segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Assino!

MANIFESTO ANTI-SILÊNCIO NA CÂMARA DE COIMBRA

O silêncio político de uma cidade é prenúncio da sua morte.


Uma cidade que aceita que o seu governo troque a abertura e o escrutínio público pela decisão fechada, tomada entre as quatro paredes duma sala de sessões, é uma cidade que vende o futuro.


Ocultar a face sobre a forma como as decisões são tomadas em nosso nome é renegar todo um passado de abertura e transparência, é um inaceitável comportamento político redutor da qualidade da democracia e indutor da suspeição e da desconfiança.
Uma cidade onde o presidente manda e os vereadores obedecem, cozinham acordos ou dormem sobre os dossiers não é uma cidade de futuro.


Fazer da Câmara de Coimbra um bunker onde se decide em segredo, afastando os jornalistas da reuniões do Executivo, não consta de nenhuma das propostas eleitorais que sufragámos nas recentes eleições e impedir os jornalistas de assistir às reuniões da Câmara – prática seguida em sucessivos mandatos – não foi um compromisso eleitoral anunciado, nem uma intenção manifestada.


Calar vereadores e silenciar a comunicação social é um acto de medo e de censura numa cidade onde se canta liberdade.


Os signatários querem continuar a saber como decidem os eleitos locais em sua representação e não aceitam o esbulho a esse direito pelo que se manifestam:


• Pela transparência autárquica na sua cidade;


• Pela presença da comunicação social nas sessões da Câmara;


• Contra o silêncio político na Câmara de Coimbra.


Coimbra, 20 de Novembro de 2009

Os signatários,
João Silva


Obviamente, eu também assino.

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