sábado, 27 de janeiro de 2007

Apitadela

Tão absurdo como este quadro só mesmo a quase tristeza evidenciada por Domingos Paciência no final do jogo. Caramba, toda a gente sabe que ele é do Porto, que lá jogou, que lá brilhou, que ao Porto quer por certo voltar, enfim, tudo isto é natural e ninguém lhe leva a mal. Agora, querer tapar o sol com uma peneira em relação, por exemplo, à cotovelada de Quaresma a Tixier – diz que não viu muito bem o lance... -, é demais! Foi mesmo à sua frente, a um metro do seu nariz!

(
Hélio Nascimento, em texto de opinião publicado no "Record on line" às 19h51. Texto completo aqui.)

Ribeiro morreu de manhã

Na aldeia de Dornas, freguesia de S. João do Monte, concelho de Tondela, lavam-se as tripas do porco no ribeiro, morto nessa manhã, para fazer os enchidos.

(Legenda de uma foto no blogue "Abrupto", de José Pacheco Pereira. Aqui.)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Uma proposta...

... de fim-de-semana.
Aqui.

Porque hoje é sexta-feira...

PLANO
PARA SALVAR
PORTUGAL
DA CRISE


Passo 1:
Trocamos a Madeira pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar o Alberto João Jardim.

Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3.ª maior empresa de vestuário).
A indústria têxtil portuguesa é revitalizada.
A Espanha fica encurralada pelos Bascos e Alberto João Jardim.

Passo 3:
Desesperados, os espanhóis tentam devolver a Madeira (e Alberto João Jardim).
A malta não aceita.

Passo 4:
Oferecem também o País Basco.
A malta mantém-se firme e não aceita.

Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis oferecem-nos a Madeira, o País Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos de ficar com o Alberto João Jardim e os Etarras.
A malta arma-se em difícil mas aceita.

Passo 6:
Dá-se a independência ao País Basco; a contrapartida é eles ficarem com o Alberto João Jardim. A malta da ETA pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar.
Sem o Alberto João, a Madeira torna-se um paraíso.
A Catalunha não causa problemas (no fundo, no fundo são mansos).

Passo 7:
Afinal a ETA não aguenta com o Alberto João Jardim, que entretanto assume o poder.
O País Basco pede para se tornar território português.
A malta aceita (apesar de estar lá o Alberto João Jardim).

Passo 8:
No País Basco não há Carnaval.
O Alberto João Jardim emigra para o Brasil...

Passo 9:
O Governo brasileiro pede para voltar a ser território português.
A malta aceita e manda o Alberto João Jardim para a Madeira.

Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses (e apesar do Alberto João Jardim), Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!

Alberto João Jardim enfraquecido pelos festejos do Carnaval na Madeira e Brasil, não aguenta a emoção, e morre na miséria, esquecido de todos.

Passo 11:
Os espanhóis, desmoralizados, e económica e territorialmente enfraquecidos, não oferecem resistência quando mandamos os poucos que restam para as Canárias.

Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.

Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida por um país que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico, de uma costa à outra e de norte a sul.
Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma pesada sobretaxa por termos de trocar os dólares em euros, constituindo assim um verdadeiro bloqueio naval que os leva à asfixia.

Passo 14:
Eles querem-nos aterrorizar com o Ben Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Alberto João Jardim (que eles não sabem que já morreu).

Perante tal prova de força, os americanos capitulam e nós tornamo-nos na primeira potência mundial.

É FÁCIL!

Citações

I

É óbvio que, neste campo das finanças públicas como noutros, o Governo de José Sócrates tem estado melhor do que o de Durão Barroso (o do meio não conta...). Pelo menos já se dispensa a maquilhagem das receitas extraordinárias.

Há, no entanto, ainda muito a fazer.

Ministério a ministério, o Governo tem de gastar menos, de cortar mordomias, de racionalizar recursos humanos e estruturas físicas. Não basta falar e anunciar. É preciso concretizar nos números e dominar a divida pública, porque não é saudável para a economia o corte que também se tem feito no investimento.


