sábado, 1 de maio de 2010

Agenda pessoal

Paguei ontem à tarde, último dia do prazo, a primeira prestação anual do IMI. Quase quatro centenas de euros por ter um modesto apartamento numa das zonas mais modestas do concelho de Coimbra! Impotente, tive de pagar. Mas sempre posso desabafar que me senti como daquela vez em que, ao chegar de manhã ao carro, vi que me tinham roubado o auto-rádio.

Hoje comemorei o Dia do Trabalhador com uma jornada de descanso. Durante a tarde andei à cata de qualquer de jeito nos satélites e encontrei um documentário da France 2 que me prendeu durante uma hora inteirinha: "Anos 70: a França que tira a roupa". Uma abordagem sociológica sobre as mudanças no estilo de vida francês em finais da década de 60 e inícios de 70. Soberbo! A ilustrar o tema, entre os filmes, referências a "Emmanuelle" e "O último tango em Paris". Entre as canções, "Je t'aime... mois non plus" e "L'aventura". Senti-me andar mais de 30 anos para trás no tempo.

O lixo que varri na rua onde moro no dia 25 de Abril, e que juntei cuidadosamente em três montes na borda do passeio, continua no mesmo sítio. Jantei na segunda-feira passada com um grupo de amigos onde estava o vereador responsável pela limpeza urbana e o assunto foi tema de conversa, mas não por iniciativa minha. Outros, para me "picarem", falaram do tema. O vereador disse que desconhecia o assunto. Eu - que nada disse sobre o tema durante o jantar - aproveito agora para enviar um recado/sugestão: «Luís [Providência], podes passar cá pela rua e ver com os teus olhos.»

Voltando à temática francesa, deixo-vos com uma das canções da minha vida.
Tenham um bom domingo. E façam o favor de ser felizes.

Aprígio gosta do "estilo Sócrates"

O presidente da Naval tem hoje direito a lugar de destaque na capa do "Diário As Beiras". A frase escolhida para apresentar a entrevista do dirigente é esclarecedora: «Sócrates é um homem persistente e não é miserabilista».
La Palisse não diria melhor. Basta atentar na persistência de Sócrates para conseguir a licenciatura (estudando quando já era governante...) e nas despesas faustosas que conduziram Portugal à porta da bancarrota.
Eis um bom exemplo daquilo que pode ser considerado uma "frase assassina".

PS - Na capa do jornal diz-se também que Aprígio «não esconde "ódio de estimação" por Santana [Lopes]». Não conheço os motivos deste "ódio de estimação". Mas se tem a ver com prioridades autárquicas, parece-me muito melhor que a Figueira da Foz tenha um moderníssimo Centro de Artes e Espectáculos do que um novo (para quê?!!!) estádio de futebol.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

De Espanha vêm boas notícias

Espanha suprime 29 empresas públicas
e 32 altos cargos ministeriais

O Governo espanhol decidiu suprimir 29 empresas públicas e 32 dirigentes de topo nos diferentes Ministérios. Esta medida foi tomada hoje no Conselho de Ministros e enquadra-se no plano de racionalização do sector público.

(leia aqui)

Crise chegou ao fim!

Ouça aqui quantas vezes o Governo já anunciou o fim da crise.

Portugal não é país de corruptos

«O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."»
(Ricardo Araújo Pereira, na "Visão")

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Portugal à deriva


Transcrevo três reflexões que acabo de partilhar no "Facebook"...

Continuamos a brincar! Hoje, os funcionários do Parlamento fazem greve, o plenário não reúne, mas o restaurante da Assembleia da República está aberto. O TGV continua nos planos do Governo. Nem uma palavra sobre os gastos escandalosos do Estado e os privilégios da classe dirigente. Mas Governo e Oposição vão encontrar-se de manhã para reduzir o subsídio de desemprego!

Aproxima-se o momento em que o estrangeiro ditará o rumo do país. (Lembram-se daquele velhote sueco que vinha a Portugal de 15 em 15 dias determinar o ritmo da preparação do Euro 2004? E depois vieram suíços e alemães organizar o campeonato. Vai voltar a ser assim, mas em muito maior escala. Mesmo que não pareça...)

Uma pergunta para José Sócrates (e "sus muchachos"): com que então Portugal era o país que melhor estava a enfrentar a crise e seria o primeiro a sair dela? [Se a situação não fosse trágica, era o momento de dar uma valente gargalhada...]

28 de Abril, às 02h15

terça-feira, 27 de abril de 2010

25 de Abril: antes e depois

«O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente.
Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da miséria dos jovens drogados e da prostituição (...)»

(da "Carta de um aluno ao professor de História", recebida por e-mail)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

25 de Abril... hoje

«Não me venham dizer que hoje vivemos em Democracia e em Liberdade. Democracia e Liberdade não é viver num ambiente de corrupção, sendo a justiça uma montanha de injustiça, o desemprego é aquilo que se sabe, os bancos entram em falências fraudulentas e o povo é quem paga, a banca privada cada vez aumenta mais os seus lucros, os impostos na classe mais pobre aumentam, vivemos sob ameaça da banca rota e ainda tenho de aturar os papagaios de merda que vão todos os dias vão à televisão fazer propaganda e dizer que nunca se viveu tão bem em Portugal.»

(Rogério Neves
no texto "Eu quero recordar Abril" na "Marcha do Vapor")

Palavras para que vos quero!
Está tudo aqui.

domingo, 25 de abril de 2010

A última vez de... Leinine

Calinadas do dia

"Diário de Notícias" on-line

Rádio Renascença on-line

(clique nas imagens para ampliar)

Sócrates tem paixão por... portos

Clique na imagem para ouvir mais esta surpreendente revelação do primeiro-ministro.

O meu 25 de Abril



Chego a casa e percebo que perdi grandes discursos na cerimónia comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República. Nomeadamente os de Aguiar-Branco, Jaime Gama e Cavaco Silva.
Cheguei tarde porque estive a comemorar o 25 de Abril à minha maneira: a varrer a rua onde moro e a desentupir as sargetas. A testemunhá-lo, estão quatro montes de lixo, junto ao passeio, que simbolicamente ofereço nesta data solene aos responsáveis pela higiene urbana da minha cidade - esses mesmos que, há meses, "enganaram" o Provedor do Ambiente quando lhe disseram que a rua onde moro estava 100% limpa.

Finalmente, aos responsáveis do país recordo (com a imagem abaixo publicada) a evolução da taxa de abstenção, que na minha modesta opinião é o melhor indicador quanto ao cumprimento dos ideais de Abril.

Viva a Liberdade!