sábado, 28 de novembro de 2009

«Temos gente que não presta...»

«O país constatou que em algumas universidades funcionavam verdadeiros gangues, gente sem escrúpulos organizada em termos de associação criminosa.
Foi isto o que se passou na área do ensino superior privado.»


«Só que ao escândalo do BCP seguiu-se o do BPN e a este o do BPP. E, aqui, toda a área ficou sob suspeita.
Tal como sucedeu nas universidades – em que, depois de conhecidas as fraudes, só as públicas e a Católica não passaram a ser olhadas com desconfiança –, na banca portuguesa só a Caixa Geral de Depósitos não foi afectada pela hecatombe.»


«Ora, tal como sucedeu nas duas áreas anteriores, depois de o futebol ter sido entregue a si próprio não tardou muito a que começasse a falar-se de escândalos.
O mais célebre foi o Apito Dourado, mas muitos outros ocorreram envolvendo árbitros, dirigentes e presidentes de Câmara: José Guímaro, Pimenta Machado, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, José Eduardo Simões, etc., etc.»


«Todos os países podem ter melhores ou piores Governos.
Mas os países só podem verdadeiramente andar para a frente se tiverem boas elites.
Se, nos sectores vitais da sociedade, houver gente capaz, séria, competente e empreendedora.
Ora em várias áreas-chave temos tido demasiada gente que não presta.
Gente que não hesita em recorrer à fraude, à corrupção, à usura para alcançar os objectivos.»


São quatro excertos do "Editorial" de sexta-feira do jornal "Sol", da autoria de José António Saraiva. Um texto brilhante, que pode ler na íntegra aqui.

Susan Boyle em vez da corrupção

Valha-nos Deus! O país está transformado num enorme pântano, sendo praticamente impossível identificar referências ético-morais. Olhamos para um lado, olhamos para o outro, e o que vemos é gente sem princípios, sem valor, um "vale-tudo" que enoja até a mais calma das pessoas.
Olho para eles - sejam titulares de grandes fortunas ou de altos cargos, distribuidores de prebendas ou meros patifes que deveriam estar na prisão - como aquilo que são: gente reles.
É por isso que, cada vez mais, evito estar em sítios mal frequentados. E para não correr riscos de "encontros indesejados", fico-me pela pacatez da minha vida e da minha casa. Assim, sei que não irei encarar "figurões" e patifes. E vivo feliz.

As notícias deste fim-de-semana continuam a ser assustadoras, revelando a promiscuidade que atravessa sectores basilares da sociedade, supostamente independentes. Coleccionei uma série de textos, publicados ontem e hoje na Imprensa, que lidos conjuntamente nos ajudam a ver o quão negro é o momento presente.
Voltámos a 1975. Estamos num PREC de características diferentes e com um sentido histórico oposto. Caminhamos a passos largos - estou convicto - para uma qualquer espécie de ditadura.

Sinto por vezes, como já aqui escrevi, a vontade de encerrar o blogue. Mas vou resistindo, porque acho que esta é também uma forma - ainda que modestíssima - de denunciar a gravidade da situação e contribuir para a "limpeza" que se torna cada vez mais urgente. Mas que duvido venha a acontecer.
Haverá quem não goste do que aqui escrevo, mas... é a vida. Como tenho por adquirido desde há muito, não nasci para ser simpático, nem hipócrita. Digo e escrevo o que penso, com a maior liberdade possível, como bem sabe quem me conhece. Não ando na vida para arranjar "amigos" de ocasião, para sorrir a quem desprezo ou para cumprimentar quem eu julgo que tem as mãos sujas. Sou humilde mas sinto-me limpo. E se assim cheguei aos 53 anos, em cada dia que passa reforço ainda mais as minhas convicções. Nunca tive apetência por luxos e honrarias, nem por "comer à mesa do Orçamento", como muitos dos que por aí andam.

Há páginas de jornal e reportagens de televisão que só não me fazem vomitar porque já estou muito traquejado. Quando essa gentinha me aparece pela frente (gente que mente com a maior desfaçatez, gente que infringe a lei e se assume como moralista, gente pequena que - por mais dinheiro que tenha ou títulos que lhes coloquem em cima - nunca conseguirá ter a estatura e a dignidade de tantas Ti Marias e Ti Antónios anónimos), escrevia que quando essa gentinha pequena me aparece pela frente opto sempre pela medida mais higiénica possível: desligar o televisor, colocar o jornal no lixo.

