quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Factos de 2009

Lei da rolha na Câmara de Coimbra

Reclamar, sempre!

Cavaco-Sócrates

Coimbra nos jornais (e os jornais de Coimbra)



Nota: Desenvolvimentos logo que possível.

Adeus, minha querida

Conhecemo-nos há alguns meses.
As nossas vidas cruzaram-se e num instante tornámo-nos amigos. Não sei bem como nem porquê. A verdade é que o nosso dia-a-dia passou a ser diferente depois daquele momento.
Fizeste-me companhia dias seguidos, noites seguidas. Ia à varanda fumar um cigarro depois do jantar e olhava-te com um misto de ternura e admiração. Saía de casa de manhã e saudava-te.
Tu, humilde, quase terna, tornaste-te presença obrigatória na minha vida. E foi assim crescendo o nosso relacionamento.
Fotografei-te vezes sem conta nos últimos meses.
A tua existência ajudava os meus dias a serem melhores. E isso é algo que nunca te poderei pagar, embora saiba que estes sentimentos entre amigos ultrapassam o simples deve-e-haver da vida a correr que hoje todos somos obrigados a viver.
A tua presença era estímulo e conforto. Sabia-te protegida junto de mim e creio que tu sentias o mesmo.
Ontem, ao chegar a casa, com a rua transformada num rio de águas soltas e violentas, senti um aperto no coração. Pressenti o pior.
Olhei e não te vi. A chuva caía frenética. Mesmo assim, saí do carro e fui ver de ti. Não te encontrei. Caminhei rua abaixo à tua procura e... nada.
Concretizaram-se os piores receios. A enxurrada, com a sua força brutal e estúpida, não percebera que tu, minha amiga, eras diferente e arrastara-te para longe de mim.
Fiquei triste, muito triste, por te saber perdida. Para sempre.
Entrei em casa, abatido, a alma a doer. Sem saber o que fazer, surgiu-me o pensamento de honrar a tua memória. E comecei a cogitar este texto, como preito de homenagem a um convívio diário de tantos meses.
É o que aqui tentei fazer. Com o coração despedaçado por hoje já não ter tido a tua companhia pela manhã, quando saí de casa para o trabalho.
Até sempre, "minha" querida escova de dentes azul com risca branca!

(Dedico este texto aos responsáveis pela limpeza urbana em Coimbra, com votos de que em 2010 prossigam com o meritório trabalho que desenvolvem. Como a rua onde vivo não é varrida há 14 anos, creio que será inglório não conseguir chegar, pelo menos, aos três lustros. Vamos a isso!)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Contra o Acordo Ortográfico

«Um "intelectual" que fala em "uniformização da língua" não é um intelectual. É uma besta.»
(João Gonçalves, no "Portugal dos Pequeninos")

Factos do Ano

Não perca.
Amanhã.
Neste seu blogue.

Mensagens de Boas Festas

(clique nas imagens para ampliar)

Ler jornais é saber mais?

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Coimbra tropical

Tomar um café, às 9 da noite, numa esplanada a céu aberto, com 17 graus de temperatura, a quatro dias do final do ano, dá-nos a sensação de viver nos trópicos.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Uma excelente revista



Os jornais ainda continuam a ser o palco das notícias.
Hoje, porém, quem compra um jornal quer - cada vez mais - algo para além das notícias, porque estas chegam pela internet, pelo telemóvel, pela televisão e pela rádio. Não tão precisas, mas de uma forma muito mais rápida. Como um interminável enxurrada.

A revista "Especial 2009" que o Correio da Manhã hoje oferece com o jornal é uma daquelas mais-valias que faz acreditar no futuro dos jornais.
Se (ainda) tiverem tempo, vão a correr comprá-la. É excelente.

Previsões (alheias) para 2010

«Janeiro: legalização da eutanásia, adopção gay e casamento transgender, corte de relações diplomáticas com o Vaticano, referendo contra a Fox News, proibição dos rodeos e criação de cinco regiões administrativas. A parte das regiões é chata, mas trata-se de um dever patriótico. Em alternativa: acabar com o patriotismo.»

Para ler na íntegra as previsões de Luís M. Jorge clique aqui.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Festas Felizes!

(clique na imagem para ampliar)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Benfica-FC Porto (no final) ainda mais azulado

Viram aquele penalty do tamanho da Torre dos Clérigos que o árbitro não viu?
Repararam que o lance só mereceu duas referências (muito ligeiras) dos comentadores da Sport TV?

E que dizer da exibição do Hulk dos não-sei-quantos-milhões?
E que dizer da equipa da FC Porto, que durante 80 minutos foi um conjunto vulgar, ao nível de uma formação do meio da tabela?

Quantas vezes ouviram os comentadores referir que o Benfica jogara na quinta-feira e o FC Porto (*) tivera uma semana inteira de descanso? Nenhuma?... Eu também não ouvi.

É por estas e por outras que enquanto o futebol português estiver assim não vê um cêntimo meu, para além da assinatura da Sport Tv.
Prefiro ir ver jogos ao estrangeiro, porque aí não me sinto enganado.

(*) Provou-se, mais uma vez, que o FC Porto não se dá bem com descansos prolongados. Noutro dia, o Chelsea ganhou nas Antas apesar de ter jogado três dias antes e os portistas estarem sem jogar há três semanas (!). Agora, o FC Porto descansou uma semana e o Benfica só dois dias...

PS - Não vale a pena falar do jogo de Olhão.

Benfica-FC Porto (ao intervalo) muito azulado

O Benfica está a vencer ao intervalo (1-0) o FC Porto.
Apesar do jogo se disputar no Estádio da Luz, com as bancadas em tons de vermelho, a transmissão da Sport Tv é muito... azulada. E o árbitro também.
Comecemos por este último e o modo como tem avaliado os lances passíveis de cartão amarelo: a Guarín (FC Porto) não mostrou; a David Luiz (Benfica) mostrou; a Álvaro Pereira (FC Porto) não mostrou; a Saviola (Benfica) mostrou; a Hulk (FC Porto) não mostrou.
Quanto aos comentadores televisivos, num lance entre César Peixoto e Hulk, na área do Benfica, sem nada de especial, classificaram-no de «lance duvidoso». Pouco depois tentaram ver uma "mão" de Cardoso na área do Benfica.
Para terminar, o exemplo mais evidente da pouca qualidade do árbitro: à meia hora de jogo já Iguarin tinha cometido seis (seis!) infracções e não vira o cartão amarelo. E num lance em que nem sequer infracção foi assinalada, com Saviola, podia perfeitamente ter visto o cartão... vermelho.

