sábado, 21 de março de 2009

Árbitro decidiu

Provou-se hoje, mais uma vez, aquilo que aqui tenho escrito: a grande maioria dos árbitros do 1.º escalão não têm a categoria mínima indispensável, mesmo que ostentem as insígnias da FIFA.

Três considerações complementares:

1. O grupo de árbitros do 1.º escalão é o resultado das avaliações de delegados técnicos e observadores, ao longo dos últimos anos, que culminam com as risíveis classificações finais. É tempo de mudar de pessoas e de métodos.

2. Sou adepto do recurso à tecnologia para decidir casos de dúvida. Assinei há muito a petição "Pela verdade desportiva", onde tenho o n.º 182 (neste momento, são 7.715 os subscritores). [Hoje teria sido muito fácil - e muito rápido - provar que não existia motivo para grande penalidade.]

3. A "Taça Carlsberg" é um grande convite para beber... Sagres. Depois da trapalhada com o "goal-average" (envolvendo Belenenses, Guimarães e a Liga de Clubes) nada melhor do que uma final como esta.


PS - Como bem sabe quem me conhece, não sou adepto de nenhum dos "grandes". Aliás, sou sobretudo adepto do futebol. E da verdade. E dos valores.

Poder da Imprensa: o caso do provedor de Justiça

A entrevista do provedor de Justiça à "Visão" desencadeou um autêntico terramoto político.
É este o poder da Imprensa: divulgar aquilo que alguns gostariam de esconder.

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Este assunto do provedor de Justiça parece-me muito mal explicado.
Manuela Ferreira Leite afirmou que o PS fez uma «inusitada indicação de nomes sucessivos».
Alberto Martins (está tão diferente...) informou que o PS quer Jorge Miranda a exercer o cargo.
Em que é que ficamos?
Ferreira Leite faltou à verdade?
Rui Alarcão e António Arnaut foram, ou não, indicados também pelo PS?
Quantos mais nomes vão ainda os socialistas indicar?
Há dias específicos para a sugestão de nomes? As terças e as quintas-feiras, por exemplo?

Conclusão: outra trapalhada.

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Finalmente, Nascimento Rodrigues tomou a atitude que há muito se impunha: abandona o cargo no fim do mês.
É de homem!
(Tenho para mim que é sempre melhor uma boa ruptura que um mau consenso.)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Olá, Primavera!

Tiago Bettencourt - Pó de Arroz (Tributo a Carlos Paião)

Tenham um bom fim-de-semana.
E façam o favor de serem felizes.

A verdade da promessa de Sócrates

Recorrer à moratória agrava custos do crédito à habitação
Considerando uma família com um crédito a decorrer há dois anos e que passa a beneficiar da redução de 50% da prestação durante 21 meses, o encargo mensal diminui. No final do contrato, o custo total do empréstimo será 1,27% mais alto do que se não tivesse existido moratória.

Actualidade em recortes

"Recortes" e pequenas frases: uma forma diferente de comentar a actualidade política. Para ler os "recortes", deve clicar nas imagens (para ampliá-las). As notícias estão disponíveis no "site" da TVI 24. O resto é folclore.


Sem comentários. O provedor disse tudo.


Não percebo a ideia de Mário Soares. Mudar... votando nos que lá estão? Creio que votar é ajudá-los a perpetuarem-se no poder.
A minha ideia é diferente: não votar. Se os partidos se apresentarem às eleições com "cromos repetidos", estou seriamente convencido a não pôr lá os pés. Talvez a vergonha os faça sair. Sei que é difícil fazê-los ter vergonha, mas não vejo outra solução. A não ser outro 25 de Abril.


Ontem recebi um convite para me inscrever neste espaço.
Livra!



Hoje tomei conhecimento que alguém registou o "site" com o nome Sócrates com acento. Os socialistas esqueceram-se de o fazer e a "oposição" aproveitou.
Bem apanhado!



Quem sou eu para desmentir tão distinto militante do PS...



O computador que é tão português como eu sou alemão continua a ser um bom exemplo das "trapalhadas" do actual Governo.

Democracia... deles

Acabo de ouvir, na "Quadratura do Círculo" (SIC Notícias), António Costa referir-se várias vezes a uma regra existente num acordo entre PS e PSD para a partilha de nomeações para altos cargos públicos.

