sábado, 20 de dezembro de 2008

Tarde-não

A minha equipa sofreu hoje pesada derrota, em Fala, por 6-2, frente ao Alverca. Ao intervalo, os visitantes venciam por 2-1.
A descrição do jogo pode ser feita de vários modos.

1
A minha equipa marcou a abrir e a fechar o jogo, mas pelo meio sofreu seis golos do Alverca.

2
A minha equipa marcou dois golos, ofereceu outros dois, o árbitro ofereceu outro e o Alverca marcou três.

3.
Num jogo de gritos (os jogadores do Alverca não pararam de gritar...), com a pior arbitragem desta época, o Vigor foi incapaz de aguentar o corpo-a-corpo com o Alverca e sofreu copiosa derrota.

4.
Depois de na 1.ª volta ter ido vencer a Alverca por 2-1, a minha equipa perdeu hoje em casa por 6-2, confirmando assim que se sente melhor a jogar em terrenos alheios.

Agora, mais formalmente...
O jogo começou com uma grande oportunidade de golo, desperdiçada pela minha equipa. Aos 8 minutos, uma bola perdida na pequena área ficou à frente de um jogador do Vigor que não foi rápido a rematar.
No minuto seguinte, porém, Flávio captou a bola à entrada do meio-campo do Alverca, correu para a baliza, aguentou a tentativa de desarme do adversário e marcou um bonito golo.

A minha equipa jogava de igual para igual.
Aos 14, ganha um livre a meio-campo e tenta marcá-lo rapidamente. A bola é interceptada por um contrário e na sequência do lance surge um pontapé de canto em que a bola cruza toda a baliza e... 1-1.

O equilíbrio era a nota dominante. E o Alverca (que na próxima época terá certamente uma grande equipa sénior...) não hesitava em recorrer ao anti-jogo sempre que os adversários tentavam iniciar jogadas de ataque.
Equipa matreira, futebolisticamente adulta (no mau sentido), a que ontem visitou Fala.

Por esta altura do jogo começou a notar-se que o árbitro não era "grande espingarda". Na dúvida, marcava sistematicamente contra o Vigor. Nos lances de choque, entre os corpulentos do Alverca e os franzinos do Vigor, assinalava sempre contra a minha equipa.
Apenas um exemplo da falta de categoria do árbitro: Breda prepara-se para receber a bola no peito, de costas para a baliza, junto à área e é carregado pelas costas. Carregado não, projectado! O "homem do apito" nada assinalou!

A quatro minutos do intervalo, noutro rápido contra-ataque, o Alverca chegou à vantagem.
Mas o resultado continuava em aberto quando as equipas regressaram aos balneários.

Tudo mudou nos primeiros cinco minutos da 2.ª parte.
Logo a começar, o Vigor falha um golo certo, num remate frouxo, já na área, frente ao guarda-redes forasteiro.
Depois, uma descoordenação entre um defensor e o guarda-redes da minha equipa dá o 3.º golo aos visitantes, que só não foi auto-golo porque um jogador do Alverca ainda tocou a bola em cima da linha de baliza.
Dois minutos depois, a equipa de arbitragem decide "participar" no resultado. Um jogador da minha equipa joga a bola em cima da linha lateral, mesmo bem em cima, numa saída para o ataque. O fiscal-de-linha decide assinalar "bola fora", o arremesso é feito rapidamente e um jogador do Alverca, quase sem saber como, chuta com a canela, a bola faz um efeito caprichoso e entra na baliza.

A perder por 4-1, no início da 2.ª parte, a minha equipa sentiu que o jogo estava definitivamente perdido. Continuou a lutar, mas sem grande clarividência. E em dois rápidos contra-ataques o Alverca chegou ao 6-1.

No "período de compensações", na marcação de um livre na meia-esquerda, Barreto assinou o golo da tarde, com um pontapé cruzado, forte, a fazer a bola entrar junto ao ângulo superior. Golaço!

A gorda vitória do Alverca não acalmou os ânimos de alguns adeptos. Um deles, no final do jogo, manifestou bem alto a sua discordância com a equipa técnica junto ao túnel de acesso aos balneários. "Espectáculo"!

(Recorde-se que, na 1.ª volta, houve pancadaria nas bancadas, entre adeptos do Alverca, tendo sido necessário mandar chamar um grande reforço policial! A reportagem foi aqui publicada.)

Quanto ao árbitro, é para já o grande candidato ao título de "pior do campeonato". Sem categoria.

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