II

Cravinho queria ir mais longe no combate à corrupção do que pretende o PS e o seu líder parlamentar, Alberto Martins, mas o partido recusa estender ao enriquecimento ilícito e à criação de uma Comissão para a Prevenção da Corrupção as suas dez medidas sobre corrupção e transparência.

Alberto Martins invoca a inconstitucionalidade de algumas das propostas de João Cravinho, mas esse argumento está longe de ser definitivo, porque a técnica nas leis, como no futebol, está ao serviço da estratégia e todos os diplomas, se fizerem sentido, podem ser reparados.

Craviriho queria mais e o PS quer menos esta é, pois, a mensagem que passa para a opinião pública de forma clara e inequívoca.

Ora é também nestas alturas que nos devemos lembrar de que o PS tem um líder e este é primeiro ministro de um Governo que se diz reformador, até nos princípios. Sim, o que pensará José Sócrates de tudo isto? Quererá fazer o favor de nos informar ou, mais uma vez, refugiar se á na desculpa, na qual ninguém acredita, de que o Parlamento é soberano e ele não se mete nessas questões legislativas?


III

Ainda me lembro de, num programa de televisão em que participei há pouco mais de um ano, um académico do jornalismo citar sempre, a propósito e despropósito, as virtudes do imaculado Le Monde em contraposição com o mercantilismo dos jornais portugueses.

Pois parece que foi maldição! Daí para cá, o Le Monde, para resistir aos elogios dos puristas e à falta de leitores, teve de abrir a primeira página aos anúncios, renovar conteúdos e até já faz notícias das suas promoções (uma colecção de DVDs) ao lado do título principal, na capa, como se se tratasse de matéria editorial. E com foto, veja-se o escândalo!

Eu imagino a dor que vai por aí em algumas almas bem intencionadas, mas não estranho. O mundo real tem coisas que as academias deviam estudar com mais atenção e menos complexos.











COMENTÁRIO DO AUTOR DO BLOGUE: Os textos de João Marcelino, na "Sábado", só por si, valem muitas vezes o preço da revista. É o caso deste, publicado na edição de ontem.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A opinião do ouvinte-leitor

Acabo de ouvir um cidadão na TSF:

"Desculpem, mas vocês, jornalistas, estão a ser muito parciais. Eu comprei o 'Diário de Notícias' durante 50 anos e deixei de comprar. Agora, têm de fazer concursos para vender o jornal".

São opiniões como estas que devem fazer pensar os responsáveis.
A "crise dos jornais" tem muito a ver com o afastamento do cidadão comum.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Corrupção entre PS e PSD

Está animado o debate mensal na Assembleia da República com a presença do primeiro-ministro.
Tema apresentado pelo Governo: Ambiente.
Tema introduzido pelo PSD: Corrupção.

Foi sobre este último assunto que o caldo se entornou...
A troca de argumentos entre José Sócrates e Marques Mendes parece um "diálogo de surdos".
[A frase que mais atraíu a minha atenção referia-se a "rabos de palha". Mas acabei por não perceber...]

Estamos a chegar ao "grau 0" de um regime que nasceu, em 1974, para combater as desigualdades e introduzir maior justiça social.

Trinta anos depois, Portugal é o país da Europa onde a diferença entre ricos e pobres mais cresce.
Trinta anos depois, Portugal é o país da Europa onde é cada vez maior o "leque salarial".

Até quando?

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

A página de amanhã

(Jornal "Centro", de 24/01/2007)
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Árbitros vistos por quem sabe

António Boronha foi vice-presidente da FPF.
E tem um blogue (bastante interessante, por sinal).
Ontem escreveu sobre árbitros - "os bons e os maus".
Vale a pena ler. Aqui.
Petição pela libertação do sargento Luís Gomes
Aqui.

Guerra (de camas) nos céus

Companhia “low cost” inicia voos Londres-Nova Iorque só com camas

A nova companhia aérea britânica de baixo custo Silverlink inicia na quinta-feira voos entre as cidades de Londres e Nova Iorqu e em aviões com 100 camas e nenhum assento, noticia hoje o "Evening Standard".

