O "folclore" para os telejornais Aproximava-se a hora dos telejornais e a câmara preparava-se para o “directo”.
Os adeptos portugueses que deambulavam pelas imediações do estádio, a mais de 6 horas do início do jogo!, mostravam-se inquietos.
Quando a transmissão começou, começaram aos pulos, a gritar
«Por-tu-gal, Por-tu-gal», a agitar cachecóis e bandeiras.
Coloquei-me atrás da câmara, para captar algumas imagens.
Já tinha “disparado” duas ou três vezes quando reparei numa jovem com o cartaz «Marvão - Cantanhede». Fiz menção de a fotografar e ela voltou-se.
“Click”, já está!
A adepta de Marvão que esteve na base desta "estória" Quando a transmissão terminou, disse-lhe:
- Tirei-lhe a foto porque é a pessoa de mais perto de Coimbra que encontrei até agora.
Mal tinha acabado a frase quando ouço uma voz a meu lado:
- Quer uma pessoa de Coimbra? Está aqui!Eu:
- É de Coimbra?
Ele:
- Sim!Eu:
- Coimbra... Mas de onde?
Ele:
- Coimbra!Eu:
- Mas Coimbra... Baixa? Alta? Sé Velha? Cumeada?
Ele:
- Vale das Flores.Eu:
- Está bem, está bem. Isso não é bem Coimbra...
(Foi assim, em ambiente meio irónico, o primeiro contacto.)Ele:
- Acompanha o futebol?Eu:
- Mais ou menos.
Ele:
- O meu irmão jogou futebol.Eu:
- Talvez o conheça...
Ele:
- O meu irmão jogou na Académica.Eu:
- Então devo conhecer...
Ele:
- Eu sou irmão do José Belo.Eu:
- Do José Belo?!!! Então não havia de conhecer?... É meu amigo!
(E a conversa continuou mais uns breves minutos.)Foi assim que conheci o Dr. Francisco Belo, cirurgião nos HUC.
Um novo “amigo da bola”.
Com o Dr. Francisco Belo, à porta do estádio em Genebra