«O que a regra diz é que...», «A regra está em vigor...», a regra para aqui, a regra para ali.
E o dirigente socialista falava com a maior naturalidade sobre algo que não está escrito e que constitucionalmente não existe.

Eis um bom exemplo da forma como o denominado Bloco Central "privatizou" a Democracia e a tornou "coisa" deles.
É cada vez mais urgente mudar de protagonistas e acabar com estas negociatas. Estas e outras.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ar de jovem

Scorpions - Still Loving you Live (2008)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu queria outro país

«Eu queria outro país, outro lugar/(...) Ainda que me digam/que vivemos em democracia eu digo/que não sei.»

Que grande texto!

Diário de Coimbra de hoje

(clique na imagem para ampliar)

Mensagem para a Câmara Municipal


Acabo de enviar à Câmara Municipal de Coimbra a seguinte mensagem de correio electrónico:
«Exmos. Senhores,
Como cidadão (e, sobretudo, como multi-contribuinte) do município de Coimbra, solicito informação sobre o motivo que leva a que a rua onde moro (Rua da Liberdade, que liga o Bairro do Ingote ao Bairro de S. Miguel, junto à Estrada de Eiras) não é varrida regularmente.
Moro lá há 13 anos e nunca me apercebi, desde então até hoje, que os serviços de limpeza façam a respectiva varredura, ao contrário do que acontece na generalidade da cidade.
Antecipadamente grato por uma resposta, apresento os melhores cumprimentos.
Mário Martins
Cidadão eleitor n.º A-5896 / Eiras»

Aguardemos a resposta.

O mundo é a nossa casa

Playing For Change: Song Around the World
"Stand by me"


Escreveu o Octávio: «Comecem bem o dia. Está demais este clip. Muito bom! Aproveitem o melhor que tenho ouvido...»
Tem razão, o Octávio.
É fabuloso!!!

Há "Coisas Pequenas" que são grandes

Madredeus - Coisas Pequenas

terça-feira, 17 de março de 2009

A net, essa malvada...

Um dos receios das forças democráticas é a tomada de controlo dos media independentes pelo poder socratino, cujo principal segredo é o controlo directo (veja-se o lançamento do diário i) e indirecto dos meios de comunicação social. Só mediante esse controlo de rédea curta é que foi possível manter a farsa da túnica linda do rei que ia nu.

Nesse controlo há quem estranhe a independência do grupo Prisa em Portugal face ao Governo. Porém, fechados sobre os problemas domésticos, descura-se a análise do contexto internacional.

A TVI (e o grupo Media Capital) é agora a jóia da Prisa, batida por problemas muito sérios e de difícil solução em Espanha. Zapatero quer a pele deles porque, apesar da tradição pós-franquista de apoio ao PSOE, acha que colaboraram subtilmente com Aznar até à noite de 13 de Março de 2004. Por isso, lançou-lhes em cima do Plus dois canais televisivos e ainda o diário espanhol Público, não se abstendo, além disso, de intervir na sucessão do grupo após a morte de Jesús de Polanco.

Não é que a Sócrates falte a vontade de controlar todos os media - e assim tentar inverter o rumo da TVI e do Sol. Mas estamos num tempo tecnológico que não consente a concretização dessa veleidade. Como temos explicado, existe a net...

O chico-esperto

Um texto que merece ser lido. Aqui.

Trabalho educativo

Para ler aqui.

Que raio de Democracia é esta?

A sociedade democrática organiza-se sobre alguns pilares. A liberdade, a representatividade e o primado da vontade do Povo são alguns deles.

O Governo legitimamente eleito tem o poder de governar, a Assembleia da República tem (se não o exerce, o problema é dela...) o poder de fiscalizar a acção governativa, os sindicatos o poder de representar os cidadãos que o desejem e estes o poder (e o direito) de se manifestarem.
São meros exemplos. Outros poderiam ser escritos.

Quando o primeiro-ministro desvaloriza o valor intrínseco de uma manifestação de 200 mil pessoas, que legitimamente contestam as opções governativas, algo vai mal no regime democrático.
Se governar é servir, os responsáveis políticos devem estar atentos à vontade daqueles que são objecto da acção governativa.

Prometer e não cumprir é um crime que tem passado incólume, mas que enfraquece o regime democrático. Não ouvir a vontade dos cidadãos é outra brecha no edifício da Democracia.

