Luiz Carvalho escreveu ontem no "Instante fatal" sobre a avaliação dos professores.
Transcrevo estas linhas:
«A verdade é que durante anos e anos os nossos sôtores tiveram uma vida airada com três meses de férias grandes, mais 15 dias no Natal, outros na Páscoa, mais meia dúzia no Carnaval.
Outra verdade: durante uma vida profissional muitos professores faltaram a seu belo prazer refugiados em atestados fantasmas e artigos quartos, viram as suas carreiras automaticamente actualizadas e desprezaram a nobre arte de ensinar.
Os professores comportavam-se como ainda hoje a classe dos juízes: achavam que eram donos dos alunos, dos pais, e que nada nem ninguém podia interferir nas suas aulas, consideradas coutadas invioláveis dos professores.»
Concordo no essencial com o que Luiz Carvalho escreveu.
Foi, aliás, por não aceitar alguns dos comportamentos descritos que, há 17 anos, senti que estava "a mais" no Ensino e, em face da oportunidade que me foi concedida pelo "Jornal de Notícias", optei por exercer outra profissão.
Tudo somado, porém, continuo a estar de acordo com o protesto dos professores.
Avaliação, sim. Mas com a participação dos directamente interessados. E com competência.
1 comentário:
Outra verdade: Há também aqueles que se dedicaram de alma e corpo a esta profissão, que demonstraram honrar o perfil do verdadeiro professor!
Não deram as faltas que podiam dar, e dedicaram-se a causas que não eram suas...
Graças a eles eu fui abençoada como ser humano e depois como profissional, por reproduzir as boas práticas e os valores que um dia me transmitiram e ensinaram.
Fui uma pessoa de sorte por ter tido os melhores professores!!!
Por ter frequentado uma escola de valores.
Estou muito grata a todos os meus professores...Bem Hajam!
Ondina Paiva
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