PS - Faço votos para que apareça outro operador televisivo que nos livre dos comentários da Sport Tv.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bom fim-de-semana



Façam o favor de ser felizes!

Eleições na ACM


(clique nas imagens para ampliar)

Para arquivo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Loira faz "strip"


Vale a pena ver este "strip-tease".
Um minuto e 13 segundos de boa disposição.
É garantido.

(Com agradecimentos ao Pedro Aniceto.)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Antena perigosa


Esta antena está à venda na "Makro" em Coimbra.
Fui à procura de pormenores na internet (hoje em dia, não compro nada sem me informar de características, preços, opiniões de utilizadores, etc.).
E sabem o que encontrei? Um alerta da Comissão Europeia, informando que a antena é perigosa, podendo incendiar-se. «Este produto representa um sério risco de choque eléctrico», refere ainda o documento, acrescentando que «não está de acordo com a directiva de baixa voltagem e com a Norma Europeia EN 60065» (ver imagem em baixo).
E esta?!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sugestão



Boa noite. E façam o favor de ser felizes.
(Hoje não tenho tempo para escrever mais do que isto – e tanto que eu gostaria de comentar!; sugestão musical a partir de uma "entrada" da São no "Facebook".)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Céu

Três anos de saudade.
Descansa em paz.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Escutas... em 2003

Nas minhas andanças pela internet, encontrei este video.
Vale a pena ver.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

João Afonso: um novo campeonato

Na selecção de Coimbra de sub-12, em Fevereiro de 2002

O João Afonso joga numa nova equipa. Depois de oito épocas na Académica e três no Vigor, o meu filho disputa agora o Campeonato Universitário de Lisboa. Alinha na equipa de Medicina, que na época passada desceu à 2.ª divisão.

O campeonato começou na semana passada. Curiosamente, o sorteio colocou frente-a-frente logo na 1.ª jornada as duas equipas despromovidas. Medicina venceu Agronomia por 2-1 e o João Afonso, que agora é ponta-de-lança, marcou o primeiro golo da época.
Ontem, novo jogo e um resultado mais dilatado (Medicina, 6 - Ciências Sociais e Humanas, 2), com mais dois golos do João Afonso, que é neste momento o melhor marcador da equipa – talvez até do campeonato.

O João Afonso gosta de jogar futebol. No ano passado, já a estudar em Lisboa, fez grandes sacrifícios para não abandonar a prática da modalidade: treinava durante a semana em Lisboa (só nas deslocações gastava duas horas por cada treino) e jogava ao fim-de-semana pelo Vigor. Foram muitas horas roubadas ao estudo, muitos milhares de quilómetros percorridos para não faltar aos jogos. No final, a alegria de ver a sua equipa obter a melhor classificação de sempre no "Nacional" de juniores da 2.ª divisão.

Este ano é tudo mais fácil. Para treinar e jogar só tem de atravessar a avenida; a Faculdade é de um lado, o Estádio Universitário do outro. E cumpre a vontade de continuar a praticar futebol, ao mesmo tempo que prossegue os estudos.

Gosto de o ver assim, empenhado na prossecução de um objectivo.
Força, filhote! E... parabéns.

No último jogo como júnior, em Junho de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Expliquem-me como se eu fosse muito burro

Segundo noticia o "Sol", «a ministra da Educação, Isabel Alçada, mostrou-se hoje "surpreendida pelo relevo que tem sido dado" às notícias sobre a nomeação da nova directora regional de Educação do Centro, Beatriz Proença, afirmando que há informação "falsa" a ser divulgada».
«Eu fico até muito surpreendida pelo relevo que tem sido dado a esta notícia (…) Nós indigitámos uma profissional que é inspectora e ela iria ser nomeada directora regional do Centro (…) No decurso desse processo (de nomeação), veio a verificar-se que tinha saído uma lei, em Agosto, que impedia a possibilidade de as pessoas que tinham exercido cargos de inspecção assumirem cargos dirigentes e então tivemos de informar que havia uma incompatibilidade. Foi apenas isto, tudo o resto é falso», afirmou Isabel Alçada, de acordo com o "site" do "Sol".
No mesmo texto, o jornal refere que «Beatriz Proença desempenhou funções de directora regional de Educação do Centro até quarta-feira, em Coimbra, no gabinete que pertenceu à anterior responsável, Engrácia Castro, mas não chegou a tomar posse.»
Expliquem-me, como seu eu fosse muito burro, como é que alguém pode exercer funções no Estado sem tomar posse.
Por favor, expliquem-me lá.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PS faz queixinhas a Cavaco Silva

«O vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues defendeu hoje a necessidade de uma intervenção preventiva do Presidente da República, alegando que poderá estar em causa, a prazo, o regular funcionamento das instituições.» ("Jornal de Negócios")

Gostei!
Parece as crianças que fazem queixinhas: «Papá, aquele miúdo é mau, não me deixa jogar...».

Gostei! Adorei!
Quem diria?!... O PS a pedir a intervenção de Cavaco Silva. E pela voz do mesmo deputado que, ainda há poucos dias, manifestou «estupefacção» pelo facto do Presidente da República ter mantido Fernando Lima na sua equipa de assessores! Adorei!!!
Melhor do que Ricardo Rodrigues seria se fosse José Junqueiro (ou José Lello, já agora...) a pedir a intervenção de Cavaco Silva.