Segundo o jornal, a companhia cobra 999 libras (cerca de 1.500 euros) pela viagem de ida-e-volta entre as duas cidades em cama, contra os 6.000 euros pedidos por outras companhias, como a British Airways (BA), que disponibilizam camas na sua classe conforto nos voos que cruzam o Atlântico.

Contudo, fonte da BA assegurou à agência espanhola EFE que, apesar dos 6.000 euros serem o valor que aparece na sua página na Internet, já disponibiliza este serviço por cerca de 1.400 euros.
(dos jornais)

NOTA DO AUTOR DO BLOGUE: Por este andar, vou preparar a viagem a Nova Iorque, lá para o fim do ano, aí por uns 500 euritos.






A opinião de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o referendo do dia 11 de Fevereiro

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

"O dia seguinte"

O programa "O dia seguinte", que a SIC Notícias está a transmitir nesta altura, deveria ser gravado em DVD e oferecido a quem comprasse um bilhete para um jogo de futebol em Portugal.
Que nojo!
Vou dormir.

Domingo é na relva


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Árbitros

Ontem, liguei o televisor quando estavam jogados 80 minutos do Benfica-U. Leiria. Fiquei a ver sem grande interesse, porque este futebol português de Loureiros, Madaíl, Pintos e Companhia não me faz perder muito tempo.
As poucas vergonhas sucedem-se. E mesmo uma pessoa como eu, que gosta muito de futebol, já não tem paciência para isto.

Em escassos minutos frente ao televisor o que é que vi?
Um árbitro internacional (Lucílio Baptista), 3.º classificado na época anterior, expulsa um jogador da U. Leiria, por (suposta) agressão, sem que o leiriense tenha (sequer) tocado no benfiquista!!!

A seguir, apareceu o "Telejornal" e, com ele, os resumos de alguns jogos da Taça de Portugal. E o que é que eu vi?
O árbitro Nuno Almeida (20.º classificado da época passada) a validar um golo ao Sporting, com um jogador leonino a empurrar descaradamente o adversário que pretendia afastar a bola da baliza. Acabaram os dois (jogador e bola) dentro da baliza. E o árbitro não viu o empurrão.

Sempre disse que não me pronunciava sobre o facto dos árbitros poderem (ou não) ser alvo de manobras de corrupção. Nunca vi.
Mas também sempre disse (até publicamente, até em palestras para árbitros) que há muitos juízes do futebol que vêem mal. Alguns vêem mesmo até muito mal. Tão mal que estragam o espectáculo.

"E o que é tu podes fazer, Mário?", perguntará um leitor.
Isto: não gastar um cêntimo neste futebol.
Brinquem com o dinheiro deles.

Mas haverá outro leitor que poderá perguntar: "Mário, tens por aí a classificação dos árbitros da última época?".
Tenho, tenho. Até sei que a diferença entre o melhor árbitro e o pior foi de 3 décimas! Mais concretamente: a diferença foi de 0,338.
"E não podes publicar a classificação aqui no blogue?".
Posso, claro que posso.
Mas com uma condição: se ouvir alguém a rir-se, retiro-a logo.

Classificação dos árbitros da 1.ª categoria
(Época de 2005/2006)

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domingo, 21 de janeiro de 2007

Empate com Pasteleira

Hoje de manhã, no Campo da Pedrulha:
Académica, 2 - Pasteleira, 2
(resultado na 1.ª volta: Pasteleira, 2 - Académica, 0)

Aos 5 minutos de jogo, a minha equipa já vencia por 2-0.
O Pasteleira chegou ao empate no "tempo de descontos" da 2.ª parte.

RESULTADOS (Série B)

Académica - Pasteleira, 2-2
Feirense - Naval, 3-2
Cinfães - Boavista, 0-4
U. Coimbra - Sanjoanense, 1-0
Repesenses - FC Porto, 2-3

Folgou: Leixões

A classificação é comandada pelo FC Porto (39 pontos), seguido do Boavista (32).

