sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Homens que lavam a loiça têm melhor vida sexual
Trata-se de um estudo científico. Norte-americano.
Está tudo explicado aqui.
Vou já avariar a máquina de lavar lá de casa.
Está tudo explicado aqui.
Vou já avariar a máquina de lavar lá de casa.
Fabulosa!
Para pedir a retenção do correio durante 15 dias os CTT exigem uma cópia do pacto social da empresa. Todos os anos é a mesma coisa – já lá têm uma boa colecção de pactos sociais da empresa onde trabalho...
Mas hoje não quero escrever mais sobre a burocracia portuguesa.
Prefiro ouvir esta voz grandiosa que canta a alma de Portugal.
Foto de despedida
Política de "banha da cobra"
Quando era miúdo, os vendedores de banha da cobra eram presença frequente na Praça Velha (aquela a que muitos teimam em chamar de Praça do Comércio).
O produto servia para tudo e mais alguma coisa, no dizer dos vendedores. Homens de palavra fácil, juravam que a banha curava doenças, ajudava a emagrecer, aliviava as dores e - até! - afastava o mau olhado.
Eu, pequenito de calções, ficava por ali a ouvi-los, entusiasmado com a quantidade de argumentos utilizada para vender os pequenos boiões, paredes-meias com o cego do acordeão que cantava as desgraças que aconteciam por todo o país, enquanto uma senhora gorda vendia folhas A3 impressas com os versos.
Era um espectáculo a Praça Velha, sobretudo aos sábados de manhã, quando as ruas da Baixa se enchiam de gente trazida pelos comboios e as camionetas de carreira. Que espectáculo!
Actualmente, quando alguns políticos aparecem no televisor lembro-me imediatamente dos verdadeiros artistas da Praça Velha da minha meninice.
É irresistível.
Ouço Sócrates e Teixeira dos Santos afirmar que baixaram o IVA em 1% (omitindo que anteriormente o haviam aumentado em 2%) e vêm-me logo à memória os vendedores da Praça Velha.
Felizmente, estou vacinado desde pequeno: eles, os vendedores de banha da cobra, apesar das horas que passei a observá-los, nunca me conseguiram convencer das qualidades do produto.
O produto servia para tudo e mais alguma coisa, no dizer dos vendedores. Homens de palavra fácil, juravam que a banha curava doenças, ajudava a emagrecer, aliviava as dores e - até! - afastava o mau olhado.
Eu, pequenito de calções, ficava por ali a ouvi-los, entusiasmado com a quantidade de argumentos utilizada para vender os pequenos boiões, paredes-meias com o cego do acordeão que cantava as desgraças que aconteciam por todo o país, enquanto uma senhora gorda vendia folhas A3 impressas com os versos.
Era um espectáculo a Praça Velha, sobretudo aos sábados de manhã, quando as ruas da Baixa se enchiam de gente trazida pelos comboios e as camionetas de carreira. Que espectáculo!
Actualmente, quando alguns políticos aparecem no televisor lembro-me imediatamente dos verdadeiros artistas da Praça Velha da minha meninice.
É irresistível.
Ouço Sócrates e Teixeira dos Santos afirmar que baixaram o IVA em 1% (omitindo que anteriormente o haviam aumentado em 2%) e vêm-me logo à memória os vendedores da Praça Velha.
Felizmente, estou vacinado desde pequeno: eles, os vendedores de banha da cobra, apesar das horas que passei a observá-los, nunca me conseguiram convencer das qualidades do produto.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Os bebés do PS
Ouço hoje de manhã, uma vez e outra: «PS promete dar 200 euros a cada novo bebé nascido em Portugal».
Assim.
Ouço e fica-me a dúvida: onde irá o PS buscar o dinheiro?
Assim.
Ouço e fica-me a dúvida: onde irá o PS buscar o dinheiro?
O preço da gasolina
«A Galp e a Repsol aumentaram ontem o preço dos combustíveis, ficando o gasóleo mais caro dois cêntimos e a gasolina a custar mais um cêntimo, em ambas as gasolineiras. Na Galp o preço do gasóleo vai passar a custar 1,029 e o preço da gasolina fixa-se nos 1,279 euros.
Na Repsol o litro do gasóleo passa a valer 1,034 euros e o da gasolina 1,282 euros.
O preço médio da gasolina em Portugal é de 1,257 euros, colocando Portugal com a quinta gasolina mais cara dos 27 países da UE.»
Tenho descurado, nos últimos meses, a comparação do preço dos combustíveis entre a Galp em Coimbra e o posto de abastecimento de Fuentes de Oñoro mais próximo da fronteira portuguesa.
Aqui está ela...
Na Repsol o litro do gasóleo passa a valer 1,034 euros e o da gasolina 1,282 euros.
O preço médio da gasolina em Portugal é de 1,257 euros, colocando Portugal com a quinta gasolina mais cara dos 27 países da UE.»
