terça-feira, 8 de abril de 2008

"Números" das eleições na Briosa


Realizam-se na próxima segunda-feira as eleições para os órgãos sociais da Académica/OAF.

Um exercício fácil é o de somar o número de sócio dos diversos candidatos, para se concluir da respectiva antiguidade no clube.
(A antiguidade é um dos valores mais importantes numa estrutura associativa e, daí, os “problemas” que por vezes surgem quando alguém tenta subir na “escala”, obtendo um número mais baixo do que aquele a que teria direito pelos anos de filiação).

Olhando para as listas concorrentes, verifica-se o seguinte:

DIRECÇÃO – A lista A, encabeçada por José Eduardo Simões, soma 22.339; a lista D, liderada por João Francisco Campos, soma 11.677.
ASSEMBLEIA GERAL – A lista A, que tem Paulo Mota Pinto à cabeça, soma 8.020; a lista E, com José Ferreira da Silva a presidente, soma 5.406.
CONSELHO FISCAL – A lista A, encabeçada por António Preto, soma 15.909; a lista C, com Américo Santos à frente, soma 4.003.
CONSELHO ACADÉMICO – A lista A, liderada por Jaime Dória Cortesão, soma 30.485; a lista B, com José Campos Coroa como “n.º 1”, soma 55.742.

Ou seja: contrariando a ideia generalizada de que a lista apresentada por João Campos é formada por um “grupo de miúdos”, verifica-se que eles são muito mais antigos no clube do que aqueles que formam a lista do actual presidente. Afinal, os “novatos” são os que integram a lista A!
E o mesmo sucede nas listas para a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal: a oposição tem mais anos de clube do que aqueles que se “recandidatam”!
Apenas no Conselho Académico, órgão consultivo de que se desconhecem quaisquer tomadas de posição nos últimos anos, é que a “lista da situação” tem sócios mais antigos do que a “lista da oposição”.

Escrevi acima a palavra recandidatam entre aspas por uma razão simples: é que a recandidatura não é tão grande como isso. Com efeito, comparando as listas de 2004 e as de 2008, verifica-se que a taxa de continuidade é de apenas 26%! Isto é: a lista A tem 74% de candidatos que apenas agora se candidatam.
Explicando melhor: na Direcção mantêm-se três e saem seis; na Assembleia Geral mantém-se um e saem quatro; no Conselho Fiscal mantém-se um e saem cinco; no Conselho Académico mantêm-se sete e saem 13.

Números são números.

1 comentário:

cparis disse...

Números são números, as conclusões que se tiram deles é que podem ser falaciosas:

contrariando a ideia generalizada de que a lista apresentada por João Campos é formada por um “grupo de miúdos”, verifica-se que

Os números de associados não podem nunca contradizer que a lista de João Campos é formada por um grupo de míudos. Sós os Bilhetes de Identidade é que o podem fazer. João Campos tem 32 anos (e se calhar outros tantos de associado) logo é um "míudo" nestas coisas. Se for eleito, fará parte seguramente dos 5 presidentes de clube mais novos da Liga.

A outra falácia é o considerar que um número alto é um "novato". Pelos vistos só o Alvaro Amaro pode deixar de pagar as cotas e continuar a ser antigo. Um sócio antiquíssimo que tenha deixado de pagar cotas durante um certo período e que na remuneração não tenha feito o banzé que o Álvaro Amaro fez, será "novato"?

Penso que não, penso que não. Aliás, pessoalmente, acho uma idiotice decidir com base em idade ou em número de sócio. É dar mais importância ao "parecer" do que "ser".

Abraço, e continuação de boa escrita.