terça-feira, 9 de junho de 2009

PS: o fim do sonho

«(...) O extraordinário aconteceu quando os socialistas decidiram assumir a derrota. A sala encheu-se de governantes, ex-governantes, deputados e ex-deputados, assessores disto e daquilo, chefes de gabinete, secretárias, administradores, autarcas e meia dúzia de líderes das federações e concelhias.

O povo socialista que pulula pelo Estado estava ali em peso, com meia dúzia de rapazes da JS para abrilhantar. Agora, o verdadeiro povo socialista, que noutros tempos enchia espontaneamente o Altis, cá fora e lá dentro, esse, esteve longe dali. O PS tornou-se um partido de quadros colocados politicamente e cada vez menos de militantes e simpatizantes. Não debate, segue o chefe. Não contesta, verga-se às orientações. Está refém do pragmatismo e da gestão de interesses, a léguas do sonho e do rasgo estratégico de outras eras.»
(Eduardo Dâmaso, director-adjunto do "Correio da Manhã")

Palavras certeiras do Eduardo, ele que viveu em Coimbra na "Casa da Praça", popularmente conhecida como a "república da JS".
Como é diferente ler um texto como este ou ouvir os comentários de Ricardo Costa na SIC...

Sem comentários: