sábado, 12 de setembro de 2009
Quantos papéis exibiu Sócrates?
Esta: quantos papéis exibiu Sócrates perante as câmaras?
Legislativas: a previsão
Em primeiro lugar, convém recordar os resultados das “legislativas” de 2005 e das recentes “europeias”.
PS – 45,05%
PSD – 28,70%
PCP – 7,56%
CDS – 7,26%
BE – 6,38%
Inscritos – 8.785.227
Abstenção – 3.072.800 – 34,98%
Brancos – 103.573 – 1,81%
Nulos – 63.780 – 1,12%
PSD – 31,71%
PS – 26,58%
BE – 10,73%
CDS – 8,37%
Inscritos – 9.684.714
Abstenção – 6.123.212 – 63,23%
Brancos – 164.917 – 4,63%
Nulos – 71.158 – 2%
Sou de opinião que, de uma forma global, os resultados do próximo dia 27 serão semelhantes aos das “Europeias” de Junho passado, com algumas “nuances”:
PS – mantém / sobe ligeiramente
BE – desce / mantém
PCP / CDU – sobe
CDS – sobe
Em síntese, creio que as maiores subidas acontecerão nos extremos (CDS e CDU) e que o Bloco vai parar a subida (iniciando o “esvaziamento?).
Mais algumas ideias sobre as eleições...
PS – José Sócrates radicalizou de tal forma a acção governativa que não há reviravolta possível. Não é de um momento que polícias, juízes, médicos e professores (para apenas falar de alguns dos grupos profissionais mais visados pelo Governo socialista) vão mudar de opinião. O sentimento de contestação ganhou tais raízes na sociedade que a queda eleitoral do PS é inevitável. E as sucessivas “trapalhadas” que envolveram o Governo (e Sócrates) mais não fazem do que acentuar esse sentimento.
PSD – Apesar das “gaffes” de Manuela Ferreira Leite, da (muito discutível) qualidade das listas de deputados, das questões éticas subjacentes à escolha de alguns candidatos a parlamentares, das incoerências várias, do “episódio da Madeira”, etc., etc., o PSD pode melhorar ligeiramente o resultado de Junho. Mas perde uma oportunidade histórica para – eventualmente – chegar “às portas” da maioria absoluta. Aspecto importante para os resultados: o estilo diferente da líder social-democrata.
CDS – O principal beneficiário dos erros do PSD. A subida é limitada pelos resultados da acção governativa de Paulo Portas.
CDU – Beneficiará dos descontentes do PS que não se revêem na demagogia bloquista. E nos “eleitores sem partido” que querem ver premiada a coerência comunista.
BE – Tanto mais enredado nas próprias contradições quanto maior é o seu peso eleitoral, o Bloco deverá ter atingido a sua máxima expressão eleitoral. O que pode significar o fim da liderança de Francisco Louçã.
Abstenção menor do que em Junho, mas (bem) maior do que em 2005.
Brancos e nulos a subir.
A concluir...
Trata-se apenas de uma opinião. A minha. Construída a partir do que ouvi, vi e li ao longo dos últimos meses. E que tenho por correcta há muito tempo, até porque não acredito na eficácia das campanhas eleitorais. Creio que a esmagadora maioria do eleitorado há muito que decidiu em quem vai (ou não vai) votar. E até se vai perder tempo a deslocar-se à secção de voto.
Post Scriptum - Este fim-de-semana surgiram várias sondagens. Vi-as. A previsão que apresento, porém, já estava delineada há muito. Vale o que vale. (E sabe-se como foi com as sondagens em Junho...)
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Pérolas eleitorais (VIII)
«Você é fã? Mas eu não o vi naquela vigília: "Queremos a Manuela [Moura Guedes] de volta"».
José Sócrates para Francisco Louçã, momentos antes do debate na RTP.
Pérolas eleitorais (VI)
(Manuela Ferreira Leite, dirigindo-se a Judite de Sousa, no debate na RTP)
A minha (sondagem) previsão
1 PR, 2 SE e 1 GC
Apesar da informalidade, o Presidente da República tinha à sua espera dois secretários de Estado e a governadora civil.