Lance do 1.º golo da Académica, aos 2 minutos de jogo

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Bom exemplo de Espanha

LIZONDO REFLEJA EN EL ACTA QUE HUBO LANZAMIENTO DE OBJETOS Y GRITOS RACISTAS

José Vicente Lizondo Cortés, árbitro que pitó el Atlético de Madrid-Osasuna y expulsó al técnico local, Javier Aguirre, y a cuatro jugadores del equipo navarro, reflejó en el acta el lanzamiento de algunos objetos al campo y los gritos racistas de un sector del público.

"En el minuto 23 tras escucharse gritos simulando el del mono cuando el jugador del Club Atlético Osasuna D Webó Kouamo Pierre Aquille jugaba el balón, me dirigí al delegado de campo para comunicarle que procediese a aplicar el protocolo previsto para estas situaciones", indica el acta del colegiado valenciano.

Lizondo añade en su documento que "en el minuto 61 se lanzaron dos pilas del tipo AA-LR6 al asistente número 2 alcanzándole una de ellas en el pie izquierdo, sin causar daño aparente", y que "durante el transcurso de la segunda parte se lanzaron al terreno de juego 2 botellas de plástico con líquido sin alcanzar a ningún participante".

El colegiado del Atlético-Osasuna justificó la expulsión del técnico mexicano Javier Aguirre por doble amarilla en el minuto 42 por "gesticular con sus brazos desde su área técnica protestando decisiones del juego ostensiblemente", después de haberle amonestado en el 26 por el mismo motivo.

Lizondo Cortés, que también expulsó a cuatro jugadores de Osasuna en la segunda parte, dice en el acta que mostró la roja en el minuto 77 a Carlos Javier Cuéllar por "agarrar a un rival que se escapabahacia la meta contraria, derribándole, abortando con su acción una manifiesta y clara ocasión de obtener un tanto".

En el minuto 87 expulsó a Roberto Soldado por "golpear a un adversario con el codo", en el 88 al portero Ricardo por doble amarilla - la primera por perder tiempo (59 min.) y la segunda por alejar el balón cuando se iba a jugar - y en el 89 a Raúl García por "entrar con la planta del pie a un adversario golpeándole en el muslo, cuando no tenía opción de jugar el balón".


* * * * *

Este é o resumo do relatório do árbitro do jogo Atlético de Madrid-Osassuna, disputado ontem em Madrid.
Isto passa-se em Espanha, mesmo aqui ao lado.
Porque é que em Portugal os relatórios dos árbitros também não são divulgados imediatamente a seguir aos jogos?

O tal que não prestava...

Zé Castro festeja ontem o golo da vitória do Atlético de Madrid

Assinar por 4 anos com Zé Castro foi um "péssimo acto de gestão".
De saída da presidência, Campos Coroa teve de ouvir esta frase, justificada da seguinte forma: "Nunca alinhará na primeira equipa da Académica".
O que aconteceu a seguir é conhecido.

Depois, quando o jogador foi para Espanha, logo surgiram as "vozes do costume" a dizer que a transferência era uma "manobra" para o atleta acabar no Sporting de Braga - ou noutro clube semelhante.

Começa a estar à vista aquilo que sempre disse (e escrevi): Zé Castro é o melhor jogador das "escolas" da Académica dos últimos 20 anos.
(E nem foi difícil chegar a esta conclusão; bastava olhar para o número de internacionalizações ou, então, acompanhar pelo Eurosport o 'Torneio de Toulon' e ouvir os comentários dos franceses...)

Se o assunto tivesse sido tratado como era suposto ser, das duas uma: ou o jogador estava ainda em Coimbra, "de pedra e cal" na Académica, como grande símbolo da equipa; ou a transferência teria rendido milhares de contos, dinheiro suficiente para financiar a formação desportiva da Briosa durante largas épocas.

Afinal, nem uma coisa nem outra.
Pior do que isso: na direcção da Académica continua a haver quem pense que a culpa da saída do atleta foi do jogador e dos empresários.

É por estas e por outras que a Académica/oaf está na situação em que está.


"Recortes" do jornal "As". Aqui

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Nota: actualizado em 22/01/2007, às 17h30