São 10 da manhã.
Há 14 anos, a esta hora, o primeiro número do "Diário As Beiras" debatia-se ainda com a teimosia da máquina rotativa, apostada em frustrar as expectativas do cada vez mais reduzido número de pessoas que esperara toda a noite pelo aguardado nascimento.
A esta mesma hora, o director do jornal chegava aos estúdios da RTP no Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia) para falar sobre o novo jornal. Nas mãos, um exemplar para as câmaras mostrarem - só tinha capa e pouco mais.
A decisão de fazer sair o jornal no dia 15 de Março tinha sido tomada na véspera, cerca das 6 da tarde!!! Depois de sucessivos adiamentos por parte da "estrutura dirigente-operacional" (que argumentava necessitar de mais tempo para um lançamento correcto), os investidores decidiram não esperar mais. Era chegada a hora.
Quando me vieram dar a ordem, nem queria acreditar. Era tarde (mesmo para um jornal, as 18h00 são uma "hora tardia"), não se tinha impresso qualquer "n.º 0", não se experimentara uma vez sequer o processo produtivo. Os riscos eram grandes; enormes.
No que me diz respeito, preparei algumas notícias e escrevi o "Pontapé de saída", uma espécie de editorial, muito sucinto, da secção de Desporto, a área que me estava confiada.
O texto não está assinado porque ainda me encontrava vinculado (até final desse mês de Março) ao "Jornal de Notícias" e fiz questão de respeitar estritamente a legalidade. Eticamente a questão não se colocava, porque a direcção do "JN" me tinha dado inteira liberdade para começar a trabalhar no novo jornal.
Foi assim, em linhas muito gerais, que surgiu o "Diário As Beiras".
Por volta do meio-dia.
Nas imagens, a primeira e a última páginas do "n.º 1" do "Diário As Beiras", rubricadas por quem se encontrava a trabalhar na tarde desse dia 15 de Março de 1994.
PS - Fazer parte da equipa que lançou o "Diário As Beiras" é algo de que me orgulho. E que me traz gratas recordações. Foi um tempo vivido com extraordinário entusiasmo, contra muita gente que apostava no falhanço, com muita gente que acreditava no futuro. Há tantas "estórias" para contar!
Há 14 anos, a esta hora, o primeiro número do "Diário As Beiras" debatia-se ainda com a teimosia da máquina rotativa, apostada em frustrar as expectativas do cada vez mais reduzido número de pessoas que esperara toda a noite pelo aguardado nascimento.
A esta mesma hora, o director do jornal chegava aos estúdios da RTP no Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia) para falar sobre o novo jornal. Nas mãos, um exemplar para as câmaras mostrarem - só tinha capa e pouco mais.
A decisão de fazer sair o jornal no dia 15 de Março tinha sido tomada na véspera, cerca das 6 da tarde!!! Depois de sucessivos adiamentos por parte da "estrutura dirigente-operacional" (que argumentava necessitar de mais tempo para um lançamento correcto), os investidores decidiram não esperar mais. Era chegada a hora.
Quando me vieram dar a ordem, nem queria acreditar. Era tarde (mesmo para um jornal, as 18h00 são uma "hora tardia"), não se tinha impresso qualquer "n.º 0", não se experimentara uma vez sequer o processo produtivo. Os riscos eram grandes; enormes.
No que me diz respeito, preparei algumas notícias e escrevi o "Pontapé de saída", uma espécie de editorial, muito sucinto, da secção de Desporto, a área que me estava confiada.
O texto não está assinado porque ainda me encontrava vinculado (até final desse mês de Março) ao "Jornal de Notícias" e fiz questão de respeitar estritamente a legalidade. Eticamente a questão não se colocava, porque a direcção do "JN" me tinha dado inteira liberdade para começar a trabalhar no novo jornal.
Foi assim, em linhas muito gerais, que surgiu o "Diário As Beiras".
Por volta do meio-dia.
Nas imagens, a primeira e a última páginas do "n.º 1" do "Diário As Beiras", rubricadas por quem se encontrava a trabalhar na tarde desse dia 15 de Março de 1994.
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PS - Fazer parte da equipa que lançou o "Diário As Beiras" é algo de que me orgulho. E que me traz gratas recordações. Foi um tempo vivido com extraordinário entusiasmo, contra muita gente que apostava no falhanço, com muita gente que acreditava no futuro. Há tantas "estórias" para contar!
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