Talvez por tudo isto é que este blogue tem um média de visitas muito pequena, mas muito estável - são os meus amigos e mais uns poucos. Quem cá aparece "por acaso", raramente volta. Quem pensa que insulta na caixa de comentários, deixa de vir ainda mais rapidamente, porque essas opiniões vão directamente para o "caixote do lixo". [Se o blogue é meu e "dou a cara", é evidente que não tolero injúrias anónimas. Era só o que faltava... Por aqui, há decência.]

A sociedade está gravemente doente. Olho para isto e sinto dor; não por mim, que tenho uma vida construída e continuo a ter forças para trabalhar, nem que seja para pegar numa enxada e tirar da terra o sustento do dia-a-dia. Sinto dor pelos jovens - e, entre eles, os meus filhos. Que raio de país lhes vamos deixar...
Eles, a Ana e o João, sabem bem o que lhes digo desde muito pequenos: o futuro está fora daqui. De Coimbra. E de Portugal.
Há muito que intuí que os tempos vindouros serão penosos. Sem desígnio, sem projectos mobilizadores, sem elites de qualidade (como ainda ontem escreveu o director do "Sol"), com uma população activa maioritariamente funcionalizada, Portugal arrisca-se a ser no futuro - como há muito profetizou um jornalista creio que alemão num encontro ocasional em Bruxelas - apenas um "lar de terceira idade" para a classe média europeia.

Queria escrever apenas algumas linhas, entusiasmei-me e saiu isto.
Vamos ao que verdadeiramente interessa; formular os habituais votos de bom fim-de-semana, desta feita com a proposta de recordarem aqueles escassos segundos que transformaram Susan Boyle em personalidade mundial, ela que acaba de bater esta semana o recorde de pré-vendas de um cd na história da internet.
Cliquem na imagem ou aqui. E façam o favor de serem felizes.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dinheiro para gastar mal

José Manuel Fernandes no "Facebook": «Suspender o Código Contributivo não é aumentar as despesas, como está a dizer Sócrates, mas impedir o aumento escondido e obsceno da receitas.»
Acrescento eu: quanto menos dinheiro estiver nas mãos do Estado melhor será para todos. Como se está a ver todos os dias.

Querem baixar o défice?
Acabem com as festanças, com a corte de assessores, com os luxos. Ou, então, paguem do próprio bolso. (Neste momento do texto, quase escrevi um palavrão. Mas contive-me.)

Agora o Governo dá conselhos à Assembleia?

(jornal "i")

Não sei se é uma concepção nova do regime, se sou eu que estou desactualizado, se..., se...
A verdade, para mim, é o contrário daquilo que o primeiro-ministro afirma: o Governo depende da Assembleia da República; o Governo não pode dizer à Assembleia como esta deve comportar-se.

Coimbra, triste Coimbra... (comentários de sexta-feira)

(sobre o afastamento dos jornalistas das sessões da Câmara Municipal)
Esta é uma das páginas mais negras da história recente de Coimbra. Ao lado da do estádio, da construção em zona verde, daquele concurso de admissão de pessoal no Verão de 2008 (o tal que era urgente e acabou depois do Natal).
Quanto ao psiquiatra, eu não sou mais inteligente, mas... felizmente os meus filhos já estão fora de Coimbra. E tomara eu que abandonassem este país/"sítio" mal frequentado. Porque, como qualquer pai, desejo o melhor para os meus filhos.

José Ribeiro, há bons e maus jornalistas como há bons e maus políticos. A questão não é, nem pode ser, essa. A questão é esta: os cidadãos têm direito a saber o que se passa no Município, porque são eles que ELEGEM e PAGAM a determinadas pessoas para os representar. Um dia, um autarca disse a um jornalista para se calar. E o jornalista respondeu-lhe: «Se, aqui, alguém pode mandar calar alguém, sou eu que o posso mandar calar a si. Porque eu pago-lhe o ordenado.» Esta é a verdadeira questão, por muito que isso custe aos políticos que pensam que são os "donos da coisa". E a nossa Democracia só será adulta quando os cidadãos confrontarem directamente, olhos nos olhos, aqueles a quem pagam para os representar.

(sobre Coimbra, a cidade que também é minha)
Eu, que nasci em Coimbra há 53 anos, na Baixa, em pleno coração da urbe popular, que joguei na Académica, no Sport e no U. Coimbra, que levei (e dei) "porrada" para restaurar as tradições académicas, entre 77 e 81, que estive na 1.ª linha contra a co-incineração, que ajudei a fundar dois jornais na cidade... neste momento estou-me "nas tintas" para Coimbra. E pronto para partir, logo que a oportunidade surja. (Claro que desejo as maiores felicidades a quem cá ficar.)

