Dos tempos da alegria
já partimos
somos agora outro tempo
outro lugar.
Sabemos existir
sem existirmos na alegria
que foi de começar.
O tempo de ficar
dói nos ouvidos.
Ele voa, como olhos
percorridos pelo castigo
de um vento sem saber
onde parar.
Dos tempos da alegria
já partimos...
só nos resta
o sonho onde dormimos
e acordados havemos de voltar.
(*) poema inédito de Carlos Carranca
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