Vou deitar-me a sorrir, depois das valentes gargalhadas que este texto me provocou.
Boa noite. :)))))

Outra trapalhada do Governo de Sócrates

«O Ministério da Educação (ME) enviou hoje uma nota à comunicação social em que afirma Beatriz Proença “nunca foi nomeada Directora Regional de Educação do Centro” (DREC). Isto apesar de ao princípio da tarde ainda se encontrar na página da Internet da DREC um texto subscrito naquela qualidade por aquela mesma pessoa, que também chegou a enviar mensagens electrónicas às direcções das escolas apresentando-se como detentora do cargo.» ("Público.pt")

Cá está outra trapalhada!
A sorte de José Sócrates é Jorge Sampaio já não ser Presidente da República; por muito menos "casos", Santana Lopes foi demitido.

Momento brilhante!

Para quem, como eu, acha que aquilo a que chamam política já bateu no fundo em Portugal, este é um momento brilhante.
"Quanto pior, melhor" é a teoria que defendo. Para que, depois de limpos os "cacos", se possa pensar em construir um país a sério, com políticos a sério. E sérios.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Imaculada Conceição

O blogue faz "ponte". Mas esse facto não impede que, num intervalo, vos deseje um óptimo dia feriado de amanhã, em que se celebra a Imaculada Conceição da Virgem Maria, com esta belíssima canção/oração de Fafá de Belém na Cova de Iria.
Façam o favor de serem felizes!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PS sem Ricardo

Manuela Ferreira Leite acaba de interpelar directamente o primeiro-ministro sobre a alegada «espionagem política».
Curiosamente, o deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, não estava no hemiciclo. Logo ele, que tanto falado nas televisões nos últimos dias...
Curioso.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Armando Vara

Armando Vara, na tv, a falar à saída do tribunal. Desapontado pela decisão do juiz. Muitos jornalistas, mas nenhum lhe faz a pergunta inevitável: «Também trocou de telemóvel?». Ao que isto chegou!!!
(escrito por mim, há momentos, no "Facebook")

Isto é que é um golo

Leituras da manhã

«Como chegámos a um Sócrates - e ao que ele denota - é um mistério do Entroncamento. Em certo sentido, erámos mais civilizados há trinta anos e possuíamos uma expectativa razoável de nos tornarmos numa coisa civilizada. Nada disso, porém, sucedeu apesar do betão e da Europa.»
João Gonçalves, no "Portugal dos Pequeninos"

«Na política, a porcaria salta à vista todos os dias. A governação socialista tornou-se, desde há muito, um sinónimo ominoso de aldrabação sistemática dos cidadãos, de passes de prestidigitação grosseira e de manipulação descarada da opinião pública.»
Vasco Graça Moura, no "Diário de Notícias"

«O eleitor português é daquele tipo de gente que compra um utilitário com uma legenda a dizer GT, mesmo que se trate de um carro puxado com um motor de máquina de costura. O estilo presunçoso é o que conta. O que está a dar.»
Luiz Carvalho, no "Instante fatal"

«O primeiro-ministro tudo faz para esconder dos portugueses as conversas em que foi apanhado ao telefone a organizar o apoio às empresas do regime. O Presidente do Supremo e o Procurador Geral da República entendem-se com o mesmo objectivo, com base numa lei feita pelo actual Governo, e, ao mesmo tempo, as empresas de sucesso de um sucateiro tornado célebre, continuam a ganhar os concursos públicos em que entram. Mesmo depois de se saber que ganham os concursos porque utilizam meios ilegais, como o roubo puro e duro. Trata-se de um bom incentivo para que as empresas que perdem os concursos pensem em imitar as empresas vencedoras. Entretanto, no programa do Governo, cheio de medidas para todos os gostos, no capítulo da corrupção não há nenhuma medida proposta. Mais palavras para quê?»
Henrique Neto, citado no "Do Portugal profundo"

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vieira da Silva (ainda) não foi demitido


Pensei que era hoje que Vieira da Silva iria apresentar o pedido de demissão.
Chegava à Assembleia da República, penitenciava-se pela tese da "espionagem política" e abandonava o Governo.
O ministro da Economia não o fez. Pelo contrário, reafirmou que foi conscientemente que disse o que disse.

Resta aguardar pela demissão.
À hora a que escrevo estas linhas (13h15), o PS entretém-se com "politiquices" e Vieira da Silva ainda não foi demitido.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A dupla "ética" socialista

Fernando Lima

«Em primeiro lugar, Fernando Lima não foi apanhado em nenhuma escuta, muito menos numa escuta relacionada com um processo criminal. Em segundo lugar, Fernando Lima foi sacrificado porque o ‘Diário de Notícias’, em plena campanha eleitoral, decidiu publicar um mail privado de um jornalista do ‘Público’, declarando pomposamente que este era do interesse público – o que obviamente não era. Por último, a "estupefacção" do sr. Ricardo Rodrigues vem do facto de ter tido conhecimento do mail privado de um jornalista. Não seria então de esperar que o mesmo Ricardo Rodrigues exigisse a divulgação das "conversas privadas" entre José Sócrates e Armando Vara de forma a podermos ficar todos também estupefactos?»
(Constança Cunha e Sá no "Correio da Manhã")

Ricardo Rodrigues: grande "porrada" de Constança Cunha e Sá

Haverá asas brancas nas costas de Pinto Monteiro?

«Vamos ver se nos entendemos: Fernando José Pinto Monteiro é procurador-geral da República desde Outubro de 2006 e a sua nomeação foi uma escolha pessoal do primeiro-ministro José Sócrates. Pinto Monteiro, coitado, não tem culpa disso - são as regras da pátria -, mas factos são factos: ele deve a José Sócrates o gabinete mais espaçoso no palacete da Procuradoria. Não foi o Parlamento que o pôs lá. Não foi o Presidente da República (formalismos à parte) que o pôs lá. Foi o Governo, foi este primeiro-ministro.»
João Miguel Tavares, em mais uma crónica brilhante no "DN".

