Era inevitável.
O primeiro sinal foi dado nas eleições autárquicas do ano passado, com a clara derrota do Partido Socialista.
Vieram depois as eleições presidenciais e o naufrágio de Mário Soares, o candidato oficial dos socialistas.
Seguiram-se as medidas de combate ao défice, todas elas no mesmo sentido: fazer "apertar o cinto" aos que menos têm.
Surge agora a proposta de Orçamento de Estado para 2007 e vê-se que o Governo, tão decidido nas palavras, não tem força para fazer parar a despesa do sector que ele próprio gere. Ou seja: o cidadão que gaste menos, porque o Estado vai gastar ainda mais.
Ao mesmo tempo, sucedem-se as "trapalhadas" ao melhor estilo do Governo anterior: é o ministro que decreta o fim da crise, o secretário de Estado que culpa os consumidores do aumento do preço da electricidade, as contas erradas no orçamento do próprio gabinete do primeiro-ministro. Para já não falar da "bronca" com os exames de acesso à Universidade, dos escândalos na instituição militar e das promessas não cumpridas (taxas moderadoras na Saúde e portagens nas SCUTs, entre outras). Um fartote!
Era inevitável: acabou o estado de graça de José Sócrates.
Começou a contagem decrescente.
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