Virar as costas a largos sectores da população, mesmo que isso não tenha custos políticos imediatos, significa que a Democracia está doente.

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- Então, por aqui? Também vais à manifestação?
- Vou lutar pelos meus direitos.
(diálogo na área de serviço de Pombal da A1, na manhã da passada sexta-feira)

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Felizmente, o edifício democrático (ainda?) garante possibilidades de defesa perante a "máquina do Estado", que não raras vezes acaba por se assumir como a "máquina do Governo".
Tomei ontem conhecimento de um organismo - a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos - que ajuda à transparência das decisões dos poderes públicos.

Trata-se de «uma entidade pública independente, que funciona junto da Assembleia da República e tem como fim zelar, nos termos da Lei, pelo cumprimento das disposições legais referentes ao acesso à informação administrativa».

Aconselho a consulta às deliberações, disponíveis "on line".
E, obviamente, o recurso a este serviço democrático.

PS - Uma das últimas deliberações diz respeito a uma entidade de Coimbra. A FCTUC foi obrigada a «facultar ao queixoso o acesso aos solicitados currículos e comprovativos apresentados pelos candidatos» (Parecer n.º 38 de 2009).

Correio pessoal

«Agradeço-te a opção de não acabar (ou hibernar) o blog. Continua. E com aquela frontalidade que te é peculiar. J.»

Aquele abraço, amigo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Lição!

"Prolongamento" na TVI 24.
Pôncio Monteiro (FC Porto) faz ironia com o valor do "passe" de Mantorras (Benfica).
Eduardo Barroso (Sporting) dá uma lição de moral (e de grandeza) ao comentador portista.
Diz-lhe, em suma, que é feio fazer "chalaça" com o infortúnio de um jogador. Cala-o.
(E, como se dizia antigamente, «O pano cai, envergonhado».)

Há algo de novo no ar.

Parar... continuar...

Por vezes sinto a tentação de suspender (ou extinguir) o blogue.
Parecendo que não, um blogue como este, de uma só pessoa, exige que me lembre dele todos os dias, por respeito aos que diariamente aqui se deslocam.

É verdade que escrever no blogue me dá gozo.
Também é verdade que, agora que trabalho numa publicação mensal, sentia falta da "obrigação" de escrever todos os dias - embora as obrigações do "bloguismo" diário sejam bem diferentes das do jornalismo frenético que desenvolvi durante duas décadas e meia.

Mas apesar de todos estes "prazeres", por vezes sinto vontade de acabar com o blogue. Ou, pelo menos, de o fazer "hibernar" por uns meses.
Já pensei nisso algumas vezes.
No entanto, quando estou quase a decidir-me pelo fim do blogue, aparece a bailar no espírito a justificação mais simples, talvez a mais parva, de todas as (auto-)justificações possíveis: manter o blogue é também um acto de cidadania.

E por cá tenho continuado, tentando respeitar o princípio da actualização diária.

No final da semana passada, uma mensagem ajudou a aliviar a tensão.
Diz assim:
«Meu caríssimo Mário,
Foi com prazer que li no último n.º do CENTRO a sua crónica.
Não posso, nem devo, deixar passar a oportunidade para o felicitar pelo escrito ... e não lhe doa a mão para escrever com frontalidade.
Um abraço,
.........................»

A mensagem, como é evidente, fez-me "sentir bem".
Pelo conteúdo e, ainda mais significativo, por ter sido enviada por um meu ex-professor do Liceu D. João III.

Muito obrigado.
Bem-haja, professor.

Fim de tarde

Pedro Barroso - Menina dos Olhos de Água


Menina,
Em teu peito sinto o Tejo
e vontades marinheiras de aproar.
Menina,
Em teus lábios sinto fontes
de água doce que corre sem parar.
Menina,
Em teus olhos vejo espelho
e em teus cabelos nuvens de encantar.
E em teu corpo inteiro sinto o feno,
rijo e tenro que nem sei explicar.

De regresso

Praia de Mira, ontem, ao princípio da tarde

Após quatro dias de não actualização do blogue, em honra (e memória) de um antigo companheiro de trabalho, eis-me de regresso.

Estou a preparar um "site" exclusivamente dedicado às notícias e testemunhos sobre o João Mesquita, onde publicarei a minha homenagem póstuma e, eventualmente, divulgarei alguma correspondência trocada a propósito do livro "Académica - História do Futebol".

Entretanto, a vida continua.