Luís Filipe Menezes acaba de demonstrar, em entrevista à SIC Notícias, as razões que o impedem de algum dia ser primeiro-ministro.
A forma como, rosto crispado, "disparou" sobre diversos militantes do PSD (Pacheco Pereira, Rui Rio, Paula Teixeira da Cruz, António Borges, Aguiar-Branco... e não sei se me esqueço de mais algum) mostra que ele não tem aquele "plus" que faz os grandes líderes.
Uma coisa é combater politicamente os adversários internos, outra é fazê-lo publicamente em frente de todo o país.
Luís Filipe Menezes reforçou, aliás, a ideia que tenho dele: é um bom comentador político. Domina bem as "querelas" político-partidárias, mas isso não chega - normalmente - para governar um país.
Por outro lado, Menezes mostrou a mesma incapacidade de Santana Lopes para compreender o que lhe aconteceu, preferindo lançar as culpas para cima de outros; os "críticos" internos, neste caso.
Curiosamente, a entrevista de Luís Filipe Menezes a Mário Crespo fez-me lembrar o... presidente da Académica. José Eduardo Simões, que já ganhou duas eleições, apresentou-se agora com o lema "Unir a Académica", mas após ser conhecido o resultado eleitoral esqueceu-se de dirigir uma palavra que fosse aos candidatos derrotados.
Embora possa ganhar muitas mais eleições, nunca atingirá o estatuto de Jorge Anjinho ou de João Moreno, para só referir dois dos grandes presidentes da Briosa que conheci.
Os líderes que perduram na memória colectiva têm "qualquer coisa" mais do que o simples facto de serem esforçados.
E isso é algo que notoriamente falta tanto a Luís Filipe Meneses como a José Eduardo Simões.
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