A herança socialista


Máximo desde que há registos
Desemprego supera 10% em Portugal

A taxa de desemprego em Portugal superou a fasquia dos 10%, em Outubro, de acordo com os dados do Eurostat. Portugal tem agora a quarta taxa mais elevada da Zona Euro, com 10,2% de desempregados, registando um recorde de 26 anos.
Nunca a taxa esteve acima dos 10%, pelo menos desde que o Eurostat começou a recolher os dados, em 1983. São, assim, cerca de 570 mil os portugueses no desemprego.
Portugal surge como a quarta taxa mais elevada entre os países da Zona Euro, só superado pela Eslováquia, Irlanda e Espanha.
Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego entre pessoas do sexo feminino em Portugal está agora nos 10,9%. Entre os homens, atingiu 9,6% em Outubro (no mesmo mês de 2008, era de 6,7%).
Os jovens continuam a ser os mais afectados pelo desemprego: a taxa entre os que têm menos de 25 anos fixou-se nos 18,9% em Outubro.


A crise é geral mas tem piores efeitos em Portugal. O nosso país também tem um piores governos da Zona Euro, mais voltado para festanças, tgv e auto-estradas que de nada servem, em vez de se preocupar com a vida das pessoas.

Os números não mentem. É este o retrato mais nítido dos 13 anos de governação socialista.

Estado do sítio

«O prof. Freitas do Amaral ressuscitou ontem pela mão do marcelínico "diário da manhã". Não li evidentemente.»


«Com o clima de corrupção generalizada existente, com os métodos usados na revisão dos preços, com os objectivos anunciados e com as prioridades conhecidas do Governo a serem a EDP, a PT a Mota-Engil, a Ongoing, Joaquim de Oliveira, a Martifer, a Sá Couto e quejandos, é fácil de ver para onde irão os milhares de milhões de euros de investimentos públicos previstos.(…) Ou seja, a grande prioridade de José Sócrates não são os postos de trabalho, mas a ajuda às empresas do regime e o controlo dos meios de comunicação, para que os portugueses não se apercebam disso.»
Henrique Neto, Jornal de Leiria via Blasfémias


«Isto mais não é do que o princípio basilar da redistribuição socialista: tirar pouco (mas cada vez mais) a muitos para benefício de alguns.»


«Quando acabar a cimeira ibero-americana, começa um fogo de artifício destinado a celebrar a aberração de Lisboa, mais conhecida por tratado de Lisboa. O dr. Costa, reputado comentador televisivo que acumula com a infausta presidência da CML, que tanto se queixou da falta de dinheiro que encontrou na câmara, colocou cartazes por toda a cidade a anunciar o evento, salvo erro para os lados da Expo. Entretanto, e lançadas a derradeiras canas, o país estará mais hipotecado do que estava quando se iniciou a "comemoração" pimba. Portugal está rapidamente a tornar-se infrequentável por causa destes parvenus. Sei bem que foram escolhidos democraticamente. Só prova que a a democracia comporta, como qualquer regime, efeitos perversos. Estas perversões ambulantes que nos governam - central e localmente - é que começam a ser incomportáveis.»


«Sócrates conseguiu juntar à animosidade política da esquerda e da direita, em princípio lógica e normal, uma execração pessoal sem precedentes.»


«Do Bloco ao CDS, o Parlamento não o estima [a Sócrates], nem respeita e tem um objectivo principal: que ele saia de cena, mesmo a favor de outro PS. Verdade que discutir Armando Vara enquanto a bancarrota se aproxima raia a loucura. Só que no estado a que as coisas chegaram, nada se resolverá com Sócrates. A realidade é esta.»


«A cultura de novo-riquismo que se instalou no Ocidente e se estende a todo o mundo fez apodrecer os valores morais que, durante séculos, constituíram a essência da nossa civilização.
Ainda me recordo de alguns homens que se suicidaram por não poderem honrar uma dívida. Hoje, o mais normal é matarem os credores. E dizendo isto está tudo dito.»


«Chegou a hora de acordar as consciências e reunir vontades para levantar Portugal, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse.
O futuro de Portugal tem de ser encarado com esperança assente num projecto para o País tal como fez, há seis séculos e no auge de outra crise, o nosso maior herói, D. Nuno Álvares Pereira.»
D. Duarte Pio, duque de Bragança


«No meio deste imenso lamaçal, com o senhor presidente relativo do Conselho cada vez mais acossado, cheio de medo que um dias destes apareçam na Comunicação Social as suas brilhantes conversas com o seu grande amigo Armando Vara, por certo pérolas dignas de ficarem devidamente registadas nos anais da democracia, o Partido Socialista dispara para todos os lados e une-se com o único objectivo de condicionar, ameaçar e prevenir o imenso Inverno que está para chegar à política portuguesa e, obviamente, ao Estado de Direito.»


«Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.»

Dia de Portugal


Dia de honrar os que retomaram o destino de Portugal.

domingo, 29 de novembro de 2009

Sporting, 0 - Benfica, 0

A propósito do sonolento "derby" de ontem, deixo-vos um "video caseiro" com mais qualidade que o futebol apresentado em Alvalade 12 horas atrás.
Para descontrair, porque hoje é domingo, chove muito e faz frio.

sábado, 28 de novembro de 2009

«Temos gente que não presta...»

«O país constatou que em algumas universidades funcionavam verdadeiros gangues, gente sem escrúpulos organizada em termos de associação criminosa.
Foi isto o que se passou na área do ensino superior privado.»


«Só que ao escândalo do BCP seguiu-se o do BPN e a este o do BPP. E, aqui, toda a área ficou sob suspeita.
Tal como sucedeu nas universidades – em que, depois de conhecidas as fraudes, só as públicas e a Católica não passaram a ser olhadas com desconfiança –, na banca portuguesa só a Caixa Geral de Depósitos não foi afectada pela hecatombe.»


«Ora, tal como sucedeu nas duas áreas anteriores, depois de o futebol ter sido entregue a si próprio não tardou muito a que começasse a falar-se de escândalos.
O mais célebre foi o Apito Dourado, mas muitos outros ocorreram envolvendo árbitros, dirigentes e presidentes de Câmara: José Guímaro, Pimenta Machado, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, José Eduardo Simões, etc., etc.»


«Todos os países podem ter melhores ou piores Governos.
Mas os países só podem verdadeiramente andar para a frente se tiverem boas elites.
Se, nos sectores vitais da sociedade, houver gente capaz, séria, competente e empreendedora.
Ora em várias áreas-chave temos tido demasiada gente que não presta.
Gente que não hesita em recorrer à fraude, à corrupção, à usura para alcançar os objectivos.»