Se a presença da governadora pode ter alguma lógica, não se percebe o que lá estavam a fazer os dois "ajudantes de ministro".
O que vale é que daqui a 15 dias haverá eleições.
Caso contrário, teria a sua graça ver Cavaco Silva a "arrastar" o Governo para os locais que ele quisesse. Seria a modos de "presidências abertas" ao contrário.
Pérolas eleitorais (V)
Carolina Patrocínio, com 17 anos em Fevereiro de 2005 (data das últimas eleições legislativas), diz que nas legislativas votou «sempre PS».
Pérolas eleitorais (IV)
(Emídio Rangel, jornal "Sol" de hoje)
Novo diário em Coimbra
Há mais de uma década que prevejo o aparecimento de um terceiro jornal diário em Coimbra. Há muita gente que já me ouviu dizê-lo.
A verdade é que a longa crise económica que atravessamos (e que atinge de forma bem dura os nossos vizinhos espanhóis...) tem adiado a concretização daquilo que julgo ser inevitável.
Entretanto, ontem, a novidade: aí está um terceiro diário em Coimbra, em versão (para já?...) unicamente digital.
Convido-vos a fazer uma visita.
Lá estarei, de vez em quando.
Mais um...
Mais um exemplo da célebre "teoria do eucaplito".
Há, na verdade, quem consiga secar tudo à sua volta...
Entretanto, o deserto (há quem lhe chame mediocridade) avança.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A capa do dia
Pérolas eleitorais (III)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Como se eu fosse muito burro
Expliquem-me lá de que poder é que ela abusou.
Ela não é membro de governo nenhum, que eu saiba. É apenas dirigente partidária.
Expliquem-me lá, por favor. Mas expliquem-me como se eu fosse muito burro.
Saudades...
Há precisamente 11 anos, no mês de Setembro de 1998, Lisboa foi destino repetido.
Uma vez e outra... a "Expo 98" chamava-me.
Inesquecíveis os momentos que vivi na noite em que a exposição encerrou. Meia noite, junto ao Oceanário, o fabuloso espectáculo de luz e som. Uma hora depois, quando terminou, no semi-escuro, uma multidão grandiosa (dezenas e dezenas de milhar de pessoas) começou inesperadamente a gritar a plenos pulmões... POR-TU-GAL.
É das sensações mais bonitas que vivi. Guardá-la-ei para sempre.
Debates... em família
Este foi, até ao momento, o segundo debate mais visto. Em termos de audiência, continua a liderar o frente-a-frente Sócrates - Paulo Portas (CDS/PP), exibido dia 2 de Setembro na TVI, que cativou 1.439.900 telespectadores, com um share de 42%.»
Comparando os números, verifica-se que, pelo menos, 8.000.000 de eleitores voltam as costas aos debates. Significativo.
O verdadeiro debate
Se se tiver em consideração o ranking dos 16 países que integram actualmente a Zona Euro, verifica-se que Portugal foi ultrapassado por sete países, tendo passado, no período em análise, do 5.º para o 12.º lugar.»
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Debate Sócrates-Louçã... no twitter
A actual classe política é formada por personagens de 2.º plano. Faltam "primeiras figuras". Nem uma ideia sobre Portugal!!!
Quais são as soluções para o desemprego? (Sócrates para Louçã)
É um "talvez" que já ultrapassa as 500.000 pessoas. PESSOAS.
Não ponha as coisas assim: mentira ou verdade (Sócrates para Judite)
Eu acho que o eng. Sócrates não percebe à primeira, mas eu explico duas vezes (Louçã)
Sócrates não responde à pergunta da entrevistadora. Pede desculpa... mas não responde. E continua a ler programa do BE.
Comentários do dia
«Deplorável...
...é o desplante a que chegaram os políticos portugueses. A TVI tem o seu estilo (de que não comungo) mas é um órgão de comunicação de um País democrático. Não é passível de crítica política! Existe um regulador e existem tribunais. A esquerdalha (não confundir com esquerda) ainda não se habituou à democracia.»
