domingo, 18 de novembro de 2007

Selecção em Leiria

PRELIMINARES
«Olhó cachecol do jogo! 5 euros!».
O cachecol do jogo tem o nome do estádio, a data e é metade de uma equipa e metade da outra.
«Queijadas de Sintra!».
O cachecol do jogo deve ser comprado no final e não antes. E porquê?... Por uma razão simples: depois do jogo, o preço baixa, por vezes para metade.
Ontem à noite, porém, o preço já estava esmagado duas horas antes do jogo, tal era a quantidade de vendedores ambulantes em Leiria.
Logo à frente, nos parques de estacionamento, uma autêntica floresta de publicidade. A maioria da qual da responsabilidade da TBZ, a anunciar o Académica-Benfica do próximo fim-de-semana. Um exagero!
Mas também autocolantes e marcadores de livros a alertar para o número de vítimas mortais nas estradas portuguesas. Já no estádio, o “jornal da selecção” e a bandeirinha da TMN.

O vidro traseiro e os panfletos do Académica-Benfica

NAS BANCADAS
Um frio de rachar. No final o termómetro do carro assinalava 4 graus.
(Pior, pior, estava a temperatura em Pombal: 1 grau).
Muita gente nas bancadas, uma parte do estádio ainda por concluir, três anos depois do Euro’2004. Originalidades portuguesas.
Nelly Furtado continua a dar “Força” à selecção portuguesa e os espectadores continuam a bater palmas a compasso. Desta feita também para enganar o frio.
O estádio tem 23.888 lugares sentados e cobertos, entraram nos portões 22.048 pessoas; ou seja, ficaram 1.840 cadeiras vazias. Ainda é alguma coisa.

Mais de 1.800 cadeiras ficaram vazias...

O JOGO
Fracote. Portugal poderia ter marcado aos 3 minutos (Simão rematou à trave), mas acabou por marcar a 3 minutos do intervalo, por Hugo Almeida.
Pelo meio, uma actuação medíocre, como o público fez questão de salientar com duas enormes assobiadelas, aos 81 e 83 minutos, quando a selecção portuguesa (8.ª melhor selecção a nível mundial) defendia a vantagem conseguida frente à “poderosa” Arménia (82.ª classificada do “ranking” da FIFA)!
Mas as assobiadelas, ainda que pouco perceptíveis, começaram antes do jogo. Foi na altura da apresentação das equipas. Dois nomes da equipa portuguesa mereceram alguns assobios, o que é invulgar.
Quem foram eles? – perguntará algum leitor deste espaço.
Vão ter uma surpresa: Pepe e… Scolari.

Golo!


O REGRESSO
Em Agosto, aquando da final da Supertaça, demorei quase uma hora a entrar na auto-estrada em Leiria, no final do jogo.
Como “gato escaldado de água fria tem medo”, ontem optei por fazer o percurso Leiria-Pombal pela EN 1. Depois, entrei na auto-estrada, parei na área de serviço (informaram-me que a chegada à auto-estrada, afinal, tinha sido rápida) e cheguei a Coimbra 55 minutos depois de ter entrado no automóvel na zona do estádio em Leiria. Nada mau.
Afinal, a única “nota negra” da noite foi a exibição da equipa portuguesa.

Um outro olhar sobre o estádio de Leiria

AS MINHAS EQUIPAS
Foi um sábado vitorioso, já que as minhas equipas venceram.
À tarde, em Fala, os juniores do Vigor derrotaram o Portomosense por 2-0, num jogo de qualidade mediana.
À noite, a selecção portuguesa venceu a Arménia por 1-0, num jogo bem pior – técnica, táctica e espectacularmente.
Há sábados assim.

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