quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Professores: Governo confuso, apesar dos Magalhães

Ouço neste momento (17h10), na SIC Notícias, um secretário de Estado da Educação divulgar os "números da greve" dos professores.
Afirma que são «números recolhidos às 11 horas».

O Governo das novas tecnologias, das novas oportunidades, do "Simplex" e dos computadores Magalhães (mas que soma tantas "trapalhadas" que já lhes perdi a conta) demonstra ao país que anda atrasado. No mínimo, seis horas, porque às 5 da tarde só consegue divulgar dados das 11 da manhã.

Ou seja: na era da comunicação instantânea, deve continuar a utilizar os pombos-correio para a transmissão de mensagens.

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À hora do almoço, no restaurante, ouvi um governante (seria o mesmo das 5 da tarde?) dizer que as escolas estavam abertas, quando a questão colocada era saber se os professores estavam a trabalhar.
Falava-se de "alhos" e o homem respondia com "bugalhos". Que tristeza!

(Desejo que o senhor governante nunca precise de recorrer às "Urgências" num dia em que os hospitais se encontrem abertos mas os médicos estejam em greve...)

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[desabafo]
Estou farto deste Governo, que usa e abusa da arrogância, da ironia e do cinismo.
Farto!

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Não deixa de ser curioso que José Sócrates, que concluiu a formação escolar da forma atribulada que todos conhecemos, tenha no sector da Educação o seu caso mais bicudo.
Não deixa de ser irónico...

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Sei de uma escola que esteve hoje aberta.
Trabalharam 6 professores, 140 fizeram greve.

(Desconheço se o governante que está na televisão já conhecia estes "números" – e se os considera uma «derrota dos professores», como o ouvi dizer agora mesmo.)


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[outro desabafo]
Abandonei a carreira docente em 1991.
Para trás ficaram 13 anos de serviço como professor efectivo, de nomeação definitiva.
Fi-lo com alguma mágoa, porque gostava muito da profissão.
Mas – desculpem a imodéstia – foi uma das boas decisões que tomei na vida.

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