PS - Textos que publiquei esta tarde no "Facebook. Fica aqui o arquivo, para memória futura.

Uma explicação para a troca de telemóveis


É a notícia do dia! «A 25 de Junho vários suspeitos do processo "Face Oculta" trocaram de telemóveis». Um alarido enorme!

Pus-me a pensar nisto e concluí que, se calhar, a coisa nem tem nada de extraordinário.
Imaginem que na véspera (24 de Junho), os "vários suspeitos" foram ao Porto assinalar o S. João. Estavam na zona da Ribeira, não necessariamente todos juntos, a almoçar ao ar livre, com os telemóveis pousados em cima das mesas, quando de repente caíu uma grande chuvada.
Como se sabe, os telemóveis não podem apanhar água...

Parece-me uma explicação plausível. Só não sei se choveu no Porto naquele dia.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Lobo Xavier brilhante!

António Lobo Xavier BRILHANTE na "Quadratura do Círculo"!
É pena um homem como ele, com a sua grandeza, estar fora dos centros de decisão política, quando por lá anda tanta "tralha" há 30 anos, agarrada aos tachos.
Espero ainda ter o gosto de ver Lobo Xavier num ALTO CARGO do Estado português.

Ética socialista (escutas em Belém e "Face Oculta")

Vieira da Silva, ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, aludiu a espionagem política sobre o primeiro-ministro a propósito do caso de corrupção "Face Oculta".
Hoje, o ministro (repito, o ministro) disse que «as minhas afirmações foram claras, afirmações das quais não tenho nenhuma razão para acrescentar ou retirar nenhuma sílaba».
Entre os socialistas, tudo parece normal.

Há três meses, quando um assessor (repito, um assessor) do Presidente da República alegadamente assumiu a possibilidade do Palácio de Belém estar sob escuta, caíu "o Carmo e a Trindade".
Sucederam-se as declarações inflamadas de altos quadros do PS. Lembram-se da "figura" que fizeram José Junqueiro e outros?...
(Ainda ontem um vice-presidente da bancada parlamentar disse-se estupefacto com a manutenção de um assessor na equipa de Cavaco Silva.)

Perante tal dualidade de comportamentos (e um, repito, é ministro, enquanto o outro era mero assessor) sou levado a crer que esta é a tal ética republicana e socialista que enche a boca de tantos "notáveis" do PS.

PS - Eles pensam que a malta é tão burra que não percebe. Coitados deles.

Ministro muito errado

Teixeira dos Santos foi o que mais errou nas previsões do défice em toda a Europa
O Governo português foi o que mais subestimou o impacto que a crise teria no défice orçamental. Há apenas dois meses, em Setembro, Teixeira dos Santos enviou um relatório a Bruxelas (o chamado reporte dos défices excessivos) onde garantia que encerraria o ano com um saldo orçamental negativo de 5,9% do PIB.

Temos fundadas razões para estar preocupados com a capacidade de previsão do ministro das Finanças.
Tamanho erro em apenas DOIS MESES é difícil de entender.

Imaginem que isto se passava na casa de cada um de nós...

A minha corrupção é melhor que a tua...

«O PS levantou reservas à proposta do PSD no sentido de a Assembleia da República criar uma comissão de acompanhamento da corrupção, admitindo que poderá "atropelar" competências inerentes a outras entidades.
Na sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, em Espinho, o líder da bancada social-democrata, José Pedro Aguiar Branco, justificou a proposta com o facto de existir em Portugal "uma crise de confiança no sistema de judicial".
"Vamos apresentar na Assembleia a iniciativa autónoma da constituição de uma comissão eventual exclusivamente destinada à recolha de contribuições, à análise dos factos e à apresentação de soluções para o combate à corrupção", justificou o líder parlamentar do PSD.
No entanto, segundo o vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues, "é de evitar que se crie uma comissão que possua uma duplicação de funções relativamente ao Conselho Nacional da Prevenção, que funciona junto do Tribunal de Contas".
(...)
Ricardo Rodrigues referiu que o PS irá aguardar até conhecer em detalhe o projecto do PSD, "mas desde já avisa que recusará uma duplicação de funções".
"Podermos estar perante um 'fait divers' e se for isso não daremos o nosso acordo", advertiu o "vice" da bancada do PS.»

Não deixa de ser curioso que os dois maiores partidos não se entendam sobre este assunto.
Não deixa de ser curioso que o político socialista classifique o projecto como "fait-divers". Na verdade têm sido tantos os casos...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FCP na RTP


Depois de assistir, "aos bocados", ao FCP-Chelsea na RTP cada vez penso mais que as transmissões televisivas deveriam ter a opção "som do estádio". Ou seja, o telespectador deveria poder ver o jogo com o som ambiente e sem qualquer comentário.