São quatro excertos do "Editorial" de sexta-feira do jornal "Sol", da autoria de José António Saraiva. Um texto brilhante, que pode ler na íntegra aqui.

Susan Boyle em vez da corrupção

Valha-nos Deus! O país está transformado num enorme pântano, sendo praticamente impossível identificar referências ético-morais. Olhamos para um lado, olhamos para o outro, e o que vemos é gente sem princípios, sem valor, um "vale-tudo" que enoja até a mais calma das pessoas.
Olho para eles - sejam titulares de grandes fortunas ou de altos cargos, distribuidores de prebendas ou meros patifes que deveriam estar na prisão - como aquilo que são: gente reles.
É por isso que, cada vez mais, evito estar em sítios mal frequentados. E para não correr riscos de "encontros indesejados", fico-me pela pacatez da minha vida e da minha casa. Assim, sei que não irei encarar "figurões" e patifes. E vivo feliz.

As notícias deste fim-de-semana continuam a ser assustadoras, revelando a promiscuidade que atravessa sectores basilares da sociedade, supostamente independentes. Coleccionei uma série de textos, publicados ontem e hoje na Imprensa, que lidos conjuntamente nos ajudam a ver o quão negro é o momento presente.
Voltámos a 1975. Estamos num PREC de características diferentes e com um sentido histórico oposto. Caminhamos a passos largos - estou convicto - para uma qualquer espécie de ditadura.

Sinto por vezes, como já aqui escrevi, a vontade de encerrar o blogue. Mas vou resistindo, porque acho que esta é também uma forma - ainda que modestíssima - de denunciar a gravidade da situação e contribuir para a "limpeza" que se torna cada vez mais urgente. Mas que duvido venha a acontecer.
Haverá quem não goste do que aqui escrevo, mas... é a vida. Como tenho por adquirido desde há muito, não nasci para ser simpático, nem hipócrita. Digo e escrevo o que penso, com a maior liberdade possível, como bem sabe quem me conhece. Não ando na vida para arranjar "amigos" de ocasião, para sorrir a quem desprezo ou para cumprimentar quem eu julgo que tem as mãos sujas. Sou humilde mas sinto-me limpo. E se assim cheguei aos 53 anos, em cada dia que passa reforço ainda mais as minhas convicções. Nunca tive apetência por luxos e honrarias, nem por "comer à mesa do Orçamento", como muitos dos que por aí andam.

Há páginas de jornal e reportagens de televisão que só não me fazem vomitar porque já estou muito traquejado. Quando essa gentinha me aparece pela frente (gente que mente com a maior desfaçatez, gente que infringe a lei e se assume como moralista, gente pequena que - por mais dinheiro que tenha ou títulos que lhes coloquem em cima - nunca conseguirá ter a estatura e a dignidade de tantas Ti Marias e Ti Antónios anónimos), escrevia que quando essa gentinha pequena me aparece pela frente opto sempre pela medida mais higiénica possível: desligar o televisor, colocar o jornal no lixo.

Talvez por tudo isto é que este blogue tem um média de visitas muito pequena, mas muito estável - são os meus amigos e mais uns poucos. Quem cá aparece "por acaso", raramente volta. Quem pensa que insulta na caixa de comentários, deixa de vir ainda mais rapidamente, porque essas opiniões vão directamente para o "caixote do lixo". [Se o blogue é meu e "dou a cara", é evidente que não tolero injúrias anónimas. Era só o que faltava... Por aqui, há decência.]

A sociedade está gravemente doente. Olho para isto e sinto dor; não por mim, que tenho uma vida construída e continuo a ter forças para trabalhar, nem que seja para pegar numa enxada e tirar da terra o sustento do dia-a-dia. Sinto dor pelos jovens - e, entre eles, os meus filhos. Que raio de país lhes vamos deixar...
Eles, a Ana e o João, sabem bem o que lhes digo desde muito pequenos: o futuro está fora daqui. De Coimbra. E de Portugal.
Há muito que intuí que os tempos vindouros serão penosos. Sem desígnio, sem projectos mobilizadores, sem elites de qualidade (como ainda ontem escreveu o director do "Sol"), com uma população activa maioritariamente funcionalizada, Portugal arrisca-se a ser no futuro - como há muito profetizou um jornalista creio que alemão num encontro ocasional em Bruxelas - apenas um "lar de terceira idade" para a classe média europeia.

Queria escrever apenas algumas linhas, entusiasmei-me e saiu isto.
Vamos ao que verdadeiramente interessa; formular os habituais votos de bom fim-de-semana, desta feita com a proposta de recordarem aqueles escassos segundos que transformaram Susan Boyle em personalidade mundial, ela que acaba de bater esta semana o recorde de pré-vendas de um cd na história da internet.
Cliquem na imagem ou aqui. E façam o favor de serem felizes.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dinheiro para gastar mal

José Manuel Fernandes no "Facebook": «Suspender o Código Contributivo não é aumentar as despesas, como está a dizer Sócrates, mas impedir o aumento escondido e obsceno da receitas.»
Acrescento eu: quanto menos dinheiro estiver nas mãos do Estado melhor será para todos. Como se está a ver todos os dias.

Querem baixar o défice?
Acabem com as festanças, com a corte de assessores, com os luxos. Ou, então, paguem do próprio bolso. (Neste momento do texto, quase escrevi um palavrão. Mas contive-me.)

Agora o Governo dá conselhos à Assembleia?

(jornal "i")

Não sei se é uma concepção nova do regime, se sou eu que estou desactualizado, se..., se...
A verdade, para mim, é o contrário daquilo que o primeiro-ministro afirma: o Governo depende da Assembleia da República; o Governo não pode dizer à Assembleia como esta deve comportar-se.

