No mesmo dia em que o presidente da TAP se desdobrava em entrevistas a vários canais de televisão, anunciando o prejuízo de 100 milhões de euros no 1.º semestre deste ano, aconteceu esta "estória" que seria cómica se não fosse trágica.
Ela comprou o bilhete para Paris por 384 euros (o que não é nada barato!), com partida na quarta-feira e regresso no domingo.
Na quinta-feira, ao final do dia, foi informada do falecimento do avô e tratou de antecipar a viagem de regresso, de domingo para sexta-feira, para poder participar no funeral.
Contactou a TAP.
Foi informada que a alteração do regresso custava 370 euros. Um escândalo! (para não escrever outra coisa, que este é um blogue bem-educado...)
Perguntou por alternativas. A funcionária de serviço sugeriu-lhe, então, a compra de um novo bilhete. O mais barato era um bilhete de ida-e-volta (apesar de ela só querer vir...) e custava 270 euros. Outro escândalo! (para não escrever outra coisa, que este blogue continua a ser bem-educado...)
A passageira agradeceu e desligou o telefone.
Eram 8 da noite. Sentou-se ao computador e passados 10 minutos tinha encontrado solução para o problema: um bilhete de Paris (do aeroporto de Orly, tal como o bilhete da TAP) para o Porto, para dali a menos de 12 horas, por 211 euros.
Comprou-o.
(Ou seja, em linguagem popular: a TAP queria tanto dinheiro que acabou por não ver nenhum!)
PS - Durante o diálogo com a funcionária da TAP, a cliente perguntou se o facto de se tratar do funeral de um familiar próximo não lhe permitia ter prioridade nalgum voo e, ao mesmo tempo, alterar o bilhete sem custos. Resposta pronta do outro lado da linha: «Primeiro, tem de pagar e depois deve apresentar a certidão de óbito para pedir o reembolso. Mas essa regra só se aplica quando se trata de pais, irmãos ou do próprio...». (Deveria ser lindo ver «o próprio» a ligar para a TAP para alterar um voo!)
Moral da história: com atitudes destas é fácil prever que a TAP não vai conseguir melhorar a sua situação financeira.
Voilà.
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