Comunicado
1. Ao anunciar a minha candidatura à presidência da Direcção da Académica/OAF tinha um sonho: devolver à Briosa a grandeza e o prestígio que me habituei a admirar.
2. Antes e depois de anunciada, a candidatura recebeu apoios que ultrapassaram largamente as expectativas: de honrados académicos que, como eu, só entendem a Instituição enquanto depositária de princípios e valores de que nos orgulhamos; de jovens entusiastas que acreditam numa Académica diferente, ousada e mais ambiciosa; de sócios anónimos que, como eu, entendem que a Académica só vale a pena enquanto respeitar a sua memória e mantiver uma forma singular e única de ser e de estar.
3. Para iniciar este combate eleitoral limitei-me a pedir que fossem concedidas condições mínimas de igualdade, numa pugna já de si desigual, quando não desleal. Concedido que foi pelo senhor Presidente da Mesa da Assembleia-Geral o acesso ao caderno eleitoral, o presidente da Direcção, Eng.º Simões, entendeu não cumprir aquilo para que foi mandatado, conforme foi amplamente noticiado. Interpretou ele próprio os Estatutos, quando tão só lhe cabia cumprir as instruções do Presidente do órgão responsável pelo processo eleitoral. Permitiu-se até publicamente dizer que o Dr. Almeida Santos nunca tinha lido sequer os estatutos da Instituição.
4. Foi assim pelo Eng.º Simões criado um insanável incidente, de uma série de outros que, para quem conhece a sua forma de actuar, se verificaram no passado e se seguiriam interminavelmente no futuro. E com o único objectivo de manter o poder a todo o custo, para fins que me escuso de classificar e a expensas de uma falta total de transparência e cultura democrática.
5. Esta e outras situações, entretanto já verificadas, como a incorrecta, incompleta e anti-estatutária afixação dos cadernos eleitorais, permitiriam o recurso aos tribunais. Mas entendo não o dever fazer, a bem da Académica! Porque a bem da Académica não aceito contribuir para o avolumar dos casos verificadas ao longo do mandato do Eng.º Simões e sobejamente conhecidos dos sócios.
6. Por sua vontade, garantidamente, o melhor seria nunca mais se realizarem assembleias e eleições livres e justas, de forma a não prestar contas e a ser julgado pelos sócios com a regularidade devida.
7. Assim sendo, se estava disponível para dar tudo pela Briosa, estou indisponível para participar numa farsa eleitoral. É minha obrigação não me prestar, nem emprestar o bom-nome de todos os honrados sócios que me acompanhariam nesta missão, a tamanha falta de pudor e vergonha. Portanto, esta candidatura nunca legitimará a manutenção do Eng.º Simões numa tragédia que a curto prazo tornará insuportável a vida da nossa Académica.
8. Aliás, e para que conste, a primeira medida, a sermos eleitos, seria a de efectuar uma auditoria interna independente que revelasse com transparência a vida da Instituição. Não pactuamos com malfeitorias! Bem como em ordenar que a AAC/OAF se constituísse em assistente nos processos que correm ou venham a correr nos Tribunais contra qualquer dirigente e em que a Académica também seja ou possa vir a ser visada.
9. Agradeço a todos os que me apoiaram e incentivaram. E afasto-me para permitir aos sócios interessados, e ainda a tempo, fazerem o combate que entenderem ao actual estado de degradação a que chegou a Instituição.
10. Mas relembro aos actuais e futuros dirigentes que se mantiverem neste lamaçal, que se os sócios não os julgarem agora, o farão a todo o momento. E que para além dos sócios, dos académicos e eventualmente das instâncias judiciais, bem pior será sempre o julgamento da História, a que não poderão fugir.
Viva a Briosa!
António
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