sexta-feira, 25 de abril de 2008

Otelo Saraiva de Carvalho


Acabei de ver há minutos, na RTP1, um programa que contou com a presença de Otelo Saraiva de Carvalho.

É um daqueles programas que deveria ser gravado em DVD e oferecido a todos quantos, como eu, tinham mais de 15 anos na altura da Revolução.
Aos outros, onde se incluem os jovens políticos participantes no debate, o DVD seria entregue acompanhado de uma resenha histórica da Revolução dos Cravos, de preferência escrita a partir daquilo que foi relatado na Imprensa estrangeira.
Isso é que seria verdadeiro serviço público.

Otelo, em grande forma e demonstrando grande humildade, contou a sua versão dos factos.
A minha versão, construída a partir de uma cidade onde o "25 de Abril" chegou alguns dias depois, é ligeiramente diferente.

Felizmente, Otelo é livre de contar o que se passou e eu sou livre de comentar.
Se não tivesse existido o "25 de Novembro" a situação seria diferente.
(Só três exemplos: não teríamos porventura um "Nobel" da Literatura porque Saramago poderia eventualmente continuar a ser director-adjunto do Diário de Notícias, não teríamos tantos ex-PêCêpês no Partido Socialista e ainda existiria "o diário", o tal jornal da «verdade a que temos direito»...)

Viva o 25 de Abril!

1 comentário:

A. João Soares disse...

Ao comentar outro post mais recente, referi um pormenor da revolução na Polónia, feita por pessoas muito conscientes dos pormenores do País e bem aconselhadas sobre os rumos a imprimir aos vários aspectos para haver uma mudança positiva. Cá, ao contrário, foi uma aventura de ingénuos mal preparados, convencidos de tudo saberem e serem capazes e considerando-se totalmente donos do País.
Foi o desastre de que ainda estamos a sofrer as consequências. E podia ter sido pior se não tivesse havido o 25 de Novembro.

Um abraço
A. João Soares