Para a história: FC Porto, 0 - Chelsea, 1.
O golo do Chelsea foi marcado por Anelka, três minutos depois de um lance de "penalty" na área do FCP, que o árbitro não assinalou e que não mereceu qualquer referência dos comentadores da RTP. Nem um "ai".

PS - Será que o FC Porto acusou o facto de não jogar há 18 dias? O Chelsea jogou no sábado passado...

Quem são os espiões políticos?

«O PS absteve-se e permitiu as explicações no Parlamento do ministro da Economia, Vieira da Silva, que qualificou de “pura espionagem política” as escutas em que José Sócrates surge a conversar com Armando Vara no processo Face Oculta.»

Espero que os deputados não deixem de fazer ao senhor ministro (muito calado nos últimos dias, pelo que me tenho apercebido) a pergunta óbvia: quem são os espiões políticos?
Investigadores da Polícia Judiciária? Juízes? Procuradores? Outros?

É que –
como afirmaria La Palisse – só pode haver espionagem política com espiões políticos.

Dia de Liberdade (2)


Aqui está uma excelente notícia para assinalar o "25 de Novembro".


(Como tudo poderia ser diferente se o Presidente da República tivesse tomado esta decisão em Agosto...)

Violações e violadores

«Violar o segredo de justiça pode ser injusto para os inocentes. Mas não violar o segredo de justiça pode tornar tudo ainda mais fácil para os culpados.»

Mais um texto brilhante de João Miguel Tavares.
Antológico.

Dia de Liberdade



Este blogue celebra o 25 de Abril
e o 25 de Novembro.

Em nome da Liberdade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Câmara de Coimbra afasta jornalistas

«Os Vereadores do PS presentes na reunião ordinária de 10.11.2009, declaram que na presente, não podem votar favoravelmente a Acta da reunião atrás citada, pelo motivo de que a votação a que foi sujeita a proposta do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, sobre a proibição dos jornalistas assistirem às reuniões do executivo municipal, viola o n.º 4 do art.º 8.º do Regimento, pois não estava préviamente agendada e nem sequer foi invocado o reconhecimento de urgência da deliberação em causa, e nestas circunstâncias os Vereadores do PS, irão requerer a anulação da referida deliberação.

Coimbra, 2009.11.23
Carlos Cidade, António Vilhena, Álvaro Maia Seco»
(declaração de voto apanhada aqui)

Afinal, nem tudo é tão mau como parecia.

Senhas de presença em Coimbra

Encarnação considerou que «aquela ideia dos boys é absolutamente tola, ridícula e absurda», garantindo que «as pessoas vêm aqui por vontade de servir». No caso dos SMTUC e da Turismo de Coimbra, o presidente do município revelou que, «tirando Manuel Oliveira que recebe como administrador-delegado, os restantes recebem apenas senhas de presença».
(in "Diário de Coimbra" de hoje)

Lemos e ficamos sem saber nada.
Quanto é o valor de cada senha de presença? Vinte euros? Cinquenta euros? Duzentos e cinquenta euros? Quinhentos euros?
Presença em quê? Reuniões, provavelmente. E quantas reuniões há? Uma por ano? Uma por mês? Uma por quinzena? Uma por semana?

Eis o exemplo perfeito de uma informação que... pouco informa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FC Porto sem jogar 18 dias!

O último jogo oficial do FC Porto foi na Madeira, a 8 de Novembro. Depois de amanhã, 17 dias depois, os portistas recebem o Chelsea. Será que vão acusar falta de ritmo competitivo?

Manuel Alegre: «É preciso repor a decência»

«É preciso repor a decência na nossa vida política, assim como restabelecer a confiança e credibilização das instituições. Este deve ser o discurso de quem quer uma vida democrática sã. Os responsáveis políticos e da justiça não se podem misturar».
(Manuel Alegre, hoje)

Admirador de Manuel Alegre e de muitas das suas opções, fico com uma dúvida: a quem se estaria ele a dirigir?
E ocorre-me agora uma outra dúvida: esta intervenção não deveria ser repetida numa daquelas reuniões plenárias do Partido Socialista?

Assino!

MANIFESTO ANTI-SILÊNCIO NA CÂMARA DE COIMBRA

O silêncio político de uma cidade é prenúncio da sua morte.


Uma cidade que aceita que o seu governo troque a abertura e o escrutínio público pela decisão fechada, tomada entre as quatro paredes duma sala de sessões, é uma cidade que vende o futuro.


