Cultura em Coimbra está inquinada
Com a Câmara de Coimbra a chegar a um momento que consegue colocar as contas em dia, há que saber resistir a “grupos de pressão” em torno da cultura que desejam obter mais subsídios. Esta foi a opinião partilhada por Marcelo Nuno, Leite da Costa e
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Leite da Costa congratulou-se por a Câmara ter as contas em dia, sustentando que «não se pode dar dinheiro aos que se estão nas tintas para a cultura e são subsídio-dependentes». «É estranhíssimo que a oposição diga que a autarquia tem dívidas e depois faz cenas para se dar dinheiro quase só a uns, lançando uma cortina de fumo para fazer esquecer o que se tem feito nos últimos anos», referiu, para acrescentar que «em Coimbra desapareceu o Café Central, um dos mais emblemáticos, que teve uma tertúlia essencial na história da cultura portugueses e de onde saíram várias revistas, entre as quais a Presença, mas ninguém falou sobre isso».
«Há agentes culturais em Coimbra que, pela sua conotação política e má criação têm conseguido vir para os jornais dizerem perfeitas barbaridades e darem a entender que aqui não se faz nada. No ano passado fez-se uma série de iniciativas sobre Miguel Torga, comemoraram-se os 140 anos de Camilo Pessanha, antes assinalou-se Carlos Seixas, o Arquivo Coimbrão esteve parado há 12 anos, mas sobre os grandes nomes de Coimbra a elite cultural não quer saber deles para nada», rematou.
Para o jornalista
«Fui membro do Conselho Desportivo Municipal até há cerca de meio ano e demiti-me, porque há três anos que a Câmara não transferia verbas para os clubes e associações, apesar de milhares de jovens estarem a praticar regularmente várias modalidades», revelou, contrapondo à preocupação por um grupo de teatro estar há dois anos sem receber subsídio.
(excerto de texto de Luís Santos, publicado no “
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