Coimbra, triste Coimbra... (comentários de sexta-feira)

(sobre o afastamento dos jornalistas das sessões da Câmara Municipal)
Esta é uma das páginas mais negras da história recente de Coimbra. Ao lado da do estádio, da construção em zona verde, daquele concurso de admissão de pessoal no Verão de 2008 (o tal que era urgente e acabou depois do Natal).
Quanto ao psiquiatra, eu não sou mais inteligente, mas... felizmente os meus filhos já estão fora de Coimbra. E tomara eu que abandonassem este país/"sítio" mal frequentado. Porque, como qualquer pai, desejo o melhor para os meus filhos.

José Ribeiro, há bons e maus jornalistas como há bons e maus políticos. A questão não é, nem pode ser, essa. A questão é esta: os cidadãos têm direito a saber o que se passa no Município, porque são eles que ELEGEM e PAGAM a determinadas pessoas para os representar. Um dia, um autarca disse a um jornalista para se calar. E o jornalista respondeu-lhe: «Se, aqui, alguém pode mandar calar alguém, sou eu que o posso mandar calar a si. Porque eu pago-lhe o ordenado.» Esta é a verdadeira questão, por muito que isso custe aos políticos que pensam que são os "donos da coisa". E a nossa Democracia só será adulta quando os cidadãos confrontarem directamente, olhos nos olhos, aqueles a quem pagam para os representar.

(sobre Coimbra, a cidade que também é minha)
Eu, que nasci em Coimbra há 53 anos, na Baixa, em pleno coração da urbe popular, que joguei na Académica, no Sport e no U. Coimbra, que levei (e dei) "porrada" para restaurar as tradições académicas, entre 77 e 81, que estive na 1.ª linha contra a co-incineração, que ajudei a fundar dois jornais na cidade... neste momento estou-me "nas tintas" para Coimbra. E pronto para partir, logo que a oportunidade surja. (Claro que desejo as maiores felicidades a quem cá ficar.)

PS - Textos que publiquei esta tarde no "Facebook. Fica aqui o arquivo, para memória futura.

Uma explicação para a troca de telemóveis


É a notícia do dia! «A 25 de Junho vários suspeitos do processo "Face Oculta" trocaram de telemóveis». Um alarido enorme!

Pus-me a pensar nisto e concluí que, se calhar, a coisa nem tem nada de extraordinário.
Imaginem que na véspera (24 de Junho), os "vários suspeitos" foram ao Porto assinalar o S. João. Estavam na zona da Ribeira, não necessariamente todos juntos, a almoçar ao ar livre, com os telemóveis pousados em cima das mesas, quando de repente caíu uma grande chuvada.
Como se sabe, os telemóveis não podem apanhar água...

Parece-me uma explicação plausível. Só não sei se choveu no Porto naquele dia.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Lobo Xavier brilhante!

António Lobo Xavier BRILHANTE na "Quadratura do Círculo"!
É pena um homem como ele, com a sua grandeza, estar fora dos centros de decisão política, quando por lá anda tanta "tralha" há 30 anos, agarrada aos tachos.
Espero ainda ter o gosto de ver Lobo Xavier num ALTO CARGO do Estado português.

Ética socialista (escutas em Belém e "Face Oculta")

Vieira da Silva, ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, aludiu a espionagem política sobre o primeiro-ministro a propósito do caso de corrupção "Face Oculta".
Hoje, o ministro (repito, o ministro) disse que «as minhas afirmações foram claras, afirmações das quais não tenho nenhuma razão para acrescentar ou retirar nenhuma sílaba».
Entre os socialistas, tudo parece normal.

Há três meses, quando um assessor (repito, um assessor) do Presidente da República alegadamente assumiu a possibilidade do Palácio de Belém estar sob escuta, caíu "o Carmo e a Trindade".
Sucederam-se as declarações inflamadas de altos quadros do PS. Lembram-se da "figura" que fizeram José Junqueiro e outros?...
(Ainda ontem um vice-presidente da bancada parlamentar disse-se estupefacto com a manutenção de um assessor na equipa de Cavaco Silva.)

Perante tal dualidade de comportamentos (e um, repito, é ministro, enquanto o outro era mero assessor) sou levado a crer que esta é a tal ética republicana e socialista que enche a boca de tantos "notáveis" do PS.

PS - Eles pensam que a malta é tão burra que não percebe. Coitados deles.

Ministro muito errado

Teixeira dos Santos foi o que mais errou nas previsões do défice em toda a Europa
O Governo português foi o que mais subestimou o impacto que a crise teria no défice orçamental. Há apenas dois meses, em Setembro, Teixeira dos Santos enviou um relatório a Bruxelas (o chamado reporte dos défices excessivos) onde garantia que encerraria o ano com um saldo orçamental negativo de 5,9% do PIB.

Temos fundadas razões para estar preocupados com a capacidade de previsão do ministro das Finanças.
Tamanho erro em apenas DOIS MESES é difícil de entender.

Imaginem que isto se passava na casa de cada um de nós...

A minha corrupção é melhor que a tua...

«O PS levantou reservas à proposta do PSD no sentido de a Assembleia da República criar uma comissão de acompanhamento da corrupção, admitindo que poderá "atropelar" competências inerentes a outras entidades.
Na sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, em Espinho, o líder da bancada social-democrata, José Pedro Aguiar Branco, justificou a proposta com o facto de existir em Portugal "uma crise de confiança no sistema de judicial".
"Vamos apresentar na Assembleia a iniciativa autónoma da constituição de uma comissão eventual exclusivamente destinada à recolha de contribuições, à análise dos factos e à apresentação de soluções para o combate à corrupção", justificou o líder parlamentar do PSD.
No entanto, segundo o vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues, "é de evitar que se crie uma comissão que possua uma duplicação de funções relativamente ao Conselho Nacional da Prevenção, que funciona junto do Tribunal de Contas".
(...)
Ricardo Rodrigues referiu que o PS irá aguardar até conhecer em detalhe o projecto do PSD, "mas desde já avisa que recusará uma duplicação de funções".
"Podermos estar perante um 'fait divers' e se for isso não daremos o nosso acordo", advertiu o "vice" da bancada do PS.»