«Deplorável é a classe política e a partidocracia Portuguesa. Para a qualidade de políticos que temos, podemos afirmar que a M.M. Guedes até é simpática.»
Citação do dia
Sem ideias novas nem projectos de rasgo, sem coragem, sem ideologia política, sem ambição, vamos continuar a fazer do país um palco para práticas revisteiras.»
Recortes do dia
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Política a sério
Quando, em Abril de 2002, Durão Barroso tomou posse do XV Governo Constitucional, cada português “tinha” uma dívida para com o Estado de cerca 7.400 euros (Dívida Pública: 73,6 biliões de euros). Em Março de 2005, com a posse do XVII Governo Constitucional (liderado por José Sócrates), essa dívida já ascendia a 9.300 euros.
A tomada de posse do XVIII Governo Constitucional só será realizada dentro de alguns meses, mas a dívida será, certamente, acima dos 12.900 euros (Julho de 2009)…
FONTE: "O Insurgente"
Tudo isto é triste
É difícil, confesso, mas todos os dias faço um esforço maior para acreditar na inocência de Sócrates nos múltiplos casos: do canudo ao fim do Jornal Nacional, da tentativa de compra da TVI pela PT ao Freeport, sem nunca esquecer o falso relatório da OCDE. Ou o caso das criancinhas pagas para a abertura do ano lectivo no CCB. Ou das crianças de castelo de Vide que foram filmadas para um tempo de antena do PS, com o apoio à produção do próprio Ministério da Educação. Ou de muitos outros casos que haveria a recordar.
Hoje pedem-me para acreditar que a "cassete" com o depoimento de Carlos Pimenta foi um erro. Que foi mais uma coincidência e conjunção de factores a que Sócrates é alheio.
Eu digo que sim, digo que seria demasiado estúpido passar um depoimento falso numa convenção. Ou um relatório de uma organização internacional, ou usar um título que não se tem... sobretudo quando falamos de alguém com tanta responsabilidade.
Claro. Para quê desconfiar de Sócrates?
Ele não deve ter nada a ver com isso.
Isso seria muito estúpido.»
domingo, 6 de setembro de 2009
O que é que Lacão quer dizer?
TVI: «Somos tolerantes, mas não nos peçam para sermos parvos», disse Jorge Lacão (in "Público").
Importa-se de explicar, sôtor?
«O "socretismo" reuniu-se - ainda lá estão - no Coliseu. Aquilo não é bem o PS. Apesar de desgravatado, é o pior PS em trinta e cinco anos de regime que se junta para honrar o admirável líder.»
Portas tem razão
Sustentou que existe, em muitos casos, "um subsídio à preguiça", e quis saber "porque é que quem recebe o rendimento mínimo não recebe em géneros ou não tem uma obrigação de trabalho perante a comunidade?".»
Ou melhor: 1.000% de acordo.
A licença da TVI
A suspensão do "Jornal Nacional", dizem-no personalidades ilustres, foi ilegal.
Pergunta:
Será renovada a "licença de operador televisivo" da TVI?
TVI: política e ilegalidade
Citações (TVI e não só)
(Eduardo Cintra Torres)
«Aquele homem que se entreviu no final do debate é o líder político com o currículo mais martelado e equívoco que a história deste País conheceu desde o advento do constitucionalismo. Logo, discutir a sua credibilidade é uma questão política de primeira grandeza.»
(Carlos Abreu Amorim)
«Este PS-Governo é muito perigoso para a liberdade. Até o seu fundador está preso nesta teia, por razões que têm sido referidas. Ao reduzir a censura anticonstitucional, ilegal e protofascista do JN6ª a um caso de gestão, Soares desceu ao seu mais baixo nível político. É vergonhoso que seja ele, o da luta pela liberdade, a dizer uma coisa destas. Será que em 1975 o República também foi calado só por “razões de empresa?»
(Eduardo Cintra Torres)
«Destruição recorde de emprego. Foram destruídos 16.700 empregos por mês no primeiro semestre. Um número recorde desde que começaram a ser calculadas as séries do INE. Actualmente, Portugal tem, pela primeira vez, mais de 500 mil desempregados»
("Expresso", 5 de Setembro de 2009)