O exemplo de Eanes
Um milhão e 300 mil euros é muito dinheiro. Haver quem prescinda de uma tal quantia, tendo direito a ela, eis o que não pode deixar de ser registado. Trata-se, além disso, de dinheiro do Estado. E o dinheiro do Estado, sendo dinheiro de todos, é muitas vezes encarado como dinheiro de ninguém, assim se condescendendo ou desculpando os abusos em que se traduzem muitos privilégios. Perante a questão de receber ou não os retroactivos de uma reforma que não foi paga durante décadas, mas à qual foi reconhecido o direito, o ex-Presidente da República Ramalho Eanes disse que não. Quantos portugueses na mesma situação - não digo já quantos políticos, como foi Eanes - prescindiriam de tanto dinheiro?(Fernando Madrinha, in "Expresso")
1 comentário:
Meu Caro Mário,
Lá vou eu ser mais uma vez politicamente incorrecto, mas esta notícia não pode passar sem um comentário.
O que resta da Pátria são homens capazes de atitudes destas.
Tenho a honra de ser seu amigo e por ele ter sido sempre tratado com toda a dignidade. ´
´Por estas e por outras é que ele não está na berra . Tem mau feitio. É serio.
O abraço do Carranca
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