Não deixa de ser curioso que os dois maiores partidos não se entendam sobre este assunto.
Não deixa de ser curioso que o político socialista classifique o projecto como "fait-divers". Na verdade têm sido tantos os casos...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FCP na RTP


Depois de assistir, "aos bocados", ao FCP-Chelsea na RTP cada vez penso mais que as transmissões televisivas deveriam ter a opção "som do estádio". Ou seja, o telespectador deveria poder ver o jogo com o som ambiente e sem qualquer comentário.

Para a história: FC Porto, 0 - Chelsea, 1.
O golo do Chelsea foi marcado por Anelka, três minutos depois de um lance de "penalty" na área do FCP, que o árbitro não assinalou e que não mereceu qualquer referência dos comentadores da RTP. Nem um "ai".

PS - Será que o FC Porto acusou o facto de não jogar há 18 dias? O Chelsea jogou no sábado passado...

Quem são os espiões políticos?

«O PS absteve-se e permitiu as explicações no Parlamento do ministro da Economia, Vieira da Silva, que qualificou de “pura espionagem política” as escutas em que José Sócrates surge a conversar com Armando Vara no processo Face Oculta.»

Espero que os deputados não deixem de fazer ao senhor ministro (muito calado nos últimos dias, pelo que me tenho apercebido) a pergunta óbvia: quem são os espiões políticos?
Investigadores da Polícia Judiciária? Juízes? Procuradores? Outros?

É que –
como afirmaria La Palisse – só pode haver espionagem política com espiões políticos.

Dia de Liberdade (2)


Aqui está uma excelente notícia para assinalar o "25 de Novembro".


(Como tudo poderia ser diferente se o Presidente da República tivesse tomado esta decisão em Agosto...)

Violações e violadores

«Violar o segredo de justiça pode ser injusto para os inocentes. Mas não violar o segredo de justiça pode tornar tudo ainda mais fácil para os culpados.»

Mais um texto brilhante de João Miguel Tavares.
Antológico.

Dia de Liberdade



Este blogue celebra o 25 de Abril
e o 25 de Novembro.

Em nome da Liberdade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Câmara de Coimbra afasta jornalistas

«Os Vereadores do PS presentes na reunião ordinária de 10.11.2009, declaram que na presente, não podem votar favoravelmente a Acta da reunião atrás citada, pelo motivo de que a votação a que foi sujeita a proposta do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, sobre a proibição dos jornalistas assistirem às reuniões do executivo municipal, viola o n.º 4 do art.º 8.º do Regimento, pois não estava préviamente agendada e nem sequer foi invocado o reconhecimento de urgência da deliberação em causa, e nestas circunstâncias os Vereadores do PS, irão requerer a anulação da referida deliberação.

Coimbra, 2009.11.23
Carlos Cidade, António Vilhena, Álvaro Maia Seco»
(declaração de voto apanhada aqui)

Afinal, nem tudo é tão mau como parecia.

Senhas de presença em Coimbra

Encarnação considerou que «aquela ideia dos boys é absolutamente tola, ridícula e absurda», garantindo que «as pessoas vêm aqui por vontade de servir». No caso dos SMTUC e da Turismo de Coimbra, o presidente do município revelou que, «tirando Manuel Oliveira que recebe como administrador-delegado, os restantes recebem apenas senhas de presença».
(in "Diário de Coimbra" de hoje)

Lemos e ficamos sem saber nada.
Quanto é o valor de cada senha de presença? Vinte euros? Cinquenta euros? Duzentos e cinquenta euros? Quinhentos euros?
Presença em quê? Reuniões, provavelmente. E quantas reuniões há? Uma por ano? Uma por mês? Uma por quinzena? Uma por semana?

Eis o exemplo perfeito de uma informação que... pouco informa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FC Porto sem jogar 18 dias!

O último jogo oficial do FC Porto foi na Madeira, a 8 de Novembro. Depois de amanhã, 17 dias depois, os portistas recebem o Chelsea. Será que vão acusar falta de ritmo competitivo?

Manuel Alegre: «É preciso repor a decência»

«É preciso repor a decência na nossa vida política, assim como restabelecer a confiança e credibilização das instituições. Este deve ser o discurso de quem quer uma vida democrática sã. Os responsáveis políticos e da justiça não se podem misturar».
(Manuel Alegre, hoje)

Admirador de Manuel Alegre e de muitas das suas opções, fico com uma dúvida: a quem se estaria ele a dirigir?
E ocorre-me agora uma outra dúvida: esta intervenção não deveria ser repetida numa daquelas reuniões plenárias do Partido Socialista?

Assino!

MANIFESTO ANTI-SILÊNCIO NA CÂMARA DE COIMBRA

O silêncio político de uma cidade é prenúncio da sua morte.


Uma cidade que aceita que o seu governo troque a abertura e o escrutínio público pela decisão fechada, tomada entre as quatro paredes duma sala de sessões, é uma cidade que vende o futuro.


Ocultar a face sobre a forma como as decisões são tomadas em nosso nome é renegar todo um passado de abertura e transparência, é um inaceitável comportamento político redutor da qualidade da democracia e indutor da suspeição e da desconfiança.
Uma cidade onde o presidente manda e os vereadores obedecem, cozinham acordos ou dormem sobre os dossiers não é uma cidade de futuro.


Fazer da Câmara de Coimbra um bunker onde se decide em segredo, afastando os jornalistas da reuniões do Executivo, não consta de nenhuma das propostas eleitorais que sufragámos nas recentes eleições e impedir os jornalistas de assistir às reuniões da Câmara – prática seguida em sucessivos mandatos – não foi um compromisso eleitoral anunciado, nem uma intenção manifestada.


Calar vereadores e silenciar a comunicação social é um acto de medo e de censura numa cidade onde se canta liberdade.


Os signatários querem continuar a saber como decidem os eleitos locais em sua representação e não aceitam o esbulho a esse direito pelo que se manifestam:


• Pela transparência autárquica na sua cidade;


• Pela presença da comunicação social nas sessões da Câmara;


• Contra o silêncio político na Câmara de Coimbra.


Coimbra, 20 de Novembro de 2009

Os signatários,
João Silva


Obviamente, eu também assino.

