quarta-feira, 17 de junho de 2009

Governo oco, cheio de nada

Estava a acompanhar o debate da moção de censura na televisão quando tive de sair de casa.
Lá fui.

Assunto tratado, liguei o rádio. Estava alguém do PS a fazer uma espécie de balanço do debate. Não identifiquei a voz, mas pensei tratar-se de algum deputado da 4.ª fila.
Terminada a intervenção, a jornalista informa que o orador era o ministro Luís Amado.

Eu já sabia que este era um mau Governo.
Mas nunca pensei que fosse tão mau. Até Luís Amado...

* * * * * *

Luís Amado, pelo que ouvi, limitou-se a repetir a "cassete" dos lugares-comuns do PS-de-Sócrates.
Entre eles, aquele de que a Oposição não apresenta propostas alternativas.

Luís Amado ainda não percebeu que a realidade, hoje, é outra.
E ainda não interiorizou que o cidadão já não vai em "slogans", sobretudo quando eles são manifestamente desfasados da realidade.

Com que então a Oposição não apresenta alternativas?
Luís Amado esteve no debate. Mas deve ter estado distraído.

Vou referir algumas das propostas alternativas que a Oposição hoje apresentou:
1. Alteração à proposta de Código de Execução de Penas;
2. Apoio aos desempregados que não recebem subsídio de desemprego;
3. Apoio às PMEs em detrimento das grandes obras públicas;
4. Paragem (pelo menos, temporária) do projecto do TGV.
5. Impossibilidade de trabalho domiciliário para crianças de 14 e 15 anos.

E houve mais.

* * * * * * *

O Governo, tal como o PS-de-Sócrates, nunca teria uma tarefa fácil depois do descalabro das eleições europeias. (Não se esqueça que foi uma queda de 18%!) Mas, pelo que se vê, estes três meses vão ser de autêntico martírio para os socialistas.
O desnorte é total.
E percebe-se - agora "às claras" - que há muito pouco por detrás dos "slogans".
Quase nada.

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