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Ao que parece (e escrevo ao que parece, porque ultimamente não leio a Imprensa Desportiva com regularidade), o técnico do FC Porto começou por ser castigado com 4 jogos de suspensão. O clube recorreu (alegando que o gesto se dirigia aos próprios jogadores portistas e não ao árbitro do encontro!) e o castigo foi reduzido para metade: dois jogos, um dos quais suspenso por dois anos.
Consultando o "site" da UEFA, verifica-se que Jesualdo Ferreira foi castigado ao abrigo do disposto no artigo 5.º do regulamento disciplinar, intitulado "Princípios de conduta".
«Associações, clubes, bem como os seus jogadores, funcionários e membros, devem comportar-se de acordo com os princípios da lealdade, integridade e desportivismo», refere o referido artigo.
E esclarece, entre outras situações não aceitáveis, que deve ser punido quem tiver «conduta insultuosa ou que viole as regras básicas da conduta digna».
O castigo a Jesualdo Ferreira suscita algumas reflexões/questões:
1. A UEFA tem regulamentos e cumpre-os.
2. A ter sucedido em Portugal, o gesto do técnico do FC Porto seria alvo de sanção disciplinar?
3. Quantos jogos de suspensão valeria a Paulo Bento o gesto feito na final da Taça da Liga, se em vez de ser numa prova caseira o treinador do Sporting o tivesse feito numa competição da UEFA?
4. Como foi possível não se saber do castigo aplicado a Jesualdo Ferreira logo após o jogo de Madrid?
5. Como o técnico do FC Porto não podia estar no Estádio das Antas, como é que Lisandro disse no final do jogo que a ausência de Jesualdo Ferreira não afectou a equipa, que até o pôde escutar ao intervalo no balneário?
(Nota: esta última pergunta é apenas para chegar à meia dezena de reflexões/questões...)
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