Vem aí muito frio

(clique na imagem para ampliar)

Previsão do tempo para os próximos dias em Coimbra.
Brrrrrrr!

domingo, 22 de novembro de 2009

Obrigatório ler

(clique na imagem para ampliar)

Não houve golos depois da 2.ª parte

O prémio para a maior "calinada" do fim-de-semana vai para esta frase verdadeiramente espectacular: «Os golos chegaram apenas na segunda parte e chegaram todos na segunda parte.»

(clique na imagem para ampliar)

Magistrados no sanatório?... :)

«Se Pinto Monteiro tivesse decidido o contrário, seria um "adversário de Sócrates", um ressabiado, um ranhoso, etc. É assim o extremo respeito pelo "estado de direito". Também é necessário saber em que sanatório vão ser internados os magistrados de Aveiro e de Coimbra.
Resta dizer que Pinto Monteiro não poderia ter decido de outra forma. A única coisa que sabemos de ciência segura é que o PGR sabe de tudo isto desde Julho. E em Setembro houve eleições.»

(Filipe Nunes Vicente, no "Mar Salgado")

«Ser Vara, o Rato Mickey ou um irmão metralha...»

O bordel dos assalariados da alta gestão

Os rendimentos dados a conhecer ontem no Correio da Manhã do camarada e amigo Armando Vara são de ficar de boca à banda. Calculávamos que o esperto ganhava bem, eu nunca imaginei que fosse um tamanho euromilhões.

O que abala ainda mais todo este estado de cangalhada a que chegou o país não é um gestor ser pago a peso de ouro. Um gestor que faz crescer uma empresa, cria postos de trabalho e gera dinheiro deve ganhar na proporção do seu desempenho. Aliás, o mesmo se deve aplicar a um trabalhador. Deve ganhar em função da mais-valia que produz. Agora um gestor que foi posto no lugar por razões políticas, que não tem curriculum profissional para o cargo e que tem a tarefa facilitada por não ser a sua acção que vai melhorar ou piorar a empresa, é um escândalo total honorários da estratosfera.
Estar num lugar confortável de um banco, ser Vara, o Rato Mickey ou um irmão metralha não deverá fazer grande diferença para o banco.

(Luis Carvalho, imparável como sempre, no "Instante fatal")


Bruno Paixão: um mau árbitro

(foto do "Público")

Bruno Paixão é, em minha opinião, um dos piores árbitros portugueses.
Por isso, a decisão de não efectuar o Oliveirense-FC Porto pode ser outros dos erros em que a sua carreira tem sido fértil.
Há, portanto, que escrutiná-la ao pormenor: as marcações não eram visíveis?... A bola flutuava?...
Qual terá sido o motivo para a não realização do jogo?

Ouvi há pouco, na televisão, adeptos da Oliveirense a afirmarem que, no domingo passado, o campo estava em piores condições e o jogo realizou-se.

A obrigação primeira de um árbitro é realizar o jogo e levá-lo até ao fim.
Foi isso, aliás, que sucedeu em Tóquio, num campo completamente coberto de neve, quando os portistas venceram a Taça Intercontinental. Eu vi.

Não me espanta nada que Bruno Paixão tenha cometido (mais) um erro.

sábado, 21 de novembro de 2009

Aproveitar o capitalismo

Vivemos numa sociedade capitalista. Injusta e desigual. Mas também com aspectos positivos.
Como em tudo na vida, o que há a fazer é conhecer-lhe as "manhas" e tentar aproveitá-las. Remar contra a corrente, afinal.

Não comprei telefone móvel a centenas de contos. Também não o tive logo no início, é certo. Mas quando comprei o primeiro telemóvel gastei pouco. E agora ando com um há quatro anos que me custou 75 euros, grava video, tira fotos com qualidade para imprimir um poster, permite-me ouvir rádio e serve para fazer e atender chamadas, afinal a verdadeira função de um telemóvel.

Em meados do ano passado decidi-me a comprar o primeiro "televisor plano". Um LCD, topo de gama, "full HD", que me custou menos do que o primeiro televisor a cores, comprado quando "montei casa", em meados de 1980. O segredo? Esperar três ou quatro anos, não querer ter logo o que está na moda, aguardar que a tecnologia baixe de preço e ficar com um aparelho mais moderno e... muito mais barato.

No último Natal ofereci-me um portátil. Linha média-elevada. Para mim, e para o que dele utilizo, uma autêntica "bomba".
Identificado o alvo, depois de muitas "reviews" consultadas na internet, houve que escolher o local onde seria possível adquiri-lo mais barato. Em Coimbra havia um estabelecimento a praticar um preço agradável.
Fui lá na tarde de 24 de Dezembro. O portátil estava marcado 899 euros. Acabei por não comprar. Voltei lá três dias depois, a 27. Comprei-o por 599 euros.

Anteontem, ao passar noutro estabelecimento, vi um GPS que me interessou. Écran grande (XL), mapas de quase todos os países europeus, garantia de "mapa mais recente" e um preço atraente: dos 249 euros iniciais passara para 99 euros. Peguei nele.
Chegado à caixa, diz-me o funcionário: «São 74 euros!». E eu: «Olhe que está marcado 99...». E ele: «Mas hoje há uma promoção de 25 por cento».
Intrigado, comentei: «Estão a querer ver-se livres dos aparelhos de qualquer modo...». E ele: «Esses GPS são uma "oferta especial de Inverno", mas do Inverno do ano passado».

Hoje, liguei o aparelho ao computador e actualizei o programa e o mapa da Europa para as versões mais recentes. As actuais. Sem pagar nada, porque é um serviço disponibilizado gratuitamente pelo fabricante.
Enquanto a actualização decorria, mais de duas horas!, fui passando os olhos pelo "site" e fui vendo o preço do que vinha na caixa e me custara 74 euros. Assim: suporte a 24,95 euros, cabo de ligação por 14,95 euros, bolsa de transporte por 14,95 euros e o mapa a 79,95. Total: 134,80 euros.
Ou seja, paguei praticamente metade por tudo isto, ainda faltando incluir os valores do cabo usb e do aparelho propriamente dito!

A sociedade capitalista tem muitos males. Há que saber aproveitar o que tem de bom.