Ocultar a face sobre a forma como as decisões são tomadas em nosso nome é renegar todo um passado de abertura e transparência, é um inaceitável comportamento político redutor da qualidade da democracia e indutor da suspeição e da desconfiança.
Uma cidade onde o presidente manda e os vereadores obedecem, cozinham acordos ou dormem sobre os dossiers não é uma cidade de futuro.


Fazer da Câmara de Coimbra um bunker onde se decide em segredo, afastando os jornalistas da reuniões do Executivo, não consta de nenhuma das propostas eleitorais que sufragámos nas recentes eleições e impedir os jornalistas de assistir às reuniões da Câmara – prática seguida em sucessivos mandatos – não foi um compromisso eleitoral anunciado, nem uma intenção manifestada.


Calar vereadores e silenciar a comunicação social é um acto de medo e de censura numa cidade onde se canta liberdade.


Os signatários querem continuar a saber como decidem os eleitos locais em sua representação e não aceitam o esbulho a esse direito pelo que se manifestam:


• Pela transparência autárquica na sua cidade;


• Pela presença da comunicação social nas sessões da Câmara;


• Contra o silêncio político na Câmara de Coimbra.


Coimbra, 20 de Novembro de 2009

Os signatários,
João Silva


Obviamente, eu também assino.

Vem aí muito frio

(clique na imagem para ampliar)

Previsão do tempo para os próximos dias em Coimbra.
Brrrrrrr!

domingo, 22 de novembro de 2009

Obrigatório ler

(clique na imagem para ampliar)

Não houve golos depois da 2.ª parte

O prémio para a maior "calinada" do fim-de-semana vai para esta frase verdadeiramente espectacular: «Os golos chegaram apenas na segunda parte e chegaram todos na segunda parte.»

(clique na imagem para ampliar)

Magistrados no sanatório?... :)

«Se Pinto Monteiro tivesse decidido o contrário, seria um "adversário de Sócrates", um ressabiado, um ranhoso, etc. É assim o extremo respeito pelo "estado de direito". Também é necessário saber em que sanatório vão ser internados os magistrados de Aveiro e de Coimbra.
Resta dizer que Pinto Monteiro não poderia ter decido de outra forma. A única coisa que sabemos de ciência segura é que o PGR sabe de tudo isto desde Julho. E em Setembro houve eleições.»

(Filipe Nunes Vicente, no "Mar Salgado")

«Ser Vara, o Rato Mickey ou um irmão metralha...»

O bordel dos assalariados da alta gestão

Os rendimentos dados a conhecer ontem no Correio da Manhã do camarada e amigo Armando Vara são de ficar de boca à banda. Calculávamos que o esperto ganhava bem, eu nunca imaginei que fosse um tamanho euromilhões.

O que abala ainda mais todo este estado de cangalhada a que chegou o país não é um gestor ser pago a peso de ouro. Um gestor que faz crescer uma empresa, cria postos de trabalho e gera dinheiro deve ganhar na proporção do seu desempenho. Aliás, o mesmo se deve aplicar a um trabalhador. Deve ganhar em função da mais-valia que produz. Agora um gestor que foi posto no lugar por razões políticas, que não tem curriculum profissional para o cargo e que tem a tarefa facilitada por não ser a sua acção que vai melhorar ou piorar a empresa, é um escândalo total honorários da estratosfera.
Estar num lugar confortável de um banco, ser Vara, o Rato Mickey ou um irmão metralha não deverá fazer grande diferença para o banco.

(Luis Carvalho, imparável como sempre, no "Instante fatal")


Bruno Paixão: um mau árbitro

(foto do "Público")

Bruno Paixão é, em minha opinião, um dos piores árbitros portugueses.
Por isso, a decisão de não efectuar o Oliveirense-FC Porto pode ser outros dos erros em que a sua carreira tem sido fértil.
Há, portanto, que escrutiná-la ao pormenor: as marcações não eram visíveis?... A bola flutuava?...
Qual terá sido o motivo para a não realização do jogo?

Ouvi há pouco, na televisão, adeptos da Oliveirense a afirmarem que, no domingo passado, o campo estava em piores condições e o jogo realizou-se.

A obrigação primeira de um árbitro é realizar o jogo e levá-lo até ao fim.
Foi isso, aliás, que sucedeu em Tóquio, num campo completamente coberto de neve, quando os portistas venceram a Taça Intercontinental. Eu vi.

Não me espanta nada que Bruno Paixão tenha cometido (mais) um erro.