Em primeiro lugar, convém recordar os resultados das “legislativas” de 2005 e das recentes “europeias”.
Eleições Legislativas (2005)
PS – 45,05%
PSD – 28,70%
PCP – 7,56%
CDS – 7,26%
BE – 6,38%
Inscritos – 8.785.227
Abstenção – 3.072.800 – 34,98%
Brancos – 103.573 – 1,81%
Nulos – 63.780 – 1,12%
PS – 45,05%
PSD – 28,70%
PCP – 7,56%
CDS – 7,26%
BE – 6,38%
Inscritos – 8.785.227
Abstenção – 3.072.800 – 34,98%
Brancos – 103.573 – 1,81%
Nulos – 63.780 – 1,12%
Eleições Europeias (2009)
PSD – 31,71%
PS – 26,58%
BE – 10,73%
CDS – 8,37%
Inscritos – 9.684.714
Abstenção – 6.123.212 – 63,23%
Brancos – 164.917 – 4,63%
Nulos – 71.158 – 2%
PSD – 31,71%
PS – 26,58%
BE – 10,73%
CDS – 8,37%
Inscritos – 9.684.714
Abstenção – 6.123.212 – 63,23%
Brancos – 164.917 – 4,63%
Nulos – 71.158 – 2%
Sou de opinião que, de uma forma global, os resultados do próximo dia 27 serão semelhantes aos das “Europeias” de Junho passado, com algumas “nuances”:
PSD – sobe ligeiramente
PS – mantém / sobe ligeiramente
BE – desce / mantém
PCP / CDU – sobe
CDS – sobe
PS – mantém / sobe ligeiramente
BE – desce / mantém
PCP / CDU – sobe
CDS – sobe
Em síntese, creio que as maiores subidas acontecerão nos extremos (CDS e CDU) e que o Bloco vai parar a subida (iniciando o “esvaziamento?).
Mais algumas ideias sobre as eleições...
PS – José Sócrates radicalizou de tal forma a acção governativa que não há reviravolta possível. Não é de um momento que polícias, juízes, médicos e professores (para apenas falar de alguns dos grupos profissionais mais visados pelo Governo socialista) vão mudar de opinião. O sentimento de contestação ganhou tais raízes na sociedade que a queda eleitoral do PS é inevitável. E as sucessivas “trapalhadas” que envolveram o Governo (e Sócrates) mais não fazem do que acentuar esse sentimento.
PSD – Apesar das “gaffes” de Manuela Ferreira Leite, da (muito discutível) qualidade das listas de deputados, das questões éticas subjacentes à escolha de alguns candidatos a parlamentares, das incoerências várias, do “episódio da Madeira”, etc., etc., o PSD pode melhorar ligeiramente o resultado de Junho. Mas perde uma oportunidade histórica para – eventualmente – chegar “às portas” da maioria absoluta. Aspecto importante para os resultados: o estilo diferente da líder social-democrata.
CDS – O principal beneficiário dos erros do PSD. A subida é limitada pelos resultados da acção governativa de Paulo Portas.
CDU – Beneficiará dos descontentes do PS que não se revêem na demagogia bloquista. E nos “eleitores sem partido” que querem ver premiada a coerência comunista.
BE – Tanto mais enredado nas próprias contradições quanto maior é o seu peso eleitoral, o Bloco deverá ter atingido a sua máxima expressão eleitoral. O que pode significar o fim da liderança de Francisco Louçã.
Abstenção menor do que em Junho, mas (bem) maior do que em 2005.
Brancos e nulos a subir.
A concluir...
Trata-se apenas de uma opinião. A minha. Construída a partir do que ouvi, vi e li ao longo dos últimos meses. E que tenho por correcta há muito tempo, até porque não acredito na eficácia das campanhas eleitorais. Creio que a esmagadora maioria do eleitorado há muito que decidiu em quem vai (ou não vai) votar. E até se vai perder tempo a deslocar-se à secção de voto.
Post Scriptum - Este fim-de-semana surgiram várias sondagens. Vi-as. A previsão que apresento, porém, já estava delineada há muito. Vale o que vale. (E sabe-se como foi com as sondagens em Junho...)
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