quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Isqueiros

Caro Mário
Ser (mais) jovem é uma virtude, mas que pode originar involuntárias imprecisões. De facto, no tempo da "outra senhora" não se pagava imposto ou taxa pelos isqueiros, pelo menos de forma directa. A coisa era ainda mais espantosa: tinha se de tirar "Licença de Isqueiro"!
Esta surrealista imposição destinava-se a proteger o monopólio da fosforeira portuguesa no que toca ao acendimento dos "Provisórios", que eram definitivos, e dos "Definitivos, que eram provisórios...
Aliás, alguns brincalhões deram-se ao trabalho de aprender uma habilidade: ocultavam a caixa de fósforos na palma da mão e com o polegar premiam um fósforo contra a lixa, de tal modo que, ao longe, parecia estarem a accionar um isqueiro. E quando aparecia o fiscal (que andava disfarçado, à paisana), a vingança era ver a cara de parvo com que o dito ficava quando se lhe garantia que ali não havia isqueiro, mas apenas fósforos. Testemunhei uma destas cenas no Nicola!
Um abraço

(mensagem de um Amigo e leitor do blogue)

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