Há 18 anos assisti à final da Taça de Portugal, no Estádio do Jamor.
Foi a primeira - e única até ao momento.
Aconteceu a 27 de Maio de 1990.
Finalistas: Farense e Estrela da Amadora.
Logo que foram conhecidas as equipas que iriam disputar a final comecei a ler nos jornais que Estádio Nacional não iria encher, como sempre acontece nesta ocasião, porque não estaria lá nenhum dos "grandes".
Foi aí que decidi ir ver o jogo. Primeiro, para demonstrar solidariedade para com dois "pequenos" clubes. Depois, para dar testemunho da minha revolta contra o "sistema", que nessa altura já era bem visível para quem acompanhava de perto a modalidade.
Fui para Lisboa, com a minha mulher, de comboio. Entrámos num autocarro especial da Carris, na Praça do Comércio, e seguimos para o Jamor. Comemos umas sandes e entrámos.
O Estádio Nacional encheu! Assisti calmamente, aplaudi uns e outros.
O jogo terminou empatado (1-1) e na semana seguinte teve lugar nova final, novamente com as bancadas repletas.
(Ou seja: em vez de uma final, houve duas, sempre com o estádio cheio, embora os finalistas fossem duas equipas "pequenas"!)
No fim, quando preparava o regresso a Coimbra pelas mesmas vias (autocarro + comboio), encontrei o então presidente da Académica, Jorge Anjinho, que nos ofereceu "boleia".
Deste modo, uma tarde que já tinha sido agradável pelo jogo de futebol, culminou com duas horas e meia de conversa muito interessante.
Está contada a "estória" da minha ida a uma final da Taça de Portugal.
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