quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

“A Zeca Afonso” (*)

Dos tempos da alegria
já partimos

somos agora outro tempo
outro lugar.
Sabemos existir
sem existirmos na alegria
que foi de começar.

O tempo de ficar
dói nos ouvidos.
Ele voa, como olhos
percorridos pelo castigo
de um vento sem saber
onde parar.

Dos tempos da alegria
já partimos...

só nos resta
o sonho onde dormimos
e acordados havemos de voltar.


(*) poema inédito de Carlos Carranca

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