quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O recuo da ministra (e do Governo)

Estou a acompanhar "on-line", na SIC Notícias, a declaração da ministra da Educação, após a reunião extraordinária do Governo, esta tarde.

Segundo afirmou, foram identificadas «três áreas de problemas». E disse ir tomar «um conjunto de medidas» para os ultrapassar.

É estranho que só agora o Ministério da Educação tome conhecimento do excesso de burocracia, da possibilidade de um professor ser avaliado por um colega de outra área de conhecimento, da excessiva carga horária que o processo exige aos professores e da avaliação do professor depender do sucesso dos alunos, entre outros aspectos.

(Por falar em sucesso dos alunos: o que aconteceria se este critério fosse aplicado aos professores universitários, sobretudo aos que leccionam "cadeiras" nas quais as taxas de insucesso chegam aos 70%-80%?...)

Parece-me tratar-se apenas de remendos, provando que a avaliação em curso não foi pensada (programada) com o rigor necessário - condição-base de qualquer processo de avaliação.

Também não me parece que os professores alterem, agora, as posições que vêm defendendo.

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