(in "Correio da Manhã")
Tenho descurado, nos últimos meses, a comparação do preço dos combustíveis entre a Galp em Coimbra e o posto de abastecimento de Fuentes de Oñoro mais próximo da fronteira portuguesa.
Aqui está ela...
COIMBRA (Galp)
Gasolina 95 - 1,293
Gasóleo - 1,043
COIMBRA (Continente)
Gasolina 95 - 1,209
Gasóleo - 0,949
FUENTES DE OÑORO
Gasolina 95 - 1,024
Gasóleo - 0,913
Gasolina 95 - 1,293
Gasóleo - 1,043
COIMBRA (Continente)
Gasolina 95 - 1,209
Gasóleo - 0,949
FUENTES DE OÑORO
Gasolina 95 - 1,024
Gasóleo - 0,913
Vamos lá então às diferenças...
Um litro de gasolina, em Coimbra, custa mais 0,269 (cerca de 55 escudos!) ou mais 0,185 (cerca de 37 escudos!) do que na fronteira espanhola.
Um litro de gasóleo, em Coimbra, custa mais 0,130 (cerca de 26 escudos) ou mais 0,036 (cerca de 7 escudos) do que na fronteira espanhola.
Alguém me pode explicar porque é que a diferença nos preços entre Portugal e Espanha é mais do dobro na gasolina do que no gasóleo?
Um litro de gasolina, em Coimbra, custa mais 0,269 (cerca de 55 escudos!) ou mais 0,185 (cerca de 37 escudos!) do que na fronteira espanhola.
Um litro de gasóleo, em Coimbra, custa mais 0,130 (cerca de 26 escudos) ou mais 0,036 (cerca de 7 escudos) do que na fronteira espanhola.
Alguém me pode explicar porque é que a diferença nos preços entre Portugal e Espanha é mais do dobro na gasolina do que no gasóleo?
terça-feira, 28 de julho de 2009
A importância dos importantes
Há gente que se julga importante.
Um dia, num grupo de cerca de duas dezenas de pessoas, um desses "importantes", disse-me que eu deveria calar-me.
(A conversa - obviamente - não estava a ser agradável para o tal "importante".)
Respondi-lhe assim: «O senhor deve estar enganado. Se há aqui alguém que pode mandar calar alguém, sou eu – que o posso mandar calar a si. Porque eu pago-lhe o ordenado e o senhor não me paga nada a mim.»
Fez-se silêncio total. E o tal "importante" (um político) meteu a viola no saco.
Um dos males do "ser português" é a persistente posição de cócoras perante o poder. A subserviência.
Mas o "importante" só é importante se nós lhe dermos importância.
Se não lhe dermos importância, o tal "importante" passa a pobre coitado num esfregar de olhos.
(Um dia, há muitos e muitos anos, recebi um telefonema a avisar-me para ter cuidado com o que escrevia sobre um desses tais "importantes", porque ele era vingativo e podia "lixar-me a vida". Agradeci o interesse do meu amigo e disse-lhe para não estar preocupado. Não tenho medo. E como é que o tal "importante" me poderia lixar a vida? Eu não tinha terrenos para urbanizar, não tinha licenças de obras para tirar, não tinha "cunhas" para meter... Nem tinha, nem tenho.)
A possibilidade de ser livre é o valor máximo da vida humana.
Isso e não ter medo de, em qualquer momento, pegar numa enxada e cultivar as couves e as batatas que nos matem a fome.
Sou frontalmente contra a mediocridade, o compadrio, as cunhas, os arranjinhos, os "boys" e as "girls", os "jeitinhos", a corrupção a todos os níveis, tenha a coloração que tiver. Afinal, o "tom dominante" neste Portugal de inícios do século XXI.
Um dia, num grupo de cerca de duas dezenas de pessoas, um desses "importantes", disse-me que eu deveria calar-me.
(A conversa - obviamente - não estava a ser agradável para o tal "importante".)
Respondi-lhe assim: «O senhor deve estar enganado. Se há aqui alguém que pode mandar calar alguém, sou eu – que o posso mandar calar a si. Porque eu pago-lhe o ordenado e o senhor não me paga nada a mim.»
Fez-se silêncio total. E o tal "importante" (um político) meteu a viola no saco.
Um dos males do "ser português" é a persistente posição de cócoras perante o poder. A subserviência.
Mas o "importante" só é importante se nós lhe dermos importância.
Se não lhe dermos importância, o tal "importante" passa a pobre coitado num esfregar de olhos.
(Um dia, há muitos e muitos anos, recebi um telefonema a avisar-me para ter cuidado com o que escrevia sobre um desses tais "importantes", porque ele era vingativo e podia "lixar-me a vida". Agradeci o interesse do meu amigo e disse-lhe para não estar preocupado. Não tenho medo. E como é que o tal "importante" me poderia lixar a vida? Eu não tinha terrenos para urbanizar, não tinha licenças de obras para tirar, não tinha "cunhas" para meter... Nem tinha, nem tenho.)
A possibilidade de ser livre é o valor máximo da vida humana.
