quinta-feira, 15 de novembro de 2007

AAC/oaf: 10 milhões de passivo

A direcção da Académica/OAF, presidida por José Eduardo Simões, vai apresentar hoje, em Assembleia Geral, um passivo na ordem dos 10 milhões euros, relativo à época 2006/07.

O passivo que a direcção da Académica vai apresentar hoje em Assembleia Geral é de 10.780,662,72 euros, relativo ao final da época 2006/07. Um valor que à primeira vista reduz em mais de dois milhões de euros o défice dos estudantes, uma vez que no fecho das contas em Junho de 2006 o valor cifrava-se em 12.123.383.70. Porém, José Eduardo Simões, presidente da Académica, alertou nessa altura que em Setembro de 2006, com as verbas entretanto recebidas (provenientes da venda do jogador Marcel e de receitas da SportTV e da Repsol), o valor do passivo baixaria cerca de quatro milhões de euros, ou seja, estabilizaria nos oito milhões.
Nesse sentido, e numa assembleia geral efectuada em meados de Abril, a direcção apresentou um documento que confirmava que o passivo tinha diminuído para 8.552.814.35 euros, em Dezembro de 2006. Desta forma, feitas as contas aumentou em seis meses mais de dois milhões de euros.
Entretanto, no parecer do Revisor Oficial de Contas (ROC), este alerta para o facto de «não terem sido contabilizadas todas as obrigações decorrentes dos contratos em arquivo, pelo que o passivo encontra-se subvalorizado em 639 milhares de euros, com a sobrevalorização dos capitais próprios no mesmo montantes».
Não colocando em causa o seu parecer, o ROC chama ainda à atenção para o facto de ter «impugnado judicialmente a decisão, a Académica não contabilizou a liquidação oficiosa de IRC dos exercícios de 1995/96 por 351.84 milhares de euros a que acrescem juros de mora», encontrando-se esta contingência garantida pela penhora do Pavilhão Jorge Anjinho.
Outros dos pontos sujeitos a apreciação e votação por parte dos associados é o Orçamento para a temporada que está em vigor. A previsão da direcção é que a época 2007/08 custará aos cofres da Briosa 5, 417 milhões de euros, dos quais 3,875 milhões representam despesas de remuneração e encargos sociais obrigatórios. Os restantes 774 mil euros constituem despesas correntes.
O futebol profissional representa, segundo o documento, 81 por cento dos custos, enquanto a formação recebe esta temporada uma verba ligeiramente superior a 251 mil euros, mais 10 por cento do que em 2006/07.
(Ricardo Busano, no "Diário de Coimbra" de hoje)

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