quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Leituras da manhã

«Como chegámos a um Sócrates - e ao que ele denota - é um mistério do Entroncamento. Em certo sentido, erámos mais civilizados há trinta anos e possuíamos uma expectativa razoável de nos tornarmos numa coisa civilizada. Nada disso, porém, sucedeu apesar do betão e da Europa.»
João Gonçalves, no "Portugal dos Pequeninos"

«Na política, a porcaria salta à vista todos os dias. A governação socialista tornou-se, desde há muito, um sinónimo ominoso de aldrabação sistemática dos cidadãos, de passes de prestidigitação grosseira e de manipulação descarada da opinião pública.»
Vasco Graça Moura, no "Diário de Notícias"

«O eleitor português é daquele tipo de gente que compra um utilitário com uma legenda a dizer GT, mesmo que se trate de um carro puxado com um motor de máquina de costura. O estilo presunçoso é o que conta. O que está a dar.»
Luiz Carvalho, no "Instante fatal"

«O primeiro-ministro tudo faz para esconder dos portugueses as conversas em que foi apanhado ao telefone a organizar o apoio às empresas do regime. O Presidente do Supremo e o Procurador Geral da República entendem-se com o mesmo objectivo, com base numa lei feita pelo actual Governo, e, ao mesmo tempo, as empresas de sucesso de um sucateiro tornado célebre, continuam a ganhar os concursos públicos em que entram. Mesmo depois de se saber que ganham os concursos porque utilizam meios ilegais, como o roubo puro e duro. Trata-se de um bom incentivo para que as empresas que perdem os concursos pensem em imitar as empresas vencedoras. Entretanto, no programa do Governo, cheio de medidas para todos os gostos, no capítulo da corrupção não há nenhuma medida proposta. Mais palavras para quê?»
Henrique Neto, citado no "Do Portugal profundo"

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