Isso e não ter medo de, em qualquer momento, pegar numa enxada e cultivar as couves e as batatas que nos matem a fome.
Sou frontalmente contra a mediocridade, o compadrio, as cunhas, os arranjinhos, os "boys" e as "girls", os "jeitinhos", a corrupção a todos os níveis, tenha a coloração que tiver. Afinal, o "tom dominante" neste Portugal de inícios do século XXI.
Maló de Abreu: texto recomendado
O meu amigo Maló de Abreu, homem de causas (e também de... indecisões), acaba de divulgar um texto de qualidade máxima, à altura do coração grande que possui (o que, por vezes, é defeito, para além de ser óbvia qualidade).
Eis um excerto:
«É fundamental que a Coimbra profunda, que se esconde na indiferença, acorde também para as nobres causas nacionais. Foi sempre assim nesta terra, cidade onde a irreverência exercita a liberdade, marcada por memórias, cantos, ecos de lutas e desafios novos.».
Vale a pena lê-lo na íntegra. Aqui.
Eis um excerto:
«É fundamental que a Coimbra profunda, que se esconde na indiferença, acorde também para as nobres causas nacionais. Foi sempre assim nesta terra, cidade onde a irreverência exercita a liberdade, marcada por memórias, cantos, ecos de lutas e desafios novos.».
Vale a pena lê-lo na íntegra. Aqui.
A "estupidez política" de Sócrates
«O governo de Sócrates prejudicou demasiada gente. Conseguiu acertar nas profissões liberais, nos gestores, empresários, professores, estudantes, médicos, jornalistas, juízes, operários, rurais, reformados... Não há uma classe neste país que não tenha sido prejudicada por este governo. Sócrates não decidiu contra os interesses, Sócrates lesou os interesses de todos. O que é notável em estupidez política.
(...)
Este é o Estado que temos. É a ignomínia institucionalizada, calada por todos, dos partidos da direita à comunicação social, porque fica mal defender a classe média, a elite técnica, os portugueses que não tiraram cursos ao domingo, que não triunfaram na vida pela golpada partidária. O que o Estado está a dizer aos jovens quadros é que vão trabalhar para o estrangeiro. O que os pais ricos vão fazer é por os filhos a salvo, a estudarem numa universidade estrangeira e a ficarem lá.
(...)
A política da propaganda e da fachada é altamente irritante. E se Sócrates julga que o povo é parvo, espere pela pancada em Setembro.»
Luiz Carvalho, com a qualidade habitual, no "Instante fatal".
(...)
Este é o Estado que temos. É a ignomínia institucionalizada, calada por todos, dos partidos da direita à comunicação social, porque fica mal defender a classe média, a elite técnica, os portugueses que não tiraram cursos ao domingo, que não triunfaram na vida pela golpada partidária. O que o Estado está a dizer aos jovens quadros é que vão trabalhar para o estrangeiro. O que os pais ricos vão fazer é por os filhos a salvo, a estudarem numa universidade estrangeira e a ficarem lá.
(...)
A política da propaganda e da fachada é altamente irritante. E se Sócrates julga que o povo é parvo, espere pela pancada em Setembro.»
Luiz Carvalho, com a qualidade habitual, no "Instante fatal".
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Um espelho para Sócrates
O melhor mesmo é oferecer um espelho ao presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro.
Está visto que quatro anos e meio de Governo com maioria absoluta provocam danos irreparáveis no sítio, na vidinha das pessoas e, claro, na cuca dos senhores e senhoras que (…) aceitaram o ciclópico desafio de governarem os desgraçados destinos dos indígenas.
Quando o presidente do Conselho deste sítio manhoso, pobre, triste, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado afirma que ainda está por nascer um presidente do Conselho como ele em matéria de défice das contas públicas é recomendável recolher aos abrigos e deixar o homem a falar sozinho. É que esta frase só pode ter dois significados. Ou o senhor presidente do Conselho imagina que só daqui a uns 40 anos haverá alguém capaz de o substituir como presidente do Conselho ou caiu de alguma cadeira sem ninguém dar por isso. Seja como for, o melhor mesmo é oferecer um enorme espelho ao senhor presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro. Bem precisa.
Está visto que quatro anos e meio de Governo com maioria absoluta provocam danos irreparáveis no sítio, na vidinha das pessoas e, claro, na cuca dos senhores e senhoras que (…) aceitaram o ciclópico desafio de governarem os desgraçados destinos dos indígenas.
Quando o presidente do Conselho deste sítio manhoso, pobre, triste, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado afirma que ainda está por nascer um presidente do Conselho como ele em matéria de défice das contas públicas é recomendável recolher aos abrigos e deixar o homem a falar sozinho. É que esta frase só pode ter dois significados. Ou o senhor presidente do Conselho imagina que só daqui a uns 40 anos haverá alguém capaz de o substituir como presidente do Conselho ou caiu de alguma cadeira sem ninguém dar por isso. Seja como for, o melhor mesmo é oferecer um enorme espelho ao senhor presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro. Bem precisa.
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