quatro meses (quatro meses!) não se cansava de falar (ele, e Vital, e Ana Gomes, e Edite Estrela...) em maioria absoluta.

Não há dúvida: tudo o vento (Rangel) levou.

(clique na imagem para ouvir José Sócrates)

Mais uma "trapalhada"

Já aqui o escrevi há muito: o actual Governo é, de longe, o recordista de trapalhadas.

Agora, mais uma.

Primeiro foi assim:
«Quando questionado sobre se a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, se iria manter no seu cargo, José Sócrates sublinhou que com "novo governo novos ministros, é mesmo assim". "Em todas as pastas haverá novos ministros"», frisou.

Pouco depois já é assim:
«
O gabinete do primeiro-ministro indicou que as palavras de José Sócrates proferidas após o debate com Manuela Ferreira Leite, no sábado, em que este confirmou que "em todas as pastas novos ministros" não significam uma mudança em todo o Executivo

Pobre país.

PS - Notícia do "Público" aqui.

Desemprego não existe para o PS

O PS já tem um novo "jornal de campanha". É o n.º 3.

Pensei que era desta que os socialistas analisariam o desemprego e apresentariam medidas concretas para o combater. Enganei-me.

Sabem quantas vezes a palavra desemprego aparece no jornal?
Pensem um pouco: o jornal tem oito páginas, milhares de palavras...

Está bem, eu digo: a palavra desemprego aparece uma vez. Uma!

(NOTA: Neste pequeno texto a palavra desemprego aparece três vezes. Quatro, contando esta última.)

Penaltis nas Antas

Sugestão: ver o resumo do FC Porto - Leixões que está a passar nos noticiários da RTP.

Porquê?
Para ver como um árbitro não marca, primeiro, penalty contra o FC Porto e, depois, marca contra o Leixões, em lances semelhantes.

(Outra sugestão: fiquem até ao fim da reportagem para ver o tom macio do treinador do Leixões, José Mota, ao falar sobre o assunto. O homem está diferente.)

Pérolas eleitorais (IX)

Pérolas da campanha eleitoral

«Eu acho que José Sócrates nunca passará de aprendiz de feiticeiro...»

(José Eduardo Moniz, à revista "NS", em resposta à pergunta «A intromissão deste governo na TVI faz-lhe lembrar a situação em Itália?»)

A minha rua é uma pista

Choveu esta noite.
Na minha rua os motores dos automóveis fizeram-se ouvir bem alto.

Explico: quem subia a rua... patinava.

A rua, que não é varrida (nem lavada) há anos, está suja. E torna-se perigosa.
Nas faixas de rodagem, junto aos contentores do lixo, acumula-se o óleo derramado pelos camiões de recolha.

É verdade: a minha rua parece uma pista... de gelo.

Manuela, Portugal, Sócrates e Espanha

Ou muito me engano ou a frase de Manuela Ferreira Leite sobre os interesses espanhóis na construção do TGV português valerá muitos mais votos do que qualquer comício tecnologicamente avançado do PS.

«Portugal não é uma província de Espanha!».
Há muito (talvez desde o Euro'2004) que a "alma lusitana" não se sentia tão inchada.