domingo, 30 de dezembro de 2007

Aventuras comerciais

Não sei se é reflexo da crise se é reflexo da portuguesa habitual falta de qualidade, mas as minhas últimas compras têm resultado em histórias inacreditáveis.

Não, não peçam, porque ainda não é hoje que vou contar a história do ar condicionado. Essa história é tão grande que só a poderei escrever num dia em que disponha de muito tempo livre. No entanto, foi das que me deu mais prazer: esperei 4 meses, mas fartei-me de gozar sempre que me telefonavam da empresa para ir pagar os aparelhos que... ainda não tinham sido instalados. Eheheheh, foi divertido.

Noutro dia, no Lidl, onde vou sempre que um "gadget dos pobres" me chama a atenção, olho para a factura e reparo que nela consta um litro de leite magro. Comprei leite? Reviro o carro, olho uma e outra vez, mas não encontro qualquer pacote de leite. Volto à caixa. Tinha sido engano.

Na sexta-feira, passo no Carrefour e compro dois pares de peúgas. Fazem sempre jeito e estavam com 30% de desconto. Um grande cartaz assinalava "Saldos". Na própria prateleira das peúgas um cartaz mais pequeno confirmava: "Saldos - 30%". Cheguei à caixa e... o sistema não assinalou o desconto. Outro erro, reparado com a devolução de 2,10 euros em dinheiro (mais de 400 escudos!).

Hoje, no Modelo, tive de pedir a dois cavalheiros para me deixarem tirar o "Público" do expositor. Entretidos com "A Bola", encostados, liam à borla e dificultavam a vida a quem queria comprar jornais. Desviaram-se e tirei o primeiro "Público" da prateleira de cima. Chegado à caixa, a funcionária abre o jornal e vê que lá dentro há duas revistas iguais. Olha para mim e pergunta quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, abre as duas revistas lado-a-lado e desfolha-as lentamente, pergunta à colega da caixa ao lado quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, manda chamar uma supervisora. Acaba por ficar com uma revista. Finalmente, pude pagar.

Será apenas incompetência?


PS - Um brinde para quem teve a gentileza de ler o texto até ao fim: há dias entrei numa agência bancária e pedi ao funcionário uma informação sobre PPRs. Educadamente, disse-me que era mais indicado ser uma das duas colegas a esclarecer-me. Encostei-me ao outro extremo do balcão, ele continuou a atender quem estava atrás de mim na fila e elas continuaram no interior da agência a conversar, certamente assuntos fundamentais para o futuro do banco e do país. Esperei um, dois, três... sete minutos. Elas teimavam em não aparecer no balcão. Ele continuava a atender, um após outro cliente. Eu esperava. Olimpicamente, olhei para o jovem funcionário e disse-lhe: «Volto já».
(Moral da história: como ele está sentado, não há problema...)

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